Capítulo 11
Não falamos nada, enquanto andávamos, olhando as ondas se quebrarem aos nossos pés. Eu estava nas nuvens, contemplando os resquícios do sabor doce dos lábios de Agatha, que ainda estavam em minha boca.
Ela parecia também distante, enquanto observava o horizonte e o sol sumirem, se afogando nas águas do oceano.
Seguimos para casa, sorridentes, enquanto o som do rádio ecoava pelo carro. Parecia não haver necessidade de palavras. Estávamos bem ali, naqueles instantes silenciosos, escutando apenas as nossas respirações.
E eu, revia a cada instante em minha mente, a cenas em que a Agatha estivera em meus braços.
Ao adentrarmos na nossa residência, nos despedimos com sorrisos e olhares. Fomos então para os nossos quartos, pois estávamos repletos de areia e sal da praia. Ambos precisavam de um bom banho, antes que o jantar fosse servido.
Ah, o jantar… e eu mal podia esperar por ele. Não que eu estivesse com fome, mas sim, que eu estava faminto por mais um encontro com a Agatha.
Desci as escadas correndo e como me antecipei muito para a aquela refeição, eu resolvi me acolher na biblioteca, já que a Agatha não estava em parte alguma.
Escancarei a porta e entrei ali, e não demorou muito para que eu encontrasse novamente a Agatha, vasculhando os livros.
Encarei-a por alguns instantes, me perguntando se ela estava em busca de algum volume para ler, ou se mais uma vez, estava tentando esconder o seu livro ali. Eu não gostava daquela ideia, pois não aprovava nem um pouco que outra pessoa o lesse. Era como se ele me pertencesse um pouco e, com certeza, eu tinha muito ciúmes de suas páginas e, principalmente, da garota que se escondia ali em sua história.
Observei-a em silêncio, até que ela me notasse ali, levando um susto e quase despencando da escada.
Agatha parecia estar um pouco nervosa, apesar de saber que eu tinha conhecimento sobre o seu livro. Porém, somente por um instante, eu me perguntei se tudo aquilo não era culpa do beijo que havíamos trocado em meu carro.
Aproximei-me, enquanto ela parecia pensar em uma desculpa para me dar. Eu havia franzido o cenho no momento em que a havia visto naquela escada, e creio que mesmo deixando de lado a curiosidade em relação a isso, eu estava muito mais preocupado com outras coisas naquele momento.
Estava preocupado com a Agatha. E com o que seria de nós.
― Aqui é o lugar mais seguro ― ela disse e se aproximou, cochichando. O seu hálito fresco afagava o meu pescoço, deixando todos os meus poros muito elétricos. ― Aqui há muitos livros. E eu o escondi muito bem ― prosseguiu falando baixo.
― Viremos aqui todos os dias para conferir que ele está mesmo bem escondido ― anunciei, mas pensando em outra coisa.
Aproximei-me, tocando os seus cabelos feito de aço, e fazendo-a se calar por um instante.
― Marcelo... ― ela falou, parecendo querer me avisar de algo.
Porém, eu apenas queria ignorar qualquer coisa que estivesse ao nosso redor. Eu só conseguir pensar em ter a Agatha todinha só para mim.
― Shhh! ― resmunguei, levando um dedo meu aos lábios dela. ― Esqueça-se de tudo.
Pude sentir o seu coração se acelerando, a sua respiração se apressando e os seus lábios tremendo levemente, enquanto eu me aproximava.
Procurei a sua boca com bastante voracidade, mostrando que os meus hormônios estavam em ebulição e então a enlacei pela cintura e a encostei contra uma das estantes, para que os nossos corpos ficassem bem juntos, quase sincronizados.
Senti-a arranhar a minha nuca, me fazendo gemer de satisfação, enquanto eu aprofundava o nosso beijo, buscando explorar cada canto da sua boca perfeita.
Eu não sabia exatamente se era por que a Agatha não podia ser tocada por mais ninguém, mas enquanto eu me entorpecia com o gosto de seus lábios, ela parecia ceder ao meu toque quase que por completo, enquanto as minhas mãos passeavam por toda as suas costas, acordando todas as células de seu corpo. Eu podia sentir a Agatha se arrepiar toda contra as minhas carícias, enquanto eu me perguntava o que ela faria, caso eu apertasse a sua bunda bonita.
Continuamos a nos enlaçar através do beijo, enquanto eu afagava a maciez dos cabelos de Agatha e segurava firme na base das suas costas, tanto que nem escutamos a porta se abrir.
A verdade era que estávamos integrados demais um ao outro, para notar que Anderson estava ali e já se aproximava de nós.
Porém, ao avistar ele, a Agatha aparentou ficar nervosa, me empurrando de encontro à estante paralela da qual estávamos encostados.
Ela me estapeou logo após, se afastando de mim. Contudo, eu sabia de alguma forma, que ela não estava zangada comigo. Apenas parecia não querer que ninguém soubesse o que andávamos fazendo naquele dia.
― Não se atreva a tocar em mim mais! ― ela sibilou, mas eu pude ver que o que se escondia atrás de sua voz, era somente medo.
Porém, eu não sabia exatamente do quê.
― Que? ― eu perguntei, franzindo o cenho.
Todavia, ela me ignorou, partindo rapidamente e deixando-me ali com o meu amigo, que se aproximava, olhando ela ir embora.
Anderson adentrou no corredor de estantes onde eu estava e parou do meu lado, lançando-me um olhar de deboche, que só ele sabia fazer, quando as coisas aparentemente estavam dando mal.
Eu costumava me divertir com aquilo, mas naquele dia, somente a aparição dele, me impedindo de ir atrás de Agatha, já estava me irritando.
― Dia intenso? ― ele perguntou.
― Muito ― respondi, bem seco.
― Parece que o ódio mudou de cara, hein?
Ele olhou para a porta, indicando a Agatha. Fiz que sim com a cabeça.
― Não da parte dela, hein?
― É, Anderson. Não da parte dela.
― Está irritadinho? ― ele gargalhou. ― Desde quando se importa tanto com uma paquera?
― A Agatha não é só uma paquera!
― E o que é a Agatha então?
― A Agatha é a Agatha, oras!
― Está apaixonado hein, amigo? ― ele sussurrou, parecendo debochar. ― Tome cuidado!
― Ei, não quero ser mal educado com você, Anderson, mas hoje não estou com humor para brincadeiras.
― Ela mudou mesmo você, amigo.
― A gente precisa mudar às vezes.
― Não por uma garota.
― O que tem contra a causa, hein? ― Cutuquei-o, tentando mostrar para ele que não queria a sua companhia naquele momento.
― Nada, cara! ― bufou, dando de ombros. ― Eu só quis ajudar, mas parece que alguém está com um péssimo humor, e também aparenta não querer conversar com os amigos hoje.
― Me desculpa tá, Anderson? ― eu me desculpei, afinal, ele não tinha culpa. ― Eu não estou muito legal hoje. Será que podemos conversar depois?
― Claro! ― Ele sorriu. ― Só vim lhe devolver o livro. ― Entregou-me o volume de capa obscura. ― Muito boa esta ficção.
― Quer mais algum livro?
― Queria ler aquele que estava lendo, mas já devolveu para sua amiga, não é mesmo?
― Sim. Infelizmente.
― Uma grande pena, amigo ― ele disse, acenando e se virando para partir.
Quando ele estava próximo da porta, o chamei:
― Anderson ― eu gritei. ― Me desculpe por isso.
― Tudo bem.
Ele deu de ombros, indo embora. E eu fiquei me sentindo confuso e culpado. Afinal, eu sempre era bem tratado na casa do meu amigo.
Depois de alguns minutos pensando, subi para o meu quarto. Eu estava sem fome. O meu apetite havia ido embora, depois do que havia acontecido com a Agatha e eu naquela biblioteca.
Tudo estava indo bem demais para acabar assim, com a simples chegada de Anderson.
Deitei-me em minha cama e apaguei a luz, relembrando dos beijos que trocamos e tentando entender como ficaríamos depois de tudo aquilo.
Eu estava um pouco aéreo, mas não o bastante para deixar de ouvir uns passos no corredor. Depois de alguns segundos, escutei um toque na porta, mas não estava mesmo a fim de jantar.
― Não vou jantar, mãe!
― Sou eu, Marcelo... A Agatha ― ela disse, como se precisasse anunciar o seu nome para eu reconhecer a sua voz. ― Posso entrar?
― Pode ― eu disse, já me levantando da cama e indo até ela.
A Agatha acendeu a luz e eu notei em sua mão, uma bandeja com dois pratos fumegantes, assim como eu gostava. Procurei em seu olhar algum indício sobre o que significava aquilo.
― Eu disse aos seus pais que precisava conversar com você. Eu disse a eles que tinha dúvidas no colégio, e que queria lhe perguntar se poderia me ajudar... ― Ela me encarou, se sentando na beira da minha cama e me encarando com os seus olhos cor de mel. ― E eles me disseram que poderíamos jantar aqui em cima, assim poderíamos conversar em paz.
― Por que saiu daquele jeito? ― eu questionei, ignorando a comida que começava a eriçar o meu estômago novamente. ― Não estávamos fazendo nada de errado e você parecia gostar…
Toquei a sua face, tentando trazê-la para perto de mim.
― Prometo que te explico tudo depois ― ela disse. ― Agora vamos comer. Eu não quero perder o apetite, falando sobre isso.
― Está tudo bem. ― Eu sorri, enquanto ela me passava um dos pratos vaporosos com tudo o que a dona Sônia sabia fazer de melhor.
Comemos tudo, porém sem desgrudar os olhos um do outro. Colocamos os pratos de lado, sobre a bandeja e nos aproximando em cima da cama, deixando apenas as nossas mãos se tocarem.
― E aí? ― eu a chamei de maneira divertida. ― Qual é a duvida no colégio?
― Como se resiste a tudo isso?
― A isso o quê? ― perguntei, um pouco desentendido.
― A isso que está acontecendo entre nós dois ― ela disse de forma sugestiva.
― Não se resiste, simples assim.
― Como assim?
― Assim! ― eu disse, antes de deitá-la ali mesmo na minha cama e beijá-la fervorosamente.
Era incrível, principalmente para mim, como cada movimento nosso se encaixava. A Agatha nunca havia beijado ninguém antes, ― não sem se machucar ― então não sabia quão diferente e pior era beijar outra pessoa.
Acariciei o macio dos seus braços, enquanto eu pesava em seu corpo, sugando os seus lábios para dentro da minha boca. A Agatha não parecia estar incomodada com o meu corpo sobre o dela, muito pelo contrário.
Mas apesar de trêmula embaixo de mim, eu ainda não havia tentado nada mais brusco. Contudo, confesso que eu queria muito e que a Agatha sabia perfeitamente disso.
Eu não havia tentado tirar a sua roupa, mesmo estando excitado, então ela confiava em mim.
Paramos alguns instantes, somente para recuperar o ar. Deitei-me então ao seu lado e apaguei a luz, apenas tocando a suavidade de seus dedos finos.
Ficamos calados, respirando e pensando. E eu, apesar de muito ávido pela Agatha, sabia que aquele momento não era o certo para tentar nada mais. Parecia ser um pouco cedo para tentar transar com ela. Afinal, aquela garota estava começando a confiar em mim naquele instante. E eu não podia estragar, tentando fazer aquilo.
― O que queria me explicar? ― eu perguntei, virando-me de lado para olhar para ela.
― Eu preferia não estragar o dia de hoje, te contando isso ― ela disse de maneira cautelosa. ― Podemos falar sobre isso amanhã?
― Sim. Mas somente se aceitar uma coisa... ― eu propus, de maneira um pouco maliciosa.
― Que coisa?
― Participar de uma festa do pijama, comigo...
― Festa do pijama?
― É. Nós dois aqui, de pijamas, conversando e vendo filmes até dormir.
― Hum. ― Ela pareceu pensar. ― Não sei se é boa ideia, Marcelo...
― É boa ideia, sim ― insisti. ― Nós só vamos conversar e fazer isso ― eu disse, antes de beijá-la. ― Nada mais do que isso.
― Tudo bem.
Ela sorriu, parecendo estar animada.
― Então vá buscar o seu pijama de florzinha ― eu disse. ― Estarei te esperando.
Agatha levantou-se, apanhando a bandeja e se encaminhando para a porta. Porém, ao parar na soleira, me olhou, parecendo ter uma dúvida que lhe atormentava.
― O que os seus pais vão achar disso tudo?
― Diga a eles que está com dúvida em uma matéria qualquer, e que eu propus de te ajudar ― eu disse. ― Diga que mais tarde você vai ir para a sua cama.
― Tudo bem.
Ela não parecia certa sobre aquilo, mas aceitou, sumindo corredor à fora.
Agatha retornou ao meu quarto, me deixando completamente feliz. Nós nos deitamos juntos em minha cama. Ela parecia contente também, como se aquela simples noite do pijama fosse tudo o que ela ainda não havia vivido.
Resolvi colocar um filme, mas tudo o que fizemos foi falar e nos beijar, quase o tempo todo. Não assistir a nada foi inevitável, com ela ao meu lado.
― Acabou que não soubemos o que aconteceu com a menina... ― falou Agatha, em relação ao filme. ― Será que deixaram ela mesmo sozinha naquele lugar horrível?
― Depois podemos ver o filme direito, se quiser.
― Eu quero.
Agatha então se esticou em minha cama, enroscando-se na coberta.
― Está com sono? ― questionei-a, um pouco desapontado.
― Não. Mas aqui está tão quentinho…
― Poderia ficar um pouco mais quente... ― propus com malícia.
― O quê? ― ela disse, corando.
Deu para perceber em seus olhos que ela não esperava por isso; não dito assim de supetão.
― A gente poderia ficar mais perto e… ― sugeri, cheio de intenções.
Agatha se calou, apenas me encarando. Todavia, depois de alguns segundos, percebi que aquela era a sua deixa, para que eu me aproximasse.
Não houvera confirmação, porém acreditei que a Agatha usava apenas a tática do “quem cala consente”.
Aproximei-me dela, encostando os meus lábios nos dela, fechando os olhos e me aconchegando sobre o seu corpo, que eu queria muito conhecer.
Ela não tentou se afastar, nem tampouco se retesou em meu colchão, apenas pareceu se sentir bem, ali. Tanto que senti vontade de quase devorá-la em um beijo, de tão próximos que estávamos.
As minhas mãos ansiosas intercalavam carícias em seus braços e nuca, mas confesso que tudo o que eu pensava de fato, era em arrancar toda a sua roupa e vê-la logo toda nua e gostosa ali, só para mim.
Agatha passeava com a mão por minhas costas, acendendo em minha pele um caminho muito elétrico. Os nossos lábios não se desgrudaram um só instante, roubando todo o nosso fôlego com sofreguidão, e nos deixando muito ofegantes.
Eu não queria parar, pois queria vê-la bamba de prazer, enquanto gemia contra os meus lábios. E como se eu estivesse com sorte, a Agatha parecia ceder a cada beijo que eu lhe dava.
Comecei a entrar em um estado então, em que toda a minha pele parecia queimar. Eu não pensava em parar, ainda mais quando a Agatha me puxava nada docemente pela nuca, mostrando que não queria que eu a abandonasse; que não queria que deslocássemos os lábios um do outro.
Porém, ela parecia não notar o que aquele o seu convite me causava, ou se notava, não dizia e nem se afastava.
O meu coração estava pronto para explodir a cada movimento que ela fazia, somente em busca de estar mais perto de mim.
Todos os meus ossos pareciam ceder, em uma implosão de desejos, que eu não conseguia mais refrear.
Era impossível tentar me segurar, sendo que aquilo era tudo o que eu havia sentido de mais intenso em toda a minha vida.
É lógico que eu já havia feito sexo, mas não assim, de uma maneira que me deixasse quase enlouquecido de tanto tesão.
Acariciei então o seu ventre, sempre com os olhos fixos em cada pedaço de pele que ia sendo exposto por minhas mãos. Logo escapei com as mãos para a parte baixa de seu sutiã, pronto para invadi-lo.
Agatha, no entanto, pareceu se assustar, mordendo o meu lábio sem querer. Contudo, aquilo era uma provocação imensa para mim, tanto que não consegui me segurar.
Arrastei a mão um pouco mais sobre a sua pele macia, sentindo todos os seus poros se arrepiarem ao meu toque.
Adentrei ao universo de seu sutiã, desvendando-o e tocando então no aveludado de seus seios. Pude sentir a Agatha se estremecer totalmente ao meu toque, enquanto algo acendia dentro de mim, como uma verdadeira dinamite.
Afastei os meus lábios alguns instantes, enquanto tocava suavemente em Agatha. Eu queria observar cada expressão de prazer dela. E ainda mais, eu necessitava ver cada parte que eu tocava com as minhas mãos, que se tornaram tão hábeis naquele instante.
Notei o rubor na face de Agatha, porém, aquilo não me intimidou nem um pouco. Arranquei logo a minha camisa e a joguei no chão. Ela acompanhou os meus movimentos, reparando cada detalhe do meu tronco, e então passou a respirar mais rápido, mas sem se esquivar ou fazer qualquer coisa, que me levasse a crer que havia desistido.
Ergui a sua blusa, tentando arrancá-la de seu corpo com rapidez. Droga! Eu queria tanto vê-la por completo, que nem percebi que eu e a Agatha tremíamos. Só fui perceber aquilo de fato, ao tocar novamente o seu ventre, que naquele minuto, estava completamente exposto na penumbra do quarto.
Beijei-o avidamente, admirando a textura da sua pele e arrancando suspiros dela, enquanto a Agatha me presenteava com um puxão nos meus cabelos escuros. Aquele toque meio selvagem, me eriçou até os poros mais ocultos do corpo.
Avancei sobre o seu colo exposto, encaminhando os lábios vorazes sobre a sua pele fina. Virei-a de costas e mordisquei o seu sutiã, desabotoando-o ainda com a boca.
A Agatha pareceu estremecer naquele instante, porém apenas soltou um gemidinho leve, que me convidou ainda mais, a ir fundo no passeio delicioso pelos vales e curvas do seu corpo.
Dei uma boa olhada em seus seios perfeitos e então os beijei, enquanto a Agatha simplesmente puxava os meus cabelos, parecendo querer me deixar careca. Eu não me importava, no entanto. A verdade era que eu gostava bastante da sua agressividade, pois ela me demonstrava desejo mútuo.
Rocei a língua por sua pele sem parar de olhar, fazendo-a apressar a respiração, enquanto demonstrava gostar do meu toque.
Desejei então ter todo o tempo do mundo para fazer aquilo, quantas vezes quiséssemos.
Afastei-me rapidamente dos seus seios, aproximando-me então de seus lábios, que estavam entreabertos.
Eu já não sabia se ela estava ávida por um beijo meu, porém, eu estava louco por um beijo dela.
Tomei a sua boca de maneira ardente, mordendo-a e lambendo-a, como se ela fosse feita de mel. Provoquei a sua língua, sugando-a para dentro de minha boca. Podia ser prepotência minha, mas agi como se a Agatha me pertencesse por completo.
Larguei-a ali, ofegante e com os lábios entreabertos. Ela estava sem fôlego, mas eu queria mais. Muito mais daquela visão estonteante dela quase bêbada de prazer.
Voltei a minha atenção para o par de seios redondos e delicados que ela tinha, beijando-os e sugando-os, como se realmente fossem meus.
Segurei-os por baixo, acariciando-os e brincando levemente com eles, enquanto deixava um rastro dos meus beijos sobre a sua pele.
Fiquei tempo o bastante ali, gostando de observar cada expressão de Agatha. Fiquei até sentir que o ar faltava para mim e também para ela.
Afastei-me então em busca de respirar, mas não sem abandonar o que fazíamos de forma secreta em meu quarto.
Com mãos muito rápidas, dediquei-me a abrir a minha própria bermuda, contudo, antes mesmo de arrancá-la completamente, voltei a me dedicar à Agatha, puxando a calça de seu pijama de flores para baixo de suas pernas.
Eu tinha mais urgência em vê-la nua, do que de tirar a minha própria roupa.
Arranquei aquela peça, jogando-a sobre a minha blusa, que estava caída no chão. Observei então o seu corpo estendido e rendido para mim, ali em cima de minha cama, antes de beijar os seus tornozelos e as suas coxas.
Aquilo parecia roubar todo o ar de Agatha. Na verdade, qualquer toque meu, parecia deixá-la hiperventilando. E aquilo só me convidava mais a seguir em frente; só me deixava mais louco por ela.
Aproximei-me então da sua calcinha sem nem notar de que cor era, eu apenas queria ver o que se escondia ali embaixo.
Beijei então a sua virilha, passando a língua só um pouco para dentro de sua peça íntima. Agatha suspirou profundamente, remexendo em cima da cama, como se temesse algo.
Afastei só um pouco a calcinha dela, tocando toda a sua pele com muito cuidado e aproveitando cada segundo que os meus dedos corriam por toda parte.
Notei que ela também estava excitada, pois boa parte da sua calcinha estava molhada. A Agatha não podia saber, mas o meu pau latejou dentro da cueca, em resposta àquela visão maravilhosa.
Contudo, antes mesmo de eu me aproximar mais, ou tentar despi-la completamente aos meus olhos, senti ela se encolher, tremendo como se estivesse ao ponto de passar mal.
― Não podemos fazer isso! ― ela disse muito ofegante, afastando-se de mim.
― Eu fiz algo errado? ― perguntei, frustrado e preocupado.
― Isso é errado! ― ela disse, vestindo rapidamente tudo o que eu havia tirado. ― Não podemos fazer isso! ― ela falou novamente, já pulando para fora da cama.
― Agatha! ― eu a chamei, abotoando minha bermuda como podia e indo novamente para perto dela.
― Boa noite, Marcelo! ― ela disse, esquivando-se de mim e sumindo por à fora.
― Espera aí! ― eu implorei, indo atrás dela.
Tentei alcançá-la, mas quando cheguei no corredor, percebi que ela tinha corrido. A Agatha já havia sumido pelas escadas.
Suspirei desanimado e frustrado, voltando para o quarto e pensando em como eu havia estragado tudo o que eu havia construído até ali.
Provavelmente a Agatha não confiaria mais em mim depois daquilo, e para piorar, eu estava com um tesão do tamanho do mundo.
Contudo, o que não entrava em minha cabeça era por qual motivo ela havia me deixado ir tão longe? Por que não impedir o que não se quer desde o início?
Caminhei para a minha cama, muito desanimado. Eu não estava nem um pouco a fim ― ou em condições ― de dormir. Todavia, me deitei ali, olhando para o relógio, sabendo que veria as horas passar, enquanto me lembrava de Agatha ali, nos meus braços.
Porém, depois de perceber que meus hormônios não se acalmariam sozinhos, resolvi me aliviar, da maneira que eu podia, e que não era nem de longe, o modo que eu queria.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro