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"A esperança nunca morreu"

-- Acorda Duda! -- pego uma dos travesseiros que estava no chão e jogo no seu rosto.

-- Aff, só mais uns minutinhos...

-- Você combinou que ía me levar para o calçadão. -- puxo o lençol que ele se cobria para alertá-lo.

-- Eu não combinei nada. -- Ele fala esfregando as mãos nos olhos.

-- Não?! Eu tinha dito a você ontem e me prometeu que iria me levar! -- Ele se senta no sofá da sala na qual ele dormira. Ontem a noite, ajudamos a mamãe a arrumar a casa com as decorações de natal, e meio que acabamos  sonolentos na sala.

-- Espere um pouco -- ele pensa -- é sério?! -- começa rir.

-- Como assim "é sério?", adiante! -- pego seu braço fazendo-o levantar. Acordei cedo hoje devido aos roncos dele e passei a noite anterior dormindo no phuf ao lado do sofá que ele dormia, enfim, me arrependo.

-- Calma -- Ele levanta do sofá e vai até os fundos pegar uma toalha. -- Eu achava que esse papo de você ser voluntária era brincadeira... -- diz irônico.

-- Cala a boca e entra logo no banheiro! Preciso chegar a tempo e você está fedendo!

Quando Duda sai do banheiro, agarro minha mochila que tinha preparado e a chave do carro que estava no porta Chaves.

-- Pega -- jogo a chave  em direção ao Duda.

-- Cadê a mamãe? -- Ele fala abaixando até a chave que tinha caído no chão.

-- Ela foi fazer compras -- respondo abrindo a tranca da porta de entrada.

-- A essa hora? -- pergunta bocejando.

-- Você por acaso sabe que horas são? São 9:20hrs da manhã! -- passo pela porta e espero o Duda pegar o carro.

Entrando em seu carro mais um arrependimento vem em mim. Não acredito que tinha esquecido desse pequeno detalhe.

-- Você ainda não limpou o vômito?!

-- Eu limpei! Não tenho culpa se o Jhone foi comer logo peixe.

Olho para os bancos de trás e tenho tanta dó de quem for a vítima que vai sentar alí depois dessa nojenta tragédia.

-- Você poderia ter colocado um aroma pra ver se melhora o cheiro desse carro.

Ele revira os olhos e pega um potinho de aroma de lavandra que se encontrava no porta copos me mostrando.

-- Sem comentários -- levanto as mãos me rendendo a discussão e Duda dar a partida.

-- Eva Souza é voluntária -- sussurra baixinho demonstrando um pequeno sorriso sarcástico.
Olho pra ele seriamente e uma pequena raiva surge em mim.

-- Porque será que é tão difícil eu tentar fazer algo diferente sem que as pessoas riem debochadamente?! -- exclamo.

-- Por que você é a Eva. -- fala Duda simplesmente, o que me faz virar pra ele sem acreditar. -- Você é a garota que vive falando besteiras da vida, e -- faz uma pausa -- Não liga para o que as pessoas sentem ou dizem a respeito de ti, mas eu sei que aí dentro -- Ele aponta com indicador para o coração -- Você é apenas uma garota que merece apoio e importância.

Suas palavras acertaram com força em meus pensamentos. Olho para as casas que vão passando enquanto o carro vai nos conduzindo.

-- Uou...-- é a única coisa que consigo falar.

-- É por isso que eu te adoro -- ele estende uma das mãos bagunçando meu cabelo.

Lanço um  sorriso antes de estacionar o automóvel em uma das bordas da rua.
Abro a porta do carro e pego minha mochila

-- Você quer que eu venha lhe buscar que horas? -- pergunta.

-- Eu vou de metrô, ok?

-- Ok, nada contra. -- responde e então retiro-me.

Ando mais um pouco pelo calçadão decorado e avisto o garoto do dia anterior.

-- Oi! -- exclamo. Ele está com o violão nas costas e touca vermelha, em sua frente, há uma mesa.

-- Oi! -- Ele responde -- Nós não tivemos tempo de nós apresentar, eu sou Matheus. -- Ele estende a mão.

-- Sou Eva. -- aperto sua mão e vejo algumas folhas e envelopes sob a mesa -- pra que são essas folhas e envelopes ? -- pergunto.

-- Vamos entrevistar algumas pessoas e perguntar a elas o que acham sobre a esperança que existe no mundo, além disso, vamos tentar arrecadar o maior número de cartas possíveis... -- encaro seus olhos escuro e acho um pouco de graça do que ele disse. -- qual é a piada?

Essa pergunta me pegou de surpresa.

-- Nada, só acho esse um assunto muito... sei lá. -- Ele levanta suas sobrancelhas friamente.

-- Você acha isso um assunto desprezível? -- pergunta mexendo na metade papéis.

Droga! Deveria ter ficado calada.

-- É como dizem, a esperança é a última que morre. A minha já se foi faz tempo. -- estendo as mãos e pego a outra metade das folhas pautadas.

-- A esperança nunca morre, Eva. Ela é apenas algo que precisamos correr atrás pra encontrá-la, mas nunca morre -- dessa vez não consigo olhá-lo, por isso passo a observar o chão.

-- Vamos fazer o seguinte, nosso trabalho hoje é entrevistar pessoas e perguntar a elas se podem escrever uma carta motivadora sobre isso e....

-- Espera um pouco, tem mais? Não é apenas só hoje? E.. cadê os outros? -- antes que eu falasse mais alguma coisa ele me corta respondendo.

-- Tem. Meu projeto vai até a semana do natal, ou seja, essa semana e a próxima. Respondendo sua última pergunta, além de você tem o Tedy -- inclina a cabeça para o garoto gordinho que está comprando cachorro-quente na barraquinha de comida. -- e tem eu, infelizmente não consegui mais ninguém apesar dos meus esforços.

O garoto chamado Tedy se aproxima de nós acenando.

-- Olá, eu sou o Tedy, e tu? -- diz de boca cheia soltando alguns pedaços do lanche, que nojento.

-- Eu sou Eva, prazer. -- cumprimento.

-- Bom, já que todos estão aqui, vamos começar! -- Matheus vira seu corpo para minha direção -- espero que mude de opinião durante esse projeto. -- Ele dá uma piscada e segue em direção a algumas pessoas.

-- Eu ainda não peguei os envelopes -- me assusto quando ainda percebo que Tedy não saiu. Separo alguns envelopes entre os papéis e o entrego. -- Boa sorte! -- Ele pega algumas canetas e coloca no bolso.

Respiro fundo antes de agir. Essa coisa de trabalho voluntário... que burrada eu me meti.

Aproximo de um grupo de idosos sentados nos bancos e começo a fazer as perguntas. Uma das velhinhas conta a história de quando seu marido passou por um acidente de cavalo quando era mais jovem e disse ainda que se não fosse a esperança que ela tinha, estaria perdida. Quase me emocionei com ela contando tal história, não só pra mim mas pra todos os idosos que ali estavam. Entreguei um papel para cada um deles e pedi para que escrevessem uma frase motivadora, que inspirassem os outros a ter esperança, já que esse era o tema central do  projeto.
Quando recolhi os papéis, pedi para que os mesmo divulgassem o projeto para suas famílias, e que seria uma honra se eles nos ajudassem a arrecadar mais cartas motivadoras. Por fim, desejei a eles um feliz Natal e saí satisfeita com tudo que havia feito, além das quatro cartas que consegui.

Após isso me direcionei para algumas pessoas que faziam as compras de natal, claro que houve alguns vácuos e desinteresses,  mas não me importei. Quando nos juntamos, o sol do meio dia estava muito quente.

-- Quantas vocês conseguiram? -- perguntou Matheus.

-- Consegui oito cartas e entrevistei em torno de dezessete pessoas, além do mais, algumas delas falaram que vão colaborar conosco e, quando possível, irão fazer mais cartas motivadoras com suas famílias. -- falei me abanando com um envelope que ainda restara, o calor nesse horário está de sufocar.

-- Eu entrevistei as pessoas de duas lanchonetes e consegui quatorze  cartas motivadoras -- diz Tedy, o que me faz olhar pra ele impressionada.

Por fim observamos o Matheus esperando que digas algo.

-- Consegui dez cartas e falei com alguns balconistas para divulgar o nosso projeto com as cartas. -- Por fim ele transmite novamente aquele sorriso satisfeito. -- Amanhã nós continuamos com tudo isso. Irei colocar uma cesta voluntária perto da lamparina, assim as pessoas podem depositar as cartas. -- Ele fala se direcionando para uma cesta artesanal que está perto do seu violão apoiado em um dos bancos. -- Vocês podem depositar as cartas aqui -- Ele coloca a cesta ao lado de uma das lamparinas do calçadão.

Deposito minhas oito cartas na cesta e me sento no banco ao lado. Tedy e Matheus fazem o mesmo.

-- Bem, eu tenho que ir -- fala Tedy lançado um  olhar para nós. -- vou ficar na casa da vovó, irei aproveitar e fazer mais dessas cartas com ela -- Ele lança um breve aceno e segue para o carro onde, eu acho, que sua avó está dirigindo.

-- Te vejo amanhã a tarde, as 16hrs! -- grita Mateus.

-- Certo! -- Tedy faz um sinal levantando o polegar em forma de compreensão.

Quando ele entra no carro, solto um suspiro olhando pro relógio em meu pulso, são 13:00 da tarde, ou seja, falta 1 hora para o próximo embarque do metrô.

-- Está com fome? -- pergunta Matheus colocando seu violão nas costas.

-- Sim. -- falo meio sem jeito, mas eu não posso negar que minha barriga está roncando muito.

-- Conheço um lugar onde as comidas são muito boas. -- ele segue para uma direção -- você não vêm? -- levanto-me e o sigo.

Paramos numa lanchonete com o nome Risquid bem destacado na frente. Matheus abre a porta fazendo o sininho de presença soar. Me aconchego em um dos bancos em frente ao balcão e ele faz o mesmo ao meu lado.

-- Dois extramilk por favor -- pede para o balconista que confirma. -- então... sobre ontem... -- me viro pra ele curiosa para o que vai dizer, mas ao mesmo tempo sinto vergonha por ele ter presenciando aquele momento chato. Que ódio da Carolaine.

-- Desculpe por tudo -- falo e sinto minhas bochechas queimarem -- eu não queria que você estivesse presenciado aquela cena, a Carolaine é um pé no saco.

-- Eu achei você muito corajosa -- eu não deveria está aqui com ele, é esquisito. -- eu que agradeço por está me ajudando, eu não tive tanta sorte pra arrumar voluntários -- diz pegando os extramilk das mãos do balconista, estendendo um pra mim e outro pra si.

-- Qual a ideia de isso tudo? -- pergunto aproximando o canudo do extramilk à boca.

Ele lança um sorriso fechado desviando do meu olhar para a parede a sua frente.

-- A intensão dessas cartas é entregá-las para as pessoas que mais precisam de um impulso na vida. Eu tive a intenção de fazer esse ato por que eu mesmo precisei disso a um tempo atrás -- ele fecha os olhos como se as palavras o comovesse. -- espero que isso te ajude a mudar de opinião. -- quando termina a frase, dá um gole na sua bebida.
Vejo que ele relacionou o que está dizendo a alguns momentos atrás. Eu não sei se acredito nessa coisa, é muito difícil para quem está doente.

-- Olha, não deixe as pessoas lhe afetarem por algo que você tem que as incomodam -- encaro-o com uma expressão duvidosa. -- eu ouvi ela lhe chamando de pobrezinha sem rim. -- ele fala baixo saindo como um sussurro.

Algo dentro de mim se despedaça e isso me incomoda, eu não quero que as pessoas tenham dó de mim, é por isso que escondo o que tenho.

-- Não preciso de sua pena. -- é a única coisa que sai da minha boca, palavras secas e sem vida.

-- É por isso que você não acredita muito na esperança? Eu imploro a você que tente acreditar...

Olho fixamente para seus olhos escuros e o jeito como  seus cílios longos ressaltam seu olhar.

-- Por que importa? Só porque eu tenho um único rim que não funciona direito?! -- exclamo o que o faz olhar pra baixo.

Ele pega seu violão e retira da capa.

-- O que você está fazendo?

Ele ajeita sua postura e começa a tocá-lo. Sinto minha testa corar e começo a ficar com vergonha quando algumas pessoas olham pra nós.

-- O que.... -- sou cortada quando ele começa a cantar.

"...When the lights go out and leave you standing in the dark
No one ever told you this would be so hard
I know you think your fire is burning out
But I still see you shining through
You got it in you...."

Quando diminui o ritmo desse pequeno trecho ele para de cantar.

-- Você tem que parar de culpar a vida e começar acreditar enquanto ainda dá tempo. -- diz enquanto dedilha as cordas do seu violão.

Me aproximo dele para que as pessoas da lanchonete não me ouçam.

-- Por que está falando isso? -- ele retira uma das mãos do seu violão e toca em minha bochecha lançando-me um sorriso.

-- É melhor você agilizar se não vai perder o próximo embarque.

https://youtu.be/FYABpW9R9AY

" Ninguém nunca disse que isso seria tão difícil
Eu sei que você acha que seu fogo está queimando
Mas eu ainda vejo você brilhando
Você consegue "
( Música dedicada ao momento em que Matheus canta pra Eva )

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