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Capítulo 17

Como era bom estar de volta ao meu mundo, tanto que me vi com lágrimas nos olhos. Todavia, era ainda melhor retornar para o meu lar ao lado do meu grande amor.

Nada ali em Carmesim havia mudado, então era como se não tivesse se passado nem um dia desde que eu havia sido obrigada a renascer no Plano Comum. Todavia, para mim, parecia que já fazia uma eternidade, tanto que puxei Marcelo e Larissa em direção à casa da minha família, pois eu sentia muita saudades deles.

Eu não sabia como eles iriam reagir, mas eu estava mais do que animada para revê-los.

Enquanto caminhamos pelas ruas tranquilas da minha vila, eu percebi que todos nos olhavam como se fôssemos um espetáculo… E, na verdade, era bem provável que fôssemos mesmo, pois ninguém acreditava que eu pudesse vencer a maldição lançada pela bruxa!

Cheguei até a antiga casa dos meus pais e percebi que nada havia mudado por ali também, mas como eu não sabia se as aparências estavam me enganando, resolvi tocar na porta e esperar que viessem nos atender.

Naqueles minutos de espera eu olhei para o Marcelo, que parecia tão feliz quanto eu, e logo depois olhei para a Larissa, que parecia deslumbrada com as construções bonitas de Carmesim.

Não demorou muito, porém, para que a minha mãe surgisse ali, limpando a mão no avental e cantarolando uma antiga canção, que ela tanto amava.

Contudo, ao me ver, ela quase não pareceu acreditar, pois era como se visse um fantasma, que provavelmente estava muito presente em suas lembranças.

― Aurora? É você mesmo? ― mamãe perguntou e logo correu para me abraçar, se certificando então, de que eu não era uma miragem. ― Oh, é você mesmo!

Enquanto lágrimas saudosistas escorriam dos olhos de mamãe, eu a abracei bem forte, pois tudo o que eu mais quis em toda a minha vida no Plano Comum, era voltar para aquele lugar e para a minha família.

― Mamãe, eu consegui! ― eu disse, ainda sem soltar do nosso abraço. ― Eu venci a maldição da bruxa careca!

Logo em seguida, minha mãe me soltou e só então pareceu notar a presença de Marcelo e Larissa ali, que observavam com entusiasmo, a nossa demonstração de afeto.

― Mamãe, este é o Marcelo… Ele é o responsável por eu estar viva... e é com ele que quero me casar! ― eu disse, pois queria que a minha família aceitasse o meu noivo, mesmo ele não tendo sangue mágico a correr por suas veias. ― E esta é a pequena Larissa, que é a irmãzinha dele!

― Sejam muito-bem vindos, queridos! ― a minha mãe disse, carinhosa como sempre. ― Eu acabei de assar uma torta de maçã!

Logo nós entramos ao aconchego do meu antigo lar, e assim que pisamos ali, pudemos sentir o aroma doce da torta de mamãe. Eu logo me vi com lágrimas nos olhos, pois sentia muita falta de tudo aquilo.

― Mamãe, antes eu precisava falar com a rainha, pois um dos exilados aqui de Carmesim tentou me usar como passagem de volta para o Plano Mágico, e para isso, acabou prejudicando pessoas do Plano Comum… ― eu falei com desespero, mesmo que apenas quisesse me sentar e comer a torta de mamãe. ― Nós não podemos deixar que aquele assassino desequilibre o Plano Comum com as suas tramoias!

Minha mãe pareceu ficar séria, pois sabia que quando se tratava de exilados, o perigo era real. Afinal, só alguém que tivesse feito algo muito ruim mesmo, era expulso ali de Carmesim.

― Eu mandarei que chamem o seu pai, para que ele possa vos acompanhar até o castelo… ― minha mãe disse, demonstrando estar muito preocupada. ― Mas antes me diga, filha: quem é o exilado, e o que ele fez no Plano Comum?

― O nome dele aqui em Carmesim era Sodré, mas no Plano Comum ele se chama Anderson Village… ― eu disse e logo vi o reconhecimento brilhando nos olhos de minha mãe. ― Ele tentou me envenenar, mas acabou envenenando a própria irmã, pois a empregada acabou trocando os copos de lugar… Mãe, o pior é que a empregada está sendo julgada por algo que não fez!

― Nós vamos dar um jeito nisso! ― minha mãe falou, e ao ver que Larissa estava ficando assustada, amainou a expressão de sua face. ― Agora que tal se nós servirmos uma generosa fatia de torta para essa linda menina? E que tal também colocarmos esse gentil coelho no quintal, onde ele poderá comer hortaliças à vontade?

Eu sorri para a minha mãe e então peguei Jack dos braços de Larissa ― que o havia pego eu nem sei quando ―, e então me encaminhei para o quintal, a fim de deixar o meu coelho lá.

Quando eu retornei, todos já estavam sentados à mesa, com uma generosa fatia de torta de maçã às suas frentes. Eu me sentei junto de Marcelo, enquanto a minha mãe servia um chá de canela para nós.

O meu noivo apertou a minha mão por baixo da mesa e então sorriu para mim, me passando forças. Eu tentei me acalmar, pois a parte mais difícil nós havíamos conseguido concluir, que era chegar no Plano Mágico.

― Com licença, eu tenho uma dúvida… ― Marcelo falou, parecendo realmente muito intrigado. ― Pelo que vejo, você voltou para cá com a mesma aparência de antes, mas já se passaram anos, pois você precisou renascer no Plano Comum… Como isso é possível?

A minha mãe sorriu para Marcelo, pois era natural que ele se sentisse confuso, pois, na verdade, tudo funcionava de forma muito diferente mesmo por ali.

― O tempo aqui passa bem mais devagar do que no Plano Comum, ao modo que não se passaram muitos anos aqui em Carmesim, desde que a Aurora foi amaldiçoada pela bruxa careca… ― ela explicou com toda a paciência do mundo. ― Então ninguém vai reparar em nada, mas mesmo assim vocês serão o centro das atenções, pois dificilmente alguém vence uma maldição como esta!

A minha mãe se viu novamente emocionada, pois creio que ela pensou que nunca mais me veria. Todavia, eu tive muita sorte, pois nos últimos minutos, eu havia conseguido encontrar o meu par perfeito.

― Eu vou demorar a me acostumar com tudo isso… ― Marcelo murmurou, enquanto bagunçava os cabelos escuros.

― Mas irá, pois agora terá a vida inteira para se acostumar com os detalhes do Plano Mágico!

O meu noivo sorriu para mim, não parecendo estar nem um pouco incomodado com o fato de que não iria mais voltar, e Larissa, muito menos, parecia se importar, pois estava sendo tratada por minha mãe feito uma princesa.

Naquele instante, no entanto, sem que precisasse ser avisado, o meu pai entrou ali na cozinha, todavia, estacionou na porta, muito impressionado, ao ver aquele tanto de gente dentro de sua casa.

Contudo, depois do susto inicial, ele veio correndo em minha direção, no mesmo instante em que me levantei para abraçá-lo. E assim nós nos jogamos nos braços um do outro, totalmente em lágrimas.

― Minha filha! ― meu pai disse, enquanto acariciava os meus cabelos indestrutíveis. ― Eu sabia que voltaria! Eu sabia que conseguiria!

― Eu consegui, sim, papai ― eu disse, enquanto olhava para o seu rosto, calejado pelo tempo. ― Mas só consegui porque o Marcelo é um grande intrometido…!

O meu pai então olhou para o meu noivo e sorriu para ele, parecendo prever que aquele seria o seu genro.

― Me conte essa história direitinho! ― meu pai pediu, cheio de bom humor em sua voz.

Depois de eu contar para o meu pai sobre como o Marcelo havia surrupiado o meu livro e matado toda a charada sobre a minha existência no Plano Comum, eu tive que entrar novamente no tópico mais complicado daquela história, que era a aparição de Anderson, e prevendo que aquela parte era pesada demais para uma criança, a minha mãe convidou a Larissa para ir ver as suas flores, restando ali então somente eu, meu pai e o Marcelo.

― Pai, eu preciso da sua ajuda para falar com a rainha, pois não podemos deixar esse criminoso impune!

― Nós faremos isso, filhinha! ― meu pai disse, enquanto se abaixava e beijava a minha testa. ― E vamos aproveitar e anunciar o seu retorno e casamento também, Aurora, pois somente assim poderemos garantir que a bruxa careca receberá a sua punição.

― Eu mal posso esperar por isso, papai ― eu confessei, pois estava muito cansada de lutar. Eu apenas queria viver em paz ao lado do Marcelo. ― E obrigada por nos apoiar…!

― Como eu não poderia apoiar o amor verdadeiro? ― meu pai perguntou, com um sorriso no rosto. ― Se este rapaz ajudou a salvar a sua vida, minha filha, eu agora o tenho como o meu filho também!

Marcelo sorriu e apertou a mão de meu pai, e pelos seus olhos pude ver o quanto estava emocionado, afinal, em seu próprio mundo, meu noivo não havia recebido nenhum afeto dos pais. Mas ali ele teria uma família, e isso já era um começo muito bom.

― Eu cuidarei da Aurora com a minha própria vida! ― Marcelo disse, sabendo que ali eu não deveria me chamar Agatha mais.

― Eu tenho certeza disso, rapaz! ― meu pai disse com cortesia. ― Mas agora vamos, pois mal posso esperar para ver esses dois pagando por tudo o que fizeram para a minha Aurora!

Com isso, nós nos despedimos temporariamente de mamãe e de Larissa, e partimos rumo o castelo, pois era ali que resolveríamos as últimas pendências que faltavam, antes do nosso final feliz.


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