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Capítulo 18

Enquanto caminhávamos em direção ao castelo, eu me vi muito deslumbrado com as ruas de Carmesim, pois tudo ali era muito organizado, limpo e bonito, de um modo que eu nunca havia visto igual no Plano Comum.

Outra coisa que notei era que quase todas as pessoas nos encaravam e nos acompanhavam com os olhos, como se fôssemos uma procissão de algo muito interessante, então eu logo cheguei à conclusão de que, ou a Aurora era muito famosa, ou aquela vila era mesmo muito pequena, de um modo que todo mundo ali conhecia todo mundo. Contudo, logo dei de ombros, pois aquilo não era tão importante quanto ajeitar tudo o que ainda faltava.

Não tardou e chegamos ao castelo, que era uma construção imponente e sem igual. Eu sempre havia imaginado como eram os castelos dos livros que eu lia, mas estar diante de um, era muito diferente do que imaginar ou assistir a um filme.

O pai de Aurora então tomou frente em nossa pequena comitiva e se aproximou do grande portão do castelo, cumprimentando o guarda que ali estava.

― Nós precisamos falar com a rainha sobre a maldição da bruxa careca… ― o meu sogro disse, olhando firmemente para o guardião do castelo.

O homem esquadrinhou todo o lugar com os seus olhos muito astutos, e logo encarou Aurora, parecendo reconhecê-la no mesmo instante. O homem então se assustou, e eu logo soube que aquela história toda da maldição havia mesmo ficado muito conhecida naquele lugar.

― Por favor, me acompanhem! ― a sentinela falou e logo fez um sinal de mãos, para que entrássemos no castelo.

E ao seguir atrás de Aurora e de seu pai, eu pude perceber que tudo ali era ainda mais magnífico do que eu imaginava, tanto que eu fiquei boquiaberto.

Não tardou, no entanto, e chegamos em um grande salão muito bonito e iluminado. O piso do lugar era tão brilhante e polido, que chegava a refletir a nossa imagem no chão. Ali também havia grandes lustres de ouro e para cada que a gente olhasse, havia algum objeto luxuoso e de valor incalculável, a enfeitar o lugar. Todavia, apesar daquele local merecer uma festa, Aurora parecia apenas estar apreensiva e chateada, tanto que toquei em seu ombro, tentando lhe passar forças.

Não tardou e surgiu a rainha, trajando um vestido de veludo verde, que combinava muito com a cor dos seus olhos. A mulher tinha longos cabelos negros, e parecia não ter mais do que quarenta anos.

Ela se aproximou um pouco mais e todos nós nos curvamos, em uma reverência muda e cheia de respeito. Mas mostrando que era uma regente benevolente e muito próxima de seu povo, a rainha apenas fez um gesto, indicando que deveríamos nos erguer.

― Aurora, como é bom ver você! ― ela disse, demonstrando real alegria por este fato. ― Ter você de volta é mais do que uma certeza de que o bem pode mesmo vencer o mal…

Aurora sorriu timidamente, pois apesar daquilo ser tudo o que ela mais desejava, eu sabia que a minha amada também se preocupava com tudo o que estava acontecendo no Plano Comum.

― Majestade, para mim também é uma alegria poder vê-la! ― ela disse com sinceridade. ― E o bem venceu o mal, sim, porém, ainda não totalmente, pois ainda existe um exilado aqui de Carmesim que está a interferir no equilíbrio do Plano Comum…!

― Conte-me tudo isso, Aurora! ― ela exigiu, enquanto indicava que deveríamos nos sentar nas poltronas de modelo medalhão e estofado escarlate, que ali haviam. ― Agora que está de volta, estou disposta a ajudar no que for!

Aurora então contou à rainha sobre toda a história que envolvia Anderson e os seus crimes, e com isso, acabou precisando me apresentar a ela também, e apesar de eu não ter nenhuma magia correndo no meu sangue, a monarca não pareceu se importar.

― Minha nossa, infelizmente somente o exílio não foi o bastante para este sujeito… ― ela disse, cheia de pesar. ― Então, apesar de eu não gostar de aplicar penas tão severas, por aqui terei que condenar esse tal de Anderson Village à forca!

― Majestade, aproveite e condene a bruxa careca também, antes que ela amaldiçoe mais alguém! ― o pai de Aurora disse, com medo de que aquela mulher invejosa aprontasse mais alguma maldade.

― Agora que sei que a Aurora está bem, posso fazer isso mesmo… ― a rainha falou, demonstrando que faria aquilo mesmo.

Logo após isso, o meu futuro sogro me apresentou mais profundamente à rainha Brisa, e ao ela saber tudo o que eu havia feito para que a Aurora sobrevivesse e retornasse ao Plano Mágico, a monarca declarou que eu e minha irmã éramos muito bem-vindos para viver ali em Carmesim.

E com isso, eu e Aurora informamos à rainha sobre a nossa união ― e apesar de já termos declarado em palavras que estaríamos unidos para sempre ―, ainda faltava a gente oficializar o nosso casamento, e sabendo que Anderson e a bruxa careca receberiam a sua punição, nós ficamos mais tranquilos, então simplesmente nos despedimos da monarca e voltamos para a casa dos pais de Aurora a fim de começarmos a planejar o futuro.

Nas semanas que se seguiram, eu tentei me adaptar à realidade de Carmesim, e enquanto a mãe de Aurora e ela preparavam tudo para o nosso casamento, eu e o pai da minha noiva fomos atrás de uma ocupação para mim, e também começamos a preparar a nossa futura moradia, pois eu e a minha noiva não podíamos ficar morando com os pais dela, depois de casados.

Ali no Plano Mágico não existiam faculdades, pois todos ali nasciam com algum dom, então era bem mais fácil de saber com o que iriam trabalhar, mas eu precisaria aprender a me dedicar a algo, caso quisesse fazer realmente parte daquele lugar.

A minha irmã, porém, se adaptou facilmente a tudo, e foi impressionante para mim ― de uma forma triste ―, perceber que a Larissa sequer perguntou sobre os nossos pais. Ela não sentia falta deles, pois, na verdade, eles nunca cuidaram dela, assim como também fizeram comigo. Então para a minha irmãzinha, bastava estar ali comigo e com a Aurora.

Todavia, eu tive que explicar muito bem para a Larissa, que como a nossa nova moradia era um reino mágico, o nome de Aurora já não era mais Agatha, e novamente ela pareceu aceitar tudo muito bem.

Contudo, não tardou e o dia da condenação chegou. Anderson havia sido resgatado do Plano Comum, e foi mantido preso por grilhões mágicos, para não conseguir fugir. Todavia, para consertar tudo o que ele havia feito, a rainha precisou usar magia ― o que não era aconselhado de se fazer no Plano Comum.

A monarca enviou um mago especializado em cura, que se disfarçou de médico e ficou cuidando de Sabrina, de modo que ela já não corria mais risco de vida. E para limpar a barra da empregada injustiçada, eles tiveram que hipnotizar Anderson, controlando assim a sua mente e lábios, e fazendo ele confessar o crime que havia cometido. Todavia, logo após ele simplesmente desapareceu do Plano Comum, fazendo todos acreditar que ele havia fugido, porém, Anderson apenas havia sido levado de volta a Carmesim. 

Naquele instante então, todos se reuniram na praça do vilarejo, a fim de executar os dois criminosos que haviam desestabilizado o mundo mágico. E apesar daquela ser uma cena muito impactante de se ver, resolvemos assistir tudo, até o fim, pois aquela seria a nossa vingança.

Eu segurei bem forte na mão de Aurora, e quando Anderson foi colocado sobre o local de onde seria executado, ele nos encarou, completamente enraivecido por termos impedido os seus planos macabros. A bruxa careca, por sua vez, se mostrou uma grande lunática, pois plantou um sorriso malicioso em sua face, como se estivesse indo para um baile, e não para a forca.

A rainha então se aproximou do centro da multidão, com o seu cetro na mão e um olhar entristecido na face. E enquanto isso, vários guardas cuidavam da região, a fim de impedir que os condenados tentassem armar mais alguma.

― Nós do Plano Mágico, sempre prezamos pelo bem e pela vida, e jamais queríamos ter que chegar a este ponto… ― ela disse, parecendo realmente estar penalizada. ― Mas diante de todas as circunstâncias, para que fique claro de uma vez por todas que não vamos aceitar que a maldade faça parte do nosso meio, eu condeno o Sodré e a bruxa careca à forca! ― Em seguida, a rainha olhou para os guardas, indicando que havia chegado o momento. ― Pode executá-los!

― Vocês são um bando de vermes! ― Anderson gritou, mostrando a sua real face a todos. ― Eu prefiro morrer mesmo, a ver tanta gente burra reunida em um só lugar!

A bruxa careca, no entanto, parecia ter enlouquecido de vez, pois não disse nada, apenas gargalhou bem alto, como se ela tivesse ganho aquela batalha.

Todavia, eles haviam perdido, pois bastou apenas mais um olhar da rainha Brisa, para que os dois fossem executados, marcando desse modo as nossas memórias com aquela cena fúnebre, mas por outro lado também, nos dando a certeza de que o nosso momento de paz finalmente havia chegado.

E assim, eu caminhei de volta para casa de mãos dadas com a Aurora, sabendo que nada mais poderia nos impedir de ficarmos juntos para sempre.


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