Joseph
— Oi... — falo — meu nome é Joseph. É um prazer conhecê-los!
Não sei o que me deu, não tiro os olhos dela!
— Viu, filha, educação! — fala a mãe da Sabrina.
— Eu sou a Sabrina — Ela fala, toda sem graça, ignorando o comentário de sua mãe.
— Vocês não gostariam de jantar com a gente? — pergunta a minha mãe.
— Nós adoraríamos! — fala a mãe da Sabrina. Que nome lindo! Vejo que ela está sem graça... preciso fazer algo!
— Você gosta de Strogonoff? Sabe fazer? Fui eu quem fez hoje! Espero que goste! — falo que nem um maluco.
— Calma, filho, vai deixar a moça perdida! Não liga, minha filha, ele quando fica nervoso fala pelos cotovelos, mas é um bom garoto — fala o meu pai.
— Ah, obrigado, pai! Nem meu deixou mais nervoso — falo. Olho para ela e vejo que sorriu.
Os vizinhos entram em nossa casa. Eles são tão agradáveis e tranquilos, bem diferente da louca da minha família.
Quando está tudo pronto, sentamos na mesa e a conversa corre solta. Para a minha surpresa e alegria, Sabrina se senta do meu lado. Conversamos um pouco. Também converso e me dou super bem com o Lucas, meu futuro cunhado. "Meu Deus, isso só pode ser culpa do meu pai!", penso. Há alguns dias não queria saber de nenhuma menina e já estou sonhando em conquistar a Sabrina, já estou louco por ela, e acabamos de trocar as primeiras palavras tem alguns minutos! Ou será que já são horas?
— Me fala um pouco sobre você? — pergunto para Sabrina. Ela me olha. — Tipo, você vai estudar onde? Qual é o seu signo? Sua cor favorita? Essas coisas! Tem namorado? Gosta de ler?
Oquê?! Eu perguntei se ela tem namorado?!
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SABRINA
— Eu fui transferida para um colégio mais perto. É aqui no bairro mesmo! — respondi um pouco nervosa.
— Que legal! Eu estudo lá! — Joseph respondeu, sorrindo. Que sorriso! Parecia ser sincero.
— Respondendo as suas outras perguntas... — dei uma risada suave — meu signo é de capricórnio. Não tenho uma cor favorita, mas gosto bastante de preto, vermelho e azul. Não tenho namorado e sim, amo ler.
— Nossa... — Ele respondeu sem desfazer o sorriso, prestando atenção em cada coisa que eu disse.
— E você? — pergunto também curiosa.
****************
JOSEPH
— Bom, eu sou um leitor daqueles! Qualquer dia desses mostro a minha coleção de livros. E sim, não somos leitores, somos colecionadores de livros — dou um sorriso e ela retribui.
— Nossa, interessante! — Ela responde.
— Sou sagitariano e a minha cor favorita é azul. Pra ser mais preciso, a cor azul celeste.
— A cor favorita da maioria dos psicopatas? — pergunta Sabrina.
— Isso mesmo! — rimos. Nossa, como quero convidá-la pra fazer qualquer coisa, em qualquer dia.
— Você não respondeu uma pergunta.
— E qual seria, Sabrina?
— Você tem namorada? — Ela pareceu estar meio nervosa.
— Não — respondo e, no mesmo momento, ela sorri de novo. Meu Deus, estou apaixonado por esse sorriso, por ela, e acho que é recíproco, só pode!
Continuamos conversando. Em alguns momentos o Lucas entrou na conversa para zoar a irmã um pouco, que ficava chateada, mas respondia ele. Os dois pareciam se dar muito bem. Às vezes, sinto falta disso. Ser filho único nos priva de ter esses momentos entre irmãos.
Vejo que os nossos pais se dão bem também e que, graças aos céus, a Deus e todos os deuses, o meu pai não me envergonhou, nem fez piada e, principalmente, não falou nada com relação a namoros, o que me leva a pensar que minha mãe deve tê-lo enquadrado, pois, se fosse um dia normal, com certeza eu já estaria com o rosto todo vermelho, morrendo de vergonha com algum comentário dele.
O jantar foi especial, mas a mãe da Sabrina diz que já estava na hora deles irem.
— Espero retribuir esse jantar maravilhoso na minha casa — Ela fala.
— Nós adoraríamos! Quando será? — pergunto.
— O que meu filho quis dizer é que ficaremos muito felizes de jantar com vocês — minha mãe me olha feio e eu só mexo os ombros, como se minha pergunta não fosse a coisa mais normal do mundo. Não é o que eu tinha na cabeça.
— Nós também ficaremos muito felizes — a Sabrina fala.
— Então amanhã, quando for umas 17 horas, vou passear com o meu cachorro. Você quer ir comigo? — pergunto.
— Adoraria! — Sabrina me responde com os olhos vidrados nos meus e os meus nos dela.
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