Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 8 - Entre Revelações e Dúvidas

A terça-feira chegou trazendo um céu cinzento e uma chuva leve que deixava o ar frio e úmido. Lucas caminhava pelos corredores da escola com um pequeno sorriso no rosto, algo que chamou a atenção de Beatriz, sua melhor amiga, que não deixou passar despercebido. 

– Tá com cara de quem tem novidade – disse ela, surgindo ao lado de Lucas de repente. 

Ele deu um pequeno salto, assustado, e tentou disfarçar. 
– Eu? Nada disso. 

Beatriz estreitou os olhos, analisando o amigo como se pudesse ler sua mente. 
– Aham, sei... E esse sorriso bobo? Não me engana, Lucas. Vai, desembucha. 

– Não é nada, Bia. Só um dia bom, sabe? – respondeu ele, desviando o olhar e torcendo para que ela não insistisse. 

Mas Beatriz era perspicaz demais para isso. Ela cruzou os braços, parando bem no meio do corredor e obrigando Lucas a fazer o mesmo. 
– Ok, ou você me conta agora, ou eu vou descobrir de outro jeito. 

Lucas riu, lembrando-se das palavras de Michael no dia anterior. Por que todo mundo parecia querer "descobrir as coisas de outro jeito" ultimamente? Ele suspirou, tentando mudar de assunto. 
– Tá bem, tá bem, mas não aqui. No intervalo, ok? 

Beatriz sorriu vitoriosa, sabendo que tinha ganhado aquela batalha, e deu um leve soco no braço dele. 
– Sabia que você não ia escapar. 

Durante as aulas, Lucas mal conseguiu se concentrar. Sua mente insistia em voltar para o café da tarde anterior, para as palavras de Michael, para o olhar intenso que parecia enxergar diretamente dentro dele. O que tudo aquilo significava? 

Quando o intervalo finalmente chegou, ele e Beatriz foram para o mesmo lugar de sempre: o canto mais tranquilo do pátio, perto das quadras. Lucas olhou ao redor para se certificar de que ninguém estava por perto antes de começar a falar. 

– Tá, mas promete não rir? – disse ele, cruzando os braços. 

Beatriz ergueu uma sobrancelha, intrigada. 
– Agora fiquei mais curiosa. Anda logo. 

Lucas respirou fundo, sentindo o rosto corar. 
– É sobre o Michael... 

Beatriz arregalou os olhos e soltou um suspiro dramático. 
– Eu *sabia*! – disse ela, praticamente vibrando no lugar. – Conta tudo, AGORA! 

Lucas riu nervosamente, já se arrependendo de ter aberto o jogo. 
– Não tem muito o que contar... – Ele olhou para o chão, envergonhado. – A gente passou um tempo junto ontem, depois da aula. Fomos a um café. Conversamos. 

– Conversamos? – Beatriz repetiu, incrédula. – Não enrola, Lucas! Ele fez alguma coisa? Disse alguma coisa? E como assim vocês foram a um café? Quando isso começou? 

– Calma! – Lucas colocou as mãos na frente, tentando conter o turbilhão de perguntas. – Foi só... espontâneo, sabe? Ele me chamou pra ir. E a gente teve uma conversa legal, só isso. 

Beatriz estreitou os olhos, avaliando cada palavra dele. 
– Só isso? 

Lucas hesitou, os momentos no café voltando à sua mente: o sorriso de Michael, as palavras que ele escolhera tão cuidadosamente, o brinde improvável. Ele sabia que havia sido mais do que “só isso”. 
– Tá, talvez tenha sido um pouco mais do que isso. Ele disse umas coisas que... me fizeram pensar. 

– Tipo? – Beatriz perguntou, inclinando-se para frente, cheia de expectativa. 

Lucas suspirou, sentindo as bochechas queimarem. 
– Ele disse que se sente mais leve comigo. Que gosta de passar tempo comigo. 

Beatriz soltou um grito abafado, cobrindo a boca com as mãos. 
– Ele tá muito na sua, Lucas! Você percebe isso, né? 

– Eu... não sei – Lucas respondeu, mordendo o lábio inferior. – Quero dizer, talvez. Mas e se eu estiver só imaginando coisas? 

Beatriz segurou os ombros dele, obrigando-o a olhar nos olhos dela. 
– Escuta, se ele te faz sentir bem e parece estar feliz quando tá contigo, por que não aproveitar isso? Vai com calma, mas não se prenda ao “e se”. 

Lucas assentiu, sentindo um pouco do peso em seu peito diminuir. 
– Você acha mesmo? 

– Eu tenho certeza. Agora, – ela deu um sorriso travesso – o que vai fazer sobre isso? 

Lucas não soube responder. Ele queria encontrar Michael de novo, queria saber até onde aquilo poderia levá-los. Mas também tinha medo de dar o próximo passo. 

E enquanto ele pensava, do outro lado do pátio, Michael o observava de longe, com um olhar cheio de intenções. 

Lucas viu Michael se aproximar e seu coração quase saiu pela boca, a forma como Michael o olhava... era como se ele soubesse exatamente qual era o assunto ali, e Lucas de sentia como se tivesse sido pego no flagra, mesmo que Michael não tivesse ouvido nada.

– Nossa ele tá vindo!! – a garota fala, deixando Lucas ainda mais nervoso com aquilo.

Lucas da um leve empurrão na menina, como se a repreendendo por o deixar ainda mais nervoso

A garota faz um beicinho, fingindo dor, mesmo que claramente ele não tivesse usado força alguma.
– Ai você é muito bruto! Isso tudo é só porque seu namorado está vindo?

– Ele não é meu namorado!! Pare de me provocar!

Beatriz da um sorriso, sovamente animada com a situação. Para ela era como assistir uma cena um filme de romance adolescente.

– Tudo bem, não vou mais chamar seu namorado assim.

Lucas da um sorriso vitorioso ao ver que um amigo parou Michael. O amigo mostra algo para ele no celular. Lucas apenas solta um longo suspiro. Após isso ele volta sua atenção para a sua amiga novamente.
– Nossa, foi por pouco... quase que ele vem aqui.

Lucas pega sua garrafinha d'água, bebendo um pouco do líquido, ele realmente estava suando de tão nervoso.

Ele olha para Michael tentando ser discreto. Mas nota que Michael estava de olho em seus movimentos então logo se vira de costas para ele para resistir a tentação de o olhar.

Lucas não entendia porque estava tão nervoso, ele não ficava nervoso daquela forma quando estava com Michael. Talvez fosse porque ele finalmente desabafou para alguém o que estava sentindo. Antes ele simplesmente evitava pensar nesses sentimentos.

– Você é a pior.

A garota apenas riu, achando a reação do garoto muito fofa
– Eu não tenho culpa se vocês parecem um casal de bl. Como é o nome daquele romance que você estava lendo?

Lucas sente seu rosto corar ao lembrar do livro que eles liam juntos

Beatriz pensa um pouco, tentando lembrar o nome do livro.
– Bom não importa. – ela volta ao seu ponto. – O importante é que vocês dois são iguais os personagens!

Lucas a olha com seus olhos brilhando, ele fica feliz em saber que não era o único que pensava isso.
– Você acha mesmo? – ele pergunta esperançoso – Também acha que somos iguais os personagens?

– Ah, eu acho. – ela confirmou simplista, não entendendo a empolgação do rapaz. – Espera... "também"? Quem mais acha isso? Você contou a alguém antes de contar para mim?

– Não, dramática. – Lucas ri com o ciúme da garota, antes de explicar a situação – É que... eu pensei a mesma coisa... a gente combina tanto né? Eu não sei...

Lucas ainda era um pouco inseguro com a ideia.

Beatriz logo entende a insegurança do rapaz. Era mais complicado para ele que tinha um obstáculo a mais, que era a sua sexualidade. Lucas sequer sabia a sexualidade de Michael. Não sabia se ele já havia se descoberto. Ou se estava disposto a se descobrir.
– Eu não sei. E se a gente se enganou? E se eu confundi as coisas?

– Não pense assim! – Beatriz o repreende.

Lucas sabia o que a amiga ia o dizer, então falou antes.
– Não diga que ele gosta de mim, não tem como saber.

Beatriz faz uma careta, odiava ser tão previsível.
– Eu não ia falar isso! Ia dizer que você tem que se arriscar.

– Tem razão! Se não for me arriscar, agora quando vou? – Lucas fala confiantemente. – Eu vou falar a verdade para ele!

Beatriz sorri. Era essa reação que ela queria.
– Isso mesmo, o que for para ser, será, fora que o ensino médio já está acabando mesmo. Se levar um fora não precisará mais ver ele por muito tempo.

Lucas concorda, a ideia de ter uma forma de escapar caso seja rejeitado o da ainda mais confiança.

Ele estava decidido! Ele falaria para Michael o que ele sente, não ia fugir de seus sentimentos. Não ia ter esse arrependimento.

Ele se levanta e anda até Michael confiantemente.

Enquanto Lucas atravessava o pátio, cada passo parecia ecoar mais alto do que o anterior. Seu coração batia acelerado, mas ele se esforçava para manter a postura confiante. Beatriz, de longe, assistia com um sorriso de expectativa e orgulho.

Michael ainda conversava com o amigo, mas quando viu Lucas se aproximar, interrompeu a conversa e sorriu. Era aquele sorriso, aquele que fazia Lucas esquecer as palavras e o enchia de uma mistura confusa de calor e nervosismo.

– Ei, Lucas! – disse Michael, casualmente, como se não estivesse prestes a mudar o rumo do mundo de alguém.

Lucas parou diante dele, respirou fundo e tentou ignorar o olhar curioso do amigo ao lado. Ele precisava falar. Era agora ou nunca.

– Michael, posso falar com você? A sós? – Lucas perguntou, a voz mais firme do que ele esperava. 

Michael arqueou uma sobrancelha, surpreso, mas assentiu. 
– Claro. Vamos lá para fora? 

Lucas seguiu Michael para uma área coberta, longe dos olhares atentos do pátio. O som da chuva fina preenchia o silêncio entre eles, e Lucas tentou organizar as palavras na cabeça antes que o nervosismo tomasse conta.

– Então, o que você queria me dizer? – Michael perguntou, inclinando levemente a cabeça, os olhos fixos em Lucas.

Lucas engoliu seco, sentindo as mãos começarem a suar. Ele sabia que precisava ser direto, mas as palavras pareciam travadas. Ainda assim, ele reuniu toda a coragem que tinha e começou a falar.

– Eu... eu estive pensando muito. Sobre ontem, sobre as coisas que você disse. – Lucas olhou para Michael, procurando alguma reação em seu rosto. – E eu acho que preciso ser honesto com você. Sobre como eu me sinto.

Michael não disse nada, apenas continuou olhando para ele, atento, como se cada palavra fosse importante.

Lucas respirou fundo novamente, sentindo o coração disparar. 
– Eu gosto de você, Michael. Mais do que como amigo. Eu não sei se você sente o mesmo, mas eu precisava te contar. Não quero passar o resto do ano me perguntando o que poderia ter sido.

O silêncio que se seguiu foi tão pesado que Lucas quase quis correr para longe. Mas então Michael sorriu, aquele sorriso calmo e sincero que fazia Lucas esquecer de tudo.

– Lucas... – Michael começou, dando um passo à frente. Ele hesitou por um momento, como se escolhesse cuidadosamente as palavras. – Eu também gosto de você. Sempre gostei, mas... acho que tinha medo de estragar tudo. 

Lucas arregalou os olhos, sem acreditar no que ouvia. 
– Sério? 

Michael assentiu, dando um sorriso tímido. 
– Sério. Você me faz sentir coisas que eu nunca senti antes, e eu só... não sabia como dizer isso. 

Por um momento, nenhum dos dois falou nada. A chuva continuava caindo, criando uma melodia suave ao redor deles. Então, como se algo finalmente tivesse sido resolvido, Lucas deu um sorriso, um sorriso genuíno que iluminou todo o seu rosto.

– Então, o que a gente faz agora? – Lucas perguntou, ainda um pouco hesitante. 

Michael deu de ombros, mas seu olhar era cheio de determinação. 
– Acho que a gente descobre juntos. 

E, naquele instante, Lucas sentiu que todas as dúvidas e medos tinham valido a pena. Porque, pela primeira vez, ele não estava sozinho em seus sentimentos. E isso era tudo o que ele precisava.

Fim do Capítulo 8.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro