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Capítulo - 13

Depois daquela conversa maluca da Melissa que eu tenho que seduzir o Christian, ela e a Grace, me deixaram no quarto com o Lucca, que está me olhando com preocupação, mas confesso que eu estou com muita raiva de Dona Laura, pois como que pode uma Avó não perceber como está fazendo mal para o próprio neto? O neto que ela diz amar tanto, mas que pensando bem, ela sempre se mostrou possessiva com ele, mas de uma forma doentia e eu, quando criança não percebia isso como agora, ou talvez seja apenas a raiva que eu esteja sentindo no momento.

No entanto eu não vou eximir o Christian de sua própria culpa, por ser tão passivo acatando tudo que sua avó fala, mas além de tudo, ele é um grande covarde, pois hoje eu pude perceber que mesmo que o tempo tenha nos mantido afastado por todo esse tempo, ele ainda me ama e não como um irmão ama uma irmã, pois se fosse assim, não teríamos quase nos beijado. Pensar nisso me faz rir sozinha, pois o que era apenas para ser uma conversa nos levou a acabar naquela situação, como dois imãs que se atraem sem o menor esforço.

Bella Mia, você está bem? – Olho para Lucca que me olha com uma cara engraçada e começo a rir de verdade. – Certo! Você está começando a me assustar.

– Eu... Eu estou bem. – Falo entre o riso e ele sorri balançando a cabeça. – O Christian é um idiota. – Seco o canto dos meus olhos e me sento na cama, sendo acompanhada por ele. – É sério mesmo, Lucca, o Christian é um covarde idiota.

– Não posso discordar, mas por que você está falando isso agora? – Ele pega a minha mão e eu nego com a cabeça, porque agora me deu vontade de chorar por pensar nisso, mas respiro fundo, empurrando o nó da minha garganta para longe.

– Sinceramente eu pensei que depois de todo esse tempo que ficamos afastados, seriamos como dois estranhos, que precisasse novamente se conhecer, mas não foi assim que aconteceu. – Ele assente entendendo onde quero chegar, mas apenas fica fazendo um carinho na minha mão. – Quando eu o encontrei no jardim, eu não pude deixar de ficar magoada, pois até então eu acreditava que ele não respondeu as minhas cartas simplesmente por não querer mais contato comigo e não porque ele não as tenha recebido.

– E será que de fato ele não recebeu e tenha falado isso apenas para não criar uma discussão desnecessária?

– Não. Eu acredito no que ele falou e como eu disse, o tempo pode ter passado, mas eu sempre consegui entendê-lo apenas olhando em seus olhos e, ele sempre foi muito transparente, por isso eu tenho certeza que ele não recebeu nenhuma delas, mas isso não quer dizer que alguém não tenha as recebido.

– O que você está querendo dizer com isso?

– Antes eu não tinha percebido isso, até porque eu era muito nova, mas pelo o que aconteceu hoje, eu tenho certeza que a Avó dele as recebeu e nunca falou nada. – Nego com a cabeça novamente e, ele me olha espantado. – A Dona Laura sempre controlou o Christian, até mesmo quando ela vinha apenas de visita com o Senhor Olavo, mas analisando hoje, depois que ele faleceu, ela piorou. Ela tinha ciúmes do Christian até mesmo com a própria mãe, mas não faço ideia do motivo, no entanto o Christian sempre foi muito educado, carismático e extremamente tímido, o que sempre procurou agradar a todos a sua volta e eu percebo que ele continua fazendo isso, mas o principal que é pensar nele, ele não faz.

– Mas o que a Dona Laura ganharia com isso? Por que ela não entregou as suas cartas se vocês eram apenas amigos?

– Lucca, com a percepção que eu tenho hoje, eu acredito que ela sempre soube que Christian e eu deixamos de nos ver apenas como melhores amigos e irmãos no momento que nos apaixonamos, pois antes eu até poderia ter dúvida se ele sentia o mesmo que eu, mas hoje, pela reação dele quando nós estávamos sozinhos, eu tenho certeza que ele optou em entrar para o Seminário por achar errado a nossa aproximação que ficava mais intensa. – Dou uma risada sem humor, por só hoje conseguir entender isso, mas continuo. – Pois se eu, com 14 anos, consegui sentir a nossa conexão, tenho certeza que não era indiferente a ele, que era mais velho, no entanto, a Dona Laura nunca gostou de mim, mesmo que ela nunca tenha me tratado mal, mas sempre foi um pouco fria e seca em tudo que me falava, então por que ela iria entregar a carta da menina que para ela, poderia ser uma "ameaça" ao Sacerdócio do neto? – Ele pensa por um momento, mas acaba assentindo.

– Faz sentido. Por isso ela falou daquela forma desgostosa, quando você perguntou se ela estava bem, sendo bem clara na insatisfação por você ter voltado.

– Exatamente! E ela falou com todas as letras que eu voltei apenas para tentar acabar com a felicidade do neto dela. – Ficamos em silêncio por um momento, até que Lucca voltasse a falar.

– E o que você pretende fazer? – Olho para ele e dou um sorriso, pois posso não sair vencedora nessa batalha, mas isso não quer dizer que eu não possa lutar.

– Vou seguir os conselhos da Mel e vou tentar "seduzir" o Christian e se de fato ele não sentir por mim o que eu ainda sinto por ele, então faremos como você disse e retornaremos para Milão, pois se eu não tivesse retornado, teríamos continuado com a nossa vida lá, mais eu ainda me sentiria incompleta, então o que eu tenho a perder, não é mesmo? Talvez o resto do meu coração que permaneceu inteiro, mas eu sei que serei capaz de superar se ele for novamente quebrado. – Dou de ombros como se isso não fosse nada, mas sinto como se o meu coração fosse explodir a qualquer momento.

– Ana, pelo pouco que eu pude observar o Christian, eu tenho certeza que ele te ama sim, no entanto, talvez a sua batalha possa não ter êxito não porque os seus sentimentos não sejam correspondidos, mas pelo senso do certo e o errado que ele possa ter. Ainda mais estando dividido como está e é nítido isso, até mesmo para mim que o conheci ontem.

– Mas eu tenho que tentar Lucca, eu não posso me dar por vencida quando o amor que eu sinto por ele, está tão vivo aqui dentro – Coloco a mão sobre o meu coração e ele assente com seus olhos compreensivos. –, da mesma forma desde quando eu descobri que ele era o meu primeiro amor. – Respiro fundo e continuo. – No entanto, eu tenho ciência que o Christian terá que decidir Entre o Dever e o Amor, que eu sei que ele sente por mim. – Lucca se aproxima e me envolve em seus braços, fazendo-me encostar a cabeça em seu peito, onde recebo um beijo nos meus cabelos.

– Eu sei e estarei com você em tudo. – Ele suspira e me aperta ainda mais em seus braços. – Se eu encontrasse alguém que estivesse disposto a lutar por mim, como você está disposta a lutar pelo seu primeiro amor, eu seria o homem mais feliz do mundo. – Levanto a cabeça e olho em seus olhos verdes brilhantes e beijo o seu rosto.

– Você irá encontrar meu irmão, pode ter certeza que ainda irá encontrar.

Ele assente com um sorriso e eu volto a me acomodar em seus braços e assim permanecemos, cada um preso em seus pensamentos, mas o que eu disse é verdade, pois Lucca é a melhor pessoa que eu poderia ter conhecido e não merece nada menos que toda felicidade do mundo, no entanto eu espero que alguém pense que eu também mereça ser feliz, principalmente se for com o meu primeiro e único amor.

(...)

Cansada de me lamuriar, eu decidi sair com o Lucca para que ele pudesse conhecer um pouco a minha Cidade, que apesar de eu ter me apaixonado por Milão, Washington sempre será o meu lar. O lugar que eu nasci, onde eu me apaixonei a primeira e única vez e espero que seja o lugar, onde eu poderei criar os meus filhos com o amor da minha vida, mas se não for para ser assim, eu poderei fazer de Milão o meu recomeço, só espero não precisar ter que recorrer a minha segunda opção para tentar ser feliz.

Quando descemos, tudo estava silencioso e com um clima estranho, no entanto Melissa e Grace estavam de saída para irem ao Ateliê para fazer a última prova dos vestidos e pedirem para começarem a fazer o meu às pressas, pois eu havia passado as minhas medidas, mas eu não tinha dado certeza se viria, mas espero que tudo dê certo no fim das contas, o que eu mesma poderia tê-lo feito com a ajuda do Lucca, mas o nosso tempo em Milão não permitiu que me dedicasse a isso, até mesmo porque, eu não havia decidido se voltaria ou não e agradeço muito pela Estilista que a Mel escolheu estar disposta a fazer um vestido de última hora.

Quanto ao Christian, mesmo que eu não tenha feito à pergunta de forma verbalizada, Melissa me disse que ele havia saído, mas não disse para ninguém onde teria ido, o que me fez suspirar desanimada, pois mais uma vez ele recorreu à fuga, invés de tentar conversar e resolver os seus problemas que atualmente são os meus também e a Dona Laura, se trancou no quarto, sendo apenas ela mesma, ranzinza como sempre.

Porém eu não vou me isolar e chorar no meu quarto igual quando eu era uma adolescente, pois irei aproveitar o meu dia com o meu amigo e é isso que fizemos. Eu peguei o carro emprestado da Melissa – que foi para o Ateliê com o carro da mãe – e o levei para conhecer alguns pontos turísticos, que mesmo que alguns precisassem de agendamento para visitar, pudemos vê-los por fora, como foi o caso da Casa Branca que apesar de ter o seu tour gratuito, precisaríamos reservar com no mínimo 21 dias de antecedência, o que não é diferente do Capitólio, mas a beleza e imponência puderam ser apreciadas por Lucca que ficou impressionado, sendo que só os tinham visto através da TV.

Como um grande apreciador da Aviação que Lucca é, eu não poderia deixar de levá-lo ao National Air and Space Museum e ele ficou impressionado com a divisão que foi feita entre as alas, tendo um ambiente dedicado a Terra, aos planetas do sistema solar e uma parte exclusiva para tudo relacionado às missões lunares, inclusive ele pode ver de perto a cápsula que trouxe os astronautas da Missão Apollo 11 de volta a terra.

O tempo passou tão rápido que quando percebemos era mais de 14h00 e ainda não tínhamos almoçado, então decidimos parar no The Capital Grille, um Restaurante que fica bem perto do Museu e mesmo que tenhamos pedido o afastamento das nossas funções como Modelo, nós não fugimos da nossa dieta e eu optei por comer um Salmão grelhado, com amêndoas marcona e manteiga marrom, com salada verde com queijo bleu e tomates heirloom, enquanto Lucca decidiu por comer um Robalo com cogumelos shiitake, aspargos na manteiga missô e salada Caesar, além é claro de um Pinot Grigio, um vinho branco, para acompanhar.

– Gostei do Restaurante e mais ainda da comida. Semplicemente perfetto (Simplesmente perfeito). – Lucca fala enquanto saboreia o Robalo de olhos fechados e sorrio da mistura de idiomas dele.

– Eu também gosto muito daqui, sempre vínhamos com os meus pais e os pais do Christian. Esse é um dos Restaurantes preferidos da minha mãe.

– Ah! Pode apostar que passou a ser o meu também. – Ele para de falar e olha para o lado, acompanho o seu olhar e vejo um homem que não me é estranho.

– O que foi Lucca?

– Aquele não é o Khalan Dhanasevi, o Modelo Tailandês que desistiu da profissão para assumir a Empresa de Engenharia do pai?

Olho com mais atenção e de fato é ele mesmo e devo dizer que Khalan Dhanasevi é um dos Modelos Tailandeses que eu sempre achei muito bonito, por ser tão diferente dos Modelos que eu convivi ao longo desses quatro anos – em sua grande maioria, Italianos e Franceses –, mesmo que quando eu comecei nesse mundo da Moda, logo ele tenha se "aposentado", não me dando a oportunidade de dividir uma passarela ao seu lado. Os seus traços bem delineados, o rosto anguloso, seus olhos puxados cor de amêndoas e lábios que parecem terem sido desenhados a pincel e que sempre estão rosados sempre chamou a minha atenção, sem falar a sua postura impecável, tanto nas passarelas, quanto fora delas, além de ser um Modelo fotográfico excepcional, até o momento que a notícia que o seu pai tenha sofrido um AVC – mesmo que tenha se recuperado com pequenas sequelas –, fazendo com que ele abandonasse a carreira e assumisse a Empresa de Engenharia por ser filho único.

– É verdade Lucca, é ele mesmo. Mas o que será que ele está fazendo aqui em Washington? A Empresa dele não ficava na Tailândia? – Pergunto confusa, enquanto finalizo o meu salmão e ele nega balançando a cabeça.

– Não, Ana. Os pais dele se mudaram da Tailândia quando ele ainda era um adolescente, eu sabia que eles moravam nos Estados Unidos, mas eu não sabia em que Estado ou Cidade. – Ele fala enquanto continua o olhando e eu acho que esse meu amigo está me escondendo alguma coisa.

– Você parece conhecê-lo muito bem? Vocês eram amigos? – Pergunto como quem não quer nada e ele me olha suspirando.

– Quando eu comecei a trabalhar na Le Pallé Models e passei a conhecer esse nosso mundo, eu me interessei em conhecer os profissionais dessa área. E o Khalan já era um Modelo experiente, pois ele começou ainda na adolescência a fazer pequenos comerciais, depois fotografias, até que se destacou entre os Modelos Masculinos de passarela. Ele era contratado da Matriz da nossa Agência, que fica na França e com isso sempre nos encontrávamos para realizar os desfiles. – Ele para de falar e bebe um pouco do seu vinho, mas continua em seguida. – Ele sempre foi muito educado, pois no início eu ficava muito inseguro e eu posso dizer que ele foi um grande apoio e o maior incentivador para eu ser o que sou hoje. – Ele olha novamente para Khalan, mas desvia em seguida.

– Por que eu estou sentindo que há algo mais nessa história? – Ele sorri de lado e coloca o último pedaço de robalo na boca e o mastiga com toda a paciência do mundo, como que se estivesse protelando a resposta, mas eu continuo o olhando, até que ele suspira e responde.

– Digamos que eu posso ter confundido toda a educação e amizade dele com algo a mais e tenha... Como posso dizer? – Ele para e pensa numa palavra, até que conclui a sua frase. – Me encantado com ele na época.

– Mas ele não era gay ou não correspondeu os seus sentimentos?

– Na verdade ele é sim gay, mas nunca soube que eu tivesse desenvolvido uma paixonite por ele, afinal, ele tinha namorado que também era Modelo, mas devido a nossa profissão e o preconceito que sempre enfrentamos, eles tinham que manter o relacionamento escondido e para eu não sofrer os vendo juntos, eu me afastei dele.

– Por que você nunca me contou isso? – Ele sorri de uma forma triste, mas eu pego a sua mão sobre a mesa dando um aperto para confortá-lo, afinal, eu sei o que é amar e não ser amada.

– Não tinha mais importância e pouco tempo antes de você entrar para a Agência, ele já havia saído e nunca surgiu o assunto. – Ele olha novamente para a mesa que está do outro lado, mas se levanta. – Eu vou ao banheiro, pois está ficando tarde e eu ainda quero visitar aquele parque que você mencionou mais cedo.

Eu assinto e o vejo ir à direção oposta da mesa que Khalan está, mas eu sinto que preciso tentar ajudar o meu amigo de alguma forma, nem que seja reaproximar dois amigos que se separaram no decorrer do tempo. O quão irônico isso possa ser? Pois é exatamente isso que o Lucca decidiu fazer quando resolveu deixar a sua vida na Itália para me acompanhar.

Respiro fundo, jogo o guardanapo sobre a mesa e me levanto, caminhando decidida em direção à mesa de Khalan que está sozinho degustando uma taça de vinho e, posso dizer que um pouco perdido em seus pensamentos, pois não vê que estou me aproximando.

– Olá! Khalan Dhanasevi? – Ele se assusta, mas logo abre um sorriso assentindo. E minha nossa! Que sorriso é esse que ele tem!

– Sim, este sou eu. – Ele se levanta e estende a mão, na qual aceito de imediato, mesmo me deixando surpreendida com a sua atitude. – E você é Anastásia Steele, a Princesinha da Le Pallé Models. Eu estou honrado em conhecê-la pessoalmente. – Ele leva a minha mão aos lábios e seu sorriso se expande por ver o meu rosto corado por seu gesto cavalheiresco e confusão por ele me conhecer, mas ele esclarece em seguida. – Eu posso não ser mais atuante da profissão, mas continuo acompanhando tudo da Agência que sempre me tratou tão bem. – Se ele continuar sorrindo assim, bem capaz de até eu me apaixonar por ele. Seguro um sorriso por pensar nisso, pois o meu coração só sabe bater por um idiota Seminarista covarde. – Gostaria de me acompanhar numa taça de vinho? – Ele afasta uma cadeira para mim, mas olho por cima do ombro para ver se Lucca tenha voltado a nossa mesa.

– Desculpe-me, mas terei que recusar, no entanto pode parecer estranho a minha aproximação repentina e atrapalhar o seu almoço, mas vou ser direta. – Ele assente e aguarda que eu continue. – Se você continua acompanhando os trabalhos da Agência, então você se lembra do Lucca Palmieri? – Ele me dá um sorriso de lado e balança a cabeça em afirmação.

– Sim. Lembro-me muito bem dele. Trabalhamos juntos por um tempo e nos tornamos amigos, apesar de termos perdido o contato. – Olho novamente para trás e vejo Lucca me procurando, até que seus olhos param em mim os arregalando em seguida. – Eu vi que vocês sempre fotografam juntos em várias campanhas, como ele está? – Ele pergunta gentil com o seu sotaque diferente, deixando a sua voz bem aveludada para ser apreciada e eu sorrio.

– Você não gostaria de fazer essa pergunta a ele? – Agora quem me olha confuso é ele e eu sorrio ainda mais. – Ele está na nossa mesa, me olhando nesse momento. – Ele olha para a direção que eu aponto e vejo Lucca me olhando como se fosse me matar.

– Claro, seria um prazer rever um amigo querido.

Ele pega o seu celular sobre a mesa o colocando no bolso e coloca a mão na minha lombar me conduzindo até a mesa. Um verdadeiro cavalheiro, eu devo admitir! No entanto consigo ver que Lucca está começando a ficar vermelho e eu seguro uma risada por vê-lo se levantar tão rápido, quando chegamos à mesa, porém eu os deixarei sozinhos por um momento.

– Enquanto vocês conversam, eu irei ao toalete, com licença.

Khalan assente sorrindo, enquanto Lucca me lança adagas pelos olhos e me afasto, mas mando um beijinho para ele quando percebo que apenas ele está de frente para mim e saio sorrindo, pois quem sabe, essa amizade pode não ser retomada.

(...)

Depois que saímos do Restaurante, onde Lucca usou boa parte do dicionário Italiano para xingar e me incluir no processo – onde por diversas vezes eu pude ouvir "Cazzo!" (Porra!) "Ragazza traditrice!" (Menina traidora), "Ragazza senz'anima" (Menina desalmada), "Vaffanculo!" (Foda-se!) – fazendo-me dar boas risadas do seu comportamento, ele me contou que trocou o número de telefone com o Khalan e que eles iriam se encontrar para colocar o assunto em dia. No entanto eu pude perceber que o meu amigo tenha ficado feliz de poder rever o seu amigo e quem sabe, não podem vir a ser algo a mais? Só espero que Khalan não tenha ninguém em sua vida novamente, ou a minha tentativa em ajudar irá fazer o meu amigo sofrer mais uma vez e não é isso que eu quero, de forma alguma.

Porém o clima que estava descontraído com Lucca e seus surtos, – o que confesso nunca o ter visto assim antes – começou a ficar mais tenso à medida que nos aproximávamos da casa de Christian, deixando-me apreensiva se o veria novamente naquele dia ou não, o que constatei que não, pois nem para o jantar ele desceu e pude observar que Dona Laura também não estava me olhando de forma tão amigável, no entanto eu não me importei, afinal, se ela não deseja que o neto seja feliz, o problema não é meu, desde que ela não fique em meu caminho, ficaremos bem.

Dormir a noite não foi tão fácil quanto eu imaginei que poderia ser, apesar de ainda não ter me recuperado da viagem e da noite anterior mal dormida, mas acabei por ficar pensando se vale a pena lutar por alguém que não queira que lutem por ele... Por nós, pois sozinha, eu não conseguirei fazer nada se ele não estiver disposto a arriscar.

Eu sei que ele precisa ser corajoso para continuar a se preparar para um Sacerdócio, tendo que abrir mão de muitas coisas em sua vida, inclusive sobre a sua carreira profissional que ele tanto desejava, da mesma forma que ele precisa abrir mão dos desejos e vontades do seu corpo, não que eu saiba alguma coisa quanto a isso, pois nunca desejei ser tocada por ninguém, nem mesmo por curiosidade por sentir que se eu me envolvesse com outro homem, eu poderia estar traindo o meu primeiro e único amor.

Bobagem isso, eu sei! Afinal, eu tenho 22 anos e nem mesmo beijar na boca de outro homem – os selinhos que Lucca me dá, com certeza não contam, por motivos óbvios – eu achei correto fazer, mantendo-me sempre ocupada com os estudos e a minha profissão, no entanto eu não me importo se me chamarem de antiquada, ou idiota por estar me guardando para uma pessoa que poderia nunca vir a fazer parte da minha vida, pelo menos não dessa forma, tendo o envolvimento entre um homem e uma mulher e, mais uma vez eu começo a pensar na ideia maluca da Melissa, pois como eu vou conseguir me aproximar do Christian, se nem mesmo eu sei o que devo fazer para que ele me olhe diferente de uma "irmã"? Talvez o instinto fale por mim e me conduza, mas se for para eu perder a minha timidez – mesmo que eu pareça segura de mim, a timidez ainda faz parte da minha personalidade – e agir de maneira sensual, sem ser vulgar é claro, eu farei.

E o primeiro passo eu irei dar hoje, pois preciso comprar um carro para que eu não fique utilizando o da Melissa e ninguém melhor do que o meu melhor amigo e "irmão mais velho" para me acompanhar, não é mesmo? E me olhando agora no espelho, talvez eu possa estar exagerando na escolha das minhas roupas, mas me sinto bonita e nada imoral, pois escolhi uma saia preta que vai até o meio das minhas coxas, uma blusa branca com um decote um pouco generoso nos seios, mas colocarei um casaco para amenizá-lo, mas a cereja do bolo está nas meias e cinta-liga pretas que estou usando, que com certeza ficará a mostra se eu cruzar as minhas pernas.

Dou uma voltinha e fico satisfeita, confiro a maquiagem que está leve, mas na medida certa, arrumo a trança lateral do meu cabelo e mando um beijinho para o espelho e, caso ele não me acompanhe, pelo menos a minha autoestima não ficará tão abalada, pois me sinto definitivamente maravilhosa. Dou uma risadinha e pego a minha bolsa e saio do quarto para em seguida encontrar com todos sentados à mesa para o café da manhã, inclusive Christian, que me avalia da cabeça aos pés, mas que logo desvia o olhar com o rosto avermelhado por eu ter visto. Cumprimento-os desejando um bom dia, sendo respondida de imediato, bom... Menos por Dona Laura que torce o nariz por me ver, mas quem liga? Eu que não, com toda certeza.

Bella Mia, você está linda! – Lucca se levanta e se aproxima beijando a minha testa e percebo o momento que Christian o fuzila com o olhar apertando a faca em sua mão, o que acredito que nem ele esteja percebendo a sua atitude. – Desculpe-me não poder te acompanhar a Concessionária, mas irei almoçar com aquele meu amigo que encontramos ontem. – Lucca pisca para mim, para em seguida afastar a cadeira para que eu possa me sentar, ficando de frente para Christian e eu sorrio por saber o que ele está fazendo.

– Não tem problema, Lucca, eu posso ir sozinha, mesmo não sabendo nada sobre carros, mas tenho certeza que algum vendedor me ajudará, por isso pode ficar tranquilo e aproveite o seu almoço. – Ele sorri e leva a minha mão aos seus lábios.

– Eu posso te acompanhar se não tiver problema? – Mantenho-me séria, mas por dentro eu estou vibrando com a pergunta de Christian, o que achei ótimo que eu não precisasse persuadi-lo com um pedido.

– Se você não tiver mais nada para fazer e não for ocupar o seu tempo, eu gostaria sim. – Sorrio para ele e vejo Melissa esconder um sorriso com o guardanapo.

– Claro que não, Ana, eu estou de férias da Universidade, então não há nada que possa me atrapalhar. – Vejo Dona Laura me fuzilar com os olhos, o que acho até estranho que ela não tenha falado nada, mas olho para ela e lhe dou um sorriso, mas foco a minha atenção rapidamente em Melissa.

– Mel, você conseguiu um horário com a Estilista para eu fazer a prova do vestido? – Me sirvo e posso sentir os olhos de Christian em mim.

– Está marcado para a próxima semana, mas eu te aviso depois o dia e horário certinho e, eu quero aproveitar para falar que na quinta-feira às 15h00 teremos o ensaio da Cerimônia do meu casamento, então não esqueça.

– Tudo bem e, onde está o Andrew? – Devido aos acontecimentos acabei por não vê-lo na casa desde o momento que eu cheguei.

– Ele virá mais tarde, mas está organizando os processos e as audiências para deixar tudo organizado, pois ficaremos um mês fora em lua de mel e ele não quer ter que retornar antes por ter sido descuidado. – Assinto e antes que eu fale mais alguma coisa, ouvimos a voz desdenhosa de Dona Laura.

– Eu não sei para quê ficar todo esse tempo fora em lua de mel? Isso acontecia no meu tempo e apenas uma semana, onde os noivos esperavam para esse dia para consumar o casamento, o que não é o seu caso Melissa, que vive de sem-vergonhice com o seu noivo há muito tempo. – Christian engasga com o suco e sinto o meu rosto ficar quente de vergonha pela forma que ela falou, mas Melissa abre um sorriso que eu sei que falará algo escandaloso.

– Ora, Vovó, porque eu iria ter que esperar para desembrulhar o meu presente apenas no meu casamento se eu posso fazer teste drive e ainda amaciar o motor antes? Pois não tem coisa melhor do que fazer sexo, quente e suado com o meu noivo. – Dona Laura fica sem palavras, eu arregalo os olhos e sei que estou parecendo um pimentão, não muito diferente de Christian, mas vejo que Lucca segura uma risada, no entanto Grace olha para Carrick que encara a filha com uma cara não muito boa.

– Melissa, tenha modos à mesa, isso não é assunto para ser discutido no café da manhã.

– Desculpe-me, Papai, mas estou apenas esclarecendo uma dúvida da Vovó. – Ela fala sem nenhum indício de remorso e Carrick apenas balança a cabeça em negação e, Christian se levanta.

– Bom, se vocês me dão licença, eu vou para o meu quarto e Ana, quando você quiser, poderemos sair. – Limpo a boca com o guardanapo e me levanto também.

– Se não for problema, irei apenas escovar os meus dentes e poderemos ir agora?

– Tudo bem.

Eu dou uma rápida olhada em Melissa que está sorrindo assim como Grace e Lucca me dá mais uma de suas piscadelas, no entanto eu saio da sala de jantar acompanhada de Christian e juntos, subimos as escadas em silêncio.

Entro no meu quarto e encosto-me à porta, respirando fundo e mesmo que talvez isso pareça uma loucura, só uma frase vem a minha cabeça com tudo que está prestes a acontecer: E que comecem os jogos! E eu só espero que no fim, nós dois possamos sair vencedores dessa partida, sem deixar ninguém ferido no meio do caminho.

Ai minha nossa Senhora das Mocinhas virgens, mas determinadas, ajudai a Ana com a operação desvirtuar o Seminarista confuso, Amém 🙏🏻🙏🏻🙏🏻! 

E esse Tailandês gostoso? Eita que Lucca que é outro gostoso, vai passar bem hein! Ops, quer dizer, serão bons amigos, é isso 😏😏😏😏!

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