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Capítulo 17 - A Dura Realidade

Maren fez seu pedido ao garçom do restaurante: fatias de salmão marinadas em um tempero especial, acompanhadas de uma salada fresca e uma taça de vinho típico de Zarvela.

Ágata optou pelo prato especial da casa: camarões gratinados ao molho de manteiga e mel, servidos com uma salada vibrante e arroz morno com cenoura ralada.

Quando os pratos chegaram, o aroma delicioso fez seus estômagos roncarem, despertando um apetite voraz, e desta forma, saborearam a comida autêntica de Pietra.

Elas brindaram com suas taças, que reluziam sob a luz suave do restaurante. Era um contraste encantador: a simplicidade do ambiente com o toque refinado do cristal, uma tradição enraizada nos bares e restaurantes da pequena cidade costeira.

— E então? Não vai responder? — indagou Maren, limpando os lábios com um guardanapo de papel.

— Ah... — sibilou Ágata, o desconforto evidente em sua voz ao lembrar da pergunta incômoda. — Eu não sei. Acho que não possuo nada que tenha atraído ele.

Maren ajeitou o chapéu de sol com um gesto elegante.

— Personalidade, beleza e simplicidade — respondeu, tomando o restante do vinho com naturalidade.

Os pés de Ágata se agitaram debaixo da mesa, um reflexo involuntário da vontade de fugir daquela conversa.

— Sem querer ofendê-la, mas eu não me importo se capturei ou não a atenção de Octavian. — Fez uma pausa, relaxando os ombros. — A única certeza que tenho é que vou embora de Zarvela, e vou fazer isso hoje, depois das compras. Foi o que decidi.

— Vai abandoná-lo? Depois de gestos tão sinceros? Por quê? O que tanto a faz querer fugir? Tirando a personalidade complexa dele, é claro.

— Sra. Griffin... — o nome saiu da boca de Ágata em um tom de advertência, mas de um jeito calmo e respeitoso.

O bastante para mergulhar o ambiente em uma tensão silenciosa até que terminassem de comer.

Ágata desviou o olhar, fixando-se na paisagem além do vidro. Os pescadores, animados com o sucesso da pesca, sorriam e compartilhavam histórias. A cena despertou um pensamento incômodo: "A solidão que senti ao chegar em Zarvela voltará a me assombrar quando eu deixar Octavian para trás?"

— Eu já tive interesse em Octavian — revelou Maren, sua voz carregada de uma franqueza desarmante. — Foi há muito tempo, eu era jovem e tinha acabado de ficar noiva de Phill. Lembro-me da primeira vez que vi aqueles olhos... os olhos da lenda que muitos temem.

— Os outros sim, mas eu... não sinto medo — murmurou Ágata.

A imagem dos olhos de Octavian, um azul enigmático e acinzentado, surgiu em sua mente, fazendo suas bochechas corarem. Maren notou a mudança, mas optou por não comentar.

— Por isso você deve ficar. Você é a única que o desafia, que o faz enxergar o que ele ainda não vê — desabafou Maren.

— O que um vampiro poderoso como ele não é capaz de ver? — questionou Ágata.

— O futuro — Ela respondeu, simples e direta.

A resposta ecoou na mente de Ágata, provocando uma pontada dolorosa. "Arlo me contou sobre o passado de Octavian, mas é evidente que ele não faz planos para o futuro. Vive preso ao presente, cercado pelas sombras do que já foi. No entanto... Ele parece me incluir em sua rotina de morto-vivo. O que é muito curioso".

Ainda refletia sobre o comportamento peculiar de Octavian quando Maren se levantou da cadeira, abrindo a bolsa de grife e deixando notas de dinheiro no centro da mesa.

— O que é isso? Não. Deixe que eu pago nosso almoço. Você já tem feito muito por mim, sem eu pedir... obviamente. — Ágata disse de imediato, lembrando-se dos motivos para a mulher estar presente em seu caminho.

Maren respirou com tranquilidade antes de responder:

— Guarde seu dinheiro para as compras. Eu não me importo nem um pouco em pagar pelo almoço no restaurante de uma grande amiga. — Maren deu uma última olhada ao redor. Sentindo-se em casa, mas prestes a sair. — Vamos?

Ágata pulou da cadeira, seguindo-a para fora do restaurante.

— Espere. Eu quero tornar essa lembrança especial. — Pediu Ágata.

Ela se posicionou na calçada de pedra e tirou uma fotografia da fachada do restaurante com sua câmera Cybershot. Um sorriso pequeno de satisfação desenhou seus lábios.

O dia com Maren Griffin foi repleto de conversas leves e descontraídas. Embora já beirasse os cinquenta e poucos anos, ela sabia dialogar com a naturalidade e o entusiasmo de alguém da idade de Ágata.

As duas se empolgaram com as lojas de Zarvela e as vitrines decoradas com as novas peças de outono. Apesar das ótimas combinações de calças e camisas femininas, Ágata ainda preferia o conforto dos vestidos, fossem curtos ou longos. Escolheu alguns e se encantou com uma jardineira que combinava perfeitamente com seu all-star mostarda, pegando também três camisetas em cores diferentes para variar o visual.

Passaram por cinco lojas que Maren considerava as melhores, sempre em busca de roupas que agradassem Ágata. Após cada compra, voltavam ao carro para guardar as sacolas no porta-malas.

Estavam prestes a entrar no carro novamente quando Maren parou subitamente, atraída por um vestido e um par de saltos expostos na vitrine da loja ao lado.

— Espere aqui. Já volto. — disse ela, entrando na loja com pressa, mas sem perder a elegância.

Ágata olhou para a fachada, lendo as letras em cor de vinho que formavam o nome: "Damma".

Cinco minutos depois, Maren saiu da loja com uma sacola nas mãos, que o segurança prontamente pegou e colocou no bagageiro.

— Sei que você quer ir embora, mas eu me sentiria estranha se não a convidasse para o meu aniversário. — disse Maren, com um brilho caloroso nos olhos cor de caramelo. — O dia foi ótimo e acredito que tenhamos criado um vínculo.

Ágata se encolheu levemente, cruzando os braços em um gesto que denunciava seu desconforto. "Como vou recusar isso? Maren foi muito gentil comigo. Mesmo que tenha feito isso a pedido de Octavian, parece ter gostado da minha companhia", pensou.

— Demoro para confiar nas pessoas, mas confesso... ouvir você falando sobre Pietra Fontnelle e Octavian me fez ter uma nova perspectiva sobre você. — admitiu Ágata, hesitante.

— Então é um sim? Você vai ficar? — perguntou Maren, com um tom de expectativa e um sorriso que misturava excitação e gratidão.

Ágata descruzou os braços, ajeitando a franja ruiva atrás da orelha.

— Sim, eu vou. Mas não voltarei para a mansão de Octavian. Vou procurar um hotel aqui na cidade e ficar até o seu aniversário.

Maren pareceu refletir sobre a resposta, sua postura elegante suavizada por um breve momento de compreensão. Ela percebeu que Ágata precisava de um tempo para respirar, longe da presença intensa de Octavian.

— Não precisa se preocupar com o que vai vestir. Comprei algo para você: aquele vestido da vitrine e os saltos. — disse Maren, com um sorriso satisfeito.

A senhora estava claramente feliz por ter feito uma amiga que não se importava com seu status.

— Maren... Eu não posso aceitar. Você não precisava ter feito isso... — respondeu Ágata, surpresa.

— Querida, você disse que eu entendo de moda, e estava certa. Você vai arrasar no meu aniversário. — afirmou Maren, dando um passo à frente com um olhar confiante e cheio de atitude. — Em troca, leve sua câmera e tire boas fotos. Será uma comemoração fechada, e todos, sem exceção, deverão usar máscaras.

— Máscaras? Não acha ultrapassado? Quer dizer... só vi isso em filmes renascentistas. — comentou Ágata, arqueando uma sobrancelha.

Maren soltou uma risada suave, quase divertida, e balançou a cabeça, como se relembrasse algo antigo e familiar.

— Sei que estamos nos anos 2000, mas muitas pessoas da alta sociedade ainda se encantam por algo ousado. Sedução e elegância são duas das coisas que mais me atraem.

— Você é ousada, Maren. — Ágata respondeu, com um suspiro, o peso do dia ainda lhe apertando os ombros. Mas não pôde evitar um sorriso, já que a energia de Maren parecia reconfortá-la.

Maren retirou um pedaço de papel de sua bolsa e o entregou a Ágata.

— Aqui está meu telefone. Me ligue quando quiser. E sobre Octavian... bem, acho que você já entendeu porque faz anos que não troco uma palavra com ele.

— Ah, sim. Ele deve ter ficado desconfortável quando você revelou o que sentia por ele. Quer dizer, aquele vampiro pré-histórico mal consegue lidar consigo mesmo. — Ágata comentou com um sorriso amargo.

— Não o culpo, de fato. A imortalidade reflete de maneira cruel em sua maneira de ser... fechada, arrogante até. — Ela respirou fundo, erguendo o queixo, como se fosse deixar tudo para trás. — Mas, enfim... não temos mais que nos preocupar com ele. Você não planeja voltar para a mansão, e eu... você sabe o resto.

Ágata ouviu essas palavras, mas sua mente se afastou, viajando para um lugar distante. Quando Maren mencionou que ela nunca mais veria Octavian, Ágata olhou para seus pés, tentando se ancorar. A ideia, em teoria, deveria oferecer-lhe uma sensação de alívio, mas em vez disso, a solidão se aproximava, mais incômoda do que antes. Como isso era possível? Mesmo com todos os embates, com todas as palavras afiadas trocadas entre ela e Octavian, algo ainda se formara entre eles, um vínculo inexplicável, e talvez até doloroso, que a deixava com a sensação de estar se afastando de algo... sem saber exatamente o que.

A vibração do telefone em sua bolsa trouxe-a de volta ao presente. Ela abriu a bolsa mostarda e retirou o aparelho. "Estranho... avisei a Casey que estaria ocupada hoje. O que será que aconteceu?" pensou, franzindo a testa ao ver o nome no visor.

Ágata apertou o botão do meio para atender, a sensação de ansiedade crescendo dentro dela.

— Amiga, desculpa interromper, mas eu precisava saber se você estava bem.

— Casey, o que aconteceu? Eu estou bem.

— O Julian... é difícil de explicar agora, mas ele está em Zarvela.

As palavras de Casey se arrastaram para dentro de sua mente, e Ágata sentiu o mundo ao redor dela desabar, como se fosse a última gota em uma taça prestes a transbordar. Maren observou a transformação no rosto de Ágata, como se ela fosse desmaiar ali mesmo.

— Querida, o que houve? Você está pálida... Ágata?

A voz de Maren parecia distante, um eco perdido em sua mente. Ela não conseguia raciocinar, não podia. A única coisa que dominava sua mente agora era o medo de encontrar Julian, de encarar seu ex-noivo descontrolado novamente. 

A sensação de querer desaparecer, se esconder, tomava conta dela.

— Casey, eu vou desligar agora. Obrigada por avisar, depois te ligo.

Ela desligou rapidamente, guardando o telefone na bolsa com mãos trêmulas. Maren a observava com preocupação e curiosidade.

— Maren, preciso ir. Obrigada por hoje, foi um prazer conhecê-la. — Ágata tentava manter a compostura, mas seus olhos verdes traiam a instabilidade que se escondia atrás de seu sorriso forçado.

Senhora Griffin deu um passo à frente, ainda mais preocupada.

— Conheço um hotel ótimo aqui perto. Deixe-me te levar até lá, você não parece bem.

Ágata balançou a cabeça com firmeza, recusando.

— Eu sei que você tem um motivo para estar aqui, e cumpriu-o. Estou segura, e agora preciso seguir meu caminho. Vou te ligar, prometo.

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