IV
É um dia comum no hospital, e Melinda está no meio de sua rotina, cuidando de um paciente idoso que acabou de passar por uma cirurgia. Ela se move com eficiência e cuidado, ajustando os monitores e verificando os sinais vitais. Ao lado da cama do paciente, está seu filho, um homem na casa dos 30 anos, bem-apessoado, que observa Melinda com um olhar que, aos poucos, ela começa a notar.
tentando iniciar uma conversa, com um sorriso gentil
-Você deve ser muito boa no que faz. Meu pai tem falado de como se sente bem cuidado aqui.
sorrio de volta, de maneira profissional -Fico feliz em ouvir isso. Nós tentamos fazer o nosso melhor para garantir que os pacientes se sintam confortáveis e recebam a atenção que precisam.
Termino de ajustar o travesseiro do paciente e faço uma última verificação nos aparelhos, preparando-me para seguir para o próximo paciente. No entanto, o filho do paciente continua a me observar , claramente interessado em prolongar a interação.
-Eu... não sei como você faz isso todos os dias, lidar com tantas situações difíceis. Deve ser exaustivo, mas você parece fazer tudo com tanta calma."
Paro por um momento, notando a mudança no tom dele. Percebi o olhar dele sobre mim, não apenas admirando minha habilidade, mas também algo mais pessoal, algo que não pude ignorar.
mantenho o tom profissional, mas amigável
-Temos que manter a calma para cuidar bem de nossos pacientes. Eles confiam em nós para isso."
O homem sorri de forma mais aberta, como se estivesse tentando encontrar um gancho para a conversa.
-Isso é admirável... É raro encontrar alguém tão dedicado hoje em dia. Eu... não costumo fazer isso, mas... gostaria de tomar um café comigo depois do seu turno?"
A pergunta dele me surpreende. Olho para ele, avaliando rapidamente a situação. Ele parece ser uma pessoa educada e bem-intencionada, mas a surpresa do convite, especialmente no contexto em que estão, me deixa hesitante.
-Eu agradeço o convite, mas realmente tenho uma agenda apertada fora do hospital. Espero que entenda."
Ele parece um pouco desapontado, mas mantém o sorriso, tentando disfarçar.
-"Claro, eu entendo. Mas, se mudar de ideia... estarei por aqui."
Dou um sorriso simpático, mas profissional, antes de sair do quarto. Não é sempre que alguém mostra interesse por mim ssim, especialmente em um lugar como o hospital, onde o meu foco é totalmente nos pacientes.
Deixo o quarto do paciente, ainda refletindo sobre o convite inesperado. Caminho pelo corredor em direção à sala de descanso, onde minhas colegas estão reunidas, aproveitando um breve momento de pausa entre os atendimentos.
Assim que entro, elas me cumprimentam com sorrisos e comentários sobre o dia movimentado.
Carol- Ei, Melinda! Como está o Sr. Silva? Tudo sob controle?"
-Ele está bem. Mas, falando nisso, acabei de passar por uma situação um pouco... inesperada."
Elas imediatamente se mostram curiosas, virando a atenção completamente para mim.
Marie- O que aconteceu? Alguma emergência?"
balanço a cabeça -Nada desse tipo. Foi o filho dele... ele acabou de me convidar para tomar um café depois do turno.
Marie-(brincando) "E aí, você vai aceitar? Quem sabe você não arruma um namorado!"
-Não, não... Recusei educadamente, sinceramente, acho que a última coisa que preciso agora é de mais complicações."
Elas trocam olhares compreensivos, sabendo que tenho estado ocupada com minhas próprias preocupações "
Alys ,entra apressadamente na sala, com uma expressão ligeiramente agitada.
Alys quase sem fôlego -Gente, vocês não vão acreditar! A filha do dono do hospital está aqui. Acabei de vê-la entrando na administração.
Todas na sala se voltam para Alys que trouxe a notícia, e a curiosidade rapidamente se espalha.
Marie- "Sério? Faz tanto tempo que ela não aparece por aqui. Será que está acontecendo alguma coisa?
Carol- "Ela está diferente? Ouvi dizer que ela é bem reservada, mas muito envolvida nos negócios do pai.
-Será que isso tem algo a ver com as mudanças que estavam mencionando na última reunião? Ou será só uma visita casual?"
Elas começam a especular sobre o motivo da visita, mas a atmosfera muda ligeiramente com a menção da filha do dono do hospital. Sinto que algo importante pode estar acontecendo, mas decido não me preocupar demais até que saiba mais detalhes.
Decido voltar ao trabalho, mantendo as orelhas abertas para qualquer nova informação que possa surgir sobre a filha do dono do hospital. Sei que, no mundo em que vivo, nada é completamente casual.
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