Capítulo - 19
Desde o momento que nós entramos no quarto do Hotel eu comecei a sentir o nervosismo me dominar, no entanto não ter a certeza se Christian estava mesmo disposto a romper com o seu compromisso com o celibato, pelo menos não pelos motivos certos, me fez correr para o banheiro como uma menininha assustada.
Enquanto eu lavava as minhas mãos - afinal, eu estava brincando com um cachorro antes de ser arrastada daquela Praça -, encaro a minha imagem no espelho e respiro fundo algumas vezes, pois eu não voltei para Washington para tentar evitar que o homem que eu amo se consagrasse Padre por um equívoco de seus sentimentos, para me acovardar agora.
- Você está mais do que pronta para se entregar ao homem que ama Anastásia. - Falo para a minha imagem refletida no espelho. - Você aceitou a seduzir o homem que ama e fazê-lo desistir do Seminário, então não seja covarde e volte para aquele quarto agora.
Seco as minhas mãos, respiro fundo mais uma vez e saio do banheiro, encontrando Christian sentado na cama de cabeça baixa e vejo que ele está tão ou mais nervoso do que eu, afinal, mesmo que eu também não tenha nenhuma experiência, eu ainda convivia com pessoas do mundo da Moda que não tinham muito filtro, além de ter o Lucca que sempre foi um descarado para falar de suas aventuras sexuais, o que me deixava envergonhada é claro, mas o Christian não. Ele além de sempre ter sido tímido, passou praticamente oito anos trancafiado num Seminário, se preparando para ser um Padre tendo como opção o celibato.
Se eu estou nervosa, eu faço ideia do que possa estar passando na cabeça dele, no entanto, nos amamos e passaremos por essa experiência juntos, errando ou acertando, mas estaremos juntos, como deveria ter sido desde o início se não tivéssemos nos separado, ou talvez não, mas acredito que agora tudo está entrando no curso natural da vida de quando duas pessoas se apaixonam e se amam.
Esclarecer as minhas dúvidas e receios quanto a sua decisão me deixou mais aliviada para dar esse passo com o homem que eu amo, mas sinceramente ver que ele estava usando, como usou todo esse tempo o cordão que dei a ele em seu aniversário de 17 anos, me causou uma emoção muito grande no coração, por saber que de fato, ele também sempre me amou da mesma forma que o meu coração sempre pertenceu a ele e dessa forma, nos tornamos um, onde ele me fez mulher e não poderia ter sido de forma tão sublime como foi, onde entreguei a ele não apenas o meu coração e o meu corpo, mas também a minha alma que se entrelaçou em definitivo a dele, da mesma forma que ele se entregou a mim, completando o vazio que esteve em meu coração por todo esse tempo.
Estar nos braços de Christian me causa uma sensação de calmaria, conforto e proteção que eu não sei explicar e mesmo que estivéssemos falando do passado - que ainda nos machuca e sei que ainda vai machucar por um tempo -, não fez com que o momento que estávamos vivendo fosse menos especial como estava sendo.
Deus! Como eu o amo! Eu sei que posso ser uma sonhadora que sempre acreditou em contos de fadas e pedidos feitos em aniversários ou quando via uma estrela cadente brilhar no céu, mas desde adolescente eu sentia que o Christian era a metade da minha alma que estava perdida como eu também era a sua e sim, eu acredito em amor à primeira vista, almas gêmeas e amor para toda uma vida. Podem me julgar, eu não me importo. Desde que eu esteja sentindo o calor do corpo do homem que eu amo no meu e os seus beijos em minha boca e pele, tudo estará bem.
No entanto, depois de sermos interrompidos por seu celular que começou a tocar nos assustando e ver o brilho nos olhos do homem mais lindo do mundo e que agora eu posso dizer como todas as letras que é todo meu, ouvir o seu pedido inesperado fez com que eu me esquecesse de como se respira por um momento, fazendo a minha cabeça girar e meu coração acelerar ao ponto de quase sair pulando de dentro do meu peito.
- Casa comigo, Ana?
- O quê?
Arregalo os olhos e o meu coração antes acelerado, começa a bater num ritmo que eu pensei ser impossível de acontecer, me causando falta de ar, por esse motivo, delicadamente eu o empurro para que ele saia de cima de mim e se acomode na cama. Porém eu sento-me e encaro fixamente os seus olhos, esperando que ele sorrisse ou dissesse que é uma brincadeira, mas ver a expectativa estampada em seu rosto e também insegurança me faz soltar a respiração que eu nem havia percebido estar prendendo.
Ele se senta de frente para mim - se importando tanto ou menos do que eu, por estarmos nus - segurando minhas mãos nas suas. Consigo sentir o seu nervosismo, ansiedade e perceber o medo que está visível em seus olhos, assim como as suas mãos frias e suadas e agora eu tenho certeza que ele não está brincando. Ele respira fundo e levanta uma mão para acariciar o meu rosto, fazendo-me piscar algumas vezes.
- Eu estou falando sério, Ana. Case-se comigo? - Eu sorrio de nervoso, mesmo que a minha vontade seja gritar sim, sem hesitar, mas eu acredito que ele possa estar confuso, como sempre, agindo de forma precipitada.
- O certo não seria você falar: Quer namorar comigo, Ana? - Ele me dá o seu sorriso tímido que eu tanto amo e nega com a cabeça.
- Esse pedido deveria ter sido feito há alguns anos, porém hoje, não a quero apenas como minha namorada e sim como a minha Esposa, a mulher que irá dormir e acordar todos os dias ao meu lado, aceitando-me com os meus defeitos e inseguranças.
- Christian... - Eu suspiro, pois eu não quero que ele se arrependa depois e isso possa vir a nos machucar novamente. - Eu... Não é porque nós acabamos de fazer amor que você tem qualquer obrigação comigo. Eu sou uma mulher resolvida e se me entreguei a você foi por amor. Foi porque eu não poderia me entregar dessa forma a mais ninguém, se não fosse ao homem que eu amo desde que era uma adolescente, por isso eu acho que... - Ele nega com cabeça e me interrompe.
- Não estou falando isso por obrigação e sim porque eu também te amo. - Ele fala decidido e meu coração volta a bater descompassado que suspeito que possa ser ouvido por ele. - Eu sei que o pedido não foi do jeito que você deve ter sonhado e como você merece, com um lindo anel, jantar a luz de velas ao som de uma música ao violino, mas isso pode ser resolvido facilmente. - Sinto os meus olhos marejarem e nego com a cabeça enquanto sorrio.
- O pedido não poderia ter sido mais original. - Acaricio o seu rosto e ele sorri de lado. - Apenas por ter sido feito por você é o suficiente, não havendo necessidade de todos esses clichês que você acabou de citar, mas o anel eu faço questão, afinal, preciso mostrar que eu sou noiva de Christian Grey. - Eu falo sorrindo e ele avalia as minhas palavras e à medida que ele percebe o que acabei de dizer, arregala seus olhos cinza me fazendo sorrir ainda mais.
- Então isso... Isso é um sim?
- Faça novamente a pergunta. - Seco uma lágrima que deslizou por minha face e ele respira fundo, pegando o meu rosto entre suas mãos.
- Você me aceita, Ana, como seu futuro marido, com todos os meus medos, receios e mesmo sabendo que eu ainda possa errar, acreditando estar fazendo o que é certo? - Lágrimas começam a deslizar por minha face e eu não as impeço, mas eu assinto e é impossível segurar o meu sorriso. - Você aceita dividir a minha vida com você, me dando a oportunidade de me redimir pelos erros que nos manteve afastados por todo esse tempo? - Sua voz embarga e ele respira fundo para poder continuar. - Você aceita dormir e acordar todos os dias das nossas vidas ao meu lado? Você aceita se casar comigo?
- Sim, Christian! Eu aceito ser sua futura esposa e prometo te amar, não como te amei no passado ou como te amo hoje, mas com tudo que há em mim, pois esse tudo sempre pertenceu e sempre pertencerá a você.
Ele sorri e permite que as suas próprias lágrimas sejam derramadas e me beija. Um beijo diferente de todos os outros que compartilhamos. Nesse não há medo, não há insegurança ou incerteza e muito menos receio de estarmos fazendo algo errado. Apenas duas pessoas que se permitiram esquecer as dores e mágoas do passado, prontas para viver o presente e construir um futuro. Não sozinhos e separados, mas juntos, exatamente como deveria ser.
E é dessa forma, com todo o amor que sentimos um pelo outro que mais uma vez ele me fez sua e eu o tomei como meu. O meu amor, o meu noivo e meu futuro marido.
(...)
- Em quanto tempo você consegue organizar o nosso casamento? - Christian pergunta acariciando os meus cabelos e sonolenta eu levanto a cabeça que está em seu peito para olhar em seus olhos.
- Considerando que eu não faço questão de nada grandioso, tendo apenas as pessoas que são importantes para nós, acredito que eu consiga tudo dentro de... - Analiso mais ou menos o tempo para fazer o meu vestido, que não abro mão de forma alguma, e todos os outros preparativos. - Três meses. - Ele pondera por um momento, mas assente não muito satisfeito. - Por que você está com tanta pressa assim? Nós esperamos oito anos para estarmos juntos, alguns meses não são nada, você não acha?
- Por mim nos casávamos amanhã mesmo. - Sento-me na cama e sorrio negando com a cabeça.
- Ah, então se é assim, poderíamos nos casar na próxima semana, que é o seu aniversário.
- Perfeito, então nos casaremos na próxima semana. - O analiso por um momento e vendo que ele está falando sério, não me contenho e dou uma gargalhada.
- Christian... - Respiro fundo para controlar o riso e ele me olha sério. - Eu estou brincando, pois não há a menor possibilidade de nos casarmos daqui a uma semana. - Ele não fala nada, mas aguarda para que eu explique o porquê não. - Os meus pais só chegarão dois dias antes do casamento da Melissa e além de você ainda ter que pedir a minha mão para o meu pai, temos que dar entrada nos papéis no cartório e esse processo demora em média 30 dias. - Ele assente se dando conta desses detalhes e suspira. - Sem contar que precisamos definir onde iremos morar ou você está pensando em continuar na casa dos seus pais? - Arqueio uma sobrancelha para ele, pois só em pensar na possibilidade de continuar morando na mesma casa que a Dona Laura, me dá nos nervos, mas ele nega com a cabeça.
- Eu tenho um apartamento, Ana. - Fico surpresa com a sua revelação, pois para mim ele só estava focado em seu Seminário. - O meu pai me deu quando eu fiz 18 anos e mesmo acreditando que eu não iria precisar dele, pois como um Sacerdote eu moraria na casa Paroquial que me fosse designada, eu aceitei o presente e o deixaria como investimento, mas se você não gostar do apartamento poderemos vendê-lo e comprar uma casa. - Eu nego com a cabeça e deito novamente em seu peito, onde dou um beijo bem em cima do seu coração.
- Não, apesar de ter crescido numa casa, eu me habituei a morar em apartamento e por mim, está perfeito, mas... Ele está mobiliado?
- Não. - Ele beija o meus cabelos e me aconchega mais em seus braços. - Eu pedi para o meu pai deixar como estava, eu apenas escolhi o imóvel, pois o meu pai fez questão que fosse onde eu quisesse, mas você pode mobiliá-lo da forma que achar melhor, afinal, será a nossa casa e eu quero que seja tudo do jeito que você quiser. - Sinto o meu coração se aquecer e os meus olhos marejarem, pois eu nunca imaginei que estaríamos algum dia falando sobre isso.
- Eu te amo, Christian. - Minha voz embarga e ele coloca a mão no meu queixo para que eu possa olhá-lo e sorri de forma terna que aquece ainda mais o meu coração.
- Eu também te amo, minha Princesa. - Ele beija os meus lábios e eu suspiro e, novamente somos interrompidos pelo celular dele que voltou a tocar pela décima vez e todas foram ignoradas.
- Eu acho melhor você atender Christian, estamos fora há muito tempo e podem estar preocupados. - Ele joga a cabeça no travesseiro e fecha os olhos negando com a cabeça, mas novamente o telefone volta a tocar e eu me levanto, caminhando até a sua calça que está no chão e pego o aparelho, vendo ser uma ligação do Andrew. - Oi, Andrew!
- Ana? Graças a Deus! Onde vocês estão?
- Melissa?! O que aconteceu para você estar ligando do telefone do Andrew? - Christian se senta na cama e me encara preocupado.
- O que aconteceu? Aconteceu que todas as chamadas do meu número foram ignoradas, assim com as do número de casa e da minha mãe, por isso resolvi tentar a sorte do número do Andrew. - Sorrio para Christian para tranquilizá-lo, pois não é nada, a não ser drama da irmã dele.
- Mas por que o desespero para falar com o Christian? - Faço-me de desentendida sabendo o motivo para ela estar ligando.
- Vocês perceberam que o dia está acabando e que saíram de casa na hora do café da manhã, certo?
- Sim e qual é o problema? - Mordo no lábio segurando o riso e ouço o grunhido irritado dela.
- Ana, não me faça gritar com você, sua safada! Então me fala onde vocês estão e por que não atenderam as minhas ligações?
- Bom, como eu posso te dizer... - Faço uma pausa e Christian arqueia uma sobrancelha, mas ostenta um sorriso nos lábios. - Nós estávamos muito ocupados para atender ao telefone, se é que você me entende? - Ela fica em silêncio por um momento, mas dá um grito em seguida fazendo com que eu afaste o telefone da orelha.
- Ahhh! Eu não acredito! - Ela continua gritando e conhecendo-a como eu conheço, está fazendo uma dancinha esquisita seja lá onde ela estiver. - Então você desvirtuou mesmo o Seminarista? Eu quero saber de tudo. Como foi? Onde vocês estão? Como o meu irmão se saiu? Você gozou? - Afasto novamente o telefone da orelha e sinto o meu rosto começar a esquentar, mas ignoro todas as suas perguntas.
- Melissa, eu não vou te contar nada sobre isso e daqui a pouco estamos chegando, afinal, temos novidades para contar, agora eu vou desligar.
- Não, Ana! Espera, você tem que... - Desligo o telefone colocando-o sobre o aparador, caminho novamente para a cama e Christian me olha especulativo.
- Não era nada demais, só a Melissa sendo ela mesma. - Ele sorri e fica corado, também imaginando as perguntas da irmã e isso me faz sorrir. - Vamos nos arrumar e ir para casa? - Engatinho na cama até estar sentada no seu colo, com uma perna de cada lado, beijo os seus lábios e sinto a suas mãos possessivas apertarem as minhas coxas e subindo para a minha bunda, me deixando quente. - Realmente está tarde e precisamos ir. - Começo a beijar o seu pescoço e ele suspira.
- Se você não parar de me provocar, não iremos conseguir sair desse quarto. - Ele fala num sussurro rouco e excitante, gemendo quando eu mordo o lóbulo de sua orelha e me aproximo ainda mais, fazendo com que a minha intimidade se esfregue em seu membro. - Ana!
- Eu acho que... - Rebolo em seu membro e o sinto latejar entre minhas pernas e quem geme agora sou eu. - Eu acho que podemos aproveitar um pouco mais esse quarto. - Continuo rebolando e me sinto cada vez mais molhada, deslizando sobre o membro de Christian e ele apoia a cabeça no meu ombro, me ajudando nos movimentos, mas isso não é mais suficiente para mim, mesmo que eu esteja um pouco dolorida, mas preciso dele. - Christian, eu... - Paro de falar e num movimento ousado, levanto o meu corpo apoiando os joelhos na cama e ele me encara com seus olhos cinza em chamas e entende o que eu quero.
- Eu sou todo seu, meu Amor.
Ele encaixa seu membro na minha entrada e lentamente o sinto me preencher, fazendo com que nós dois gemêssemos. Ficamos parados por um momento, mantendo apenas os nossos olhos conectados e após me acostumar com a sua invasão em meu interior, eu começo a rebolar bem devagar, apenas sentindo-o pulsar, alcançado um ponto que me faz gemer ainda mais alto.
Christian leva uma mão a minha nuca, segurando firme em meus cabelos e me beija vorazmente, enquanto com a outra mão controla os meus movimentos, mas eu quero mais, eu preciso de mais. Por isso eu apoio os meus braços em seus ombros e intensifico os meus movimentos, cavalgando-o, sentindo-o me invadir ainda mais fundo.
Ele interrompe o beijo e desce seus lábios quentes como brasa por meu pescoço, colo e meus seios, começando a lambê-los e mordiscá-los, deixando-me ainda mais quente e desejosa por ele. Alternando entre um mamilo e outro, sinto o aperto firme de suas mãos em minha pele, que desliza por todos os lugares, como se estivesse mapeando cada polegada do meu corpo.
Sinto a sensação já conhecida por mim formando em meu ventre, a minha respiração acelerar ainda mais e percebendo o meu estado, Christian segura firme em meus quadris e começa a investir com tudo em mim, aumentando ainda mais a fricção do seu membro em meu interior. Ele beija os meus lábios, sugando os meus gemidos e me fazendo beber os seus e dessa forma, sentindo novamente o êxtase causado pelo encontro dos nossos corpos unidos, chegamos ao orgasmo juntos, perfeito e sublime, como sempre acontece que estou em seus braços.
- Eu te amo, Ana. - Ele fala com a sua testa apoiada na minha, ainda com a respiração ofegante e eu sorrio, estando do mesmo jeito.
- Eu também te amo, Christian.
Ele me beija novamente e depois de estarmos na mesma posição, aguardando que nossos corpos se acalmem, nós seguimos para o banheiro e tomamos um banho, regado com caricias e muito amor.
(...)
Assim que saímos do Hotel - que fará parte das minhas boas memórias com o Christian -, seguimos para casa num silêncio confortável, diferente de quando chegamos pela manhã, onde a ansiedade e a insegurança estavam presentes. Christian dirige prestando atenção no trânsito enquanto segura a minha mão e vez ou outra a leva em seus lábios, dando um beijo carinhoso fazendo-me sorrir.
Sinto o meu coração leve e com a certeza que agora seremos verdadeiramente felizes, pois não precisaremos mais sofrer em silêncio pela distância, pelo tempo perdido e muito menos com um Sacerdócio entre nós, mesmo sabendo que ainda teremos que enfrentar a sua família e informa-los sobre a decisão do nosso casamento. Eu estou tranquila, não dando importância para o que eles irão pensar ou não, pois assim como eu, ele também está seguindo o seu coração.
Ele estaciona na garagem e suspira, sabendo que a partir do momento que entrarmos em sua casa e nos depararmos com a sua família, dizendo que iremos nos casar, será mesmo real e não apenas o sonho que estávamos vivendo naquele quarto de Hotel. Ele desliga o carro e se vira na minha direção, com um sorriso de lado e a face serena, sem qualquer peso ou dúvida do passo que estamos dispostos a dar juntos de agora em diante.
- Vamos dar a notícia para eles agora, ou você quer esperar os seus pais chegarem? - Ele entrelaça os seus dedos nos meus e os leva aos seus lábios, mas eu nego com a cabeça e sorrio.
- Podemos falar agora, os meus pais ficarão felizes mesmo se eu falar com eles por telefone, mas você ainda não está livre de conversar com o meu pai.
- Droga! O Ray vai me matar.
- Ah vai sim, se você não fizer a filha dele feliz, caso contrário, você estará livre da morte por um tempo e ainda ficará com todas as partes do seu corpo intactas. - Ele faz uma carranca, mas sorri em seguida e eu dou risada.
- Então vamos?
Eu assinto e saímos do carro e com os seus dedos entrelaçados aos meus, entramos na casa, encontrando com a sua família sentados no sofá, bom, nem todos, pois a Dona Laura não está presente junto aos outros.
- Até que enfim vocês chegaram. - Melissa salta do sofá assim que nos vê na sala, mas para no lugar tendo a mão de Andrew segurando o seu braço e ela volta a se sentar, fazendo uma careta.
- Estávamos preocupados que tivesse acontecido alguma coisa, Filho, mas vejo que vocês estão mesmo bem. - Grace sorri e me dá uma piscadela e isso me faz pensar que Melissa já tenha falado o que aconteceu para ela.
- Estamos bem, Mamãe, na verdade, muito mais do que bem. - Ele me olha sorrindo e me coloca em sua frente, envolvendo-me com os seus braços, fazendo Melissa e sua mãe sorrirem. - Nós temos uma notícia para dar para vocês, mas queríamos falar com todos juntos, onde está a Vovó?
- Estou aqui, meu Neto. - Ouvimos a voz de Dona Laura se aproximando e ela entra na sala, mas para no lugar por me ver nos braços de Christian. - O que significa isso? - Ele ignora a pergunta da Avó e eu posso sentir o seu coração acelerado bater em minhas costas, mas eu o entendo eu também estou nervosa.
- Bom, eu não vou fazer um discurso e dizer o que vocês já sabiam todo esse tempo, por isso irei direto ao ponto e quero dizer a vocês que em três meses, Ana e eu nos casaremos.
Por um momento fez-se um silêncio na sala até que Melissa se levanta do sofá e grita vindo para nos abraçar. Em seguida recebemos os cumprimentos de Grace, Andrew e por último Carrick, que coloca a mão no ombro do filho e pega na minha mão.
- Eu sabia que você iria perceber e tomar a decisão certa para a sua vida, meu Filho. - Ele abraça Christian que fica envergonhado, mas retribui o carinho do pai. - E você, Filha... - Ele me abraça também e eu sorrio. - Sempre foi à nora que desejamos para fazer o nosso filho feliz. - Ele abraça a esposa que tem lágrimas nos olhos enquanto ela assente.
- Desde que vocês eram crianças, víamos o amor entre vocês, mas no início era um amor puro e inocente e isso foi mudando conforme vocês foram crescendo e por um momento, chegamos a pensar que esse amor iria permanecer no passado, mas tudo acontece no tempo certo e o de vocês, é agora com toda certeza, meus Filhos.
- Obrigada, Grace.
- Mas espera! - Melissa para por um momento a sua euforia e se aproxima novamente. - Três meses é pouco tempo, Ana, não irá dar tempo de fazer tudo que tem que ser feito. O vestido, a lista de convidados, o Buffet, a Igreja, meu Deus, eu vou ficar fora em lua de mel 30 dias, como que eu vou... - Eu pego em sua mão, fazendo com que ela pare de falar, antes que comece a surtar.
- Melissa fique calma! Nós não queremos nada para ser noticiado na mídia, queremos algo familiar e mais íntimo, então dará tempo sim e quanto a sua lua de mel, aproveite, pois quando você voltar ainda terá tempo o suficiente para me ajudar com os preparativos finais.
- Ah, eu estou tão feliz, primeiro que o meu irmãozinho deixou de ser virgem e agora vai se casar com a mulher que ele ama.
- O QUÊ? - Nos assustamos com o grito que a Dona Laura deu. Fato que havíamos até nos esquecido dela e isso nem mesmo deu tempo de ficar envergonhada pela língua solta da Melissa. - O que você disse Melissa?
- Ai meu Deus, Vovó, a Senhora está precisando procurar um otorrino e verificar esse ouvido. Será que a Senhora não ouviu que o Christian irá se casar com a Ana? - Ela revira os olhos e Dona Laura fica vermelha, mas ignora o que a neta disse e se aproxima de Christian e eu.
- Você conseguiu, não é mesmo sua desavergonhada. - Assusto-me com o seu tom de voz e Christian me abraça.
- Vó, eu não admito que a Senhora fale assim com a minha mulher.
- Sua mulher? - Ela fala com escárnio e eu me seguro para não falar o que tenho vontade para ela. - Você não percebe Christian? Será que ninguém aqui está percebendo que essa Menina, voltou para corromper o meu neto? Que isso é obra do diabo para manchar a imagem de um futuro Sacerdote? Fazendo-o pecar a alguns meses da sua Ordenação? - Sinto as mãos de Christian me apertar e eu sei que ele está se controlando para não faltar o respeito com a sua Avó, mas eu não devo respeito a ela.
- Sabe Dona Laura, a Senhora deveria ficar feliz em ver que o seu neto está feliz e seguindo o coração dele. - Ela abre a boca para falar, mas eu não deixo e me afasto de Christian, me aproximando mais um pouco dela. - Por isso, com todo o respeito que eu tenho por essa casa e pelos proprietários dela, que serão os meus sogros, então eu peço educadamente que se a Senhora não pode ficar feliz por nós, se não pode ficar feliz pelo seu neto, então que não atrapalhe a nossa felicidade, pois iremos sim nos casar, quer a Senhora queira ou não. - Viro-me para Christian e beijo os seus lábios, sem me importar de estar na presença de sua família. - Irei para o quarto arrumar minhas coisas, pois até nos casar, eu ficarei no seu quarto, converse com a sua família e venha me encontrar depois. - Ele assente e me beija novamente, mas eu consigo perceber o quanto ele ficou chateado com a atitude da Avó, mas viro-me novamente para encarar Grace e Carrick que estão estarrecidos com as palavras de Dona Laura. - Me desculpem por isso e com licença.
Eu saio da sala e ouço os passos de Melissa me acompanhando, mas não olho para trás e subo as escadas, pois não irei deixar a Dona Laura e sua amargura acabarem com a felicidade que estou sentindo, por ter tido um dia maravilhoso nos braços do homem que eu amo. Ah, mas não irei mesmo!
Ai, estou tão soft com esse pedido de casamento, um tanto quanto inusitado é claro, mas ainda sim estou soft 🤧🤧🤧!
E não é por nada não viu, mas essa Dona Laura me dá vontade de cometer o pecado da ira 😤😤😤!
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