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Capítulo 2

Entrei para o banho, apenas pensando em me afundar em um copo bem grande de vodca. Demorei uma vida ali, imaginando como os meus dias seriam infernais, agora que a casa tinha mais uma pessoa para me irritar.

Eu odiava ter que dividir a casa com o meu pai e a minha mãe, quiçá com uma estranha, que, inclusive, eu já detestava.

Eu estava, com certeza, na chapa mais borbulhante do inferno, isso sim!

Vesti uma roupa qualquer, apanhei o meu telefone, a carteira e as chaves de casa, e então saí. Não me atreveria a fazer mais nada, pois o relógio já estava apontando vinte horas, no prego.

Apressei-me então, pois antes de partir, ainda teria que colocar Larissa na cama e lhe contar uma história qualquer.

A minha mãe não tinha paciência e o meu pai só sabia lhe contar histórias sobre empresários ricos, e aquilo fazia a minha irmã não dormir nunca. Lari ficava tão entediada, que o sono não vinha.

Naquela noite, a Lari queria que eu lhe contasse uma história sobre uma princesa bonita, que tinha ido morar em sua casa.

Eu bufei, ao perceber que a minha irmãzinha, que eu tanto tinha apreço, estava gostando da companhia de Agatha. E, pior, ainda acreditava que ela era alguma criatura lírica e perfeita.

Resolvi mudar a história só de raiva e contar que a garota se fantasiava de fada e princesa para enfeitiçar, mas na verdade, ela era uma bruxa, e que quem era a princesa de verdade era ela, Larissa, que um dia iria crescer e morar em um castelo situado nas montanhas.

Dei o meu melhor, mas a minha irmã não ficou muito convencida e nem tampouco, gostou da minha história. Então foi um custo fazê-la dormir, enquanto ela insistia na história da princesa Agatha, que tinha ido morar em sua casa, disfarçada de empregada.

Só me faltava essa: transformar aquela idiota em Cinderela!

Arrastei-me do quarto da minha irmã para a escada, completamente exausto e decidido a beber um mar de vodca, e então depois me divertir com qualquer vadia, que estava sempre à disposição.

Contudo, ao observar a sala, percebi que o meu pai estava ali, novamente com a sobrinha de dona Sônia à tiracolo.

Encarei-os por alguns instantes e então percebi que a garota estava de cabeça baixa, mas por algum motivo, também estava vestida, como se fosse à uma festa.

Agatha parecia se sentir culpada, e eu achava aquilo muito bem feito. Ela merecia sofrer, depois de tentar me enganar em minha própria casa.

Dei de ombros, pois qualquer lugar que ela fosse com os meus pais, eu queria estar bem longe.

Passei por eles, mas ao agarrar a maçaneta da porta, ignorando-os por completo, o meu pai me chamou.

― Já está indo para a festa da Clarice, Marcelo?

― Sim ― respondi, olhando somente para ele, e fingindo que Agatha não era ninguém.

Meu pai sorriu feito um bobo alegre e então me apontou para a menina, que parecia acuada, quase tímida. Não entendi, franzindo o cenho.

― Como a Agatha chegou hoje na cidade, eu insisti para que ela se arrumasse, para poder ir para a festa com você... ― Ele a empurrou para frente, na minha direção. ― Ela está meio tímida, mas trate-a bem e a apresente a todos. Vai ser bom para a Agatha conhecer as pessoas do colégio em que vai estudar.

Meu pai franziu o cenho e fechou carranca, mostrando que arrancaria o meu couro, caso eu me negasse, ou fosse esquisito com ela, como ele sempre dizia que eu era.

Fuzilei a Agatha com o olhar, me perguntando por qual motivo ela estava aceitando aquela palhaçada. Mas eu não precisava conhecê-la, para saber que tudo aquilo era vingança.

Eu carreguei o livro que ela queria, e agora a Agatha me obrigaria a aturá-la, pois sabia que eu não a suportava.

Porém, naquele momento, ela fazia ponto, empatando comigo, pois não havia como eu dizer não, pois pelo semblante do meu pai, se eu me negasse, iria pagar bem caro depois.

Chamei a menina com um gesto de mão, sem nem falar nada com ela. A minha expressão era séria, quase sombria. Afinal, se a Agatha queria jogar, eu ia pegar bastante pesado com ela, pois se aquela garota acreditava que seria aceita pelas patricinhas da minha faculdade e também pelas dos colégios requintados da cidade, ela estava muito enganada. Então eu apenas iria soltá-la naquela selva de meninas metidas e de lobos famintos, e iria ficar me divertindo e contando quantas horas, ela sobreviveria ali naquele meio.

Ao sairmos porta à fora eu a encarei com a perspicácia de um demônio. Pude perceber que ela se recolheu ao me fitar nos olhos. Agatha estava nervosa, mas continuava caminhando com graciosidade ao meu lado.

Aquilo me irritava, pois se ela pensava que era alguém bom o bastante para andar comigo, estava deveras enganada.

― Você vai entrar naquela festa e sumir da minha cola, está me ouvindo? ― Encarei-a e meti logo o dedo na sua face. ― E se voltar para casa, ou falar algo com o meu pai, eu nunca mais te deixo ver aquele seu livreco!

A minha ameaça fez total efeito, pois a garota abaixou a cabeça, apenas concordando e se afastando de mim, tentando seguir o percurso que eu fazia até a casa de Clarice, que ficava a apenas alguns metros da minha residência.

Adentrei na mansão dos Albuquerque com Agatha ao meu lado. O lugar era lindo, e quase lúdico de tão perfeito.

Na porta de vidro, estava Clarice, parada com as suas madeixas pintadas de um loiro-aguado, e com os seus olhos azuis, que ela fazia questão de afirmar que havia puxado de seu avô.

Ela era nojenta e só pensava em comprar mil e uma peças de roupas novas, para enfeitar o seu closet, que era do mesmo tamanho do que a Serra Leoa.

Clarice era do tipo que odiava empregados e pessoas com pequena condição pecuniária, ou seja, iria massacrar a Agatha, que espreitava a casa, buscando um lugar do qual ela pudesse se encaixar ali.

Para mim ela não pertencia a esse mundo, pois a Agatha era tão chata, quanto eu nunca havia visto.

Não me importava que ela fosse pobre, eu só a odiava por achar que era mais do que eu. Ou melhor, ela irradiava uma autossuficiência que me incomodava mais do que qualquer outra coisa no mundo.

E olha que a minha lista de coisas detestadas era medidas em hectare!

Abracei a Clarice, desejando que ela fosse para o inferno. Eu não queria saber dela, apenas das milhares de bebidas que haviam ali e também queria ver a onda que engoliria Agatha, naquele mar de muitas feras.

Adentrei à festa, encarando-a e então logo a deixei para trás, com a sua cara de espanto e com o seu temor sobre o que fazer. Lia-se aquilo claramente em seus olhos.

Antecipei-me em ir pegar uma bebida da mão de uma garota, que eu conhecia muito bem. Jane era uma puta e cedia qualquer coisa para um cara que lhe desse mole. Eu não gostava daquilo, mas mesmo assim me impregnava naquela massa, quando era conveniente, ou quando eu simplesmente queria.

Mas não era difícil para aquelas garotas idiotas entenderem que as coisas deveriam ser como eu queria, e quando eu queria. E elas como as babacas ordinárias que eram, aceitavam ser os meus simples brinquedinhos de festa.

Fui para um canto, de onde alguns caras fumavam maconha e se embebedavam. E ali notei a silhueta de Agatha ao longe, e também percebi que o meu plano começava a dar totalmente certo.

Todas as garotas medíocres da festa começavam a apontar o dedo para Agatha, e acusar a sua roupinha de marca barata e a sua carinha de mocinha do interior. Mas por outro lado, os bêbados também começavam a notar a carne nova no pedaço; carne esta, que através de seus olhos ingênuos, dava para perceber que nunca havia sido tocada por ninguém.

Era de dar água na boca, é claro! Mas não na minha, mas sim, na de todos os outros idiotas, que não sabiam pensar em nada que não fosse uma garotinha bonita, mas que bem poderia ser tão podre como o lixo.

E a Agatha era. Eu sentia que ela era. E ainda mais, por saber que ela estava ali somente para recuperar um livro, era que eu jogaria bastante com ela, antes de deixá-la ter o menor vislumbre de sua capa novamente.

Aproximei-me da pista de dança, não me incomodando em estar sozinho. Era melhor andar solitário, do que ter mil companhias desinteressantes ao meu lado. Eu não me importava com ninguém que estava ali, como eu também não me importava com muitas pessoas na vida.

Eu só queria me vingar de Agatha. E já que ela havia feito questão de cruzar o meu caminho, agora pagaria lentamente por isso.


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