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Capítulo 15

Quando eu acordei, percebi que a Agatha estava apreensiva, encolhida em um canto do meu quarto. Ela olhava pela janela com um olhar tão sofrido, que quase me perguntei se havia feito algo de errado. Contudo, ao tentar encontrar uma resposta, percebi que tudo estava tão bem na noite anterior, que não teria como eu saber o que estava fora do lugar; ao menos não sem perguntar diretamente para a Agatha.

Eu então me levantei da cama e me aproximei dela, abraçando-a por detrás. Com cuidado, eu beijei o topo da sua cabeça, só para que a Agatha soubesse que eu estava ali, somente para ela.

― O que houve, meu amor?

― Amanhã é o meu aniversário, Marcelo... ― ela disse, enquanto me olhava com os seus grandes olhos cor de mel. ― E eu ainda não sei como salvar a pele da empregada, e nem muito menos sei, se a Sabrina vai sobreviver... E quanto mais eu penso nisso, mais eu chego à conclusão de que só conseguirei consertar tudo o que o Anderson aprontou por aqui, voltando ao Plano Mágico...

Algo então se acendeu em mim, ao eu perceber que tudo aquilo, na verdade, parecia depender somente de mim; ao menos era aquilo o que dizia no livro "O desaparecer da Aurora".

E parecendo um louco que luta contra o tempo, eu logo puxei a Agatha pela mão, fazendo com que ela ficasse de pé. Eu então a puxei para fora do quarto, enquanto ela me olhava com uma grande interrogação estampada na face.

― Venha comigo, pois eu tenho uma surpresa para você! ― foi tudo o que eu disse, ignorando temporariamente o assunto sobre o Anderson.

A Agatha pareceu dar de ombros, ainda me achando um maluco. E então nós saímos dali e fomos direto para o meu carro, sem nem tomar o café da manhã, ou ao menos sem nem mesmo nos despedirmos de ninguém.

E enquanto eu ligava e dava a partida no meu automóvel, ela me encarava, assim como se eu fosse um extraterrestre que a convidava para um passeio em sua nave espacial.

Porém, como não havia muito tempo, eu apenas dei de ombros e me pus a dirigir na direção de um lugar que eu gostava muito; e que eu esperava do fundo do meu coração, que ela gostasse também. Afinal, aquele momento que viveríamos, se tornaria muito importante, mesmo que terminasse bem ou mal.

E enquanto eu fazia isso, apenas me concentrei em pensar em como eu poderia fazer para que todos os meus planos ocorressem de forma perfeita.

E após mais ou menos uma hora, nós chegamos em um dos meus lugares favoritos no mundo.

O local onde nos encontrávamos era afastado de qualquer área urbana, então eu poderia dizer que havia natureza em todo o nosso derredor. Mas o que fazia o local ser perfeito, era que ali, bem perto de um lago onde toda a sorte de flores parecia crescer, colorindo tudo, havia uma casinha em miniatura, construída na base de uma montanha rochosa, e que poderia ser descrita como uma típica construção de contos de fadas.

Na verdade, aquele lugar poderia ser facilmente confundido com a casa dos Sete Anões, do filme da Branca de Neve.

Ao redor haviam vários animais, e os ecos da natureza pareciam produzir uma melodia através do ar. A Agatha então me olhou com admiração, mesmo que ainda não compreendesse totalmente o que estávamos fazendo ali.

Eu a convidei então de forma muda a entrar, e ao se ver ali dentro, era como se a própria magia tivesse invadido aquela casinha, pois de forma muito misteriosa, todo um desjejum estava servido para nós dois, de forma muito convidativa.

Eu encarei a Agatha e ela apenas fez que sim com a cabeça, me dizendo que aquilo era mesmo coisa do seu Mundo. E percebendo que tudo estava conspirando a favor, eu me abaixei logo aos seus pés e disse:

― Agatha, você quer se casar comigo?

Ao ver que os seus olhos ficaram marejados e que ela levara automaticamente as mãos aos lábios, parecendo estar muito incrédula com aquele pedido, eu logo comecei a ficar nervoso, ao crer que talvez eu tivesse entendido tudo errado, e que dessa forma, aquela não fosse a escolha certa.

― Eu sei que não tenho um anel e que ainda somos jovens demais, mas eu te amo muito e...

A Agatha então simplesmente pulou nos meus braços e apenas me beijou, com bastante intensidade, me fazendo calar a matraca, na marra.

― Isso é tudo o que eu mais quero, Marcelo! ― ela disse com bastante euforia, mas logo após murchou, assim do nada. ― Mas eu não quero que se case comigo só porque é disso que preciso para conseguir me salvar...

E então foi a minha vez de calar a Agatha com um beijo, e depois de aproveitarmos aquele segundo de conexão através das nossas bocas, eu apenas a encarei e disse:

― Eu sei que é disso que você precisa para voltar ao seu Mundo... mas como eu poderia não desejar me casar contigo, sendo que você é todo o meu universo?

As lágrimas então começaram a descer aos borbotões pela face da Agatha, mas ao mesmo tempo, um grande sorriso cobria todo o seu rosto naquele instante.

― Mas você está mesmo disposto a abrir mão de tudo o que tem aqui e ir comigo para o Plano Mágico? ― ela questionou com apreensão. ― Depois disso, nós nunca mais poderemos voltar...

― Eu não tenho nada aqui, além da minha irmã, Agatha ― eu disse com seriedade. ― Os meus pais não me amam e o meu único amigo, era, na realidade, uma grande farsa, então eu não tenho quase nada a perder aqui. E, com certeza, nada também é maior do que o meu amor por você. Afinal, é você, minha Aurora, quem me faz sentir vivo novamente!

― Nós podemos levar a Larissa com a gente, caso você acredite que ela vá se adaptar a um novo mundo...

Eu suspirei de alívio, pois com a minha irmãzinha ao meu lado, já não havia mais nada que me fizesse hesitar, nem por um instante, ao decidir abandonar aquela vida e aquele lugar, para sempre.

― Qual é a criança que não gostaria de viver em um eterno conto de fadas? ― eu perguntei, com um grande sorriso na face. ― Ela vai simplesmente amar tudo, Agatha!

― Então vamos logo tomar o nosso café da manhã muito mágico, e depois vamos de uma vez buscar ela, pois nós não podemos deixar que vire o dia e que assim, eu complete aniversário, ou então tudo estará perdido para nós!

― Nem fale algo assim, meu amor! ― eu disse, mesmo sentindo do fundo do meu coração, que tudo iria dar certo no final.

Afinal, o que poderia ser mais forte e mais poderoso do que um amor verdadeiro e que era capaz até mesmo de quebrar todas as barreiras entre o tempo e a magia?

Na minha visão, nada mais poderia ser maior, ou mais forte do que o que eu sentia pela Agatha. E por mim, eu viveria facilmente com ela, até mesmo depois da eternidade.

Nós aproveitamos então o nosso delicioso café da manha de noivado. E enquanto eu comia toda a sorte de quitutes oferecidos pelo Plano Mágico, eu decidi que aquela também era a melhor decisão para que conseguíssemos, finalmente, parar o tão perigoso e falsário, Anderson Village.

Afinal, no outro mundo haviam muito mais recursos do que ali, onde todas as coisas eram estritamente humanas e muitas das vezes também, muito injustas.

Então depois de darmos uns amassos ali naquele lugar tão pitoresco e isolado, nós resolvemos ir embora, para que pudéssemos resgatar logo a Larissa, e depois partir para sempre para o Plano Mágico.

Todavia, o que ainda não sabíamos e nem sequer imaginávamos, imersos naquele segundo de alegria infinita, era de que ainda estávamos muito distantes do momento em que finalmente nos veríamos em paz e de que também, enfim poderíamos apertar o famoso botão de “felizes para sempre” ― se é que isso existia plenamente em qualquer realidade ―, pois ao chegarmos de volta em minha casa, encontraríamos tudo revirado, e dessa forma, teríamos que enfrentar juntos, o mal que tanto nos assolava e ameaçava, ali no Plano Comum.

E o pior, era que teríamos menos de vinte e quatro horas para resolver isso, antes que tudo chegasse ao fim, de forma muito trágica.


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