Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Uma pequena introdução

Mais um final de ano com mamãe me tratando como uma simples bebezinha que acabou de nascer. Mais um final de ano tentando me manter na realidade e aceitar que papai não vai está conosco no Natal; O papai? Bom, ele saiu de casa a um ano e só dava as caras duas vezes no mês. Porque? Porque minha vida é tão injusta.

Meu único rim que tenho está praticamente "morto" e tenho que aceitar isso também. É triste ver mamãe recebendo as ligações do hospital, sei que tem algo decepcionante por vim, eu espero à três anos e nada de um órgão propício pra mim. Minha mãe já fez vários testes mas ela não é compatível, assim como meu irmão, meus tios, primos...nada. Meu pai é o único q não fez o exames, até acho que parou de fazer terapia e voltou com sua vida nos bares, tento não pensar nisso.

Só um milagre pra inverter tal situação . A busca de órgãos é tão competitiva que chega a cansar, além de ser algo demorado. Eu não quero que tenham dó de mim, mamãe não dorme direito desde o dia que os médicos anunciaram que eu nasci com apenas um rim, e agora, eu preciso ir ao hospital toda semana já que meu único rim está doente não dando conta das minhas "impurezas".

- Vamos filha! - Mãe está com duas manchas ao redor dos olhos, significando que passou a noite em claro. - Preparei dois sanduíches e coloquei na sua bolsa. -- ela abre as cortinas permitindo que os raios de sol de verão reflitam sobre meu quarto. Cubro a cabeça com a grossa manta fingindo preguiça e desânimo.

- Mãe, larga do meu pé! - ela agarra a manta sob mim jogando para fora da cama.

- Mais respeito mocinha! Já pro banho, você tem vinte e cinco minutos para fazer tudo isso. -- olha pro meu cabelo bagunçado que, provavelmente, terei trabalho pra desembaraçar.

- Ok, tô indo -- solto um bocejo e arranjo forças pra levantar da cama, o frio da manhã não ajuda nesse caso.

Mamãe sai do quarto me esperando na sala, ela irá me levar para o hospital.

Caminho rapidamente para o banheiro ao lado do quarto. Tinha acabado de olhar para o relógio e demorou sete minutos para minha coragem vim, hei de me apressar.
Quando saio do meu banho, quente e relaxante, visto-me e desço as escadas.

O Natal está chegando, e como de costume, minha mãe arruma a casa fazendo-a ficar linda a cada ano. Sei que é para descontrair de toda a preocupação, é bom pra ela, o que também é bom pra mim.
Há algumas caixas sob o sofá com várias decorações a espera.

- Mãe?

- Sim pequena flor? -- ela tá com vários papéis nos braço, o que é previsível que tenha trabalhado muito com seus alunos.

Sim, mamãe além de lidar comigo também tem que organizar provas, trabalhos e correções de outras pessoas. Ela é professora e eu a considero forte por lidar com isso tudo.

- O que essas caixas fazem aqui? -- aponto para as caixas.

- Hãm... -- ela para de falar para apanhar alguns papéis que caíram no chão, então, eu a ajudo. -- Eu não tive muito tempo para a arrumação da casa..

- Tudo bem mãe? -- lanço um olhar pra ela, seus olhos são castanhos claros puxados a avelã, assim como o do meu irmão, já os meus são bem escuros.

- Vem -- Eu a conduzo até a cozinha servido-a uma xícara de chá de camomila.

- Não precisa se preocupar comigo filha -- ela bebe todo o chá em forma de agradecimento, me deixando aliviada.

- É claro que preciso, mãe. -- em seu rosto fino se forma um meio sorriso -- e também preciso me preocupar com o tempo, só falta cinco minutos para a hemodiálise. -- olho para o relógio em meu pulso e vou até a porta de entrada, mamãe vem logo atrás.


Quando dona Lúcia - minha mãe - aperta no acelerador, o carro se move nos levando para o local esperado. Aqui em Brokfost não neva nesse tempo, na verdade aqui faz calor com a chegada do verão, mas em compensação a noite faz um friozinho.

As ruas estão bem arrumadas com várias renas nas praças, papais noéis de brinquedo, guirlandas e entre outros. As criancinhas correm de um lado para outro brincado com as bolinhas decorativas das árvores de natal da rua, algumas delas emboladas com os pisca-piscas.

No caminho até o hospital há um calçadão bem movimentado com várias lojas, além de muitas pessoas saindo desesperadas para as compras natalinas. Eu ainda não sei o que comprar pra mamãe e pro irmão Duda, tive dias tão ruins ultimamente.

- Filha, você pode voltar de metrô depois da hemodiálise? Eu não sei se vou conseguir chegar a tempo. -- ela vira a cabeça colocando sua atenção em mim.

- Sim -- por um momento, me sinto feliz com isso, é muito difícil eu ir pra casa sozinha. - Mas se você quiser me esperar... ou eu posso mandar seu irmão...

- Não mãe, eu sei me virar sozinha. Já tenho 16 anos! E não vou no carro do Duda, semana passada ele disse que um dos seus amiguinhos vomitou em um dos bancos. -- rebati cruzando os braços.

Ela solta um suspiro e volta a olhar pra frente.

- Então tome cuidado, quero ver você em casa. Não quero receber a notícia que minha Evinha foi sequestrada!

- Ok mãe, vai tá tudo bem, certo? -- ela dá uma risada curta.

- As vezes eu sou um pé no saco né filhota? -- Eu queria dizer que sim, e muito, mas respeito o esforço da minha mãe e o quão sou importante pra ela.

- Um pouquinho. -- ela começa a gargalhar e isso me faz rir também.

Saio do carro e dou um beijo na dona Lúcia. A minha praticamente segunda casa está à frente: Hospital Girassol. É um local com uma estrutura que faz a pessoa enjoar apenas de ver, até me lembra um pouco do hospital da série onde tinha aqueles internos e um deles se chamava Gray e tinha uma coreana, não me lembro o nome.

Entro no local e aproveito para arregaçar as mangas do meu moletom.

- Bom dia Eva! -- diz a recepcionista Paula.

- Bom dia -- a entrego o cartão do hospital pra ela anotar minha vinda.

- Tá animada esse ano para o Natal? -- ela acaba de rabiscar o papel e estende a mão.

Reviro os olhos mostrando meu péssimo interesse nisso.

- Não.

Paula me encara um pouco e pisca algumas vezes.

- Porque você não ajuda as pessoas para melhorar seu astral? -- pergunta.

- Porque eu não tenho interesse. -- pego o cartão e vou até a sala de hemodiálise onde todo o meu sangue vai ser conduzido para uma máquina nas próximas quatro horas.

Assim como eu, existem várias pessoas fazendo o mesmo, além da sala de quimioterapia aqui perto.
Sento em uma das poltronas ao lado da máquina e espero a enfermeira vim me furar e conectar os tubos até minhas veias e artérias. Quando eu era pequena tinha medo de agulhas, tive que me acostumar no decorrer do tempo.

- Hey Eva!

Viro o corpo e transmito um sorriso para a garota de cabelos curtos com óculos redondos que vejo.

- Oi Flay! -- falo mandando um aceno com a mão.

Conheci a Flay a um anos atrás, ela faz quimioterapia para a cura do câncer de mama, me alegro por ela está muito melhor já que seu câncer diminuiu de rítmo nos últimos meses.

- Como você tá? -- pergunta sentando na poltrona ao lado.

- O de sempre, meu rim não consegue fazer as obrigações dele.

- Ei, eu quero saber emocionalmente... -- ela toca em meu ombro transmitindo um admirado sorriso.

- Eu estou bem, por enquanto. -- Flay solta uma curta risada zombando da minha cara.

- Tá, o que você vai fazer de legal nesse natal? -- pergunta enxugando as lágrimas

- Tirando ficar em casa e ver o Duda tentar assar o peru, hummm... nada.

- Bem, eu estou aqui triste. -- ela fala, mas seu tom de vós não parece abalador.

- Sério, você já viu a biografia de triste? Você acabou de rir da minha cara e não parece que está tão triste assim -- ironizo e ela tenta prender a risada.

- Você não tem jeito mina -- ela leva a mão ao cabelo. -- Eu estou triste por que não vou passar o Natal aqui com você.

- Onn. -- aperto sua bochecha com o outro braço sem ser o que está com o tubo. -- Para, se não vou chorar...

Flay se levanta e me dá um abraço.

- Vou viajar pra casa dos meus avós, te vejo no ano novo. -- Flay estende a mão com um soco.

- Te vejo lá -- soco não deixando ela no vácuo.

- Antes d'eu ir embora -- ela estende suas mãos que apertam meus ombros me fazendo encará-la -- aproveita esse natal e vai fazer alguma coisa legal pra descontrair esse seu humor de velho carrancudo rebelde, vai assustar o povo!

Solto uma breve risada antes de despedirmos.

- Tchal mina. Até lá -- Flay acena e caminha até a saída.

E lá vou eu nas minhas próximas quatro horas formando calos na bunda nessa poltrona.

https://youtu.be/6jNAinzmhDU

"Olá
Espero que você esteja bem
Não ligue para as pequenas coisa que sinto
Eu sei que você deu tudo de si, apenas fique ao meu lado "

( Música dedicada às conversas entre a Eva e sua mãe)

Até mais 😊
Não esqueçam a estrelinha⭐

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro