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Doença

A cena começa no pátio de uma escola. A câmera avança pelos corredores até encontrar três adolescentes cercando outro garoto. Ele estava agachado no chão, chorando, com o nariz sangrando, enquanto os outros riam alto.

— Hahaha! Olhem só pra ele! Foi só uma batidinha e já começou a chorar! Você é patético! — dizia Oliver, o líder do grupo, com um lápis no lugar do braço esquerdo.

— Hahaha! Duvido que arrume uma namorada desse jeito, bebê chorão! — provocou o segundo garoto, que usava óculos de cientista.

— Hahaha! Só se for uma cega pra achar beleza nesse rostinho de coitado! — zombou a garota, cuja cauda de dragão balançava atrás dela.

O garoto no chão soluçava, tentando conter a dor, mas parecia não ter forças nem para se levantar. Então, uma figura apareceu no corredor. Era Engel, que parou por um momento ao ver a cena, mas logo apertou o punho com raiva e correu na direção do grupo. Sem hesitar, deu um soco no rosto de Oliver.

— ARG! Qual é o seu problema, Engel?! — gritou Oliver, recuando enquanto segurava o rosto, que ficou vermelho com o golpe. Os outros dois valentões ficaram surpresos pela aparição repentina de garoto.

O rosto de Engel se contrai de indignação — Meu problema?! O problema é vocês! Parem de intimidar os outros! Deixem o Abbie em paz! — gritou Engel, com os olhos cheios de raiva.

Ele se virou para ver Abbie, que estava no chão, ainda tremendo de medo e dor. O olhar machucado de seu amigo fez Engel ficar ainda mais sério.

Oliver, irritado, resmungou enquanto se afastava. — Isso não vai ficar assim! Vamos, pessoal! — chamou os outros dois, que o seguiram apressados.

Com o corredor vazio, Engel se aproximou de Abbie e se agachou.— Você está bem, Abbie? — perguntou, preocupado.

— N-não... sniff! meu n-nariz dói muito... sniff! e-eu acho que torci o pé... sniff! — respondeu Abbie, chorando.

Engel suspirou e o ajudou o se levantar, colocando o braço de Abbie sobre o próprio ombro. Ele segurou firme na cintura do amigo para apoiá-lo.

— Vamos para a enfermaria. Espero que não seja nada grave — disse Engel, com a voz firme, mas cheia de cuidado.

Abbie apenas acenou, ainda tentando conter as lágrimas. Sangue escorria por sua mão, mais do que Engel esperava para um machucado pequeno.

Quando chegaram à enfermaria, Engel abriu a porta e viu a enfermeira lendo uma revista. Ela olhou para os dois e ficou alarmada.

— Meu Deus! O que aconteceu agora?! — perguntou, levantando-se rapidamente.

— Oliver e o grupo dele, como sempre — respondeu Engel, irritado. — Eles machucaram o Abbie de novo.

— Coloque-o na maca. Vou buscar o kit de primeiros socorros — disse a enfermeira, saindo apressada.

Engel ajudou Abbie a se sentar na maca. — Como foi que eles fizeram isso com você? — perguntou, tentando entender.

— E-eu estava sniff! andando p-pelo corredor, indo pra área de a-alimentação, sniff! q-quando eles apareceram. O O-Oliver sniff! c-colocou a perna na minha frente, e-e eu caí... Com o nariz d-direto no chão — explicou Abbie, com a voz fraca e fragil. Engel apertou os punhos, cheio de raiva e frustração.

A enfermeira finalmente chega com o kit de primeiros socorros e começa a cuidar do machucado no nariz de Abbie.

— Hmmmm, fiuu! Felizmente não é nada grave, apenas abriu uma ferida. Vou desinfetar e colocar um curativo — diz a enfermeira, sorrindo de forma tranquilizadora enquanto limpa a área e aplica cuidadosamente o curativo. — Está doendo mais alguma parte? — pergunta a mesma em dúvida

— Ele comentou que o pé está doendo muito. Talvez tenha torcido o tornozelo... — respondeu Engel, preocupado.

— Entendido. Qual pé está doendo, Abbie? — perguntou a enfermeira, ao que Abbie apontou para o direito.

Com cuidado, a enfermeira retirou o sapato e a meia dele, analisando o pé. Ao notar uma região roxa no tornozelo, franziu o cenho.— Hmmm... — murmurou, examinando com atenção.

— O-o que foi? — perguntou Abbie, nervoso ao ver a expressão da enfermeira.

— Parece que você realmente torceu o tornozelo. Recomendo que vá ao médico depois da escola. Enquanto isso, vou imobilizar temporariamente. — Ela pegou um spray analgésico, aplicou sobre a área e, em seguida, enrolou o pé de Abbie com faixas firmes, mas confortáveis. — Pronto. Como está agora?

Abbie mexeu a perna com cuidado, percebendo que a dor havia diminuído consideravelmente.

— S-sim... Muito obrigado, Miss Ashley — disse Abbie ainda com pequenas lágrimas no canto dos olhos porém dando um sorriso tímido, e as bochechas levemente vermelhas.

— Aaaw, não precisa agradecer, querido. Só estou fazendo meu trabalho! — respondeu Ashley com um sorriso caloroso, abaixando-se para dar um abraço no garoto e acariciando suavemente sua cabeça, enquanto a apoiava em seus seios. A demonstração de carinho deixou Abbie ainda mais vermelho, enquanto Engel observava a cena com os olhos semicerrados, parecendo avaliar a cena à sua frente.

— Tente manter distância daquele grupo de valentões, está bem? É triste ver alguém tão gentil como você se machucar. — Ashley segurou delicadamente o rosto de Abbie, olhando-o nos olhos com ternura.

— E-e-então, Abbie, acho melhor irmos, ainda temos 20 minutos de intervalo, e você disse que ainda não comeu!— interrompeu Engel, nervoso enquanto uma gota de suor estava em sua bochecha. Ele segurou a mão de Abbie e apontou para a porta.

— A-ah, s-sm! V-vamos! Tchau, Miss Ashley! — disse Abbie, acenando para ela com uma expressão adorável, seguido por Engel.

— Tchau, Engel! Tchau, Abbie! — respondeu Ashley, sorrindo enquanto os via sair. Assim que os dois desapareceram pelo corredor, seu semblante mudou. — Tch! Aqueles pestinhas! Um dia vão pagar pelo que fizeram! — resmungou Ashley, com uma veia de irritação pulsando na testa ao lembrar do trio de valentões.

Engel ajudava Abbie a caminhar com cuidado em direção ao refeitório. O menino mancava levemente, e Engel mantinha uma mão firme no ombro do amigo, atento para evitar qualquer acidente. Durante o trajeto, Engel olhou para Abbie, hesitante, mas decidido a perguntar algo que o incomodava.

— Abbie... — começou Engel, virando-se ligeiramente para ele. — Por que você não revida? Você não pode deixar esses idiotas te intimidarem o tempo todo! — sua expressão ficou sombria, ao relembrar o grupo de valentões que frequentemente importunavam o amigo.

Abbie abaixou os olhos, o peso das palavras de Engel parecia mais um lembrete de sua própria impotência.

— É... é fácil pra você dizer isso — respondeu Abbie, a voz trêmula e cheia de frustração. — Você é um híbrido de demônio e humano, Engel. Você consegue destruir uma pedra do tamanho da sua cabeça se quiser. Eu? Eu mal consigo levantar 20kg sem parecer que vou morrer. — Ele desviou o olhar, encarando o chão como se a resposta estivesse ali.

Engel ficou em silêncio por um momento, observando o amigo. Então, suavemente, colocou a mão sobre a cabeça de Abbie, bagunçando seus cabelos. O gesto fez Abbie levantar o olhar.

— Não se preocupe, Abbie. Eu tenho certeza de que um dia você será tão forte quanto eu. E poderá acabar com qualquer um que te intimidar! — Engel sorriu de forma calorosa, sua voz carregando um tom encorajador.

Abbie piscou, surpreso pela confiança do amigo, antes de dar um pequeno sorriso nervoso.

— O-obrigado, Engel... — disse ele, sentindo o coração aquecido.

Finalmente, os dois chegaram ao refeitório. Engel ajudou Abbie a se sentar com cuidado, notando a dificuldade do amigo por conta do pé machucado. Quando Abbie estava confortável, Engel deu um passo para trás.

— Abbie, vou pegar alguns lanches. O que você quer? — perguntou ele, inclinando a cabeça.

— P-pode pegar um suco de maçã e... uma torta de maçã? — respondeu Abbie timidamente.

Engel franziu o cenho, balançando a cabeça com um toque de tristeza.

— Hoje eu só tenho 20$... Não dá pra comprar muita coisa... — explicou ele, desanimado.

Antes que Engel pudesse dizer mais, Abbie enfiou a mão no bolso e tirou uma nota de 100$, estendendo-a para o amigo. Engel arregalou os olhos, surpreso.

— A-Abbie... como você tem tanto dinheiro?! — Engel estava perplexo, quem diabos anda com 100$ tão casualmente por ai? Ainda mais na escola! Engel olha pra Abbie e percebe que ele está balançando a nota indicando pro garoto pegar logo— ...Obrigado! Eu acho.. — disse ele com um sorriso nervoso, Abbie dá o mesmo sorriso timidamente, antes de Engel pegar o dinheiro e seguir para a fila.

Enquanto Engel se afastava, Abbie puxou o celular e começou a mexer nas mensagens. Estava distraído quando uma sombra surgiu atrás dele, se movendo sorrateiramente, como uma predadora à espreita. De repente, a sombra saltou sobre ele.

— Oi, Abbie! Tudo bem? — exclamou a figura, que logo revelou ser Lana, uma de suas amigas mais próximas.

O susto fez Abbie quase pular da cadeira, mas a dor no pé o manteve no lugar. Além disso, Lana o abraçou com força por trás, segurando-o firme.

— L-Lana! M-meu Deus, não me assuste assim! — reclamou ele, colocando a mão no peito para tentar acalmar o coração acelerado. Suas bochechas ficaram ruborizadas ao sentir os braços e o corpo da amiga tão próximos.

Lana soltou uma risadinha.

— Desculpa, Abbie. Mas você fica tão fofo quando está assustado! Parece um gatinho assustado. — Disse ela, imitando orelhinhas de gato com as mãos.

— E-eu não sou fofo... — murmurou Abbie, desviando o olhar e fazendo um bico, o que ironicamente o deixou ainda mais adorável.

Lana se sentou ao lado dele, mas logo sua expressão descontraída se desfez ao notar os curativos no nariz e a faixa em sua perna.

— Abbie... O que aconteceu? — perguntou ela, o tom preocupado.

Abbie abaixou o olhar, envergonhado.

— F-foi o Oliver e o grupo dele... Eles colocaram o pé na minha frente, e eu tropecei, caindo de cara no chão. Machucando meu nariz e torcendo o tornozelo....— Ele suspirou, tentando disfarçar a tristeza.

Ao ouvir aquilo, o rosto de Lana endureceu. Seus olhos brilharam com fúria, os dentes estavam cerrados, e até os fantoches em suas mãos "demonstravam" expressões raivosas. Algumas veias saltavam em sua testa, e um de seus olhos parecia tremer de raiva.

— L-Lana! N-não fique brava! — exclamou Abbie, nervoso com a intensidade da reação dela.

— Não ficar brava?! Como você quer que eu não fique brava, Abbie?! Aqueles malditos acham que podem continuar fazendo isso com você?! — Lana retrucou, sua voz carregada de indignação, quase em um grito.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou Engel, aproximando-se ao ver a confusão. Ele equilibrava cuidadosamente duas bandejas: uma com torta de maçã e suco de morango para si, e a outra com torta de maçã e suco de maçã para Abbie.

Lana se virou para ele, os olhos ardendo de raiva. — Engel! Como assim o Oliver e o grupo dele machucaram o Abbie?!

Engel lançou um olhar rápido para Lana e depois para Abbie, antes de suspirar. — Ah, então é isso... Bom, eu já cuidei deles. Cheguei a tempo de ajudar o Abbie e afastar aqueles três. Levei o Abbie para a enfermaria. A Miss Ashley disse que ele está bem, mas ele terá que passar no hospital para tratar o tornozelo torcido. — Engel entregou a bandeja para Abbie, que o agradeceu com um sorriso caloroso. O gesto trouxe um pequeno sorriso ao rosto de Engel, que se sentou ao lado dele.

— Pelo menos você conseguiu ajudá-lo... Mas e aqueles idiotas? Eles vão sair impunes?! — perguntou Lana, ainda fervendo de raiva.

Engel estalou a língua, claramente frustrado. — Infelizmente, sim. Eles são os queridinhos das professoras. Por mais que eu queira, não há muito que possamos fazer... — Ele olhou para suas mãos fechadas em punhos, a frustração evidente em seu rosto.

Lana permaneceu em silêncio por alguns instantes, os ombros tensos. Finalmente, suspirou, tentando dissipar a frustração.

— Bom... mudando de assunto... — Lana começou, olhando para os dois enquanto começavam a comer. — Vocês estudaram para o teste de matemática de amanhã? — perguntou ela, focando nos amigos. De repente, uma tosse chamou sua atenção.

Era Abbie, que havia se engasgado com a bebida.

— Abbie?! — Lana exclamou, preocupada, levantando-se rapidamente e dando tapinhas nas costas dele.

Cof! Cof! D-desculpe... Cof! Cof! Ai! — Abbie finalmente recuperou a postura, mas seu rosto estava cheio de pânico. — C-como assim teste?! — perguntou ele, atordoado.

— Você não se lembra? Há duas semanas a professora disse que faria um teste amanhã! Não me diga que você se esqueceu! — Lana respondeu, visivelmente preocupada.

— Esqueci completamente! Droga! O que eu faço agora?! — Abbie colocou as mãos na cabeça, lágrimas começando a escorrer pelos cantos de seus olhos enquanto ele encarava a mesa, derrotado.

— Abbie, calma! — disse Lana, tentando parecer otimista. — Você ainda tem mais de um dia inteiro para estudar! Tenho certeza de que vai se sair bem amanhã. — Ela sorriu, tentando encorajá-lo.

— N-não~... Eu vou morrer com certeza!~ — lamentou Abbie, chorando enquanto seus punhos tremiam sobre a mesa. Engel, que observava a cena com uma expressão solidária, não conseguiu conter-se. Ele se inclinou para abraçar o amigo.

Engel envolveu Abbie em um abraço firme, segurando sua cabeça contra o peito. — Abbie, vai ficar tudo bem! Eu prometo. Tenho certeza de que você consegue driblar sua doença, nem que seja para tirar um C-. — Ele tentou confortar o garoto com palavras tranquilizadoras.

Abbie, ainda tremendo, apertou as costas de Engel, chorando em silêncio no calor do abraço. Lana, que observava a cena com confusão, finalmente quebrou o silêncio:

— Espera aí, doença? Que doença?! — Ela parecia perplexa.

Engel olhou para Lana, surpreso. — Abbie, você não contou pra Lana? Nem para mais ninguém? — perguntou ele, ainda abraçando o amigo.

Abbie se afastou lentamente, enxugando as lágrimas. — Sniff! N-não... Só eu, meu pai e você sabemos da minha condição... — respondeu ele, hesitante.

Engel franziu o cenho, ainda mais preocupado. — Mas por quê? Mais pessoas deveriam saber! Assim você poderia receber mais ajuda profissional, principalmente da escola! — ele exclamou.

Abbie olhou para baixo, hesitante, antes de murmurar: — Eu só contei pra você porque... você é quem eu mais confio... — As palavras de Abbie pegaram Engel de surpresa, e Lana também ficou chocada.

E-espera... Então quer dizer que o Abbie não confia em mim? — pensou Lana, magoada, mas logo balançou a cabeça. — Não... Deve haver um motivo para isso. Mais oque seria essa doença? — pergunta Lana em seus pensamentos

Abbie, ainda nervoso, completou: — E-e também... pessoas com condições especiais como a minha costumam estudar em escolas especializadas. Isso significa que eu teria que me separar de vocês... e.... eu não quero isso. — Ele falou baixinho, encolhendo-se na cadeira.

Engel e Lana trocaram olhares.

Lana se aproxima do garoto e segura sua mão, notando que uma leve vermelhidão surge no rosto dele.

— M-mas... o que seria essa doença, Abbie? — pergunta Lana, a preocupação evidente em sua voz.

Abbie abaixa o olhar, desviando a atenção para Engel, que imediatamente entende o sinal. O rapaz olha ao redor, certificando-se de que ninguém mais está ouvindo antes de se aproximar de Lana.

— Abbie tem uma condição cognitiva — começa Engel, com um tom sério, mas cuidadoso. A revelação surpreende Lana — Ela afeta diretamente a parte do cérebro responsável pelo aprendizado. Essencialmente, dificulta a criação de conexões neurais. Isso significa que informações que a maioria de nós aprenderia com facilidade podem ser um verdadeiro quebra-cabeça para ele — Engel dá uma pausa na explicação pra olhar Abbie por um momento — É como tentar montar um jogo de 200 peças sem saber por onde começar. É muita informação para o cérebro processar de uma só vez — explicou Engel, encerrando a explicação com cuidado.

— N-não tenho problema em aprender coisas simples, como somar 256 + 256 ou multiplicar 18 × 9! Pois eu posso ir com calma e ir entendendo aos poucos — interrompeu Abbie, sua voz ansiosa e trêmula. — Mas a Miss Circle sempre passa questões muito complicadas! Então eu tenho que me esforçar muito pra aprender tudo isso em casa... Às vezes, fico com dor de cabeça tentando entender o que cada coisa significa! — Abbie termina de dizer isso tristemente olhando pra baixo

— M-Meu Deus... Sinto muito, Abbie. Você devia ter me contado antes! Assim eu poderia ter te ajudado desde o começo! — exclamou Lana, pegando a mão de Abbie com delicadeza, o que fez o garoto arregalar os olhos.

O gesto repentino de Lana deixou as bochechas de Abbie completamente vermelhas. Engel, observando a cena, cruzou os braços. Ele parecia... incomodado?

— N-Não! Você não tem culpa de nada! — respondeu Abbie nervoso, desviando o olhar, especialmente por causa da proximidade de Lana.

— Essa doença tem cura? — perguntou Lana, olhando para os dois. Engel rapidamente soltou os braços cruzados.

— Perguntei a mesma coisa para o Abbie, mas ele me explicou que, infelizmente, não. — respondeu Engel com seriedade, atraindo o olhar confuso de Lana. — Quem tem essa doença precisa conviver com ela até certo ponto da vida.

— Até certo ponto? Como assim? — Lana inclinou a cabeça, esperançosa com a explicação.

— Felizmente, essa condição desaparece quando a pessoa atinge entre 20 e 25 anos. É nessa faixa que o cérebro atinge seu pleno desenvolvimento, e, quando isso acontece, a doença deixa de ser um problema e simplesmente desaparece! — disse Engel com um sorriso, tentando animá-la.

Lana, ao ouvir isso, sorriu de orelha a orelha. Sem hesitar, abraçou Abbie com força, pressionando a cabeça dele contra seu peito. O gesto fez o garoto ficar ainda mais vermelho e completamente sem reação.

— Que notícia maravilhosa, Abbie! Você não vai precisar se preocupar com isso por muito tempo! — exclamou Lana, radiante.

— E-Eh, S-Sim... M-Mas ainda vou ter muita dificuldade no teste de amanhã... — murmurou Abbie, cabisbaixo, tentando esconder a vergonha.

Lana olhou para ele e depois para Engel, que, percebendo a preocupação do amigo, colocou uma mão em seu ombro para consolá-lo. O clima estava tenso, até que, de repente, uma ideia brilhante pareceu surgir na mente de Lana.

JÁ SEI!! — gritou ela, de forma tão abrupta que Abbie quase pulou da cadeira e Engel arqueou as sobrancelhas de surpresa. Os outros alunos ao redor se viraram, encarando Lana com olhares curiosos.

— Hehehe... me desculpem! — disse ela, coçando a nuca enquanto os colegas voltavam a suas atividades. Com um brilho nos olhos, ela continuou: — Engel, que tal a gente ir até a casa do Abbie para ajudá-lo a estudar? Eu quase sempre tiro B nas provas e você sempre tira A! Podemos ser de grande ajuda pra ele!

Engel sorriu de canto, parecendo gostar da ideia. Abbie, no entanto, piscou várias vezes, hesitante e claramente nervoso.

— A-Ah... Vocês fariam isso? — perguntou, surpreso e tocado com a oferta.

— Que tipo de pergunta é essa? É claro que sim! Somos amigos, Abbie! — respondeu Engel com um sorriso caloroso.

Abbie, ao ver o gesto, não conseguiu evitar olhar para Engel com admiração, retribuindo com um sorriso calmo e sincero.

Triiiiiiiiiiiiiin!!

— Oh! É o sinal! Vamos! — exclamou Lana, apressada, enquanto pegava a mão de Abbie para puxá-lo.

— Espera, Lana! Meu p-!! AI!!! — reclamou Abbie ao sentir o pé machucado bater com força no chão. Ele fez uma careta de dor enquanto pequenas lágrimas cômicas surgiam em seu rosto.

— Lana, cuidado! O Abbie ainda está com o pé machucado, esqueceu? — repreendeu Engel, lançando um olhar sério para a amiga.

— Ai meu Deus! Me desculpa, me desculpa, me desculpa, me desculpa, me desculpa! — respondeu Lana, desesperada e visivelmente envergonhada pelo descuido.

Abbie soltou uma risada divertida, tentando aliviar a tensão. — Hehehe! Está tudo bem! Vamos para a aula antes que a gente se atrase! — disse ele,tentando tranquilizá-la, enquanto Engel o ajudava a caminhar.

Assim, o trio saiu do refeitório, caminhando calmamente em direção à sala de aula, deixando para trás o tumulto daquele momento.

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