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5. Arabella

- Tudo bem, classe. Entreguem a autorização da viagem que seus pais assinaram, por favor. - O professor de educação física pediu e fomos um a um até sua mesa.

Eu sempre esperava que todos fossem entregar o que quer que fosse na mesa do professor para que então eu fosse, assim evitaria uma aglomeração desnecessária. Aparentemente as pessoas não sabiam simplesmente passar o papel para frente para que o primeiro da fileira de cadeiras entregasse o papel nas mãos do professor. Vi cada um deles se levantarem e entregarem o papel, alguns procurando nas mochilas, outros percebendo que haviam esquecido esse fato importante.

O acampamento de férias não era obrigatório, mas eu gostaria de umas férias da loucura que era a pizzaria.

Alguém resolveu ter a mesma ideia que eu e se levantar por último. Com um sorriso esperto nos lábios, ele se levantou e caminhou até a mesa comigo. É claro que ele fazia aquilo de propósito. Alguns esquecidos tomavam conta do professor e ele já não prestava atenção na sala que agora conversava. Eu só queria entregar o meu papel e me sentar, mas Matteo estava com vontade de me irritar hoje, eu sentira isso desde o momento em que levantara da cama pela manhã.

- E aí, Pasini... Você e o Jay, han? - Ele perguntou com desdém.

Estava de costas e não pude conter o sorriso que surgiu nos meus lábios seguido do revirar de olhos. Me virei para ele e cruzei os braços, dando de ombros e erguendo uma das sobrancelhas.

- O que tem? Casal bonito, não acha? - Mordi o lábio para conter o sorriso largo que queria abrir.

Era tão bom conseguir rebater ele assim, conseguir me mostrar como a mulher que ele nunca vai poder ter. Mas que droga de pensamento foi esse? É lógico que ele nunca poderia me ter! Desde pequena fui ensinada que os Bianucci eram terminantemente proibidos.

Refiz minha postura e o vi encostar na mesa do professor, cruzar os braços musculosos e me olhar sob os cílios.

- Hm, na verdade, pra alguém que tem o apelido de "Jay", parece que você deveria começar a questionar a ele se acha que você é transexual. - Ele pressionou os lábios para conter o sorriso e eu revirei os olhos.

Ele era tão infantil!

- Faz um favorzinho? Fecha a boquinha. - Me virei e o deixei ali, voltando a me sentar.

Minhas primas continuavam a falar animadamente com os Bianucci. Como elas conseguiam? OK, nem todos eles eram insuportáveis como o garoto que estava se aproximando da minha mesa. Espera, da minha mesa?! Fingi escrever algo no caderno e rezei para que o professor largasse daquela turma que falava com ele para começar a falar sobre a aula de hoje.

Matteo se agachou à minha frente e uma mão deixou apoiada na cadeira de Paola. A garota me olhou de rabo de olho com o cenho franzido e eu apenas dei de ombros.

- Será que não podemos conversar depois da aula? - Matteo me perguntou, dessa vez a expressão séria como eu nunca havia visto.

Ponderei minhas opções por um momento e me peguei pensando se tudo aquilo não poderia ser só uma brincadeira de mau gosto da parte dele. É, talvez fosse isso: ele me faria encontrá-lo e eu cairia em uma pegadinha de mau gosto. Não duvidava das minhas primas estarem envolvidas em algum plano para me perturbar. OK, eu estava exagerando.

Levantei meu olhar e, com a minha melhor expressão inocente, me aproximei dele, nossos olhares conectados. Quase me perdi na imensidão azul que eram os seus, mas me recuperei a tempo de sussurrar:

- Não. - Voltei a me recostar e olhar para o professor que já se preparava para começar a aula.

- Quanta maturidade. - Murmurou e se levantou.

- Matteo, para o seu lugar. - Mandou o professor e eu quis rir.

- Já estou indo! - Reclamou, as mãos espalmadas na altura dos ombros enquanto ele ia se sentar ao meu lado.

Eu sabia que o resto da sala deveria estar se martirizando por não ter visto uma cena entre Arabella e Matteo, porque os olhares inquisitivos eram tão fortes que quase perfuravam a pele.

Estava morrendo de saudades dos braços de James à minha volta, por isso combinei de me encontrar com ele na biblioteca na hora em que todos fossem pegar sua comida no refeitório. Sem demora fui para a sessão de filosofia, que era a menos visitada, e fiquei dedilhando as capas duras. Livros me encantavam e eu sempre mergulhava neles sem ter pressa de sair dali.

- Mia Bella. - Braços fortes me envolveram e beijaram meu rosto diversas vezes.

Ri alto e tapei minha boca de imediato, me virando entre seus braços apenas para entrelaçar os meus em volta de seu pescoço e beijá-lo. O beijo era voraz, como não fora da outra vez, e seu corpo pressionava o meu contra as prateleiras, tirando o fôlego.

O que havia dado nele?

Suas mãos apertavam a minha cintura enquanto as minhas trabalhavam em seus cabelos que batiam na altura dos ombros. Separei nossos lábios por um momento, seus olhos pareciam brilhar e aquilo me aqueceu por dentro.

- Procurou essa no Google Tradutor, não foi? - Semicerrei os olhos na sua direção.

Ele riu e jogou a cabeça para trás, voltando a me olhar.

- Talvez. - Pressionou os lábios e foi a minha vez de rir. - O quê? Eu queria te impressionar, OK? Acredite, o pior foi treinar a pronuncia, eu me senti um pouco idiota.

- Idiota? Por quê? - Franzi o cenho.

- Só é esquisito falar uma língua que não é a sua. - Fez uma careta e mesmo assim ficou lindo como sempre.

- Você parece falar a minha muito bem.

E ele pareceu entender muito bem o duplo sentido daquela frase, porque em seguida estávamos nos beijando com sorrisos maliciosos nos lábios.


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Eu precisava aprender sobre esse droga de Platão, Sócrates e Aristóteles, parar de confundi-los de uma vez por todas e fazer a coisa certa: estudar. Por que aquilo cheirava como o ponto final que precisava para a minha vida social ser jogada no lixo?

Avisei Francesco que ia até a biblioteca pegar alguns livros e logo o encontraria. Corri até lá, cumprimentando uma e outra garota no caminho. Assim que entrei, notei que tinham poucas pessoas e me limitei à sessão de filosofia. Tinha que achar as biografias dos meus queridos companheiros e procuraria nem que fosse sem a ajuda da bibliotecária mal encarada.

No entanto, o que vi no fim da sessão de filosofia me deixou quase sem ar: Arabella estava nos braços de Jay, as pernas entrelaçadas em sua cintura enquanto ele distribuía beijos pelo pescoço da garota. Engoli em seco ao ver o quanto ela gostava daquilo e o quanto toda aquela cena me abalava de um jeito triste e não-sexual.

Antes que algum deles pudesse me ver ou que eu visse algo que não me agradasse, saí dali. Aquilo era um desrespeito com uma mulher, fazer isso com ela em uma biblioteca... Ah, eu estava sendo um hipócrita, certo? Balancei a cabeça em negação e ri de mim mesmo enquanto as palavras de Francesco passavam pela minha cabeça.

É meu primo, você tá apaixonado.

Pela querida Arabella Pasini.

Admita e pare de sofrer.

Corra atrás do que você quer antes que outro o faça.

Como eu poderia estar apaixonado por uma garota que eu não suportava ver na minha frente até um ano atrás? Uma garota que eu amava provocar, tirar do sério, ver irritada. Uma garota pela qual eu não tinha respeito. Como eu, um garoto de tantas mulheres, poderia estar apaixonado pela minha maior inimiga? E pior, como um relacionamento entre uma Pasini e um Bianucci poderia ser aceito?

Saí do colégio e caminhei pela rua. Será que era pedir muito para que Francesco estivesse errado? Quer dizer, ele havia colocado aquilo na minha cabeça e eu só estava alimentando dia após dia.

Comecei a mexer no celular para procurar por um número em específico. Ouvi a voz fina e feminina do outro lado me saudar.

- Está sozinha, minha princesa?

- Vou deixar a porta aberta. - Ela respondeu, rindo baixo e desligando.


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Corri para a pizzaria e cheguei quando já se preparavam para abri-la. Não demorou nada para Francesco vir atrás de mim. Balancei a cabeça em negação enquanto ligava o computador e o caixa, sabendo exatamente o que me esperava.

- Matteo, onde você estava? - Perguntou enquanto eu fingia arrumar copos, talheres e pratos.

- Por aí. - Murmurei.

- Por aí onde, cara? Tem ideia do quão preocupado eu fiquei?

- Eu não sabia que te devia satisfações, papai. - Ri baixo.

- O que aconteceu? - Se virou para mim e sabia que tinha o olhar preocupado que me fazia falar o que ele quisesse saber, por isso continuei sem olhá-lo. - Por favor, não faça isso, Matteo. Não me afaste de você, não eu que sou o seu melhor amigo.

Era verdade, Francesco era o meu melhor amigo. Ele sabia mais sobre mim como ninguém jamais soube e quase sempre acertava sobre como eu me sentia - quase sempre, porque ele estava errado quanto a Pasini.

- Podemos falar mais tarde, Chê? Algumas mesas precisam ser atendidas. - Apontei para os clientes que já adentravam ao estabelecimento. Sorri para o cliente que atingiu o balcão. - Em que posso ajudar?

Pelo canto do olho, pude ver quando Francesco balançou a cabeça em negação, riu baixo e se afastou.

Era uma droga falar sobre sentimentos e, se eu fosse fazer isso, então que eu fizesse longe dali. Temia que aquela conversa pudesse durar horas e sabia que duraria, mas ele me entenderia no fim das contas.


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Eu havia ficado aos beijos com James por um longo tempo. Beijos quentes, toques perigosos e isso me assustou.

Estávamos indo rápido demais? O que nós tínhamos, afinal? Não quis sanar nenhuma das minhas dúvidas, principalmente depois que ele disse que me levaria para sair naquele fim de semana novamente. Mais um jantar, mais uma surpresa e eu já sentia as malditas borboletas no estômago.

Contei para as minhas primas enquanto terminava de arrumar mesas e ia abrir a pizzaria. Elas me acompanhavam de perto, entretidas demais com toda aquela situação. James era um gato e elas estavam animadas por mim.

- Parece que alguém vai desvirginar. - Perla cantarolou baixinho e eu ri junto com Paola.

- Claro que não. É cedo para isso.

- Nunca tem um tempo certo, prima. Só a pessoa certa. - Perla piscou e se afastou, indo abrir o caixa para mim.

Abri as portas da pizzaria com Paola e congelei quando, do outro lado, vi um Matteo afobado entrando na pizzaria dos Bianucci. Ele sempre era o primeiro a chegar, era responsável e acreditava ser sua única qualidade.

Acompanhei com cautela a movimentação que acontecia e notei quando Francesco, o primo mais próximo de Matteo, o seguiu até o balcão onde ele ficava. Não pareciam bem enquanto conversavam, como se algo não estivesse certo. Umedeci os lábios e engoli em seco. Não importava, certo? Não era problema meu.

- Bella? - Paola me chamou. - Vamos? Temos uma pizzaria para colocar para funcionar.

Claro, trabalhar. Era o melhor para tirar Matteo e seus problemas da minha cabeça. Por que eu me importava mesmo?


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