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16


Depois do desfecho daquela noite, Lunna chega em casa ainda muito alterada. Joga a bolsa sobre o sofá e arranca os saltos pensando nas palavras de Jota: "Eu ainda te amo." Só de lembrar já sente um nó na garganta.

Droga! Por que ele não disse isso antes?

Suspira fundo, entra no quarto e acende as luzes. Precisa tirar a maquiagem antes de se deitar, que aliás, até essa altura, as lágrimas já devem ter lavado a metade.

— Lunna? Até que enfim você chegou! — Juan aparentemente já estava acordado na cama. Rapidamente se levanta e pega o relógio de pulso em cima da cômoda, incomodado. — Por que demorou tanto? Olha que horas são!

— O show terminou tarde. — Responde, já preparando o desmaquilante diante do espelho.

— E essa cara toda borrada? Você chorou?

— Sim, foi bem emocionante. Você sabe, sou bem sensível e choro por qualquer coisa. Acho que deveria usar maquiagens a prova d'água. — Ela tenta disfarçar, mas o ciúmes do marido é mais forte do que qualquer desculpa.

— Ninguém chora depois de um show de música e você nunca chegou tão tarde. Explique melhor o que aconteceu.

Ela olha para trás já com o cenho franzido e o vê sentado sobre a cama, usando somente cueca, encarando-a.

— Sempre tem a primeira vez para tudo. — Responde, já percebe que o marido está sem paciência. — Você deveria confiar mais em mim, ou pelo menos ir me buscar já que não gosta que eu chegue tarde. — E continua com a higienização da pele.

— Onde estava na verdade? Você estava com alguém?

— Juan, volte a dormir e me deixe em paz!

Ele se levanta da cama, aproxima-se, agarra o braço dela violentamente e puxa para olhar nos olhos, assustando-a.

— Quer me responder direito? — Altera o tom de voz.

— Você está me assustando! Largue meu braço, está doendo! — Com os olhos arregalados, ela encara o rosto dele e percebe que seu marido bebeu, por conta do mal hálito. — Você bebeu?

— Um pouco. — Sem graça, ele larga o braço dela devagar e sai do quarto. Ela então percebe que Juan foi ao banheiro, tranca a porta do quarto e continua com a limpeza. Segundos depois, ele volta.

— Lunna abra a porta!

Ela não responde, troca de roupa e deita-se enquanto ele insiste batendo na porta.

— Eu não vou te agredir, desculpa amor!

Juan insiste por um longo tempo, mas sua esposa o ignora todas as vezes, até que ele desiste e tudo fica em silêncio. Mesmo assim, ela demora para pegar no sono e as lágrimas não param de escorrer por conta de tudo o que aconteceu nas últimas horas. A bailarina não consegue se conformar com a situação amorosa que vive.

De manhã, ela acorda com o sol batendo em seus olhos, pois se esqueceram de fechar a cortina da janela. Imediatamente, Lunna lembra-se de Jota, só depois do marido.

Bom, ele mereceu dormir do lado de fora hoje e é melhor que vá se acostumando ficar longe de mim, pois eu irei pedir divórcio o quanto antes.

Senta-se então na cama para tentar escutar algum barulho de Juan pela casa e percebe que tudo está um completo silêncio. Levanta-se, calça sua pantufa de urso e abre a porta lentamente e aparentemente ele não está.

Deita-se no sofá para ver televisão, mas não consegue se concentrar em mais nenhum outro pensamento a não ser Jota. De repente, Juan chega portando várias sacolas de padaria e usando as roupas amassadas que estavam penduradas no varal.

— Bom dia, amor... — Ele a cumprimenta. — Trouxe várias coisas gostosas para você.

— Você quer pedir desculpa através de comida? Você sabe que eu não como muito carboidrato de manhã, ainda mais tão cedo. — Desdenha.

— Também trouxe frutas.

Ele percebe que ela não dá muita importância, posiciona-se na frente dela e inclina-se para vê-la melhor.

— Ontem eu estava mesmo alterado, você sabe que não sou daquele jeito agressivo. Pode me perdoar, meu amor?

Ela suspira antes de responder.

— Está bem... O que trouxe para mim?

— Venha descobrir lá na cozinha. — Responde, animadamente.

O casal toma o café da manhã e Juan percebe sua esposa desanimada o tempo todo, mas pensa ser por conta do que aconteceu de madrugada e sai para trabalhar, deixando-a sozinha.

Ela passa o dia refletindo em como iniciar a conversa de divórcio e já o imagina reagindo mal, por isso, planeja como irá se defender caso ele seja agressivo novamente. Também planeja como irá fazer para ficar com Jota em outro pais, já que toda a sua vida agora está na Argentina.

Mais tarde, Lunna posiciona uma cadeira, sobe sobre ela e fica na ponta dos pés a fim de alcançar dentro do forro a caixa com as lembranças.

Faz muito tempo que eu não abro essa caixa, inclusive, está toda empoeirada, pois dói muito abri-la. Todas essas coisas têm um valor sentimental absurdamente alto, mas a corrente é o objeto mais valioso para mim. Pensa, olhando o nome dele marcado junto com um número de identificação no pingente.

Aquela frase que ele disse em meu ouvido não quer sair da minha cabeça. Aquilo foi o ponta pé inicial para eu decidir que quero muito ficar com ele e nada irá me atrapalhar. A gente não merece ficar longe um do outro, sequer queríamos nos separar, não foi nossa culpa. Se aquela guerra idiota não tivesse acontecido, tenho certeza de que nós estaríamos juntos até hoje e seríamos muito felizes...

Quando termina de olhar suas recordações, senta-se em frente ao computador e manda uma mensagem para Jota, esperando que ele a veja logo.

"Oi Jota, tudo bem? Você foi embora tão rápido e não deu tempo de responder que eu também ainda te amo. Na verdade, eu estou triste por não estar com você agora, então tomei uma decisão: Irei me separar de meu marido e ir embora para o Brasil. Não sei quanto tempo isso irá demorar, só quero pedir para você me esperar, pois quero muito ficar contigo. Vou tentar ser breve, não vejo a hora de te dar um beijo."

De repente, ela escuta um barulho de carro indicando que Juan chegou. Olha para o relógio do monitor e percebe o quanto o tempo passou rápido enquanto ela mexia em suas recordações e ainda não as guardou. Corre então para guardar tudo e quase se despenca quando desce da cadeira. Ele abre a porta no mesmo segundo de quando ela senta-se novamente diante do computador.

— Oi amor, cheguei!

— Oi amor... — Responde o cumprimento ainda sem fôlego.

— O que foi? — Ele percebe assim que deposita um selinho sobre seus lábios.

— Nada...

Juan dá meia volta para sair e observa a sala, desconfiado. Senta-se no sofá, olha para cima e percebe a tampa do forro um pouco torta, entretanto, não diz nada, apenas se levanta novamente e vai para a cozinha.

Que ótimo, ele não desconfiou de nada! Nossa, preciso tomar mais cuidado... Não sei o que ele faria se descobrisse. Pensa, animada. Mas quer saber? Vou tirar tudo dali por precaução.

Durante a madrugada, Lunna se certifica de que seu marido está realmente dormindo e, na surdina, sobe novamente. Depois, tira todas as coisas de dentro da caixa para esconder no fundo da ultima gaveta da pia, pois sabe que ele não costuma mexer ali.

Pronto, aqui me parece ser um bom esconderijo. Bom, já que estou de pé, vou aproveitar e ver se o Jota me respondeu. Pensa, ligando o computador. Será bem rápido, Juan nem irá perceber minha ausência.

Logo repara que há uma mensagem e, muito contente, lê toda ela rapidamente, depois volta para a cama.

Eu também estou triste por estar sem você, porém, sua mensagem me animou,tanto, que agora estou sorrindo à toa, é sério... É claro que vou te esperar, pode demorar o tempo que for. Mas tome cuidado, seu marido pode reagir mal com a notícia de divórcio. Mande mais mensagens contando como está por aí, combinado? OBS: Também não vejo a hora de te dar um beijo.

Assim que Lunna deita-se ao lado do marido, ele a surpreende e mostra que está acordado o tempo todo.

— O que estava fazendo?

— Nossa, será que não posso nem fazer xixi?

— Você não estava fazendo xixi, escutei barulhos seus vindo da sala e da cozinha.

— Relaxa, Juan! Acho que você estava sonhando. — Ela ri, tensa.

— O que você anda escondendo?

— Não estou escondendo nada. Por que você desconfia tanto de mim?

— Eu vi que você mexeu na tampa do forro. O que você anda escondendo?

— Nada, já disse!

Ele se levanta e sai rapidamente. Ela então vira-se na cama, certa de que seu marido não irá encontrar nada. Frustado, Juan volta para o quarto e deita-se novamente.

— Se eu descobrir alguma coisa sobre você, Lunna, não respondo por mim.

Assustada, ela abre os olhos, depois vira-se para falar com ele a fim de fingir estar despreocupada.

— Isso é uma ameaça? Olha, se for, juro que dou queixa contra você para a polícia.

— Eu não tenho medo da polícia.

— Você está é louco, vá dormir!

— Fique sabendo que vou encontrar, seja lá o que você estiver escondendo. — Ele vira-se de costas para ela.

É melhor não vacilar. Ela pensa, tentando se acalmar. No mesmo dia, Lunna pega a caixa, leva para a casa se sua mãe e resolve abrir o jogo com ela, alega que nunca foi feliz com Juan de verdade e pretende se separar, mas ainda é segredo.

Certo dia, ela se despede de seus bailarinos depois das instruções de um futuro vídeo clipe e depois se retira do salão. Já passa das 19 horas e está escuro, como ainda não tem um veículo próprio, precisa caminhar por alguns metros para pegar um ônibus. Percebe então uma movimentação estranha atrás dela aparentemente a seguindo, acelera o passo com medo e resolve se aproximar de um pequeno grupo de pessoas mais adiante, porém, ao olhar para trás, reconhece quem a segue: Seu marido.

— O que ele faz aqui? — Indaga-se e para no meio do caminho. — Juan, posso saber porque você está me seguindo? — Pergunta, quando ele se aproxima, já alterada.

— Eu estou te investigando.

— Hein? Investigando? Como assim?

— Você anda muito suspeita. — Agarra o braço dela e puxa com força — Vamos logo para casa!

— Você não tem o direito de fazer isso! — Ela chacoalha o braço e o empurra para se soltar. — Onde já se viu? Vou para a casa da minha mãe hoje.

— Não vai! — Ele para bem em frente a ela, impedindo-a.

— É você quem vai me impedir? — Ela o empurra e continua a caminhar.

— Se você for, não volta mais.

Lunna para, olha para trás, encarando-o, e não dá importância as suas palavras, depois continua com o caminho.

— Você é quem decide. — Ele dá meia volta e vai embora pelo caminho contrário.

Agora é questão de tempo até o dia do divórcio. Pensa enquanto abre um sorriso de canto sem querer.

Quando Juan chega em casa, a primeira coisa que faz é ligar o computador e conectar-se à internet. Depois, passa horas imaginando possíveis senhas que Lunna poderia dar para sua rede social e bate papo, conhece a esposa o suficiente para deduzir várias delas, mas perde a paciência depois de várias tentativas.

— Vou tentar uma última vez. Bom, levando em consideração que criamos essa conta na época que estávamos bem e a possibilidade dessa senha nunca ter sido alterada, pode ser algo como Lu&Ju. — Ele digita e então a página começa a carregar, em seguida, o perfil se abre. — Bingo! Lunna, você é tão óbvia... — Ele ri, satisfeito, e imediatamente começa a mexer em tudo.

A partir desse instante, o status online está visível para todos os amigos dela, inclusive para Jota, que estava de olho e esperando por esse momento a tempos.

"Oi, como está?" Ele manda uma mensagem.

— JP? Espera, esse cara é o mesmo que vi Lunna conversando há um tempo. Quer dizer que ela continua a conversar com ele? E mesmo prometendo fazer ao contrário?

"Estava esperando você aparecer." Jota manda outra mensagem.

Juan decide traduzir tudo na internet para poder se comunicar em português com ele.

— Está na hora de acabar com toda essa safadeza! — Diz a si mesmo enquanto escreve algo rapidamente.

"Pois eu não." Ele responde.

"Como é?"

"Eu não estava esperando você aparecer, burro."

Do outro lado, Jota coça sua cabeça, confuso.

"Pare de mandar mensagens, não quero mais conversar com você!"

"Por que está escrevendo isso, Lunna? Fiz algo que você não gostou?"

"Claro que fez, você está me incomodando. Esqueceu que sou casada? Eu amo meu marido!"

Ambos encaram a tela do monitor de cara feia.

"Eu insisto em mandar mensagens porque você me disse que me ama e que quer ficar comigo. Por que me iludiu? Por que me fez de otário? Pode deixar, nunca mais te mando nada!"

— Como é? Ela disse isso? — Juan se espanta, em seguida, olha as mensagens antigas e descobre que eles trocaram várias delas, inclusive muitas são amorosas.

"Isso. É um favor que você irá fazer." Conclui.

Jota nega com a cabeça, irritado. Enquanto Juan, ri satisfeito com o que acabou de fazer e com o que descobriu.

— Eu sabia! Eu sabia que ela me escondia alguma coisa, eu não sou nenhum idiota! Mas isso não vai ficar assim, a Lunna ainda me paga.

A decepção é tanta, que Jota fecha a janelinha na mesma hora e permanece sentado pensativo.

Não entendo. Por que ela me tratou assim? Ela não é ríspida desse jeito e sempre foi tão carinhosa comigo... O que será que aconteceu? Nos falamos há poucos dias e ela estava normal. Bom, de qualquer forma, alguma coisa a fez mudar de ideia, e portanto, nunca mais irei incomodá-la.

Já a bailarina, está deitada neste momento no sofá da casa da mãe, onde irá passar a noite, sorrindo à toa e sonhando acordada.

Irei combinar com o Jota para me esperar no aeroporto, pois assim que chegar lá, quero correr para os braços dele e lhe encher de beijos. Estou com tanta saudade dos lábios dele, dos braços fortes que ele tem, do carinho...

Na manhã seguinte, enquanto Lunna e seus pais tomam café da manhã, a campainha toca e quem está no portão, é Juan, segurando um buquê de rosas vermelhas.

— Pensa que é assim? É só pedir perdão com algum presentinho que fica tudo certo? — Ela pega o buquê e o joga no chão com força — Pode ir embora!

— Ah é? Fique sabendo então que eu descobri tudo.

— Tudo o que? Tá maluco?

— Seu querido JP.

Ela sente um frio percorrer sua espinha.

— Como é?

— Eu acessei todas as mensagens ontem à noite.

Para Lunna, a reação de Juan não é tão grave como imaginara e está convencida de que chegou o momento ideal para pedir o divórcio. Enche os pulmões e abre a boca para falar.

— Então nesse caso...

— Espere, eu ainda não terminei. — Ele a interrompe. — Se quer divorcio para depois sair correndo atrás desse cara, fique sabendo que não irei aceitar isso tão facilmente.

— Você não tem que escolher aceitar ou não, tem que se conformar que tudo acabou e pronto. Faz tempo que não estamos dando certo, não percebeu ainda?

— Você terá que fazer uma escolha: Se ficar comigo, seu JP ficará bem...

— E se eu não ficar?

— Tenho alguns contatos que adorariam fazer uma viagem para o Brasil, se é que você me entende... — Ele solta uma gargalhada, assustando-a, pois nunca conheceu esse lado do marido.

— Você não vai tocar um dedo nele!

— Então, faça a escolha certa, meu amor...

Lunna reflete por um instante, encarando o sorriso irritante dele e tem uma ideia para se livrar de Juan de uma vez por todas e deixar Jota em paz.

— Ok, nesse caso, então volto para casa. Acho que na verdade não gosto dele tanto assim como pensava...

— É mesmo? Então fiz você perceber que realmente me ama e sou o amor da sua vida! — Ele se aproxima para beijá-la, mas ela o empurra no mesmo instante e ainda desvia os lábios, fazendo uma careta.

— Afaste-se, você está com mal hálito. Vou pegar minhas coisas para voltar, e você, não deixe de escovar os dentes quando chegarmos.

Enquanto ela se afasta, Juan verifica seu hálito dentro das suas mãos sobre a boca.

— Não sinto nada.

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