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d e z e s s e t e


Meu refúgio, meu refúgio é em seus braços
Quando o mundo traz fardos pesados
Eu posso suportar umas mil vezes
No seu ombro, no seu ombro
Eu posso alcançar o céu infinito
Sentir como no paraíso
— Uncover

Adrian

Chloe estava na minha frente com os lábios avermelhados e a respiração rápida. Não sei se ela estava com dor ou não, por estar em pé, mas eu precisava disso mais do que nunca. Precisava saber se era isso que eu precisava desde sempre. Precisava saber se o que sentia por ela era só atração ou desejo, se era nada, ou pra valer. E esse beijo respondeu todas as minhas perguntas. Ela não era uma garota qualquer que apareceu na minha vida. Ela enxerga o que muitos não vêem. E só nesse curto tempo, percebi que estava procurando alguém que me entendesse, que visse realmente como eu me sinto.

- Não sei se posso mudar isso. — Digo, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

- Mudar o que?

- Esse beijo. Não posso esquecer. Simplesmente... não posso. Ele me disse muitas coisas que você nem faz ideia.

- Não entendo. Foi um beijo. Só isso. Você já beijou outras meninas antes. — Ela diz simplesmente, mas noto que ela está tão mexida quanto eu.

Solto uma risada pelo nariz.

- Não, não foi só um beijo. E não estou falando apenas do beijo. Na aula de história, quando você caiu, foram momentos que você me olhou, e disse coisas que eu nunca disse pra ninguém.— Confesso.

- Adrian, eu não consigo entender. Talvez depois eu entenda, mas agora aconteceu tudo muito rápido. Eu...eu.. estou confusa, e acho que você também. E tudo o que eu disse sobre você, é como eu te vejo, apenas. Um garoto rebelde, complicado, que tem raiva do pai, como você me disse, e que talvez isso afete a sua vida, mas isso são coisas visíveis em você, não coisa de outro mundo.

- Você disse que sentiu. — Digo baixo quase em um sussurro e olho para o chão.

Ela olha para mim me analisando por tempo demais. De repente ela me surpreende com um abraço apertado. Ela passa os braços pelo meu pescoço, e me puxa mais para ela.

- O que você está fazendo? — Pergunto confuso sem retribuir o abraço.

- Só me abraça, Adrian.

E eu a abraço. Fecho meus braços ao redor do seu corpo. Assim que a abraço, sinto que preciso dela mais perto e aperto os meus braços em sua cintura.

E simplesmente, era tudo o que eu precisava.

Eu não sabia que precisava de Chloe Brown até ela aparecer na minha vida.

Enterrei meu rosto no seu pescoço e a apertei mais, se era possível.

E ela acertou de novo.

Eu precisava de um abraço. Uma pessoa que me mostrasse que estava tudo bem.

- Está tudo bem. — Disse ela baixinho no meu ouvido. — Tudo bem, Adrian. Você é humano. Pode dizer o quanto quiser.

E como se eu começasse a ter uma ligação com essa garota, eu chorei. E com isso eu queria dizer tudo o que eu precisava.

Chorei pela minha mãe.

Chorei pelo meu pai.

Chorei por mim.

Chorei pelo meu futuro planejado.

Chorei por viver dentro de uma fachada.

Chorei por ter tudo, e não ter nada.

Chorei por finalmente encontrar o que eu nem sabia que procurava, e sentir que as palavras da minha mãe nunca poderiam ter significado tanto.

Nunca deixe de lutar pelo que te faz feliz e tenha pessoas corajosas e gentis ao seu lado sempre.

Chorei, e Chloe deixou que eu dissesse tudo o que eu tinha pra dizer. Tudo o que eu precisava desabafar. Ela, naquele momento, era como uma âncora nas merdas que tinham na minha vida.

Ela lentamente foi se distanciando de mim, e segurou o meu rosto, e enxugou as minhas lágrimas.

- Está tudo bem. Sempre fica. Consigo ver que você é uma grande pessoa, só não sabe disso, ou não tem alguém que te diga.

As verdades jorram de sua boca como as lágrimas no meu rosto há segundos atrás.

Verdadeiras.

Sinceras.

- Obrigado.

E é tudo o que consigo dizer.

Ela sorri, e se afasta de mim, indo mancando um pouco, para a enfermaria. Eu não me movo. Continuou olhando ela se distanciar, e me sinto uma criança de 5 anos, que chora e fica sem rumo. Quando ela entra na sala e eu fico sozinho no corredor, percebo que ela poderia fazer toda a diferença na minha vida, e que o que eu senti com o beijo, foi algo significativo.

E eu só precisava saber o que ela tinha que me fazia sentir eu mesmo.



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