19° Capítulo
BRUNNA
Acordei com um celular tocando, percebi que era o da Lud, mas ela nem do canto saiu, fui olhar para para ver quem era e vi que além de ser de madrugada, vi que na tela tinha "Emergência", com certeza era da Clínica, imediatamente tentei acordar ela e nada, até que o dela parou e o meu também tocou, mostrando também o mesmo nome, isso me preocupou, era uma emergência que tava acontecendo e para ligarem era grave.
Brunna: Amor, por favor acorda, é da Emergência - Eu balancei ela, enquanto atendo o meu celular. - Alô?
??: Brunna, sou eu Larissa aconteceu uma emergência e é grave, precisamos da senhora aqui com urgência, pois tem uma criança no meio, e já que a senhora mora perto da Ludmilla, estamos precisando dela também, mas ela não atende.
Brunna: Lari, Ela tá comigo, vou acordar ela e a gente vai.
Larissa: Tudo bem, vem rápido!
Brunna: Rápido demais também não podemos, vou ter que ligar para minha mãe ficar com as crianças, Lari. Infelizmente vou demorar um pouco, agora tchau. - Desliguei rapidamente - Ludmilla por favor acorda logo - Dei um tapa nela e ela acordou rapidamente.
Ludmilla: O que foi? Porque tá me batendo?
Brunna: A emergência tá ligando para nós duas, vamos ter que ir voando para clínica, aconteceu um acidente grave e tem criança no meio e se tá precisando de você, com certeza tem fratura na cabeça em alguém.
Ludmilla: As crianças Bru?!
Brunna: Eu ia ligar para minha mãe vim, mas vai ser perca de tempo, vamos ter que levar eles lá, já que é caminho - Falei enquanto eu ia atrás do meu uniforme. - Vá na sua casa, troque de roupa, enquanto vou arrumando aqui, rápido amor, só pegue o necessário
Ela se levantou rapidamente e foi, eu troquei de roupa, escovei os dentes, peguei meus documentos e organizei as crianças no carro, só faltava a Lud, até que ela chegou no estacionamento.
Ludmilla: Vamos! Já avisou a sua mãe?
Brunna: Sim, enquanto eu tava organizando tudo.
Seguimos para casa da minha mãe, deixamos as crianças lá e seguimos voando para clínica, chegamos rápido já que o trânsito tava livre devido a hora. Tinha uma movimentação muito grande.
Brunna: Larissa, passe para a gente o que aconteceu?
Larissa: Uma criança de 4 anos ficou gravemente ferida após um acidente de trânsito. Quando o pai da criança, de 24 anos, perdeu o controle do veículo e colidiu contra um poste. No carro, além do motorista, estavam duas mulheres e três crianças. A esposa do motorista bateu a cabeça contra o vidro dianteiro do carro, quebrando o para-brisa. Ela foi atendida pelo Samu com diversos cortes no rosto. Já a criança, que estava no banco de trás, perdeu a consciência após bater a cabeça durante a colisão. Ela foi atendida, ainda desacordada, com suspeita de traumatismo craniano.
Brunna: Ludmilla corre para sala de cirurgia agora, eu vou na minha sala pegar o resta das minhas coisas.
Ela saiu correndo e eu corrir para minha sala, peguei meus materiais e corrir para sala de cirurgia. Eu e ela íamos participar de tudo! Devido a ter crianças no meio e pancadas na cabeça.
Eu entrei na sala cirúrgica e a Ludmilla já tava fazendo seu trabalho, eu me aproximei e também comecei a examinar a menor.
Ludmilla: Vamos para cirurgia imediatamente, não podemos perder mais tempo. O procedimento começou, já tinha se passado 1 hora e a cirurgia ainda tava acontecendo, tava tudo indo bem, até que do nada o desespero começou, a criança teve sua primeira parada Cardíaca, eu tentei reanima-la, conseguir, mas 10 minutos depois ela teve outra, a Ludmilla dessa vez que tentou, também conseguiu trazer a pequena de volta. Ela continuou fazendo a cirurgia e depois de mais 30 minutos, a menina novamente teve outra parada e novamente lutamos para trazer ela de volta, mas dessa vez tava mais complicado. tentavamos reanimá-la por cerca de 50 minutos, mas não conseguiamos, tentamos mais 10 minutos e infelizmente não conseguimos, ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Na mesma hora que eu vi que não tinha mais jeito, eu travei na mesma hora, eu não conseguia mais me mexer.
Ludmilla: Brunna? - Ela me chamava, mas era como se minha mente tivesse travado - Brunna, Bru reage - E nada de eu me movimentar - BRUNNA - Ela gritou e foi aí que eu voltei. - Vamos sair daqui, você entrou em choque, mas vai ter que voltar a si, vamos rapidamente na sua sala, eu preciso voltar a recepção para infelizmente dá a notícia.
Ela me retirou da sala e seguimos para a minha sala.
Ludmilla: Eu volto rápido, bebe uma água!
Brunna: Lud, eu tenho que ir com você! A gente foi as responsáveis pelo atendimento, temos que ir juntas da a notícia.
Ludmilla: Tudo bem, mas tente se acalma antes!
Eu controlei meu choque e seguimos para a recepção, chegando lá tinha outros familiares das vítimas, a gente deu a triste notícia da menor e falou o estado de saúde do restante das vítimas, todos estavam bem, só que infelizmente a menina não resistiu e veio a óbito. Saímos de lá e voltamos para minha sala, assim que eu sentei, cair em um choro profundo, a Ludmilla imediatamente veio me abraçar.
Ludmilla: Calma meu amor, fizermos de tudo, mas infelizmente ela não resistiu.
Brunna: Isso é a primeira vez que aconteceu comigo, é o primeiro paciente que eu perdi! Mas sabe o quê mais tá doendo Lud? - Ela negou - Eu vivi tudo de novo quando foi com o Pedro! Aconteceu a mesma coisa, só mudou o modo do acidente. E posso dizer que o de hoje foi até pior, pois eu participei e imaginei que teve esse mesmo desespero com o meu filho, da mesma forma que lutei para salvar essa menina, vocês também lutaram dessa mesma forma para salvar a vida do meu filho. - Eu chorava muito - Ela também tinha a mesma idade dele, Ludmilla! - Ela voltou a me abraçar - Se meu menino não sobrevesse, eu não sei o que seria de mim.
Ludmilla: Por favor, tenha calma, sei que não é fácil presenciar tudo isso, acredite que para mim também não é!!! Mas graças a Deus o nosso pequeno sobreviveu, infelizmente esse anjinho não teve a mesma sorte e que Deus guarde esse anjinho que acabou de partir, em um bom lugar.
Brunna: Tá doendo amor, eu não esperava por isso!
Ludmilla: Em mim também tá e eu também não esperava! Vamos tomar café, vamos ter que ficar aqui agora, pois falta uma hora para o nosso expediente.
Brunna: Você tem razão!
Ludmilla: Como pegamos em um horário que não era nosso, vamos sair pelo menos de 12h.
Brunna: Tudo bem.
Ludmilla: Vai lavar esse rosto, que eu irei pegar algo para a gente comer! - Eu concordei e ela saiu.
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