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𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 24 - 𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝖔 𝕾𝖔𝖓𝖍𝖔 & 𝖔 𝕯𝖊𝖘𝖊𝖏𝖔

— Florence, esse é o caminho mais lógico a seguir. — William lhe disse.

Era de tarde, e eles estavam sentados na parte histórica da cidade.

— Não entendo por que você diz isso. — Revidou Florence.

— Porque a caixa ou seja lá o que for tem de estar em algum lugar, e sabemos que não está na companhia. Também não há razão para pensar que esteja em Amberes; daí, só sobra a nossa antiga casa.

— Já vasculhamos todas as caixas do porão, William.

— Sei disso. Mas talvez fosse bom olhar de novo. É possível que você tenha deixado passar alguma coisa ou então que Louis tenha guardado, mudado de lugar, sei lá.

— O que deixei são alguns móveis antigos e alguns quadros. Você viu alguma caixa diferente por lá?

— Nada específico. Mas havia um monte de antiguidades espalhadas pela casa, Florence. Podemos ter nos esquecidos de qualquer coisa. Eu sinto que o que procuramos está em algum, perto de nós.

— Não quero voltar! — Florence declarou repentinamente.

Ele esperou alguns minutos e então disse.

— Pensei que você tivesse falado que não se importaria em voltar à casa.

— Sim, em circunstâncias comuns. Mas não é este o caso. Terei de dar uma explicação aos Barett.

— E daí?

— Não quero ir, é isso! — Florence mexeu-se nervosamente.

— Acho que é muito importante que você o faça.

Ela franziu o cenho e o olhou, desconfiada.

— Você sabe de alguma coisa que eu não saiba?

— Não. Apenas estou pensando que Richard vai tentar encontrar o que quer que possa ser aberto com essa chave antes de você.

— Richard?

— Florence... veja, você ficou com uma impressão estranha quando lhe mostrou a chave. Depois, ele me telefona e marca um encontro. Também eu tive uma estranha impressão. Longe de mim ter poderes paranormais, mas tive um pressentimento de que Richard vai fazer tudo que puder para encontrar o objeto para o qual a chave foi feita e ele é um homem muito inteligente.

— O que isso quer dizer?

— Ele pode saber o que estamos procurando, mesmo que não saiba onde está. Mas isso já lhe dá uma vantagem, não acha? Tudo o que ele tem a fazer é tentar descobrir onde o irmão colocou o receptáculo do qual você tem a chave. Agora, as possibilidades não devem ser infinitas.

— Eduard podia ter um cofre particular do qual Richard não soubesse. E o que quer que seja que estamos procurando pode estar nele.

— Duvido. Para ter qualquer acesso aos legados de Eduard, você ou Richard teriam de ter a chave do cofre, certo? Pelo que sei, as chaves dos cofres são feitas em duplicatas, e certamente Eduard não portava essas chaves. Falando nisso, você recebeu o chaveiro dele quando...

— Não!... — Florence o interrompeu. — Richard cuidou de tudo quando... quando o corpo de Eduard chegou. — Ela se sentia tão nervosa que não conseguiu conter uma explosão de desabafo. — Maldução, estou cansada de chaves!

Jogou os cabelos para trás, e seus olhos escuros pareciam inflamados. William já sabia que Florence era extremamente passional, no entanto, estava vendo uma outra forma de manifestação de suas emoções. Nem a hora nem o lugar podiam abrigar um desejo súbito, mas vê-la com semelhantes disposição causava-lhe uma excitação difícil de ser contida. O que mais desejava era poder carregá-la para um lugar onde pudessem ficar sozinhos e, então, amá-la com todo o fervor que pulsava em suas veias. Uma caverna seria o ideal, nela poderia abrigá-la com segurança de todos os predadores... incluindo Richard Blackwell.

William sorriu diante de seus pensamentos primitivos.

Rapidamente, tomou uma decisão. O tempo estava passando no que dizia respeito à chave e, se não fizessem alguma coisa logo, acabaria sendo muito tarde.

— Florence... se você não quiser voltar comigo até a casa, irei sozinho.

Ela se voltou com o olhar assustado.

— Você não está indo longe demais? — Ela replicou, seu sotaque um pouco mais acentuado, como acontecia quando a intensidade de seus sentimentos era muito forte.

— Não, não acho.

— Essa história é minha, William. — Florence prosseguiu e o viu recuar. — Se eu pudesse retroceder no tempo... você não merece isso.

— Está bem... entendo o que quer dizer. Droga, sei que isso é da sua conta. Mas fui eu quem lhe trouxe esse problema. Portanto, também é minha responsabilidade ver o enigma resolvido.

— Você sempre assume a responsabilidade quando realmente não a tem?

— Acho que você sabe a resposta. Não, não faço isso. Também sei que não nos conhecemos há muito tempo, antes que você me lembre disso, mas posso afirmar que começamos a nos conhecer de uma forma muito boa. Em pouco tempo, desde que cheguei à Amberes, você passou a ter um significado grande para mim. Será que preciso lhe dizer isso?

— Não, mas é bom ouvir. — Ela sussurrou, sorrindo.

— Lady... — William começou, com um sorriso maroto crescendo nos lábios. — A senhora está flertando comigo?

— Não... — Respondeu ela com um olhar sério. — Eu me preocupo muito com você para apenas flertar. E também gosto da maneira como você tem estado ao meu lado, muito mais do que posso me expressar com palavras.

Florence mudou de assunto antes que aquela conversa seguisse por uma direção mais séria.

— Você tem razão. Preciso voltar a minha antiga casa e fazer mais uma tentativa. Vou telefonar para Louis mais tarde.

Louis Barett explicou que seu marido estava escrevendo as páginas finais do livro, de modo que ela preferia não receber visitas naquele dia para não perturbá-lo.

— Mas vocês podem vir amanhã à noite.

Florence aceitou imediatamente a sugestão. Quando desligou o telefone, viu o aspecto severo do rosto de William.

— Eu preferiria ir hoje à noite em vez de amanhã. A menos que você lhe peça para barrar Richard, se ele a procurar.

— Como posso fazer isso sem ser indelicada? — Florence protestou.

— Não sei. Acho que não pode. — Ele admitiu.

Era já final de tarde, e eles estavam no aposento de Florence.

— Preciso fazer um pouco de exercício físico. Acho que não sou a pessoa mais paciente do mundo. Quando tenho de esperar por algo, meu corpo clama por exercícios. Vou caminhar um pouco à margem do rio. — William comentou e, ao se levantar, concluiu. — Serei melhor companhia mais tarde, depois de gastar um pouco de energia.

— Estou pensando em construir uma piscina aqui na propriedade.

— Parece uma boa ideia. Os hóspedes vão adorar com certeza.

— Bem, existem outras formas de você gastar sua energia.

— Tem toda razão, minha querida. — William concordou e piscou-lhe. — Mas, para ser honesto, acho que estamos muito nervosos para que possamos desfrutar um do outro da maneira que deveríamos.

Ele estava certo. Mesmo assim, Florence ficou com a sensação de perda depois que William deixou seu aposento. E isso a fez pensar que talvez devesse ter tentado persuadi-lo a ficar. Nervosos ou não, ela não podia imaginar-se ao lado dele sem que desfrutasse o prazer de sua companhia.

Fisicamente, o encaixe era perfeito. Na verdade, era impossível que tivesse com outro homem o prazer que William lhe dava.

Um tremor a percorreu quando pensou nos longos anos que teria pela frente sem ele. Então, perguntou-se se realmente queria passar esses anos ao lado de William e se não havia alguma forma de poderem dividir uma parte de suas vidas. Afinal, Londres não era tão longe de Malta se fosse pensar muito bem.

Aquela fora a primeira tarde que se sentiram próximos o bastante para que fizessem declarações verbais. William lhe falara da importância que ela assumira em sua vida. Por sua vez, Florence lhe confessara que seus sentimentos possuíam certo grau de seriedade para querer apenas um flerte. A palavra amor não fora pronunciada... mas não havia dúvida de que ela o amava como jamais amara alguém ou viria a amar.

Teve de admitir a si mesma que fora mais do que uma declaração, se considerasse que em alguns meses antes sequer o conhecia. E, então, ele surgiu em sua vida como um estranho e sob estranhas circunstâncias. Entretanto, amava-o. E se preocupava com ele. William tinha quase quarenta anos. Seu primeiro casamento fora fruto da rebeldia juvenil. O segundo, trágico, também se perdera no tempo. Nos anos que se seguiram, ele se estabelecera em sua profissão e criara seu esquema de vida. Suportara um sequestro melhor que muitas outras pessoas e atravessara no ano anterior o terrível sequestro, cujas sequelas estavam desaparecendo.

Algumas vezes, Florence ouvira falar que para os solteirões era muito difícil deixar seus nichos, e em muitos aspectos William podia ser classificado como um solteirão convicto, pois havai deixado de lado qualquer tipo de relacionamento. Florence sorriu; ele podia ser qualquer coisa, mas não um velho. De qualquer maneira, e independente do que William sentia por ela, não havia lugar em sua vida para mais ninguém.

Florence foi até a recepção ver se Seymour precisava de ajuda. Ela lhe disse que assumiria o seu lugar para que pudesse jantar.

— A senhora falou com Elizabeth? — Ele perguntou.

— Ontem, depois disso não mais.

— Ela passou por aqui e a estava procurando. Disse que a senhora não quer que ela volte a trabalhar por enquanto. Acho que quer conversar sobre isso, mas eu lhe disse que concordo com a senhora. E também sugeri que continuasse em casa até o fim da semana.

Florence concordou com um gesto de cabeça. Lembrou-se então da consulta que Elizabeth teria com o dr. Danbury.

— Você acha que Elizabeth quer voltar a trabalhar logo? — Ela perguntou, recordando-se de que a sobrinha lhe dissera que precisava trabalhar.

— Não sei ao certo. Mas ela tem alguma coisa em mente. Gostaria de poder ajudá-la. — Ele deu de ombros, expressando sua frustração. — Desejo muitas coisas no que diz respeito a Elizabeth, sra. Radcliffe.

Florence não sabia o que lhe dizer. Elizabeth, em sua última observação sobre Seymour, pareceu mais condescendente. Por outro lado, mesmo que ela pudesse vê-lo sob um outro ângulo, Seymour não merecia a responsabilidade de um problema que não lhe pertencia.

Jackson Musk... Jack! William lhe contara sobre o delírio de Elizabeth, quando repetira diversas vezes o nome de Jack. Seria Jackson Musk o pai da criança? Florence cerrou os dentes. Desejava poder ter certeza disso e se perguntava como fazê-lo. Jack era um homem casado e respeitável, e ocupava uma posição elevada na sociedade local.

— Desculpe-me... — Seymour falou de repente. — Eu não pretendia deixá-la tão preocupada.

— Não é isso, Seymour. Entendo muito bem seus sentimentos, talvez melhor do que você pensa. Elizabeth está com um problema sério, eu admito. Mas ela terá de resolvê-lo sozinha.

— É difícil ficar parado, sem poder ajudar, quando a pessoa que se ama está envolvida!... — Seymour murmurou, desconsolado.

Florence estava para responder, mas a chegada de novos hóspedes a interrompeu.

Ela estava na recepção quando William voltou de sua caminhada. Estava suado, e o cabelo colado à testa mostrava uma tendência a encaracolar. Ele se aproximou dela e franziu o cenho.

— Não sabia que você iria trabalhar está noite.

— Seymour precisa de ajuda. Com a ausência de Elizabeth, estamos nos revezando, e não tem mais ninguém para ficar com ele esta noite. Dois de nossos funcionários do horário noturno estão com algum tipo de virose.

— Entendo!... — William respondeu com sinceridade.

No entanto, Florence sabia que ele não gostava da ideia e não podia culpá-lo. Ele a compreendia muito bem. Provavelmente suspeitasse que ela, de propósito, estivesse procurando uma forma de escapar dele e por isso resolvera ficar na recepção, estivesse Seymour precisando de ajuda ou não.

— Talvez possamos nos ver mais tarde. — William sugeriu, afastando-se.

Eles não se viram depois. Às oito horas, o movimento abrandou um pouco na recepção, e Florence insistiu para que Seymour fosse até o restaurante e fizesse uma refeição decente. Já passava das nove quando ele voltou, e Florence foi para seu aposento. Pensou em telefonar para o aposento de William, mas desistiu.

Seus pensamentos giravam em todas as direções. Como William havia dito, ela estava nervosa e talvez fosse melhor passar a noite sozinha.

No entanto, esperou que William lhe telefonasse. Mas isso não aconteceu, e ela se sentiu decepcionada. Tentou se convencer, inutilmente, da desproporção de seus sentimentos ante a situação. Ocorreu-lhe tomar uma pílula para dormir, mas também descartou a ideia. Preferia passar horas na cama, se virando de um lado para outro, a ter de dormir por meios artificiais. E foi exatamente o que aconteceu.

Florence tentou mostrar-se calma quando ela e William se encontraram com os Barett na noite seguinte. Mas estava impaciente para cumprir de vez a tarefa que os levara até lá. William estava certo. Havia uma forte possibilidade de que havia alguma coisa naquela casa onde a chave pudesse servir. Teria, entretanto, que perguntar a Louis se ela guardara alguma coisa em outro lugar. Depois da segunda xícara de café, ela entrou no assunto.

— Louis e Liam, obrigada por nos ter recebido está noite. Sei como ambos estão ocupados com as pesquisas e o novo romance que estão produzindo.

— É um prazer, Florence. — Liam Barett respondeu rapidamente, e Louis confirmou com um aceno de cabeça.

— Obrigada, de qualquer forma. — Florence repetiu e inspirou fundo. — Vocês sabem que eu estava procurando por algo que pensei estar guardado no porão ou no sotão, da última vez que estive aqui. Mas não achei. Pensei que tivesse me enganado, mas, como William salientou, esse objeto que procuro tem de estar em algum lugar aqui...

Liam não disfarçou sua curiosidade.

— Essa é uma informação provocante. Se eu fosse um escritor de mistérios você estaria me dando uma boa pista. De qualquer modo, você me faz pensar que há um mapa do tesouro por aqui.

— Liam jamais consegue conter a imaginação! — Louis observou. — É estranho, mas Richard Blackwell me telefonou esta manhã e disse que precisava ver algumas coisas no porão... O mesmo não se recordou que a casa possui um sotão, acredito que o mesmo nem saiba dessa informação.

William inclinou-se sobre a mesa e indagou.

— O que você lhe disse?

— Bem, disse a Richard que teria de falar primeiro com você, Florence, antes de deixá-lo vasculhar qualquer coisa no porão, porque, afinal de contas, a casa é sua. Tentei ser o mais diplomática possível, mas acho que ele não ficou satisfeito. Deu pra sentir que o homem queria me enforcar pelo telefone se assim pudesse.

— Você lhe contou que viríamos aqui está noite?

Louis pareceu surpresa diante do tom de aflição da voz de William.

— Não, não disse. Florence, o que está acontecendo? Richard está procurando a mesma coisa que você?

Liam interveio com um tom curioso.

— O que você disse sobre imaginação, Louis?

Florence sorriu, mas respondeu seriamente.

— Pode ser que Richard esteja procurando a mesma coisa, Louis. Realmente, não tenho certeza. Você sabe... William estava no mesmo navio que Eduard no ano passado. — O casal a olhou, incrédulo. — Pensei que tivessem lhe falado no domingo quando estávamos na casa de Richard. — Florence esclareceu e continuou. — Talvez ele não quisesse causar nenhum mal-estar. De qualquer forma, William estava com Eduard... E Eduard lhe deu uma chave e pediu que me fosse entregue... mas não antes de um mês específico, sabem ele deveria me entregar em mãos essa chave de prata. Por isso William veio a Malta. Ele me trouxe a chave, mas não sabemos o que ela abre.

— Uau! — Liam grunhiu. — Isso com certeza daria um maravilhoso livro de suspense, drma e talvez algumas doses de mistério.

— Liam, querido, isso é muito sério.

— Mas eu estou falando sério. Oh, sinto muito querida Florence, continue por favor...

— Já chequei todas as coisas no escritório de Eduard e não encontrei nada. Não há razão para que a chave pertença a algo em Amberes, mesmo assim também verifiquei lá. A hipótese mais lógica é que esteja nesta casa o objeto que tenha conexão com a chave. Mas, quando William e eu estivemos aqui na outra noite, não encontramos nada no porão e nem no sotão, pois o mesmo está praticamente vazio. — Florence suspirou; seu olhar traía-lhe o desespero. — É a nossa última chance, Louis. Preciso saber se você fez alguma alteração de lugar dos móveis ou de outros objetos que ficaram na casa. Alguma coisa que precise de uma chave.

— Fiz, sim. — Ela se levantou e, com muita excitação, aproximou-se do marido. — Liam, como você sabe, usa a biblioteca para trabalhar. Havia muitas coisas lá e, como Liam precisava de espaço, empacotei muitas delas. Você não deve ter percebido nada porque Liam já preencheu todo o espaço com seus papéis. Guardei tudo na despensa, que estava vazia. Além é claro, de ser mais perto do que o porão ou o sotão.

— É, levei muitas coisas dessa despensa para o meu aposento em Amberes.

— A maioria dos objetos é relativamente pequena, nada que precise de uma chave. Mas tem uma caixa de verniz, grande... venha e olhe você mesma. — Louis a convidou.

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