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Em busca de provas

   ENTRE POÇÕES E PUNIÇÕES

...

          A Lufa-Lufa acaba de perder 10 pontos da Taça das Casas pela segunda vez na semana, e só no mês já são quase 50 pontos a menos. Os colegas lufanos não sabem o que está acontecendo com o melhor aluno da classe de poções, mas não aguentam mais ser prejudicados. Até se ofereceram para fazer os deveres da aula para o garoto, que não aguenta mais se sentir injustiçado, mas não aceita.

          Kim Sunoo é o melhor aluno de poções da Lufa-Lufa, sendo considerado um prodígio ainda estando no 5° ano. É o responsável por boa parte dos pontos da Lufa-Lufa, e este ano estão concorrendo diretamente com a Sonserina pelo primeiro lugar na Taça das Casas. Porém, há quase 1 mês que os trabalhos de Sunoo estão dando errado, e as poções impecáveis estão resultando em terríveis coisas fedidas e com efeitos colaterais um tanto peculiares — o professor ainda não consegue enxergar a si próprio no espelho desde a última poção, mas Sunoo prefere não ficar pensando muito sobre isso.

— Eu estou falando, isso é sabotagem! — afirma frustrado para o amigo durante o jantar no grande salão.

— Que é sabotagem eu já percebi, mas quem você acha que está fazendo isso? — Sunghoon pergunta, já cansado de comer e apenas cutucando a sobremesa com as unhas.

— E você tem alguma dúvida?

          O lufano fala enquanto olha diretamente para a mesa da Sonserina, e Sunghoon vira para olhar também. O sonserino em questão come como se estivesse faminto há semanas, mãos e rosto totalmente lambuzados. Nishimura Riki, que é observado pelos dois pares de olhos atentos, sequer percebe.

— Ele mexeu com você esses dias? — o mais velho pergunta, voltando a atenção ao Kim.

— Tsc, ontem mesmo ele estava na aula de poções, rindo de mim logo antes da minha poção... bem, você sabe, explodir na cara do professor Horácio — revira os olhos em desgosto ao lembrar da cena. Riki estava rindo antes de a desgraça acontecer, nem fazendo questão de disfarçar que estava metido naquilo até o último fio de cabelo.

— Você acha mesmo que é ele quem está fazendo isso?

— Já disse que sim!

— Quer tirar a prova? — Sunghoon pergunta com um sorrisinho de canto e olhos animados, e Sunoo já sabe o que vem em seguida.

— Qual a sua ideia? — pergunta, se apoiando totalmente sobre a mesa para ficar mais próximo.

— Vem comigo.

          Os dois lufanos saem do Grande Salão, se despedindo de todos e indo para o Salão Comunal como fariam em dias normais após o jantar. Após uma boa parte dos alunos estar ali dentro, os dois disfarçam e saem novamente, fazendo o possível para desviarem de qualquer lufano e principalmente de Heeseung, amigo mais velho e monitor da Lufa-Lufa.

— Pra onde a gente tá indo? — Sunoo pergunta alguns minutos depois, após tantas voltas pelos corredores do Castelo.

          Já é hora de se recolherem e precisam se esconder de qualquer professor ou monitor que passe por ali, e principalmente precisam se esconder dos fantasmas escandalosos e dedo-duro.

— Vamos ficar de tocaia perto da sala de poções. Amanhã você tem aula, certo? — Sunghoon pergunta enquanto Sunoo o puxa para se esconderem numa área sem iluminação do corredor ao que avistam um corvino passando.

— Tenho, deixei minha poção na classe junto das outras — sussurra para o mais alto, prestando atenção no corvino passando sem nem notar a presença deles.

— Por que estamos nos escondendo? Ele também não deveria estar aqui a essa hora — Sunghoon indaga, confuso. Pelo que lembra, o tal corvino é Jake, um aluno comum como eles.

— Melhor não arriscar — o Kim murmura com um bico e o mais velho dá de ombros.

          Os dois ficam parados até o garoto virar no corredor e tornam a correr escadas abaixo, e antes de chegarem ao corredor da sala de poções, Sunoo já está esbaforido de tanto descer escadas, se apoiando pelas paredes. A sala é no subterrâneo, bem próxima ao Salão Comunal da Sonserina, porém bem longe de qualquer outro lugar do Castelo que lufanos gostariam de circular.

— Anda logo, Sunoo — chama aos sussurros, tendo que parar para observar o menor pegar ar dramaticamente.

          O Kim nem fala nada, porque antes que abra a boca escutam passos rápidos por perto, e tratam de se esconder no breu. Alguns alunos da Sonserina passam por ali, o que era de se esperar já que é caminho para o Salão Comunal deles. Os dois se mantêm quietos, parados no lugar, não querendo arriscar.

— Eu consigo sentir seu bafo daqui, fecha a boca — Sunghoon implica, recebendo um soco no peito.

— Cala boca, eu tô sem ar depois dessa corrida toda — o mais novo reclama, sem poder sair do lugar e tendo que ficar quase espremido ao Park.

          Os minutos passam lentos como horas, e pela movimentação quase nula do lugar os garotos sabem que já está mesmo tarde. Agora, se forem pegos, é castigo na certa.

— Até o professor Horácio já passou por aqui, acho que já podemos sair — Sunoo sussurra e Sunghoon murmura em concordância, saindo do lugar cautelosamente e observando os corredores.

          Viram em mais alguns corredores, quase se esfregando pelas paredes. Sunoo nem consegue acreditar que está tendo que se submeter a tal circunstância apenas por causa de um sonserino perturbado, sinceramente. Pode acabar perdendo todos os pontos da Lufa-Lufa apenas por causa disso, mas também não pode arriscar perder mais pontos na aula do dia seguinte devido às sabotagens do garoto.

— Espera, tá ouvindo isso? — Sunghoon para no meio do caminho, levantando a mão para que Sunoo pare também.

          Os dois param no meio do corredor e apuram a audição. Podem ouvir vozes baixas e alguns murmúrios, também uns sons estalados. Definitivamente tem alguém por ali.

— Vamos ignorar e passar por outro corredor — Sunghoon sussurra já pronto para virar para o outro lado, afinal não há apenas um caminho, mas Sunoo o puxa pela capa.

— Passar pelo outro corredor significa passar pelo corredor do quarto do professor Horácio — o mais baixo sussurra com uma careta, apontando para o corredor com escárnio, já que o professor não é dos mais simpáticos e se recusa a admitir que gosta até mesmo de Sunoo, seu melhor aluno em anos.

— E o que você sugere? — Sunghoon pergunta com deboche, cruzando os braços.

— Só vamos dar uma olhadinha rápida para confirmar se não é alguém que pode nos encrencar, tenho quase certeza que são alunos — afirma convicto, se aproximando devagar do lugar de onde vêm os sons.

          Sunghoon mal pode acreditar no amigo fofoqueiro que foi arrumar, e nem que ele está disposto a ser pego apenas pela curiosidade de meter o nariz na vida alheia.

          O Kim estava mesmo achando que daria de cara com uns alunos aos beijos em alguma área escura, mas quando viu as gravatas da Sonserina e da Grifinória emboladas no meio dos dois rapazes quase se fundindo um ao outro, o queixo foi ao chão.

— O que foi? — Sunghoon murmura ao ver a reação do Kim e se aproxima para ver também, mas leva um susto com a voz alta do garoto.

— Jungwon?!

          Os dois rapazes dão um pulo no lugar, se soltando e se afastando com pressa e expressões apavoradas, saindo do escuro que antes estavam.

— Tá maluco? — Sunghoon dá uma bronca no Kim pelo grito, mesmo que também esteja surpreso ao ver os dois garotos.

— Para de gritar — Jungwon sussurra apavorado, as bochechas vermelhas como maçãs e os olhos arregalados em pavor.

          O fato é que, se fosse qualquer outra pessoa ali, Sunoo não faria toda essa cena apenas por ver o amigo beijando um garoto. A grande questão disso tudo é que Jungwon, seu melhor amigo, está aos beijos com Park Jongseong, o garoto que ele detesta — bom, que ele DIZ detestar — e passa os dias falando mal, e todo jogo de quadribol entre Sonserina e Grifinória só é encerrado depois que os dois só faltam sair no tapa. Centenas de pensamentos passam na mente do Kim como uma flecha enquanto pula o olhar de um garoto pro outro, tentando entender o que está acontecendo. Que traição, por Merlin!

— Vamos logo, Sunoo — Sunghoon percebe que o Kim quer fazer mais uma cena e eles simplesmente não têm tempo para isso, ainda mais depois do grito que qualquer um pode ter escutado.

          Sunghoon é melhor amigo de Jay, mas também não sabia que ele estava se encontrando com um grifinório pelos cantos do Castelo. Está tão surpreso quanto Sunoo, mas não é o momento para perguntas.

— Eu posso explicar — Jungwon fala para Sunoo, apavorado como se estivesse sendo julgado em um tribunal. Jay se mantém a uma distância segura do garoto, mas não parece nem um pouco assustado.

— Ah, é bom mesmo — o Kim cruza os braços, até se esquecendo do que o levou até ali, agindo como se tivesse todo o tempo do mundo.

— Não, depois vocês conversam — Sunghoon insiste, segurando o amigo lufano pelos ombros para fazê-lo andar. — A gente precisa ir agora.

— Vão aonde? — Jay fala pela primeira vez, estranhando dois lufanos tarde da noite caminhando por ali.

— Depois eu explico — Sunghoon responde ao amigo, mas logo leva outro susto e para no lugar.

— Posso saber que merda é essa aqui? — Heeseung se aproxima dos lufanos, mas se surpreende quando vê além dos dois fujões, um grifinório e o amigo sonserino. — Que caralhos?!

          Em qualquer outra circunstância, Lee Heeseung tentaria manter a calma e a boa educação, mantendo no mínimo um linguajar respeitoso. Entretanto, é amigo de todos os imbecis de capa — com exceção do grifinório apavorado —, e não está a fim de ter papas na língua para brigar com os irresponsáveis.

— O que você tá fazendo aqui, hyung? — Sunoo pergunta assustado, pois jurava que Heeseung tinha ido para o Salão Comunal da Lufa-Lufa há tempos. Tem amizade com o mais velho, mas isso não muda o posto de monitor de casa dele, e isso é mau, bem mau para a situação em que se encontram.

— Não sou eu quem deve respostas aqui, Kim Sunoo — responde irônico.

          O Lee observa todos os garotos, vendo os amigos lufanos de cabeça baixa e o amigo sonserino olhando ao redor, mas nenhum se compara ao grifinório aterrorizado. Heeseung sabe bem do interesse de Jay pelo tal grifinório, mas jamais imaginaria que o garoto arrastaria o menino com cara de criança até os cantos mais escuros do Castelo para trocarem beijos. Porque, pode não ter visto nada, mas sabe bem o que esses lábios avermelhados e caras de bobos significam.

— Desculpa, hyung, mas eu juro que a gente veio aqui fazer uma coisa boa — Sunghoon tenta se explicar.

— Ah, é mesmo? E não podiam fazer essa coisa boa amanhã? — Sorri gentil, mas os amigos dele sabem bem que é sorriso de troça. — E vocês, huh? — se direciona aos outros dois, de uniformes bagunçados. — Também vieram fazer uma coisa boa?

          O coitado do grifinório só falta morrer, a boca aberta e o rosto todo vermelho, sem conseguir emitir nenhuma palavra.

— Desculpa, vai — Jay se coloca mais ao lado do menino mais novo, inconscientemente. — A gente só estava aqui... conversando, mas não vai acontecer de novo — Jay termina de falar e Heeseung não consegue segurar a risada.

— Conversando? — Ele brinca.

— Por que? Você viu alguma coisa? — Jay pergunta sério e respeitoso, mas qualquer um pode sentir o veneno nas palavras.

— Eu não vi nada também — Sunghoon sai em defesa do amigo, cutucando Sunoo, que murmura um "nem eu", ainda encarando Jungwon desfalecer ali de pé.

          Heeseung acha graça da situação, se estivessem fora do Castelo poderia apenas rir e cumprimentar o grifinório que Jay fala tão bem, mas ali dentro a situação é outra.

— Tudo bem, eu não vi nada, mas todos estão nos corredores depois do toque de recolher — anuncia apontando para todos. — Vão precisar vir comigo.

          Sunoo percebe que Jungwon falta desmaiar ali mesmo, ele mesmo está quase chorando com o pensamento de ser punido, mas logo tem a atenção tomada por Sunghoon o balançando com força, quase arrancando seu braço.

— Olha ali!

          Ninguém mais, ninguém menos, que Nishimura Riki está virando no corredor, saindo exatamente do corredor que contém apenas a sala de poções.

— Eu disse que era ele! — Sunoo afirma já nem se preocupando em ser discreto, já foram pegos mesmo.

          Riki se assusta ao virar o corredor e encontrar um grupo de alunos, mas nada o assusta mais que Kim Sunoo, o lufano mais velho que ele e que caminha rápido na direção dele com as bochechas coradas de raiva e os olhinhos, sempre tão adoráveis, bem afiados.

— Por Merlin, todo mundo resolveu quebrar o toque de recolher hoje? — Heeseung exclama ao ver Sunghoon indo atrás de Sunoo. — E vocês podem ficando aqui — diz para os outros dois que tentam escapar.

— Vai, admite! — Sunoo exclama assim que para de frente para o sonserino, pouco se importando com a altura do garoto mais novo e com o fato dele ser ridiculamente mais alto que si.

— Tá falando do quê? — Riki fica na defensiva, sendo intimidado pelo baixinho irritado e pelo amigo lufano dele, este que é alto e está logo atrás do Kim.

— Não seja cínico, você anda sabotando as minhas poções e acabou de sabotar mais uma — Sunoo o acusa, apontando bem no rosto do garoto.

— Eu não estou nem aí pras suas poções, me deixa em paz — tenta desviar e sair de perto, mas Sunghoon o para no caminho.

— Então vamos até a sala, só pra verificar se a poção dele continua a mesma — o mais velho propõe, bloqueando a passagem do sonserino.

— O que é que vocês estão fazendo? — Heeseung se aproxima com Jay e Jungwon em seu encalço. — Vamos todos para a sala da diretora, andem logo.

— Por que é que têm tantos lufanos aqui? — Riki bufa, se sentindo coagido. — E ainda tem um grifinório?!

— Hyung, lembra que eu te contei que minhas poções estavam sendo sabotadas? — Sunoo se vira para Heeseung, ignorando o sonserino mais novo. — Eu tenho certeza que é o Nishimura quem está sabotando, e vim aqui pra ver se ele ia entrar na sala de poções, e ele acabou de sair de lá! Não o vi entrando por causa do... huh, imprevisto no caminho, mas ele acabou de sair de lá!

          Heeseung pensa por alguns segundos, se lembrando de todas as acusações do Kim sobre o Nishimura estar o sabotando, e a coisa estava realmente estranha. Via com clareza o Kim fazer cada poção impecável, e quando chegava o dia de apresentar ao professor, tudo dava errado. Não seria surpresa alguma se o menino que vive perturbando o coitado do Sunoo fosse o culpado pela sabotagem, independente de ser sonserino ou não.

— Está bem, vamos olhar a poção do Sunoo — dá o braço a torcer, vendo o lufano com um sorriso convencido e Riki soltar um resmungo descontente.

— Eu não vou olhar poção nenhuma, pode me levar pra sala da diretora — o mais novo fala diretamente com Heeseung, tentando passar, mas Sunghoon não o deixa, se colocando no caminho.

— Anda, vamos — Sunoo pega o sonserino pelo pulso e o arrasta pelo corredor até a sala, determinado a desmascarar a pequena cobrinha que ele é.

          O garoto reclama, mas não faz uso da força para se soltar. Na verdade, Jungwon acha que ele parece mais envergonhado do que com medo de alguma coisa, mas não se atreve a dar pitaco em qualquer coisa, se mantendo quieto e apenas seguindo o grupo até a sala.

— Ainda deixou aberta — Sunoo faz pouco do outro quando gira a maçaneta e percebe o erro do garoto.

— Não deixei não, eu tranquei — murmura, tendo certeza que usou o feitiço para trancar a porta depois de tê-la aberto.

          O Kim murmura alguma coisa mais antes de abrir de vez a porta e entrar na sala acompanhado de todos os garotos, mas o que veem é totalmente diferente do esperado. Ao redor da mesa de Sunoo estão Doyoung e Beomgyu, com ingredientes e varinhas a postos, e olhos arregalados pela surpresa de serem pegos. Sunoo se aproxima com pressa acompanhado pelos outros, e todos podem ver que os garotos estão mexendo na poção do Kim.

— Então estavam mesmo sabotando suas poções? — Jungwon mal pode acreditar, se aproximando do amigo para ver melhor.

— Eu não acredito nisso! Vocês não têm vergonha, não? — O Kim não se contém, e é segurado pelo monitor.

— O que vocês estão fazendo é muito sério — Heeseung fala com os garotos, que não parecem nada arrependidos. — Quebraram o toque de recolher, invadiram uma sala de aula e estão sabotando o trabalho de outro aluno — Heeseung enumera nos dedos cada infração, parecendo amedrontador. — Não quero estar junto de vocês na hora que forem castigados.

          Os dois garotos, entretanto, apenas rolam os olhos totalmente desinteressados.

— Não fomos os únicos a invadir a sala — Beomgyu fala com um sorriso, pegando algo na mesa de Sunoo e balançando no ar.

          Riki toma a frente e agarra o pulso do garoto, puxando o embrulho da mão dele com brutalidade, e Jay vai segurá-lo achando que vão brigar.

— Não se meta onde não foi chamado — o sonserino mais novo esconde o pequeno embrulho na capa, só faltando atacar o garoto.

— O que é isso, monitor? — Doyoung se vira para Heeseung. — Vai deixar passar que outro aluno invadiu a sala além de nós? A diretora não vai gostar nada de saber disso.

— Por acaso está me ameaçando? — Heeseung não levanta a voz, mas todos ficam em silêncio. O Lee pode ser bem assustador quando quer. — Não cabe a vocês decidirem o que eu faço ou não, minha conversa será com a diretora. Agora vamos todos até a sala da direção, e não quero ouvir mais nada.

          Os garotos começam a caminhar para fora da sala, os dois últimos a se juntarem ao grupo tendo uma escolta especial de Heeseung e Sunoo, garantindo que saiam também e caminhando atrás dos dois. Caminham a passos um pouco apressados, mas uma coisa ainda martela na cabeça de Heeseung.

— Nishimura? — Chama o garoto que caminha mais à frente ao lado do outro sonserino, e este o olha. — Vem aqui, por favor.

          O japonês para no lugar e deixa os outros passarem por si, até Heeseung estar perto, então volta a andar ao lado dele.

— O que era aquilo que você tomou do Beomgyu? — Pergunta com uma pulga atrás da orelha, algo o dizendo que aquilo era no mínimo estranho. — E por que estava na mesa do Sunoo?

          Pela primeira vez em todos aqueles meses, Sunoo vê o garoto corar. Mesmo com a iluminação fraca dos corredores é possível ver as bochechas rosadas e os olhos perdidos.

— E-Eu não sei.

— Então, o que você estava fazendo na sala? — O monitor é persistente.

— Eu só... — ele começa, tentando arrumar uma desculpa, mas pensa demais e não acha nada.

— Me mostre o que era aquilo.

— Não! — Heeseung para no caminho com a resposta do garoto e o sonserino para também, acompanhado de Sunoo, que está bem atento. Os outros garotos continuam andando, nem percebem o que está acontecendo logo atrás deles.

— Me mostre agora — Heeseung estende a mão, observando como o mais novo agarra o embrulho sob a capa.

— Não é nada demais, eu juro — tenta garantir, mas é tarde demais, Heeseung já acha a coisa toda muito suspeita.

— Se não é nada demais então porque colocou em cima da minha mesa? — Sunoo se mete, olhando diretamente para o garoto, de braços cruzados. Riki poderia não estar sabotando sua poção, mas poderia muito bem estar tentando pregar alguma peça idiota em si.

— Sério, Sunoo, você é mesmo muito chato — o sonserino reclama como uma criança birrenta e Sunoo parece genuinamente ofendido, olhando para Heeseung como quem olha para um irmão mais velho esperando que este o defenda.

— Se não mostrar para mim, terá que mostrar para a diretora, de qualquer forma — Heeseung o ameaça com a verdade, e parece finalmente convencê-lo.

          Riki tira o embrulho de dentro da capa e entrega nas mãos de Heeseung, hesitante. Sunoo gruda no mais velho, observando bem o embrulho; quer saber o que é aquilo. Quando Heeseung desamarra o tecido, um suspiro de pavor sai de sua boca.

— Onde você pegou isso? — Pergunta sem acreditar, mas sequer precisa de resposta. — Por que você tirou isso da seção proibida da biblioteca? Como você tirou isso de lá?

          Enquanto Heeseung passa um sermão no sonserino sobre não poder ir para a seção proibida da biblioteca e muito menos pegar livros de lá, os olhos de Sunoo caem sobre o livrinho pequeno e velho, lendo o título "Instruções para ter as poções mais eficazes e bem feitas de todo mundo bruxo". O lufano observa o garoto ser repreendido de cabeça baixa e com um bico nos lábios, e sua mente dá um estalo. Riki estava tentando ajudá-lo com o livrinho de instruções?

— Eu prometo devolver amanhã mesmo — o garoto diz, sem graça e sem coragem de olhar na direção do Kim.

— Não, eu que vou devolver isso diretamente nas mãos da diretora.

— Hyung — Sunoo chama o mais velho, interrompendo o protesto que o mais novo estava prestes a fazer. — Eu acho que é muita coisa pra uma noite, né? — Heeseung o olha com uma sobrancelha levantada, sem entender aonde quer chegar. — Ano passado um aluno do último ano foi expulso depois de ser pego lendo livros da seção proibida. Se souberem que o Nishimura não só leu, mas pegou um livro de lá, ele pode ser mais do que expulso.

          O Lee pondera por alguns momentos, analisando bem a situação. A punição com certeza será severa, Riki pode até perder os direitos de praticar a magia ainda tão jovem. Ele também não estava fazendo mal a ninguém...

— Entretanto, se ele for pego e eu não disser nada, posso ser punido também.

— Eu prometo que não vai acontecer, hyung — Riki suplica. — Vou manter o livro comigo e devolvo amanhã mesmo, e se alguém me pegar não vai saber que você sabia disso.

— Tudo bem — Heeseung decide após alguns poucos segundos. — Mas se algum daqueles dois tiver visto e contar à diretora, você vai se entregar.

— Sim, eu juro — Riki assente freneticamente, e fica aliviado quando o monitor devolve o livro e apressa o passo para alcançar os outros garotos.

          Riki vai atrás do monitor e sequer repara no olhar do lufano nas costas dele. Sunoo apressa o passo e começa a andar ao lado do sonserino, genuinamente curioso. Por que o mais novo colocou aquele livrinho em sua mesa para ajudá-lo? Riki começa a se sentir estranho com o olhar do mais baixo sem desgrudar dele, não acostumado a estar na presença do Kim por mais de alguns minutos sem ser repreendido, muito menos tendo a atenção dele assim.

          Quando estão chegando na sala da diretora Minerva, Sunoo não está mais se aguentando de curiosidade.

— Nishimura — ele chama o sonserino distraído, recebendo um olhar surpreso. — Por que você colocou aquele livro na minha mesa?

          A pergunta faz Riki olhar Sunoo com tanto desespero, que Sunoo quase não reconhece a pestinha que tem como hobby o perturbar. Acontece que, antes que Riki possa dizer qualquer coisa, a atenção de Sunoo muda assim que chegam em frente à porta da sala da diretora.

— O que você está fazendo aqui?!

          Sunghoon encerra a conversa com Jay, se agitando para descobrir o que levou Sunoo a gritar pela segunda vez na noite, indo ver o que está acontecendo.

— O que foi? — O Park se aproxima preocupado, apenas para encontrar um Sunoo irritadiço, olhando para um corvino amuado que Sunghoon reconhece ser Jake, sentado em um banco. Sunghoon acha estranho, sabe quem é Jake e sabe o aluno exemplar que ele é, então ele estar ali junto ao grupo que estava fazendo besteira pelos corredores é no mínimo esquisito.

— Sem escândalo, Sunoo — Heeseung o repreende, voltando de dentro da sala. — Já falei com a diretora, ela quer ver vocês. Obrigado por esperar, Jake. Podem entrar, os oito.


...

Oie! Só quero te explicar uma coisinha, nada demais. As idades dos personagens foram adaptadas para ficar direitinho nos anos de Hogwarts, sendo assim:


3º ano - Ni-ki (14 anos)4º ano - Jungwon (15 anos)5º ano - Sunoo (16 anos)6º ano - Jay, Jake, Sunghoon (17 anos)7º ano (último ano) - Heeseung (18 anos)


obrigada por ler até aqui <3

essa fic é do universo de ''Minha Amortentia tem Cheiro de Kim Sunoo'', que já está postada aqui, se tiver curiosidade é só olhar na minha conta <3

Se você já leu a oneshot, o que achou? Viu alguma semelhança entre as duas? Pegou alguma coisa que está acontecendo? kkkkkk

Também tenho a pastinha para a melhor visualização da fic, onde deixo imagens de lugares como as salas de aula, para quem não conhece o universo ou nunca viu como é. O link está no meu perfil!

Até o próximo cap <3

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