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Lunna agarra a grade do quartel para observar os recrutas a correrem, tenta encontrar Jota, mas além de estar longe demais, estão todos iguais. Ela sabe que não pode entrar ali agora, ainda mais sem autorização, mesmo assim se arrisca, arruma uma brecha e entra escondida. Isso é loucura, eu sei... Mas agora já estou aqui. Ele precisa saber que eu o amo, e será hoje, ou então não me chamo Lunna.
Corre em direção a um arbusto e se esconde, os soldados agora param, e em seguida, fazem várias flexões. Ela está próxima o suficiente para reconhecer o amigo e o chama várias vezes. Sem parar com as flexões, o rapaz fica sem acreditar que ela está mesmo ali, boquiaberto. Assim que todos se levantam, ele vai de encontro a ela atrás do arbusto.
- O que você está fazendo aqui? Você não deveria estar aqui! - Diz, assustado.
- Jota, eu não aguento mais esconder isso!
- O que? Esconder o que?
- Eu te amo!
- Lunna?! - Espantado, imediatamente começa a corar. - Você invadiu o quartel apenas para me dizer isso? - Ela assente com um olhar apaixonado, em seguida, aproxima-se e encontra seus lábios delicadamente por alguns segundos, depois o fita para observar sua reação. Jota sorri fascinado, então ela o beija novamente enquanto ele toca a cintura dela com as duas mãos para retribuí-la, num beijo calmo e delicado. Mas o barulho de um apito os assustam, em seguida, o rapaz é levado por dois militares fortes com braços enormes. Um barulho de metralhadora e bombas são ensurdecedores, fazendo-a tapar os ouvidos.
Neste momento, a garota acorda e percebe que, mais uma vez, tudo isso não passa de um sonho. Olha para o relógio despertador, ele marca 6 horas, e suspira enquanto escuta o barulho dos ponteiros, não sabe se sente-se aliviada em sair daquele cenário de guerra ou0 se fica triste por nunca ter conseguido beijar o garoto de verdade. Esses sonhos mostram que estou ficando louca...
Enquanto isso, o som da trombeta soa alto para todo o quartel ouvir. Jota e todos os outros recrutas se levantam e correm para fazer suas higiene pessoais, fazerem a barba e colocarem o uniforme. Todos têm 30 minutos até chegar ao lado de fora para tomar café, enquanto enfrentam o friozinho da manhã.
Enquanto come seu pão com mortadela e toma seu café com leite, Jota pensa em Lunna e no último dia que a viu. Distraído, sorri sem querer em pensar no abraço gostoso que ganhou dela na última vez que se viram. Se você soubesse o quanto eu te amo e que já às 6 e meia da manhã já estou pensando em você, o que faria?
***
Vários dias se passaram. Lunna consegue o seu primeiro emprego em uma padaria, como balconista. Muito feliz, coloca seu uniforme branco com a touca combinando para começar suas atividades do dia. Agora que arrumou um emprego, poderá pagar para estudar em uma escola de dança, mais precisamente, Le Belle Dance, onde sempre sonhou.
As mensalidades são tão caras, que consumirá 90% do meu salário, mas eu não me importo, fico imensamente feliz mesmo assim. Já não preciso comprar roupas de ballet, pois posso usar as minhas velhas e o vale transporte poderei pedir para o meu pai, que agora ganha muito bem no seu novo emprego. Enfim, tudo está se encaixando e voltando a ser como era antes. Bom, quase tudo, seria muito legal se o Jota fosse me ver na Le Belle Dance como ia na escola.
Decidida, a bailarina faz a matricula, em seguida, aproveita para conhecer onde irá estudar. Ao sair da sala da diretora, caminha em um corredor extenso e nota uma imensa sala com janelas que vão desde o piso até o teto, onde mostra um jardim verde, e um espelho com o tamanho exato das janelas.
Depois de sonhar mais uma vez com uma declaração de amor e um beijo, Lunna pensa durante o dia todo sobre o assunto enquanto trabalha, e decide que deve urgente conversar com Jota, antes que fique completamente louca. Faz então uma pequena visita no quartel apenas para marcar um encontro no dia de folga dele.
Jota fica cheio de expectativa e tem quase certeza sobre o que é a conversa, não consegue imaginar outro assunto, pois, o que mais seria tão importante e urgente? A ansiedade o faz sair mais cedo de casa e caminha rapidamente em direção a praça onde foi marcada o encontro. No meio do caminho, passa em frente a uma floricultura, bate em seu bolso da calça e encontra algumas moedas, o suficiente para comprar um botão de rosa. Senta-se então num banco da praça para esperar por pelo menos 40 minutos até o horário marcado.
Enquanto isso, Lunna capricha no visual para encontrá-lo. Usa um vestido florido e colorido e enche seus cabelos de presilhas também coloridas, em seguida, empresta de sua mãe um perfume floral, no qual considera o mais cheiroso do mundo.
Entretanto, a garota se esqueceu que o dia do encontro, é justamente seu aniversário de namoro com Cauã, namoro esse que está cada vez mais enfraquecido. Cauã, percebendo o problema no relacionamento, planeja a tempos uma surpresa para a namorada a fim de tentar fortalecê-lo novamente.
Enquanto Lunna termina de se arrumar, escuta alguém tocar a campainha.
Ué? O Jota resolveu vir me buscar ao invés de me esperar na praça? Pensa com um largo sorriso. Em seguida, sai do quarto correndo e gritando:
- Thomas, deixe que eu atendo a... - Ao ver que seu irmão já atendeu a porta e inclusive chamou Cauã para entrar, sem querer desmancha o sorriso.
- Surpresa! Oi, meu amor! Pensou que eu iria me esquecer do nosso aniversário de namoro? - Diz, com um largo sorriso.
- Eu acho que não, - Thomas se intromete - olha como ela se arrumou para você.
- Verdade, ela está linda!
Lunna observa o namorado feito estátua, surpresa, e Cauã se aproxima para beijá-la.
- Quero te levar para jantar, o que acha?
- Tem certeza que é hoje? Que dia é hoje?
- Por quê? Você não estava lembrando? Para onde você estava indo assim toda arrumada e cheirosa então?
- Estou brincando, estava lembrando sim. - Responde, ainda tensa.
- Ah, bom... Vamos então. - Ele pega a mão dela. - Thomas, quando seus pais chegarem, diga que eu trarei sua irmã de volta até às 20 horas.
20 horas? Ai meu Deus do céu, o que vou fazer? Marquei com o Jota às 19:00!
O casal pega um ônibus e chega no restaurante, Cauã animado, Lunna tentando esconder a aflição e enquanto Jota está pensativo ainda sentado num banco da praça observando a rosa em sua mão, já em dúvida se a amiga virá.
No restaurante, ambos sentam-se de frente para o outro e Cauã animadamente conta quais são as suas preferências de pratos. Logo ele percebe a namorada muito calada e tensa olhando fixamente o cardápio.
- Lunna, você está bem?
- Está tão nítido assim? - Afirma, suspirando.
- Claro, não tem como não perceber, você sempre está alegre e sorridente, hoje você está calada e olhando as horas o tempo todo.
- Ok, eu confesso: Não estou bem.
- Parece que você nunca está bem perto de mim. Ok, vamos lá, conte-me o que está acontecendo.
- Tentei várias vezes te dizer isso, mas sempre acontecia alguma coisa que tomava a minha coragem.
- Dá para ir direto ao assunto? - Diz ele, colocando o cardápio em cima da mesa.
- Sei que esse não é o momento certo para dizer isso, mas acontece que faz tempo que quero terminar.
- Realmente, esse não é o momento certo. - Já irritado, fecha a cara no mesmo instante. - Se eu soubesse, nunca teria reservado uma mesa aqui neste restaurante.
- Desculpa, mas na verdade, esqueci completamente do nosso aniversário de namoro. Eu deveria estar em outro lugar agora... Mas fala sério, nosso namoro nunca foi lá grande coisa, confessa.
- Sim, eu já percebi faz tempo que você não gosta de mim, não como eu queria. Só errei tentando arrumar um jeito de te conquistar por completo e perdi tempo. Quer saber? Quem está terminando sou eu, tá? Passar bem.
Lunna abaixa a cabeça, constrangida, e escuta o barulho do rapaz se levantando bruscamente. Quando olha para frente, o vê indo embora. A garota faz uma careta pensando no que fez.
Droga! Por que eu preciso ser assim?
- O que vão querer? - O garçom aparece logo em seguida.
- Não vamos querer nada.
- Está tudo bem, senhorita? Algo a incomoda?
- Apesar de ter acabado de terminar um namoro que nunca deveria ter começado e ter magoado uma pessoa maravilhosa, sim, está tudo bem. Com licença, agora preciso ir. - Diz, levanta-se e caminha em direção à saída.
Certo, isso foi horrível, mas o Cauã vai ficar bem. Quem não vai ficar bem sou eu se o Jota não estiver mais lá! Quem sabe ainda dá tempo? Pensa correndo saindo do restaurante, mas infelizmente, o rapaz acabara de sair. Porém, deixou a rosa sobre o banco, e ao vê-la, Lunna se aproxima para pegá-la pensando se foi ele quem deixou ali.
Com a consciência super pesada, a garota corre até a casa dele, ainda segurando a rosa. Toca a campainha e quem a recepciona é Rogério, o pai dele, com uma cara fechada.
- Boa noite, eu queria falar com o Jota.
- Sobre o que seria?
- Queria pedir desculpa por não ter ido ao encontro, eu tive um imprevisto.
O homem olha para a menina de cima em baixo.
- Meu filho não tem tempo para namoricos, amanhã mesmo ele volta para o quartel.
- Mas senhor, pode por favor deixar recado?
- Se eu o ver antes de sair amanhã cedo, poderei dar o recado. Ele se trancou no quarto desde quando chegou desse... encontro nunca ocorrido.
- Ok, obrigada. - Ela desvia o olhar e o homem entra novamente em casa. Antes de sair, Lunna arruma um cantinho no portão para encaixar a rosa, perto da caixa de correio.
Mesmo se o pai dele não der o recado, Jota ao menos saberá que estive aqui, caso foi ele mesmo que deixou aquela rosa lá na praça.
Na manhã seguinte, Jota sai cedo de casa com sua mala, e enquanto abre o portão, repara na rosa. Espera, essa não é a rosa que comprei para a Lunna? Ah, eu não me importo! Pensa, ainda muito magoado. Ela precisa de uma boa explicação por ter me feito de idiota ontem.
Horas depois, Lunna chega novamente na casa de Jota, ela precisa saber se o pai deixou recado ou então não irá conseguir ficar me paz. Então descobre que a rosa permanece encaixada no portão.
Bom, espero que ele tenha passado com pressa e não tenha visto a rosa. Pensa, tocando a campainha.
- O Jota deixou um recado para você: - Diz dona Georgia ao recebê-la - Ele disse que não te quer mais atrás dele lá no quartel, nem marcar outro encontro.
- Ele disse isso?
- Disse sim. O que aconteceu? Vocês brigaram?
- Não, na verdade foi um mal entendido. Fala para ele não ficar chateado comigo e me desculpar?
- Falo sim, querida... Só tome mais cuidado na próxima vez, está bem?
- Está bem, dona Georgia...
Cabisbaixa, Lunna dá meia volta e vai embora.
Dois meses depois, a jovem já está na ponta dos pés concentrada em mais uma aula de ballet. Enquanto dá longos saltos que dão a impressão de que está voando feito um lindo cisne, pensa quantos dias está sem falar com Jota.
Seu coração está dividido em dois sentimentos: Gratidão por estar fazendo uma das coisas que mais ama na vida e tristeza por estar distante dele. Lunna sente tanta falta do amigo, que é capaz de sonhar com ele todas as noites. Entretanto, quer respeitar a decisão dele quando disse para não procurá-lo mais, mesmo achando exagero. Quando está em casa deitada na cama, olha o relógio marcando 1:08 da manhã, ela está sem sono.
Enquanto isso, Jota está com os olhos pesados em uma guarita, pois essa será sua tarefa por toda a madrugada. Levanta-se para manter-se acordado, lava o rosto com um pouco da água de seu cantil e Lunna vem em seus pensamentos. Já não sente mais magoa, no lugar, a saudade.
Preciso voltar atrás e dizer que mudei de ideia, eu não consigo ficar chateado com ela por muito tempo. Vou esperar mais alguns dias e vou visitá-la, para ela não pensar que sou frouxo e que pode me fazer de idiota quando quiser.
Certo dia, um homem elegante de terno chega na sala de aula de Lunna, fazendo todas se perguntar quem é e o que quer.
- Boa noite, senhoritas. Meu nome é John Paul Gallagher, sou coreógrafo da Universidade de Chester, Inglaterra, uma escola de dança de renome que atua na formação de grandes dançarinos a mais de 50 anos. Eu viajo pelo mundo visitando renomadas escolas de dança procurando por bailarinas de alta qualidade para fazer eventos em meu país, e meus parabéns, considero a turma de vocês a melhor da escola!
Todas as dançarinas presentes se entreolham com estranhamento, e o homem continua a falar.
- A Le Belle Dance tem parceria com a Universidade de Chester e eventualmente manda bailarinas para fazerem parte de grandes espetáculos no palácio de eventos da Inglaterra e paga todas as despesas daquelas que aceitarem ficar fora dedicando-se integralmente para a dança, é uma forma de deixar ainda mais rico o aprendizado. Preciso de novas dançarinas urgente e escolhi todas vocês pelo talento e sentimento que vocês trazem quando dançam, preciso de meninas exatamente como vocês. Vocês aceitam ir para a Inglaterra por um ano?
Espera, eu, Lunna de Souza Alves, dançando na Inglaterra? Pensa, boquiaberta
- Vamos ganhar alguma coisa? - Uma colega sorridente pergunta de repente.
- Vocês terão a oportunidade de dançar para a rainha e ainda ganhar prêmios, além de muito aprendizado. - O homem responde.
- E como fica o nosso curso aqui no Brasil? - Outra moça pergunta.
- O tempo que vocês ficarão por lá, valerá como o curso daqui. É como se fosse um intercâmbio.
- Ah, eu quero! Eu quero! - Uma menina pula de alegria.
- Quem mais irá querer?
- Eu quero, senhor! - Lunna ergue a mão, animada.
Essa é a minha chance para me tornar uma grande bailarina!
***
Lunna tem uma semana para se preparar para a viagem. Utiliza um dia inteiro para se despedir da família e no outro para se despedir dos amigos. Já no terceiro, com muita empolgação, faz as malas com seu corpo tomada pela ansiedade. Coloca vários casacos, outras roupas quentes e compra algumas roupas novas de ballet. Na Inglaterra faz frio, não faz calor igual aqui no Brasil. Será que está faltando alguma coisa? Espero que não, quero que essa viagem seja perfeita!
Por mais três dias, a garota toma sucos detox para desintoxicar o corpo e tirar toda a retenção de líquidos para chegar na Inglaterra ainda mais esbelta, também treina por horas passos e mais passos de ballet em sua escola, isso também ajuda a relaxar e ficar menos ansiosa.
Enfim, Lunna reserva o último dia para se despedir do seu melhor amigo. Algumas horas antes de partir, a garota aparece no quartel de surpresa, com medo de alguma reação negativa por conta do que aprontou anteriormente.
Espera então Jota na sala de espera, sentada no sofá. Quando ele abre a porta, sorri satisfeito e se aproxima para sentar-se ao lado dela.
- Oi, tudo bem? - Ele cumprimenta.
- Tudo bem, e você?
- Melhor agora. - Jota responde com um sorriso doce, fitando-a, fazendo a amiga perceber que ele não está mais chateado e sorrir para ele. Num gesto carinhoso, ele segura a mão dela que estava no colo, que retribui apertando um pouco. - Estava com saudade de você, estava até planejando uma visita.
- Mesmo? Eu também estava com saudades. Mas na verdade, vim me despedir de você.
- Despedir? Para onde você vai assim tão de repente? - Ele se assusta.
Ela sorri antes de responder.
- Estou indo para a Inglaterra dançar ballet, e portanto, irei ficar um ano por lá. Vai ser uma experiência gigantesca em minha vida! É minha chance de me tornar uma grande bailarina.
- Que legal! Meus parabéns, fico feliz por você. Mas, para mim, você já é uma grande bailarina.
- Obrigada. - Ela ri de leve e percebe que ele ainda segura a mão dela. - Ainda bem que você não está mais chateado comigo, posso ir agora mais tranquila.
- Chateado? Com o que? Nem me lembro mais! - Diz, e abaixa o olhar para ver suas mãos e acaricia com o polegar, enquanto pensa no quanto enrolou para falar com ela - Bom, tenho que ir, obrigado por lembrar de mim. Não posso ficar aqui por muito tempo, se eu demorar demais o sargento vem atrás de mim.
- Tudo bem, eu também não quero atrapalhar, já vou embora.
Jota volta a olhar para o rosto dela e percebem que não estão nem um pouco com vontade de se separar agora e passam a fitar-se. Lunna solta um longo suspiro cheio de vontade de confessar tudo o que sente. Toma coragem, e vorazmente aproxima seus rostos e toca seus lábios suavemente por duas vezes docemente e observa a reação do rapaz enquanto se afasta. Ele, por sua vez, a observa como se já tivesse esperando ou planejando fazer a mesma coisa. Na verdade, ele realmente estava.
Sem perder tempo, Jota solta as mãos e leva a sua até a nuca dela entre os cabelos, enquanto aproxima seus rostos mais uma vez e toca seus lábios. Cada toque é composta de muita paixão, parece que ensaiaram cada movimento. O beijo fica mais intenso a cada segundo e ele a encosta no sofá para desfrutar da boca que tanto sonhou. Quando percebe o que está acontecendo, Lunna escorrega suas mãos desde os ombros dele até o pescoço e tem certeza de que não é um de seus sonhos, pois dessa vez consegue sentir o gosto real do beijo dele e a verdadeira textura dos lábios de seu amado, macios e quentes. Tudo é diferente do que já sonhou ou imaginou. Enquanto ele, não quer pensar em mais nada, a não ser curtir o momento de finalmente beijar seu amor e demostrar tudo o que nunca teve coragem de falar, envolve então a garota em seus braços para garantir que não vai sair.
Em uma pausa, ambos se fitam por algum tempo, sentindo seus corações pularem dentro do peito, ambos não sabem o que dizer nem como reagir. Lunna acaricia o rosto dele para sentir a pele lisinha e repara que ele abre um mini sorriso e aproxima-se para beijá-lo mais algumas vezes.
A garota se afasta então, pois sabe que ele precisa ir e ela também. Levanta-se com as pernas bambas, ele faz o mesmo em seguida todo encabulado. Afastam em direção a saída com pouca vontade de se separar. Jota para bruscamente chamando-a, fazendo-a parar também.
- Quando você voltar, você me dá outro desse? - Aponta para seus lábios.
Ela sorri largamente e assente, fazendo o rapaz também sorrir igualmente, depois passam pela porta.
A garota caminha ainda sem acreditar no que acabou de acontecer. Só se dá conta quando está no lado de fora. Ela vira-se para olhar a faxada do quartel.
Eu beijei mesmo o Jota. Sim, dessa vez aconteceu de verdade! Coloca as duas mãos na boca, espantada. E ele me retribuiu e ainda pediu mais! Droga, por que não fiz isso antes, precisava ser justo hoje?
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