Um pequeno deslize
Estava escuro, já passavam das onze da noite quando Mith chegou a coreal corp, desceu de seu corvete cinza escuro com um ar misterioso, estava tudo muito silencioso, Mith já havia combinado antes com os guardas de modo que entrou no estabelecimento da empresa sem algum problema, mas antes de entrar, olhou a sua volta para verificar se ninguém o observava, apressadamente se dirigiu ao escritório de Larson e abriu a porta com uma cópia da chave que havia conseguido graças à uma noite em que Larson bebeu muito por impulsionamento do próprio Mith, foi uma coisa rápida e fácil, aliás tudo é fácil para homens ricos, materialmente é claro. Ele se dirigiu as gavetas da secretária de Larson e retirou de lá alguns papéis trocando por outros...
Na manhã do dia seguinte…
Larson acorda bem-disposto e pronto para assinar os papéis de sua demissão. Eram seis da manhã quando saiu de casa com um de seus favoritos ternos, ele conduzia um cadilac preto em uma velocidade suave enquanto sentia o espaço a sua volta, era realmente um novo ar, uma nova vida para Larson – isto é melhor que um bilhão de dólares – pensou ele. Desligou o A.C e abriu os vidros do carro deixando com que a brisa tomasse o interior, sua mente estava fresca e silenciosa, a atmosfera em sua volta parecia mais leve, todas as coisas haviam ganhado uma luz diferente, cores mais fortes e activas, ele chegou a empresa como quem é trazido pelas nuvens.
Entrou na empresa cumprimentando todos como quem apanhara dinheiro, super sorridente e com vida, já em seu escritório pós-se a sentar e respirou fundo, relaxou o corpo em seu acento e logo algo estranho aconteceu, seu astral sofreu uma baixa repentina e seu humor sucumbiu, sobrando apenas a seriedade sem ele mesmo saber o porquê, naquele dia Larson parecia estranho até para ele mesmo, a sua atenção para as coisa se tornara muito aguçada, depois de trinta segundos foi notando que afinal era o cheiro diferente que abafava subtilmente o lugar, um cheiro que não pertencia a aquele ambiente, por um pouco ele sentia até o gosto relativo ao cheiro, seus sentidos estavam tão ampliados que chegou a pensar que se tornara um super-homem ou coisa parecida. …Então deduziu que alguma coisa de errado havia acontecido naquele lugar, parou por um pouco para identificar o cheiro, era um perfume de odor afiado, um pouco adocicado mas não havia dúvidas de que se tratava de um homem, e isto começou a lhe dar impressão de que conhecia tal fragrância de algum lugar, foi quando olhou para baixo e achou outra coisa estranha, a segunda gaveta à baixo de sua secretária não estava bem encostada, Larson nunca deixa nada desorganizado e aliás, raramente põe as mãos naquela gaveta visto que só papéis importantes entram nele. Então ele abriu-a, mas tudo estava como sempre esteve. - O que aconteceu então? – Indagou ele.
Foi quando sua porta tocou, batiam forte a porta de seu escritório, não podia ser sua assistente, ela sempre bate com delicadeza e respeito. – Faça favor de entrar – e então entraram dois homens de ternos pretos que levavam distintivos pendurados e caras severamente sérias, um atrás do outro, o que estava atrás trazia um papel em sua mão e o de frente que estava de óculos se aproximou e se pós a cumprimentar Larson com um sorriso seco:
- Como vai isso senhor? eu sou o Detective Ramir e este é meu parceiro, Sargento Gló.
- Ele quer dizer Glodman senhor – Interveio o sargento que tinha uma voz fina e desafinada que combinava com sua cara comprida e magra que seguia seu corpo tímido e desleixado.
- Cale a boca Gló aqui ninguém pediu sua opinião! – Ramir alfinetou seu parceiro - Bom… continuando, nós estamos aqui para investigar uma ocorrência relatada por três pessoas anónimas que denunciaram ter se constatado nos últimos tempos desvios de consideráveis quantias de dinheiro, estamos aqui a falar de milhões de dólares. É o senhor Larson pois não?
-sim sou o Larson, tire o senhor do meu nome por favor, já agora, gostaria de saber mais sobre estas denúncias, o senhor disse que são anónimas e uma coisa eu sei, qualquer um pode ligar para brincar com sua cara, aliás, aposto que fazem isso todos os dias com seu pessoal do apoio ao cliente. Eu sou o PCA deste lugar e nunca houve pelo que eu saiba, nenhum tipo de desvio aqui, então Detective, eu sugiro com todo respeito que termine aqui nossa conversa.
- Muito conveniente! – Exclama Ramir olhando para Glodman e voltando seu olhar para Larson rapidamente – Se eu fosse o autor dos desvios não seria muito conveniente que eu defendesse a ideia de que as queixas são falsas senhor Larson? Eu posso ver nos seus olhos que está a esconder alguma coisa.
- como assim chefe! O quê que tem os olhos dele, como o senhor vê estas coisas!
- cale a boca seu imbecil, você não vê que estou a esborrachar o indivíduo! Olha e aprende seu inútil. – e continuou Ramir – Agora chega de brincadeiras – quero ver as demonstrações financeiras dos últimos seis meses.
Larson com toda a confiança pós-se a tirar os documentos de sua gaveta quando um insight ocorreu vindo das profundezas de seu coração – É estranho estes senhores virem justamente hoje com esta conversa logo no dia em que as coisas estão estranhas neste lugar! – Então foi aí que ele fechou a segunda gaveta e se dirigiu a estante dos arquivos onde estavam as cópias de tais documentos, retirou com toda convicção e os entregou – fiquem a vontade senhores – No mesmo momento a assistente batia a porta, entrou de seguida com os documentos de demissão – Bom dia senhor, cá tens eles, tem certeza que quer fazer isto? Sua demissão será como tirar a alma da empresa senhor. – Jumara se mostrava bastante triste com a decisão de seu chefe, e tinha toda a razão para tal, desde o começo que a coreal depende da energia de Larson e sua grande capacidade de gerência.
- Que conveniente, você desvia todo dinheiro e agora vai sumir não é! - Diz Gló.
- Cala a boca Gló.
- o chefe sempre me manda calar a boca. Eu só estou a tentar ajudar.
- Você já ajuda ficando calado! – Ramir virou-se para Larson depois de alfinetar novamente Gló – Senhor, pedimos desculpas pelo infortúnio, está tudo certo com os papéis, dê-me licença… E já agora, tenha um bom dia.
- Não há de quê meus amigos, são sempre bem vindos aqui.
Os agentes se retiraram do escritório de Larson naquele momento.
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