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Capítulo - 21

Sair daquela sala e deixar o Christian para enfrentar uma tormenta, sozinho, não fazia parte dos meus planos, mas eu percebi que aquela batalha deveria ser enfrentada apenas por ele, afinal, Dona Laura é avó dele e não minha – e eu agradeço muito por isso –, no entanto o que eu poderia fazer para defender o amor do homem que amo, eu já fiz.

Por um momento fico envergonhada por dizer que iria me instalar em seu quarto até o nosso casamento, mas sinceramente a Dona Laura consegue tirar o pior de mim e não vou dizer que me arrependo, por que isso seria uma grande mentira. Eu tenho certeza que não serei julgada nem por Carrick e muito menor por Grace, mas me senti mal ao me oferecer dessa forma e é por essa razão que eu resolvi sair daquele ambiente carregado de tensão e subir as escadas, ouvindo os passos de Melissa atrás de mim, mas nem isso me faz parar até que eu estivesse dentro do meu quarto.

– Desculpe-me, Ana! Se eu não tivesse falado nada, essa confusão não teria começado. – Melissa fala assim que entra no meu quarto, fechando a porta. Eu suspiro e nego com a cabeça.

– Você não tem culpa, Mel, apesar de não ter filtro entre esse seu cérebro pervertido e a boca. – Ela dá de ombros segurando o riso e se senta na minha cama. – Mas você não falou nenhuma mentira, Christian e eu iremos nos casar. Nós nos amamos e de fato nos entregamos um ao outro. – Quem dá de ombros agora sou eu, e ela, me olha com um sorrisinho malicioso, o que me faz revirar os olhos, enquanto me sento ao seu lado.

– Eu só queria entender uma coisa? – Olho para ela, confusa, mas por ver o seu sorriso se alargar eu sei que irá falar besteira. – O meu irmão tem praticamente 25 anos, que até pela manhã ainda era virgem e eu tenho as minhas dúvidas se algum dia chegou a ver algum pornô, então, como foi o sexo entre vocês? Afinal, você também não tem experiência nenhuma e tenho certeza que nunca viu ou pegou em um pau na sua vida.

– Melissa, pelo amor de Deus! Isso é coisa que se fale? – Levanto da cama sentindo o meu rosto arder de vergonha e ela solta uma gargalhada.

– Me conta Ana! – Ela tenta falar entre os risos, mas respira fundo vendo a minha cara de desagrado. – Conhecendo o Christian, eu sou capaz de acreditar que ele invocou Deus, Virgem Maria e todos os Santos conhecidos pedindo permissão para foder o seu corpo imaculado.

– Melissa, fique quieta! E eu não vou falar sobre isso com você. – Ela volta a dar risada e ouvimos uma batida na porta, para logo ser aberta e vermos Grace entrando, o que me deixa ainda mais envergonhada.

– Você está bem, Ana?

– Estou sim, Grace! E me desculpe pelo o que eu falei. Eu sei que agi no momento da raiva, mas eu não pretendo... – Ela me interrompe, negando com a cabeça.

– Não pretende ir para o quarto do seu noivo? – Ela arqueia uma sobrancelha e eu assinto. – E por que não? – Arregalo os olhos por ouvir a naturalidade em sua voz e ela se aproxima pegando em minhas mãos. – Ana, nós nunca tivemos problemas em relação a isso em nossa casa, até porque, Carrick e eu, sempre preferimos ter a mente aberta e pensar no bem estar dos nossos filhos. Era muito melhor tê-los em casa do que pensar que poderiam estar fazendo algo indecoroso em lugares impróprios ou se poderiam estar correndo perigo estando fora de casa, apenas por que o seus pais eram antiquados.

– Se a Senhora continuar a falar "indecoroso em lugares impróprios", vai estragar o seu belo discurso de mãe descolada e vai parecer bem antiquada, Mãe. – Melissa fala num tom debochado e Grace revira os olhos. – Fala logo, fazendo putaria em público que fica melhor, porque agora a Ana e seu filho, que deixou de ser um candidato a Santo, entendem muito bem sobre o assunto. – Ela se joga na minha cama e balança os pés no ar igual uma menininha, nos assustando com seu grito. – Céus! O meu irmão enfim colocou aquele pau para trabalhar.

– Melissa! – Grace a repreende fazendo com que ela pare gritar, antes de voltar a sua atenção para mim. – Ana, não precisa se preocupar quanto a dividir o quarto com o Christian, até porque essa não será a primeira vez que vocês irão dormir numa mesma cama. – Ela sorri afetuosa e eu nego com a cabeça, apesar de não evitar o sorriso por me lembrar da nossa infância.

– Mas eu sei que não é a mesma coisa, Grace, antes nós éramos apenas duas crianças que gostavam de passar o tempo juntos e agora... Bem... Agora é... Diferente.

– Ah, com toda certeza é diferente, até por que antes se ouvia risadas enquanto vocês brincavam e hoje vocês ainda irão brincar, mas invés das risadas, nós ouviremos gemidos e gritos de prazer. – Melissa não cansa de me fazer passar vergonha e eu pego uma almofada e jogo nela.

– Eu desisto de você, Filha. Não sei a quem você puxou para ser tão impudica assim. – Grace nega com a cabeça e Melissa arqueia uma sobrancelha para a mãe, que corta qualquer coisa que a filha iria dizer. – Não se atreva a abrir essa boca, Melissa Grey! – Ela volta a dar risada e quem fica corada agora é Grace, mas ignora a filha. – Mas enfim, Ana, eu estou muito feliz que você e o meu filho se acertaram e eu devo te agradecer muito, por fazer aqueles olhos que há muito tempo permaneceram sem vida, voltasse a brilhar como estão hoje. – Seus olhos marejam e eu engulo o nó que se formou em minha garganta. – Mesmo que a Laura tenha tentado estragar o momento de vocês, ao anunciarem o noivado e o Christian tivesse ficado decepcionado com a Avó, é impossível negar que ele está feliz... – Ela aperta a minha mão e me dá um sorriso sincero. – Que vocês estão felizes, então por isso eu afirmo, não há problema nenhum em tê-los dividindo o mesmo quarto e estou aqui para ajudar a levar as suas roupas para o quarto dele. – Eu assinto com um sorriso e ela me abraça.

– Eu também irei ajudar! – Melissa salta da cama muito animada e eu me afasto de Grace para olhá-la. – Inclusive por saber que não irão apenas dormir abraçadinhos, irei dar um presente para vocês, colocando um belo estoque de camisinhas na gaveta dele. – Assim que ela termina de falar, eu congelo no lugar arregalando os olhos, e elas percebem a minha mudança de humor. – Ana, não me diga que você... Que vocês...

– Ana, vocês não usaram preservativo? – Grace faz a pergunta de forma direta e mesmo envergonhada por tocar nesse assunto, eu nego com a cabeça.

– Meu Deus! Como eu pude me esquecer disso! – Eu começo a andar de um lado para o outro, pensando o quanto eu fui... O quanto fomos irresponsáveis. Ainda mais por eu não usar nenhum método contraceptivo.

– Não que eu fosse achar ruim ser tia agora, mas vocês estão se preocupando à toa, afinal, quais as possibilidades da Ana engravidar na primeira vez que transou? – Melissa faz a pergunta e Grace encara a filha.

– Com a mesma possibilidade que você nasceu, minha Filha! – Eu arregalo os olhos com a resposta de Grace e Melissa faz uma careta.

– Mãe, a Senhora não está ajudando falando isso. – Grace assente e me olha sorrindo de forma maternal, enquanto o meu coração ainda está acelerado.

– A Melissa tem razão, Ana, não precisa se preocupar e se por acaso acontecer, foi por que assim deveria ser. – Ela me faz parar de andar e eu respiro fundo. – Ou você não pensa em ter filhos?

– Não! Sim! Quer dizer, é claro que eu quero ter filhos, mas só não havia pensado nessa possibilidade ainda, até porque, eu não sabia que a minha relação com Christian que era praticamente impossível, iria chegar ao nível que chegou de forma tão rápida. – Eu paro para pensar e sorrio deixando o pânico em segundo plano, pois mesmo sendo muito nova eu não me importaria de ter um bebê, um pedacinho meu e do homem que eu amo.

– Então não precisa ficar com essa carinha preocupada, apesar de perceber que isso não está te assustando tanto, como antes, pois o que tiver que ser, com toda certeza será. – Eu assinto e Grace me abraça novamente. – Eu estou muito feliz com o casamento de vocês e mesmo que ainda seja apenas uma possibilidade quase remota, ficarei muito feliz também se for avó. – Ela se afasta novamente e vejo a sinceridade em seus olhos e o seu sorriso radiante.

– O meu irmão está noivo e ainda por cima havendo a possibilidade de ser pai. Ah! Eu estou tão emocionada! – Melissa seca de forma dramática suas lágrimas imaginárias e, eu reviro novamente os olhos, mas não consigo segurar o riso por muito tempo, levando embora a tensão de minutos atrás, enquanto começamos a retirar minhas roupas do closet, preparando para levar para o quarto de Christian.

Grace e Melissa tem razão, pois quando eu decidi voltar para lutar por um amor que nunca consegui esquecer, eu estava disposta a fazer tudo que estivesse ao meu alcance, afinal, não era só a felicidade do Christian que estaria em jogo, caso ele se consagrasse Padre, mas também o meu coração que definitivamente ficaria em pedaços, sem saber quanto tempo levaria para ser colado ou se algum dia, de fato poderia voltar a ser inteiro como antes.

Da mesma forma que estou ciente dos riscos que estamos correndo por nossa negligência ao não nos prevenir, mesmo sabendo que eu poderia intervir por meio de medicamentos, o que com certeza não irei fazer e se for para ser mãe de um filho do amor da minha vida, então que assim seja.

(...)

Depois que deixei o Christian na sala, não o vi mais, pois nem mesmo para o jantar ele saiu do Escritório de seu pai e mesmo que eu estivesse preocupada e receosa sobre o que ele poderia estar pensando, considerando que ele tem tendências a tomar decisões erradas, agindo de forma precipitada, eu respeitei o seu momento, dando o tempo que ele achasse necessário.

Dona Laura se juntou a nós durante a refeição, mas não me disse uma única palavra, o que não vou negar que isso também me deixa preocupada. Não que a opinião dela seja importante de qualquer forma, pois por mais que eu a respeite por ser a avó do meu noivo, eu não deixarei de amá-lo apenas por ver seus olhos acusadores e raivosos direcionados a mim, afinal, tenho assuntos mais importantes para discutir com a minha cunhada e minha sogra, que são os planos do meu casamento que acontecerá em breve.

Lucca chegou um pouco antes do jantar ser servido, apesar de eu perceber que ele não estivesse bem – o que me faz sentir um pouco culpada por deixá-lo de lado, desde que chegamos a Washington –, disse que queria conversar sobre algo que vínhamos sonhando há um tempo e imagino que seja sobre o nosso Ateliê, afinal, esse é nosso sonho compartilhado. E por essa razão, pedimos licença, assim que encerramos o jantar e subimos para o seu quarto, o que agradeci mentalmente por me fazer desviar da preocupação de Christian que continua isolado naquele escritório.

– Ana, eu estava conversando com o Khalan sobre a vontade que temos de ter nosso próprio Ateliê e ele disse que se quisermos, ele tem um local ideal para o que precisamos. – Ele começa a falar assim que entramos no quarto, enquanto tira as suas roupas, ficando apenas de boxer, se jogando em sua cama, ao meu lado.

– Isso seria ótimo, mas você disse a ele que queremos comprar o lugar? – Ele assente e fica em silêncio por um momento, enquanto se aconchega para poder deitar a cabeça em meu colo e sei que alguma coisa está errada. – O que está acontecendo, Lucca? – Ele suspira e nega com a cabeça, enquanto eu começo a acariciar os seus cabelos.

– Eu disse que queremos um lugar nosso, mas ele disse que se gostarmos, poderia nos vender com um valor acessível, pois esse imóvel ele pegou como pagamento de um cliente que tinha uma dívida com a sua Empresa, ainda na gestão do seu pai.

– Lucca, conversa comigo. O que está te deixando incomodado?

– Não e nada Bella Mia, não precisa se preocupar. – Eu nego com a cabeça e paro de acariciar os seus cabelos, o que o faz abrir os olhos e me encarar. – Eu não disse antes, mas estou feliz que você e o Christian tenham enfim se acertado. Mais ainda por saber que em breve você irá se casar e pode apostar que o seu vestido, eu mesmo irei fazer. – Ele sorri, mesmo estando com um olhar triste.

– Não tente mudar de assunto e me fale qual é o problema. – Ele suspira e se dá por vencido, sabendo que não irei deixar esse assunto de lado.

– Khalan e eu havíamos combinado de jantar no apartamento dele, mas quando estávamos prontos para pular o jantar e partir para sobremesa, o ex-namorado dele apareceu. – Arregalo os olhos e ele me dá um sorriso triste. – Além de haver uma clara tensão no ambiente, eu senti que Khalan ficou... Digamos que mexido com a presença dele e até mesmo incomodado, o que fez com que me sentisse um intruso entre eles.

– Eu não entendo. Vocês não estavam se dando bem? E pelo que eu pude perceber, ele havia ficado muito feliz em ter te reencontrado aquele dia no Restaurante.

– De fato estávamos, mas eu senti que a história daqueles dois não parecia de fato ter acabado, ou... Sei lá! Talvez seja coisa da minha cabeça, mas eu achei melhor que eles conversassem sozinhos.

– E mais uma vez, você se afastou do Khalan como fez no passado?

– Você queria que eu fizesse o quê, Ana? Que impusesse a minha presença e depois saísse machucado mais uma vez por permitir me apaixonar novamente e depois ele continuar com o namorado? – Ele fala sério e levanta do meu colo, sentando-se na cama ao meu lado, mas sem encarar meus olhos.

– Lucca, você mesmo me disse que ele é ex-namorado do Khalan, então por essa razão você não estava fazendo nada de errado. E não foi você mesmo que havia me dito que se eu amasse mesmo o Christian, deveria tentar não perder o amor da minha vida? Que na guerra e no amor tudo é válido?

– Mas é diferente, Ana. O Christian não tem uma história com outra pessoa, no qual passaram anos juntos e eu nem sei o motivo do término dos dois ou se foi mesmo o Khalan que terminou, ou se ele ainda ama o Sean.

– Lucca, a situação de fato é diferente, mas se você não se lembra, o Christian estava num Seminário, a um passo do Diaconato. Agora você quer falar que prefere perder o amor da sua vida, antes mesmo de lutar ou pelo menos saber se os sentimentos dele por você pode ou não ser recíprocos?

– Não sei Ana! Eu sei que tenho a péssima mania de fugir quando eu vejo chances de uma possível rejeição. – Ele suspira e fecha os olhos, jogando a cabeça na cabeceira da cama. – Foi assim com os meus pais adotivos, quando eu me assumi bissexual, depois com o próprio Khalan que na época era apenas meu amigo e hoje novamente com ele, quando eu senti que poderia ser descartado, antes mesmo que pudéssemos começar algo. – Ele respira fundo e abre seus olhos que estão tão tristes que parte o meu coração. – Mas eu não consigo controlar isso. É como se fosse a minha forma de defesa para não ser magoado, entende? – Eu assinto, por entender o que ele está querendo dizer. – Quando você é adotado, depois de passar um tempo num orfanato porque a sua família biológica não te quis e tentar fazer de tudo para não desagradar os seus novos pais, apenas para não ser "devolvido", você passa a ser inseguro e ter medo das suas ações, por isso começa a se proteger da forma que pode. E quando eu vi que os meus pais não ficaram felizes pela forma que eu era não foi diferente, por que sinceramente, se nem os meus pais que me criaram e me viram crescer conseguiram me amar como eu sou quem mais seria? – Ele dá de ombros e eu nego com a cabeça, pegando a sua mão.

– Lucca, isso não é verdade. Eu amo você, os meus pais te amam e te amaram desde o momento que te conheceram e o consideram como um filho. – Ele assente e me dá um sorriso tímido. – E eu tenho certeza que o Khalan também gosta de você, agora se ele optar em voltar para o ex-namorado ou se, e eu disse se ele estiver pensando nisso, o azar é dele que irá perder uma pessoa tão maravilhosa como você. Mas o que você não pode fazer é sempre se menosprezar e fugir com medo do que talvez nem pudesse acontecer.

– Eu sei Ana, mas não é tão fácil assim. – Eu me aproximo mais dele, que me abraça.

– Eu sei que não, mas conversa com ele primeiro antes de tomar uma decisão precipitada e se afastar novamente e depois, se ele decidir que quer apenas continuar sendo o seu amigo, eu estarei aqui para ajudar a colar os seus caquinhos e não deixar nenhum para trás. – Lucca dá risada por se lembrar de que foi exatamente isso que ele havia me dito quando chegamos a Washington, me apertando mais em seus braços e beijando os meus cabelos.

– Então seremos nós dois curando corações partidos? – Ele fala de forma divertida e eu nego com a cabeça.

– Bom, seremos nós dois e o meu marido para curar o seu coração se for partido, pois eu irei me casar dentro de três meses, então... – Eu sorrio deixando subentendido no ar e ele dá uma risada e o sinto mais leve.

– Tudo bem, você tem razão! Eu vou esperar para ver o que isso vai dar. – Eu arqueio uma sobrancelha para ele que se corrige de imediato. – Mas, eu irei conversar com o Khalan depois.

– É assim que se fala, afinal, essa palavra desistir não faz parte do nosso vocabulário. – Me aconchego melhor em seus braços, mas levanto a cabeça para olhar em seus olhos. – E nunca mais diga que você não é amado, pois isso não é verdade e você sabe que tanto eu quanto os meus pais te amamos muito. – Ele arregala os olhos e dá um salto da cama praguejando um "cazzo" me empurrando para o lado. – Ei! O que foi isso?

– Como você saiu sem o celular, a mãe e o pai me ligaram querendo saber de você e disseram para ligarmos assim que você chegasse. – Ele vai até a mesa e pega o celular, discando logo em seguida, aguardando a ligação ser completada, apesar de Milão ser início de madrugada. – Oi, Mãe! Sim, desculpe-me, mas eu saí e cheguei só agora. – Ele faz uma careta pela pequena mentira e ouve o que é dito do outro lado da linha e assente, como se minha mãe pudesse ver. – Sim, eu vou passar para ela. – Eu pego o celular e Lucca aponta para o banheiro, avisando que irá tomar banho e eu respiro fundo, para conversar com os meus pais.

– Oi, Mãe! Eu já estava com saudade!

(...)

Conversar com os meus pais me fez ver o quanto eu estava com saudade deles e eu fiquei muito feliz por saber que eles conseguiram antecipar a viagem e que chegarão ainda essa semana. Eu poderia inclusive esperar que eles chegassem para que eu pudesse lhes contar sobre o fato de eu estar noiva, mas a ansiedade não permitiu, por essa razão o fiz por telefone mesmo.

Por um momento, apenas o silêncio era plano de fundo da ligação, depois de ter escutado o barulho de algo se quebrando – e de fato quebrou, quando meu pai deixou o copo que estava em suas mãos cair, depois de ouvir a notícia –, porém eu devo admitir que eu tivesse ficado muito aliviada com a reação deles em relação ao meu casamento, mesmo que eu tenha percebido que eles ficaram receosos, não pelo fato de eu estar me casando com o Christian, mas por saberem as inseguranças do meu futuro marido.

Mas eles sabem que eu sempre amei o Christian e o quanto sofri por todos esses anos, apesar de ter estado conformada por um tempo que esse amor seria sentindo apenas por mim, pois eu acreditava que ele iria de fato se consagrar um Sacerdote e em algum momento da minha vida teria que seguir em frente. O que eu sei que não seria nada fácil se isso viesse a acontecer, afinal, não se esquece de um amor de uma hora para outra e a prova disso é que mesmo que estivesse adormecido, este sentimento sempre se fez presente em meu coração.

E por falar no meu futuro marido, eu verifico a hora e percebo que ele já teve tempo o suficiente para colocar seus pensamentos em ordem. E eu só espero que ele não pense em fazer nenhuma besteira, tomando alguma atitude precipitada sem antes falar comigo, pois agora a decisão não cabe mais apenas a ele.

Pensando nisso, decidida, eu pego o meu robe longo de seda preto e coloca sobre a minha camisola, um tanto quanto curta, devo admitir, mas quem liga? Bom... Espero que o meu noivo não só ligue como goste também e saio do quarto. A casa está bem silenciosa, tendo em vista que são mais de 23h00 e todos devem estar dormindo, por isso evito fazer barulho enquanto desço as escadas com a intenção de ir até o escritório e resgatá-lo de seus pensamentos.

No entanto, assim que chego à sala, ouço barulho de talheres vindos da cozinha e me encaminho para o local, encontrando-o de costas enquanto está comendo o seu jantar. Fico analisando-o por um momento, mas logo me aproximo, o assustando por um momento e logo tenho seus olhos cinza que estão brilhantes, assim como o seu sorriso tímido que tanto amo em minha direção e sinto o meu coração tranquilo, por vê-lo bem.

Confesso que vê-lo apavorado apenas por saber que os meus pais estão vindo para Washington e que já sabem sobre o nosso casamento me rendeu boas risadas, mas ouvi-lo dizer que poderia ser Ordenado a Diácono, caso não me tivesse mais ao seu lado, fez com que um aperto no meu coração me sufocasse, mas eu o amo e não há a menor possibilidade para que eu pudesse deixá-lo.

Nos últimos anos eu fiz de Milão a minha casa e por um tempo acreditei que seria lá que eu permaneceria e recomeçaria a minha vida, mas estar nos braços de Christian definitivamente é o meu lar. Sentindo o seu perfume amadeirado, o calor de seu corpo e as batidas do seu coração me faz amá-lo ainda mais e não sei como eu acreditei que poderia de alguma forma abrir mão desse conforto, dessa paz e segurança que só ele me traz.

Abro os olhos e me afasto de seus braços para acariciar o seu rosto, sentindo a sua barba fazer cócegas na palma da minha. Vejo-o suspirar por sentir o meu toque, enquanto mantém seus olhos fixos nos meus, fazendo-me sorrir. No entanto, antes que eu fale alguma coisa, tenho a impressão de ver um vulto na porta da cozinha e viro-me rapidamente para ver o que possa ser, mas apenas ouço o silêncio e deve ser coisa da minha cabeça ou apenas cansaço, pelo dia maravilhoso que tive ao lado do meu noivo e a noite que foi um pouco agitada.

– O que foi Ana? – Ele segue a direção do meu olhar, mas volta a me encarar confuso e eu apenas nego com a cabeça sorrindo.

– Não foi nada, pensei ter visto algo, mas foi apenas impressão. – Eu selo rapidamente os seus lábios e consigo mais um sorriso, apesar de ver o quanto ele está cansado. – Vamos para o quarto? Hoje o dia foi bem agitado e amanhã teremos o ensaio do casamento da Melissa. – Ele assente e eu levanto para pegar o prato e copo sobre a bancada, levando-os até a pia, onde rapidamente os lavo e sinto o peso de seu olhar sobre mim, fazendo com que eu o encare, sem conseguir evitar o sorriso. – Por que está me olhando assim? – Faço a pergunta assim que me aproximo novamente dele, ficando entre suas pernas, tendo minha cintura envolvida por seus braços.

– Obrigado por ter retornado para a minha vida, Ana! Por não ter desistido de mim. – Abraço o seu pescoço com meus braços e dou um beijo em seus lábios.

– Como eu poderia desistir? Se dessa forma eu estaria desistindo também de completar o meu coração. – Ele sorri e assente, antes de tirar uma mão da minha cintura e acariciar o meu rosto, fazendo com que eu tenha uma vontade absurda de beijar os seus lábios, mas apenas sorrio e pego em sua mão. – Vamos subir, está tarde e precisamos descansar. – Eu me afasto para que ele possa se levantar e o vejo pegar uma pasta preta que só agora eu percebi sobre o balcão. – O que é isso?

– Alguns documentos que o meu pai me entregou e entre eles, a Escritura do nosso apartamento. – Sorrio por ouvi-lo dizer "nosso apartamento" e ele pega a minha mão, para sairmos da cozinha e logo subimos as escadas. – E falando nisso, o que você acha de irmos vê-lo no sábado?

– Eu acho perfeito, mas como eu passei muito tempo fora, não conheço nenhuma Arquiteta para nos ajudar com a decoração ou verificar se precisará de alguma reforma.

Abro a porta de seu quarto, melhor dizendo, do nosso quarto e sinto um friozinho no estômago por saber que iremos dormir juntos de agora em diante, mas apenas viro-me para olhar em seus olhos e por seu rosto corado, acredito que ele esteja pensando a mesma coisa. Ele respira fundo, fecha a porta as suas costas e depois de colocar a pasta sobre a mesa, se aproxima como um predador, fazendo-me engolir em seco, por saber o que aquele olhar significa e é nesse momento que ele esquece toda a timidez que ainda possa ter.

– Eu posso resolver isso depois, mas agora... – Ele solta o laço do meu robe e o desliza por meus ombros, fazendo-o cair aos meus pés, dando um passo atrás por ver o que havia embaixo dele. – Por Deus, Ana! Você quer me matar?

Ele avalia o meu corpo e me sinto ainda mais atraente aos seus olhos. Principalmente por ver a luxúria cintilar ao perceber que além de curta, a minha camisola não deixa nada para imaginação, revelando a pequena calcinha que fiz questão de colocar. Porém, mesmo que ainda sinta o meu rosto esquentar, num súbito de ousadia eu dou uma voltinha apenas para provocá-lo.

– O que foi? Você não gostou? – Faço-me de inocente e o vejo engolir em seco. – Eu posso muito bem tirá-la e dormir nua, o que você acha? – Sem que eu consiga processar, ele avança em minha direção e segura a minha cintura com uma mão e com a outra segura firme os meus cabelos, fazendo-me arfar pelo susto e pela antecipação.

– Eu acho que eu já deixei claro que se você brincar com fogo, poderá se queimar. – Deslizo as mãos por seu peito, sentindo as batidas aceleradas do seu coração, onde começo a desabotoar a sua camisa.

– E eu já deixei claro, que não tenho medo de me queimar, desde que você se incendeie comigo.

E após soltar um grunhido o sinto tomar a minha boca num beijo desesperado e suas mãos deslizarem por meu corpo e eu cheguei à conclusão que eu sou mesmo uma desavergonhada, mas quer saber? Quem se importa? Desde que eu literalmente me queime com ele. Eu seria capaz de ir até mesmo ao inferno apenas para estar ao lado do homem que eu amo e posso garantir que esta noite, iremos mesmo nos queimar.

Minha nossa Senhora das cunhadas desbocadas, que tiro foi esse Melissa 😱😱😱?

Será que foi só eu que fiquei com vontade de colocar o Lucca no colo 🤧🤧🤧? Será que Khalan vai abandonar aquele gostoso fofo 🤭🤭🤭?

É, Ana! Eu acho que agora você libertou a fera e vai ter que aguentar viu 😏😏😏! Não que ela esteja reclamando, é claro! Eu não estaria com toda certeza 😏😏😏!

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