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10

Manter o meu pau sobre controle perto da Kamily está se tornando uma missão impossível. Durante as trocas de roupa, o meu pau pulsava e liberava cada vez mais o meu pré gozo, eu tive que deixar a Kamily na Louis Vuitton e foi até uma farmácia e comprei uma camisinha, depois foi no banheiro e a coloquei.

Sai do banheiro de banho tomado e fui para o closet, metade do closet pertence a mim e a outra pertence a Kamily. Vesti uma roupa fresca e fui procurar pela minha falsa namorada em algum lugar do apartamento.

— Kamily, onde você está?

— Estou na cozinha.

Fui em direção a cozinha e um cheiro delicioso de carne assada pairava pelo ar, olhei para ela e vi que mexe alguma coisa na panela. Está vestindo um baby-doll de seda pura. Enfiei a minha mão embaixo da sua blusa e ela se arrepiou.

— Sabia que não precisa cozinhar?

— Eu tenho que fazer alguma coisa, não vou conseguir ficar olhando para o horizonte.

— Ok, mas eu estava pensando em fazermos alguma coisa mais cansativa e quente — ela desligou o fogo e se virou, ficando de frente para mim —, mas antes, preciso do seu código da universidade, para eu pagar as suas mensalidades.

— Você vai pagar todas as minhas mensalidades?

— Sim, é como se você tivesse ganhado uma bolsa de estudo.

— Eu ainda pareço uma garota de programa, estou recebendo para ficar com você — dei um passo para trás.

— Por que você fazia isso, se não gosta?

— É complicado.

— Pode me contar, acho que consigo entender.

— Será que podemos ficar com a primeira opção por enquanto?

— Se você se sente assim ainda, não devemos fazer isso até que se sinta totalmente à vontade. Foi para isso que nós fizemos o acordo, para que você não tenha que fazer nada que não se sinta bem. — coloquei as minhas mãos nos rosto de Kamily e comecei a fazer movimentos circulares com os polegares — Me conta o que te levou a essa vida, talvez isso ajude.

— Acredito que sim.

Ela se afastou do meu toque, desligou o forno e se sentou na banqueta, Kamily manteve a cabeça baixa e ficou girando a aliança de um lado para o outro. Segurei a sua mão e ela ergueu a cabeça, os olhos azuis estão carregados de tristeza.

— Diferente de muita gente, eu não tive pessoas que me amaram. Eu fui abandonada na porta de um orfanato quando eu era recém-nascida. Ninguém me adotou e à medida que fui crescendo, não fiz muitos amigos. — lágrimas começaram a escorrer pelas suas bochechas — Quando completei dezoito anos, o pessoal do orfanato me colocou para fora e diferente de outros pessoas que saem do orfanato, eu não consegui uma bolsa de estudo com direito a dormitório.

— Eu sinto muito, mas você tentou conseguir a bolsa de estudo Garcia? — limpei as lágrimas dela com os meus polegares.

— Eu me inscrevi em três bolsas diferentes, inclusive a Garcia, mas nenhuma me aceitou. Alguns falaram que eu tinha dinheiro suficiente para pagar uma faculdade.

Meu coração ficou apertado com a declaração que Kamily fez, os meus pais sempre deixam bem claro para os avaliadores que devem pesquisar minuciosamente a vida financeira de cada aluno que se inscreve à uma vaga. O que significa que a Kamily deveria ter ganho a bolsa.

— Então em uma noite eu estava andando pelas ruas dos bairros nobres de Frédéric Albert e um velho me parou e perguntou quanto eu cobrava pelo programa e como eu não tinha dinheiro para comida ou algum lugar para dormir... — uma ânsia de vômito começou a crescer dentro de mim — então eu aceitei. No fim da noite, ele me deu mil reais, o que foi suficiente para eu conseguir um hotel para dormir e algo para um comer. — um nó se criou na minha garganta e minha cabeça começou a pulsar — A partir daí, eu descobri que dava para eu ganhar a vida e conseguir estudar, mas eu nunca me dei ao luxo de ter mais dinheiro que eu necessitava. — ela se abraçou e lágrimas ainda escorriam pelo seu belo rosto — Toda noite que transava com aqueles velhos, me sentia imunda — coloquei o dedo em seus lábios.

— Não precisa falar mais nada. Eu não sei como é estar nessa situação, mas eu não quero que você se sinta assim enquanto estiver aqui em casa.

— A única vez que não me senti usada como um brinquedo sexual, foi quando eu transei com você.

Meu coração começou a acelerar, abri as pernas de Kamily e entrei no meio delas. Segurei a sua cintura com força e levei os meus lábios até os delas em um beijo agressivo e quente, suas entraram no meio do meu cabelo e puxou. Ela mordeu a minha língua e eu soltei um gemido rouco.

— Você sabia que eu estava usando uma camisinha no shopping?

— Sério isso?

— Sim e ela ficou cheia com o meu pré gozo. Todas àquelas trocas de roupa e aproximação, me fizeram perder totalmente o controle.

— Eu acho melhor comer, senão vai esfriar.

— Eu queria comer outra coisa, mas comida primeiro e depois sexo.

Ela me deu um beijo rápido e se levantou da bancada em um pulo, segurei a sua cintura a trazendo para perto de mim novamente. O calor do corpo dela perto do meu fez com que me sentisse somente seu e esse sentimento não pode crescer, eu sou apenas o seu protetor.

A soltei e ela abriu o armário pegando dois pratos de porcelana e me entregando um. Meus pais mandaram reformar os três apartamentos do vigésimo andar e compraram tudo que uma casa precisa. A mobília é toda de última geração, a minha mãe fez questão de deixar os seus três filhos com o melhor conforto.

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