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Agente Moss

Miami brilhava do outro lado da janela, como uma cidade que nunca dormia.

Os arranha-céus cintilavam sob a luz do sol da manhã, e o trânsito abaixo parecia uma sinfonia caótica de buzinas e motores.

Dentro da sede da CIA, no entanto, o mundo era bem diferente, cinza, frio e meticulosamente calculado, sala de reuniões em que eu estava era um exemplo disso.

Paredes estéreis, iluminação branca quase clínica e um silêncio tão opressor que era difícil respirar.

Me sentei na ponta da mesa de madeira escura, meus dedos tamborilando de leve enquanto esperava o início da reunião.

Havia uma tensão no ar, algo que eu conhecia muito bem, missões de alto risco vinham com esse tipo de atmosfera, e eu aprendi a gostar disso quase.

Poucos minutos depois, a porta se abriu.

O diretor Langston entrou primeiro, como sempre, com sua postura ereta e expressão impassível

Ele parecia ter saído diretamente de um manual de liderança, terno impecável, cabelos grisalhos perfeitamente alinhados, e olhos que pareciam enxergar a alma de qualquer um.

Atrás dele vieram outros dois agentes.

Carter e Reynolds, eles eram meus supervisores nessa missão, o que significava que qualquer erro meu passaria por eles antes de chegar ao topo.

- Agente Moss - Langston começou colocando uma pasta grossa à minha frente - Obrigada por vir tão cedo.

Eu assenti, puxando a pasta para perto.

Ainda não a abri, mas já sabia o básico.

Recebi o briefing inicial na noite anterior, e o nome Victor Danvis estava gravado na minha mente como uma cicatriz nova.

- Victor Danvis - Langston continuou, confirmando meus pensamentos.- Um dos homens mais ricos de Miami e possivelmente um dos mais corruptos.

Ele apontou para uma projeção na parede à nossa frente.

A imagem de Danvis surgiu, um homem de meia idade, cabelos escuros e bem penteados, com um sorriso que parecia calculado demais para ser sincero.

-Danvis construiu um império de bilhões com sua empresa, a nova Tech Especializada em construção e tecnologia, mas nossos analistas encontraram inconsistências em suas finanças, transferências internacionais suspeitas, contratos com empresas fantasmas, uma lista interminável de irregularidades e precisamos de provas concretas para derrubá-lo.

- Então por que não invadimos diretamente?- Perguntei, mais para confirmar o que já suspeitava.

Langston soltou um suspiro, cruzando os braços.

- Porque homens como Danvis são protegidos por um sistema, ele tem advogados, políticos e até juízes no bolso, qualquer movimento direto contra ele seria como atirar em uma parede de concreto.

Um baita filho da puta.

- Mas há uma brecha.- Carter interveio, sua voz firme. -Maya Danvis.

O nome dela chamou minha atenção, e eu abri a pasta para examinar os documentos.

A primeira coisa que vi foi uma foto, uma jovem, provavelmente na casa dos vinte anos, com longos cabelos loiros e um olhar que exalava arrogância.

Ela usava um vestido caro, posando para o que parecia ser um evento de gala.

- Maya é a filha única de Danvis.- Explicou Carter. - Ela vive cercada de luxo e é conhecida por ser esnobe e problemática, não parece se importar com a reputação da família, mas o que nos interessa é o acesso que ela tem ao pai.

- De acordo com nossas fontes, Maya tem acesso a algumas das informações mais sigilosas da Nova Tech - Acrescentou Reynolds, inclinando-se para frente.- Mas ela não faz ideia do que tem em mãos, é aí que você entra.

- Então querem que eu me aproxime dela?- Concluí fechando a pasta.

- Exatamente.- Langston me encarou com seriedade. - Você vai se infiltrar na vida dela, ganhar sua confiança e usar isso para acessar os dados que precisamos, computadores, conversas, tudo.

Eu respirei fundo, absorvendo a informação.

- E qual é a minha cobertura?

-Você será Bianca Marques, uma empresária jovem que acabou de se mudar para Miami, sua empresa fictícia, uma startup de tecnologia, foi criada para atrair atenção no círculo social dela e criamos um histórico completo, incluindo redes sociais, contatos e até registros fiscais.

- Ela não é exatamente acessível. -Continuou Carter. - Maya passa o tempo entre eventos de alta sociedade e...lugares menos convencionais.

- Menos convencionais?- Perguntei, arqueando uma sobrancelha.

- Boates.- Disse Reynolds com um leve sorriso. - Maya é conhecida por dançar pole dance em clubes noturnos, é um hobby que ela mantém fora dos holofotes, mas sabemos exatamente onde encontrá-la quando não está nas mansões de luxo.

Eu me recostei na cadeira, processando tudo.

- Então, vou precisar frequentar esses lugares também.

- Isso mesmo. - Confirmou Langston. - Mas vá com calma no início, primeiro você se muda para o condomínio de luxo onde ela mora, observe e conheça os lugares que ela frequenta, a aproximação precisa parecer natural.

Assenti, embora minha mente já estivesse planejando os passos, não era a primeira vez que eu fazia algo assim, mas cada missão tinha seu próprio conjunto de desafios. E algo me dizia que Maya Danvis seria uma das maiores.

- A operação começa amanhã.- Disse Langston, encerrando a reunião. - Sua nova identidade já está ativa. Seja cautelosa, agente e lembre-se Maya é apenas um meio para um fim. Não se deixe envolver.

- Entendido.

Saí da sala com a pasta em mãos, minha cabeça girando com os detalhes.

A missão parecia simples no papel, mas sabia que nada era simples quando se tratava de pessoas.

Caminhei pelos corredores da sede até chegar ao estacionamento.

O calor de Miami me atingiu assim que pisei do lado de fora, o sol brilhava forte, e o ar tinha aquele cheiro de sal misturado com gasolina.

Sentei-me no banco do motorista, mas não liguei o carro de imediato.

Em vez disso, abri a pasta novamente, examinando os documentos com mais atenção, as fotos de Maya me intrigavam, ela tinha um rosto bonito, mas havia algo em seu olhar, uma mistura de desprezo e vazio que eu não conseguia ignorar.

Ganhe a confiança dela ,murmurei para mim mesma, como se fosse fácil.

Eu sabia que a missão exigiria mais do que apenas habilidade técnica.

Maya não parecia ser alguém que confiava facilmente, e pelo que li, ela era imprevisível.

Mas eu também sabia que não tinha escolha, Victor Danvis precisava ser derrubado, e Maya era a chave para isso.

Fechei a pasta, coloquei o carro em movimento e me preparei mentalmente para o que estava por vir.

Amanhã minha vida como Beatriz Moss terminava, e Bianca Marques tomaria seu lugar.

Apenas mais uma identidade em uma longa lista.

E como sempre, eu faria o necessário.

Mesmo que isso significasse mergulhar em um mundo que era tão falso quanto perigoso.

***

Acordei cedo naquela manhã com o tipo de ansiedade que só aparece antes de missões grandes, uma mistura de antecipação e cautela.

O tipo de sentimento que te mantém alerta, mas também te lembra de que qualquer erro, por menor que seja, pode custar caro.

Miami ainda estava começando a se mexer enquanto eu dirigia para o condomínio onde ficava a mansão dos Danvis.

O trânsito estava mais calmo do que de costume, e o céu tinha aquela tonalidade alaranjada que só aparece no início do dia.

Minha mudança para o condomínio já estava oficialmente registrada.

O apartamento de cobertura que eu comprei, havia sido preparado pela agência móveis modernos, tecnologia de ponta e o tipo de design que grita dinheiro antigo.

Tudo precisava parecer impecável, como se eu realmente fosse Bianca Marques uma empresária milionária com tempo de sobra para me infiltrar nos círculos da elite de Miami.

Ainda assim, dirigir pelas ruas impecáveis do bairro me fez questionar o quão fundo eu precisaria mergulhar para me aproximar de Maya Danvis.

Era óbvio que ela não era como as outras jovens ricas.

A cada relatório que eu lia, ficava mais claro que ela se escondia atrás de camadas de excentricidade, pole dance em boates, festas clandestinas, desinteresse pelo império do pai.

Maya parecia ser uma mulher de extremos, e eu precisava ser exatamente o que ela queria ou precisava, em alguém para entrar nesse mundo.

Quando estacionei meu carro em frente ao portão principal do condomínio, fui recebida por dois seguranças em uniformes pretos impecáveis.

Eles não se preocuparam em esconder a desconfiança nos olhos, mesmo depois que entreguei meus documentos falsos.

-Senhora Marques.

Um deles disse, verificando meu nome em um tablet.

- Bem vinda ao Residencial Paradiso, o senhor Gomez o gerente de segurança, estará disponível para ajudá-la com qualquer necessidade, sua entrada está liberada.

- Obrigada - Respondi com um sorriso profissional, aquele que aprendi a usar quando precisava parecer poderosa, mas acessível.

Os portões de ferro se abriram lentamente, revelando o condomínio.

Mesmo preparada, não pude evitar um momento de surpresa.

Era como entrar em um universo paralelo, jardins perfeitamente aparados se espalhavam por hectares, com palmeiras enfileiradas como se tivessem sido colocadas ali a dedo.

As casas, ou melhor, mansões, eram monumentos de luxo, com fachadas grandiosas e estilos que variavam do clássico ao ultramoderno.

Meu "apartamento" ficava em um dos prédios menores, estrategicamente localizado próximo à entrada.

A CIA havia escolhido perto o suficiente para me integrar ao círculo social do condomínio, mas longe o bastante para evitar chamar atenção indesejada.

Depois de estacionar no meu lugar reservado, subi para a cobertura e passei a manhã ajustando os últimos detalhes da minha personagem.

Verifiquei os documentos, revisitei o histórico de Bianca Marques e passei um tempo navegando pelas redes sociais criadas para ela.

Tudo precisava parecer autêntico, desde as postagens sobre eventos de tecnologia até as fotos cuidadosamente editadas em praias e jantares luxuosos.

Mas o verdadeiro desafio estava por vir.

***

Pouco antes do meio dia, recebi uma notificação no celular.

"Victor Danvis está em casa, movimento registrado nos arredores da mansão principal."

Era o meu sinal.

Troquei a roupa casual por algo mais alinhado com a identidade de Bianca, um vestido justo na medida certa, sandálias de salto baixo e um par de óculos de sol que custavam mais do que muitos carros populares, o perfume era discreto, mas caro.

Cada detalhe importava.

Eu já sabia que não poderia entrar diretamente na mansão dos Danvis sem ser convidada, mas o plano era simples.

Passear pelo condomínio, me familiarizar com o ambiente, e talvez dar uma olhada de longe na propriedade que seria meu foco nos próximos meses.

Enquanto caminhava pelas ruas impecáveis do residencial, não pude deixar de reparar nos olhares curiosos dos moradores.

Mulheres com roupas de grife saíam para passear com cães minúsculos, enquanto homens com relógios caros conversavam ao telefone em vozes baixas.

Era um teatro constante de aparências, e eu sabia que precisaria me destacar sem parecer forçada.

Depois de alguns minutos, avistei a mansão.

Ela era ainda mais impressionante do que nas fotos do dossiê.

Um portão de ferro preto com detalhes dourados cercava a propriedade, e os muros altos garantiam a privacidade total.

Do lado de dentro, uma construção imponente se erguia.

A mansão era uma mistura de clássico e moderno, com colunas de mármore e janelas de vidro que brilhavam sob o sol.

Mesmo de longe, era possível ver a magnitude do lugar.

Jardins luxuosos se espalham pelo terreno, e uma fonte no centro adiciona um toque ainda mais ostentoso.

Havia seguranças em cada canto, discretos, mas presentes.

Câmeras estavam posicionadas estrategicamente, e eu sabia que qualquer movimento meu era monitorado.

Não era o tipo de lugar onde alguém podia se aproximar por acaso.

Respirei fundo e continuei andando, mantendo o ritmo descontraído.

Passar pela mansão era apenas o início, eu precisava absorver cada detalhe, entender o terreno e me preparar para o que viria.

Conforme me afastava, ouvi o som de pneus contra o asfalto, e quando virei para olhar, vi um carro preto de luxo atravessar o portão principal.

O vidro escuro impedia que eu visse quem estava dentro, mas não era difícil adivinhar.

Victor Danvis.

Minha mandíbula se apertou involuntariamente.

Aquela era a primeira vez que eu o via em carne e osso, ainda que à distância.

Ele era exatamente como nas fotos, elegante, seguro de si e com uma aura de poder que parecia envolver tudo ao seu redor.

Continuei caminhando, como se não fosse nada, como se ele fosse apenas mais um bilionário em seu habitat natural.

Voltei ao apartamento no início da tarde, meus pensamentos girando enquanto analisava os próximos passos.

O dia tinha sido produtivo, mas algo me dizia que as coisas ficariam mais intensas muito em breve.

***

Horas depois, quando o sol já havia se posto, uma nova notificação chegou ao meu celular.

"Maya Danvis está em casa."

Meu coração deu um pequeno salto.

Olhei para fora da janela, onde a mansão ainda estava iluminada como um castelo moderno.

Essa seria minha primeira oportunidade de vê-la.

E então, no último momento da noite, quando eu já estava pensando em encerrar minha observação, uma figura surgiu na varanda da mansão.

Maya.

Ela estava com um vestido preto, curto, com alças finas que destacavam a silhueta impecável, seu cabelo caía em ondas soltas sobre os ombros, e ela segurava uma taça de vinho na mão.

Mesmo à distância, eu podia sentir a presença dela, como se Maya tivesse a habilidade de dominar

qualquer espaço em que estivesse.

Por um instante, nossos olhares se cruzaram.

E eu soube que minha missão acabava de começar.






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