3° Capítulo
BRUNNA
Eu acompanhei a Doutora Ludmilla até o CTI e chegando lá cair no choro por ver meu filho ligados aqueles fios.
Brunna: Meu amor, você deu o maior susto na mamãe, porque você tem hora que não ouve o que pedimos para não fazer filho! Agora você tá aí nessa cama de hospital, todo cheio de fios e aparelhos.
Ludmilla: Ele é muito pequeno, Brunna! Crianças nessas idade, por mais que a gente diga não e eles falem que não vai fazer, eles fazem! Fica tranquila, ele vai ficar tudo bem! Nem deu tempo de eu olhar bem a ficha dele, só sei o nome dele, quantos anos ele tem?
Brunna: 4 anos!
Ludmilla: Tão novinho, né? - Ela me olhou e agora eu pude reparar o quanto ela é uma mulher linda.
Brunna: Sim! Ele é meu ponto de paz, equilíbrio e Porto Seguro - Falei cheia de orgulho e admiração para o meu filho.
Ludmilla: Vejo como você é apegada a ele, ele vai sair dessa rapidinho. Bom, eu preciso ir até a minha sala, eu preciso urgente resolver outro assunto muito sério! Mas antes vou até a cantina tomar um café, você aceita?
Brunna: Não sei!
Ludmilla: Ele tá seguro, pode ficar tranquila, você precisa descansar e se distrair um pouco. Não precisa você ficar para dormir.
Brunna: Eu não vou deixar meu filho sozinho aqui.
Ludmilla: Ele vai tá nas mãos de pessoas da minha confiança, você não vai poder ficar na sala.
Brunna: Mas eu preciso ficar de olho.
Ludmilla: Então que tal você pedi para o pai dele vim ficar, enquanto você vai descansar?
Brunna: Ele não tem pai - Eu sorrir e ela me olhou sem entender - Ele tinha duas mães mesmo, mas a outra faleceu a 2 anos, para falar a verdade, ele sempre só teve só a mim, a outra mãe nunca ligou, muito menos cuidar e criar, ela rejeitou o filho desde que tava na barriga dela.
Lud: Desculpa a indelicadeza, você tem muita cara de Hetero, eu lá ia saber que você era Lésbica - Ela sorrir e eu acabei sorrindo também.
Brunna: Posso ter só a cara mesmo - Eu continuava sorrindo.
Ludmilla: Eu nunca namorei, mas me considero Bi, pois já beijei homem e mulher.
Brunna: Então somos do vale - Sorrir - Eu achei que você ia ter algum tipo de preconceito!
Ludmilla: Claro que não, mesmo eu sendo hetero ia ter respeito. Vamos lá?
Brunna: Pode ser então!
Seguimos para a cantina e sentamos, logo uma garçonete chegou para fazer nossos pedidos, enquanto isso ficamos conversando.
Brunna: Eu não sabia que você trabalhava aqui, pois trabalho aqui a bastante tempo.
Ludmilla: Para falar a verdade, eu tô aqui a pouco tempo, não faz nem um mês! Eu fui transferida e eu não ia nem lhe atender! Quem era para fazer isso era a Patrícia, mas ouve algum imprevisto e eu fiquei no lugar dela.
Brunna: Que bom! Eu gostaria de agradecer tudo o que você fez pelo meu filho!
Ludmilla: Não precisa agradecer! Fiz mais que minha obrigação!
Brunna: Desculpa pela minha grosseria, assim que cheguei, eu tava muito nervosa.
Ludmilla: Tudo bem, pode ficar tranquila.
Brunna: Acho que poderíamos pelo menos ser amigas de trabalho agora né? - Eu sorrir.
Ludmilla: Claro que podemos! E também ser amigas fora do trabalho, não terá problemas! Mesmo nessa loucura, você parece gente boa!
Brunna: Você também é! E desculpa se vou parecer invasiva, mas eu não entendi uma coisa. Você falou que nunca namorou e é Bissexual. Então quem é a bebê que tava em seu colo?
Quando ela ia responder, O celular da Ludmilla tocou
Ludmilla: Só um estante!
Ela atendeu o Celular e parecia ser sério, pouco tempo ela desligou.
Ludmilla: Brunna, você poderia vim comigo? Sei que você tá desesperada e com vários problemas, mas acho que estou precisando da sua ajuda também! Vamos até a minha sala, por favor.
Brunna: Vamos sim!
Ela deixou o dinheiro na mesa e saiu me puxando em direção a sua sala.
Brunna: Ei, era para ser dividido!
Ludmilla: Deixa para próxima!
Ela rapidamente entrou na sua sala e tinha uma moça e uma bebê, parecida com a bebê que estava com a Ludmilla assim que eu cheguei!
??: Ludmilla, Pelo amor de Deus, como você manda uma bebê do nada para eu ficar, sem saber de onde veio essa criança, ainda mais mandada por você, Ludmilla Oliveira de quem é essa bebê? - Falou sem freio.
Como assim de quem é essa bebê? Não é realmente filha dela?
Ludmilla: Luane calma, uma coisa de cada, pq eu já tinha até esquecido dessa criança. Eu cheguei aqui mais perdida do quê essa criança!
Luane: Do que cê tá falando?
Ludmilla: Antes de Tudo, Luane essa é a Brunna, pediatra da Clínica e Brunna essa é Luane minha irmã e secretária. - Ela fez a apresentação. - Bom, quando eu ia entrando na Clínica, eu ouvir um barulho estranho, parecia um chorinho de bebê, resumindo, eu achei essa bebê em um saco de lixo.
Brunna/Luane: O QUÊ?
Luane: Como assim?
Ludmilla: Foi isso mesmo e agora eu não sei o que fazer. Quando eu ia procurar ajuda, foi na hora que recebi também a notícia do acidente do filho da Brunna! Gente o que eu faço?
Luane: Ela tá com fome Lud, não para de chorar!
Ludmilla: Gente, eu não sei o que fazer! Eu nunca cuidei de crianças, eu nunca fui mãe e nem pensava em ser mãe por um momento, já que eu gosto mesmo é de mulher!
Luane: Ludmilla pela fé.
Ludmilla: Uer e eu mentir? Mas desculpa, eu tô nervosa, Brunna era com isso que você ia ver se me ajudava! Me ajuda, já que você é mãe! - Ela falou desesperada.
Luane: Pelo amor de Deus, você nem conhece a mulher direito e já tá pedindo uma ajuda nesse nível?
Brunna: Calma, eu ajudo, hoje aqui tá uma ajudando a outra! Vamos fazer o seguinte, Posso pegar ela? Para tentar acalmar ela? - Ela concordou! Eu peguei a bebê! - Oi titia, vamos tentar se acalmar?! - Falei com voz de bebê!
Luane: Ludmilla, precisamos entregar ela para as autoridades!
Ludmilla: NÃO - Ela não pensou duas vezes em responder!
Luane: Mas se você ficar com ela sem dizer as autoridades, você pode responder por sequestro! E você acabou de dizer que não pensava em ter filhos pq gosta de mulher!
Ludmilla: Aí Luane, nem eu sei o que eu tava falando e também gostar de mulher não empata de ter filhos! E Para o orfanato é que ela não vai! - Falou firme!
Brunna: Então você quer ficar com ela?
Ludmilla: Claro e vou até o fim! Ela já foi largada uma vez! Eu salvei ela, não vou deixar ela ser largada outra vez! Ela vai ser minha e eu vou lutar por ela até o fim! Então para o orfanato ela não vai!
A Ludmilla falava com tanta firmeza, com tanto amor e carinho pela bebê, que os olhos dela chegavam a brilhar! E isso me chamou muito atenção.
Brunna: Gente, vamos fazer tudo com calma! Como vocês já sabem! Sou pediatra! Então vamos lá na minha sala! Preciso examinar ela, para saber se tá tudo bem com ela! Luane, faça um favor para mim?! - Ela concordou! - Vá até uma farmácia compre fralda, mamadeira e leite! O restante depois a gente ver como faz! Por enquanto vamos fazer só isso.
Ludmilla: Mas ninguém pode ver ela aqui!
Bru: Uer, o pessoal aqui sabe que você é mãe?
Ludmilla: Claro que não! Só minhas amigas que trabalham aqui a Lari e a Patty, que sabe que não tenho.
Bru: Então quem perguntar, a gente fala que é sua filha, muito simples, mas acredito que ninguém vai perguntar.
Ludmilla: Toma o cartão e vai!
A luane pegou o cartão e saiu!
Brunna: Vamos da um banho nela primeiro? Eu tenho toalhas limpas aqui, aí deixa ela na toalha, até a Luane chegar e enquanto isso vamos examinar ela. Gostaria que você me ajudasse!
Ludmilla: Tudo bem, vamos lá!
Eu deixei ela com a Ludmilla, Fui até o banheiro preparar o banho dela, como eu trabalho com criança, tinha um balde reserva no banheiro, peguei ele e preparei a água, quando tava tudo pronto, eu peguei a bebê nos braços da Ludmilla e fui da o banhozinho nela, mas antes algo me chamou atenção e eu fiquei em choque.
Gente vocês estão gostando?
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