7
–Titia? Perguntei
– É - ele mastiga - Ela meio que me criou sabe? Tia avó. Dona Guilhermina. Amo ela! Ele diz animado e eu do risada.
– Bom vizinha/inimiga o papo 'tá' bom, o rango 'tava' ótimo, mas vou indo - Ele se levanta
–Você vai fazer festa hoje? Pergunto já fazendo careta.
– Hoje estou de bandeira branca. Mas não se acostume hein? Assenti
– Obrigada, por tudo Eduardo - Digo
– Disponha ele sorri levantando as mãos - Ah. A guerra não acabou - Ele diz e eu sorrio vingativa.
Era 01:45 da manhã de um sábado e eu estava em frente ao fogão mexendo meu brigadeiro tranquilamente. Terminei e botei no beiral da janela da cozinha para dar uma esfriadinha.
– Vizinha! Dei um pulo
- Que susto! O que 'tá' fazendo aqui Eduardo? Abro a porta da sacada
- 'Tava' olhando pra noite e eu senti cheiro de brigadeiro sabe? Vim te visitar - ele me empurrou entrou e sentou no sofá.
- Folgado! Digo e pego minha panela e uma colher e volto pra sala.
Pego o controle na estante e volto pro sofá.
- Amei seu pijama, pena que não combina com as pantufas - olhei pra minhas pantufas do Mickey e meu pijama do pateta.
- Eles fazem parte do mesmo desenho - digo revirando os olhos. Me jogo no outro sofá, puxo minha coberta, pego a panela e faço login na netflix.
- Ou e pra mim? Ele pergunta reviro os olhos
- Pega uma colher pra você uai! Ele me olha indignado levanta e vai buscar a colher
- Divide o cobertor - Ele pede
- NÃO! Puxo mais
- Vai! Reviro olhos
- Não! Digo puxando mais
- Por favor - suspirei e dividi - passa a panela! Mandou
- Me da a colher! Mandei e ele me olhou desconfiado e me entregou. Enchi a colher e devolvi.
- Mais! Devolveu depois de alguns minutos
- Não! Respondi
- Vai! Tem que dividir! Tentou pegar a panela
- Toma eduardo! Entreguei a panela - engole tudo 'tá'? Levantei e fui pra cozinha procurar outra coisa pra comer.
- Nossa obrigada! Começou a comer e eu fiquei olhando com cara de: Que?
- Intruso - digo baixinho
Alguns dias depois
Tentava arduamente escrever algo interessante, mas o que eu fazia era olhar as crianças brincando na área verde do condomínio.
Eu estava ali por horas sem saber o que fazer ou o que escrever, ouvira algumas musicas, mas também não ajudou muito. Eu realmente sou uma péssima "escritora".
- Cansei - digo saindo da janela e indo para a sala. Ia dar quatro horas da tarde de um sábado pacato. Por um santo milagre não tinha lição de casa e nem provas para estudar. E nem Eduardo deu qualquer resquício de que iria fazer uma de suas festas de arromba.
Ouvi um barulho e olhei pra sacada, havia uma garotinha negra com um cabelo maravilhoso sorrindo para mim. Levantei e abri, convidando-a para entrar.
- Olá! Digo
- Oi - Ela diz tímida.
- Sou Karine e você? Pergunto
- Marinaaaaaa - Ouço meu vizinho gritar e ela dar uma risadinha.
- Você é a Marina, certo? Sorri e assente
- Estou fugindo dele - Ela coloca a mão na boca e da uma risadinha
- ah ele é chato né? Eu sei. Fica aqui me fazendo companhia, mas acho que ele vai te achar! Digo
- Acho que não, eu deixei a porta aberta. E fechei a porta da sacada! Ela diz e eu assinto.
- É ele não vai te achar tão cedo!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro