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Capítulo - 07

Rotina e disciplina!

Foram duas coisas que precisei aprender no decorrer desses quase oito anos que estou no Seminário e, hoje eu percebo que a rotina que temos quando somos adolescentes é tão simples e ainda reclamávamos por ter que acordar às 07h00 da manhã para ir ao Colégio, ou quando chegávamos e precisávamos arrumar o nosso quarto – mesmo que sempre houvesse alguém para cuidar disso em nossa casa –, no entanto nada se compara com a disciplina adquirida quando se divide um único imóvel com mais 79 Seminaristas.

O primeiro ano foi o mais complicado para mim, pois o Propedêutico é um período de adaptação, com estudos iniciais para ver se de fato a carreira Sacerdotal era o que eu queria para a minha vida e, foi nesse período que a saudade apertou o meu coração, não só dos meus pais, mas também da... Da minha melhor amiga. Foi nesse período também que eu aprendi que a simplicidade faz parte da vida de um Seminarista, a começar pelas vestes iguais, sendo calça social preta e camiseta branca, inclusive, optei por mudar o meu corte de cabelo – não que isso fosse exigido por eles, é claro –, deixando mais baixo e fácil para cuidar.

A partir do segundo ano, foi que de fato eu me tornei um Seminarista – inclusive com as vestes tradicionais, calça e camisa preta, a gola clerical branca, ou clérgima que é o nome oficial e a batina preta, que usamos apenas durante as Orações –, iniciando o meu primeiro curso superior de Filosofia e o tempo para pensar no que ou em quem eu deixei em Washington passou a ser menor, pois tudo começou a ter rotina e disciplina pré-estabelecidas, sendo que eu precisei de fato a entrar no ritmo dos demais Seminaristas, me acostumando com o isolamento do mundo exterior, tendo o horário para oração, para estudos e para convivência, além de receber formação doutrinal e também espiritual, onde eu me aproximei um pouco mais do Padre James Bishop e, me senti bem em sua presença, mesmo ele sendo bem mais velho do que o meu pai, mas me deu certa segurança, como se de fato o meu pai estivesse me acompanhando nessa transição.

Nos quatro primeiros anos, fiquei longe da minha família ficando integralmente no Seminário Imaculada Conceição em New York, como o meu pai havia pedido, onde eles me visitavam duas vezes a cada ano, até mesmo porque eu passava 95% do tempo no Seminário, sendo que pode até ser comparado com um Internato, podendo sair nos feriados, mas retornando logo em seguida para a rotina dos meus dias. E quando eu saia, ficava na casa da minha Avó, que fez questão de me acompanhar nessa nova jornada da minha vida. E como uma exigência do meu pai, eu fui transferido para o Seminário Bishop White na Universidade de Gonzaga em Washington, onde estou concluindo o meu curso de Teologia, estudando a Doutrina e Revelação da Igreja, podendo inclusive auxiliar nas Paróquias.

A rotina de um Seminarista não é fácil e tudo é cronometrado, sendo que o Sineiro toca o sino às 05h30min e temos um tempo de 30min para nos preparar e descer para a Capela, onde começamos o dia invocando o Espírito Santo por meio da Oração do Veni Creator Spirituso que alguns dos meus companheiros falam que começamos o nosso dia literalmente Cantando Gregoriano – e, mesmo não sendo obrigados ainda, fazemos o Ofício Divino e as liturgias das horas, que é a oração da Igreja e dos Padres, para começarmos a entrar no ritmo do que será depois de sermos Ordenados.

Logo depois temos a Santa Missa, sendo o eixo central do nosso dia e é nesse momento que entregamos o que fizemos e nos preparamos para o que iremos fazer e, no término da Missa seguimos para o refeitório para tomar o café da manhã, pois às 08h00 em ponto temos que estar na Universidade para iniciar a nossas aulas com os Padres da Ordem dos Cônegos Regulares até às 11h45min, para que assim, ao meio-dia retornemos para a Capela, para fazer a oração da hora média e logo em seguida temos o almoço.

Após o almoço, temos um pequeno intervalo para em seguida retornar para o quarto e iniciar os estudos pessoais até às 16h00 e, três vezes na semana temos um momento para praticar esportes e, confesso que esse é um dos meus momentos que apreciei muito no decorrer desses anos, pois eu conseguia manter um equilíbrio entre meu corpo e minha mente e nos outros dias da semana – com exceção dos domingos –, fazemos a limpeza da casa, dividindo as funções entre nós, os 80 Seminaristas residentes, pois só assim conseguimos manter tudo em ordem.

Estão pensando que o dia encerra aí, estão enganados, pois depois de cumprirmos nossas tarefas vespertinas, tomamos um banho e retornamos para a Capela para termos o nosso momento de Adoração do Pai Santíssimo, rezamos o terço, rezamos as vésperas, recebemos as bênçãos solene do Santíssimo Sacramento e esquecemos todo o dia agitado que tivemos e fazemos uma autoanálise do porque estamos no Seminário e só depois seguimos para o jantar e, podemos passar um tempo em confraternização com os nossos companheiros, claro que para quem está disposto a fazer isso, porque geralmente eu volto para o meu quarto até chegar a hora da Oração das Completas – ou Orações do Fim do Dia –, para encerrar o nosso dia e fazer uma meditação do Evangelho para o dia seguinte, onde retorno para o quarto, pois às 22h30min as luzes são apagadas.

Podem parecer muitas regras, mas estas são necessárias para desenvolver a nossa humanidade, pois diferente do que muita gente pensa, um Padre antes de ser um Padre é um homem. É um humano e não um robô, mesmo tendo que cumprir horários e disciplinas, pois a base principal de um Seminário é a Formação de Santos, mas antes de tudo, a Formação de bons homens e necessitamos também de um momento de silêncio, apenas para nós e a nossa consciência e essa é a parte que não gosto muito, pois os meus pensamentos começam a trilhar por um caminho que eu não posso mais permitir e muito menos, me lembrar. E é nessa hora que clamo com veemência ao Espirito Santo para me dar força, a passar por tudo e suportar tudo por amor a Deus.

Mas nem toda essa rotina, essa disciplina e essa falta de tempo, me fez esquecer que dia é hoje. Não me fez esquecer que hoje, é o aniversário do meu Anjo, que está completando 22 anos e, que desde o dia que nos despedimos nunca mais nos reencontramos e pedindo perdão a Deus por meus pensamentos tortuosos, sentindo o frio do meu pingente que está sempre em meu pescoço com a ponta dos meus dedos, eu gostaria de saber como ela está e vê-la por um momento. Se ainda se lembra de mim, ou se me esqueceu completamente, como deveria ter sido desde o início, pelos menos da forma que ela achava nutrir sentimentos por mim.

– Está tudo bem, Christian? – Assusto-me com a mão de Padre James no meu ombro, para logo tê-lo sentando no banco ao meu lado.

Desde que iniciei o Seminário em New York, Padre James tem sido um grande conselheiro e se tornou uma espécie de Padrinho, além do meu Diretor Espiritual e, assim que eu pedi transferência para o Seminário de Washington, ele também pediu para fazer parte dos Clérigos da Diocese Local, mas nem ele faz ideia das lembranças que rondam a minha mente constantemente.

– Está sim, Padre James. Estou apenas refletindo um pouco.

– Por duas horas e meia? – Assusto-me quando ele fala isso, pois eu nem percebi que havia passado tanto tempo. – Você deveria ter ido visitar os seus pais, aproveitar o seu domingo com a sua família. – Nego balançando a cabeça, mas foco a minha atenção nele.

– Os ânimos na casa dos meus pais estão bem agitados por esses dias, com a organização do casamento da minha irmã, nem ela ou minha mãe estão tendo tempo.

Depois de quase oito anos, o meu amigo Andrew conseguiu levar a minha irmã para o altar e em dois meses – o que será uma semana depois do meu aniversário – será a Cerimônia Religiosa deles e, confesso que não sei o motivo por isso me incomodar, não o fato deles se casarem é claro, mas ver toda a correria, organização e alegria da minha irmã e meu amigo que aguardam ansiosos por essa data, me faz sentir um incômodo no peito, principalmente por pensar que... Não! Perdoe-me meu Deus! Purifique meus pensamentos e me faça ser fiel somente a ti meu Pai.

– Vendo por esse lado, não tiro a sua razão, mas você precisa aproveitar mais momentos assim com a sua família, em quatro meses será a sua Ordenação e seu tempo será bem mais reduzido do que vem sendo ultimamente, pois a sua dedicação será 100% com a Paróquia para qual você for designado a auxiliar. – Sinto uma inquietação sempre que o momento da minha Ordenação, mesmo que sendo ainda para o Diaconato Transitório é mencionado, mas ignoro e num gesto involuntário eu toco novamente o meu pingente. – Sempre o vejo fazendo isso. Deve ser muito especial para você. – Olho para ele sem entender que aponta para a minha mão que tenho o pingente entre os dedos e sorrio não um sorriso de verdade, mas um que eu me habituei a dar para as pessoas para dizer que está tudo bem.

– E é sim. Ganhei no meu aniversário de 17 anos da... Da minha melhor amiga e hoje em especial fiquei pensando nela, pois é o seu aniversário. – Meu coração aperta como há muito tempo não fazia e eu respiro fundo, olhando novamente para Padre James. – Mas, faz muito tempo que não a vejo. – Coloco novamente o cordão dentro da camisa e ele me olha atentamente.

– Eu entendo. Também já tive uma melhor amiga alguns anos atrás. – Ele fala com um olhar perdido e semblante triste.

– Teve? O que aconteceu com ela? – Pergunto por não conseguir evitar a curiosidade, mas ele se recupera e sorri, levantando-se.

– Em outro momento eu te conto essa história, assim como contei ao seu pai quando me fez essa mesma pergunta, mas agora, vamos que a Oração da hora média está para iniciar.

Levanto-me e o sigo para a Capela onde nos acomodamos, no entanto eu não consigo evitar em pensar no que Padre James falou sobre "Já teve uma melhor amiga" e o porquê dele ter ficado tão pensativo e triste por um momento, mas pensando que estou deixando a curiosidade dominar a minha mente, recito Efésios 6:11-12 "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra potestades, contra os príncipes da trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais", ou como simploriamente diria a minha irmã, "a curiosidade matou o gato".

(...)

No momento que eu decidi que iria para um Seminário eu tinha total ciência que estava deixando tudo para trás. A minha casa, a minha família, a vida regrada a luxos que eu tinha para aprender a ser humilde e viver na simplicidade e, a razão principal que me motivou a me entregar completamente a minha vida a Deus, foi ela, a menininha inocente, a minha Princesa, o meu Anjo de olhos azuis, no qual eu me apaixonei sem dever fazê-lo.

Sinto que estou sendo hipócrita e egoísta quando começo a pensar nela, pois esses são pensamentos que não podem fazer parte da vida de um Seminarista, sendo que tenho que dedicar a minha mente, minha alma e coração unicamente a Deus e a Igreja, mas o que eu posso fazer se toda vez que eu entro em casa, uma avalanche de lembranças invadem a minha cabeça? O que eu posso fazer se há quase oito anos, tenho apenas a metade do meu coração pertencente a mim, pois a outra parte sem saber, foi embora com ela?

Ouvindo os testemunhos dos meus companheiros de Seminário, falando a forma que sentiram o chamado de Deus, até o momento que tiveram coragem de aceitar a voz interior e dizer sim, eu me sinto uma verdadeira fraude, pois não foi assim comigo e, por diversas vezes eu me questionei se o que eu estava fazendo era o correto, mas lembro-me do motivo que me levou a tomar essa decisão e sim, esse é o correto, pois eu estou no lugar certo, fazendo o que era para ser feito e é nesse momento que eu sempre me enclausurava em meu quarto e ajoelhando-me eu cumpria minha penitência, para estar mais próximo de Deus e conseguir seguir firme no meu propósito.

– Christian! Filho! – Assusto-me com a voz do meu pai e olho para ele que me encara preocupado. – Está tudo bem? Você abriu a porta e ficou estacado no lugar, perdido em pensamentos que nem me ouviu te chamar.

Pisco algumas vezes para me situar e percebo que de fato ainda estou na porta de entrada, sem de fato entrar na sala, respiro fundo e fecho a porta que ainda permanecia aberta as minhas costas e me aproximo dele.

– Está tudo bem sim, Pai. – Ele me abraça e pega a mala da minha mão. – Onde estão todos?

– Eu estou aqui! – Melissa termina de descer as escadas e vem correndo na minha direção, mas para e pega a minha mão com um sorriso zombeteiro nos lábios. – Sua benção, Padre.

– Melissa, eu ainda não sou Padre. – Puxo minha mão quando ela faz menção de beijá-la e ela sorri amplamente.

– Eu sei irmãozinho, mas estou treinando para poder me acostumar a chamá-lo assim, daqui a três meses. – Ela me abraça e beija o meu rosto, afastando-se em seguida. – Você vai ficar o fim de semana todo ou apenas algumas horas como costuma fazer?

– Estou de férias da Universidade, Melissa, então ficarei o mês todo em casa, mas as minhas obrigações com a Paróquia continua, afinal estou de férias apenas dos estudos e não de Deus e nossa Comunidade. – Ela faz uma careta, mas assente com um brilho nos olhos que eu não sei identificar.

– Isso será ótimo, pois hoje a...

– Christian! Que saudade de você, meu neto. – Minha avó a interrompe entrando na sala com sua companheira de sempre, a bengala e, me envolve num abraço apertado, se afastando em seguida para me analisar. – Você fica tão lindo usando essas roupas. Você é o meu orgulho. – Melissa revira os olhos e sai bufando da sala.

– Obrigado, Vovó. – Ela sorri e me puxa para sentar no sofá.

– Filho, eu vou levar a sua mala para o seu quarto e avisar para a sua mãe que você chegou. – Assinto e meu pai sai do meu campo de visão.

– Me conta meu querido, como está esse seu coração com a data da sua Ordenação se aproximando? – Apertado, sufocado e angustiado, seriam as respostas para essa pergunta, mas apenas lhe dou o meu sorriso recém-treinado e ela aperta a minha mão nas suas.

– Estou ansioso, se posso nomear o que sinto assim.

– Eu posso imaginar, afinal é o primeiro passo para o seu Sacerdócio.

Assinto e ouvimos passos rápidos descendo as escadas e viro-me na direção do som e vejo a minha mãe se aproximar com um lindo sorriso nos lábios e levanto-me para recebê-la em meus braços, sentindo a falta do seu abraço maternal.

– Que saudade eu estava de você, meu Filho!

– Eu também, Mamãe. – Ela se afasta e acaricia o meu rosto com os seus olhos marejados, mas ela me surpreende retirando a clérgima e abrindo os primeiros botões da minha camisa.

– Assim fica bem melhor.

– O que é isso, Grace?! Isso é uma falta de respeito. – Minha Avó fala ultrajada enquanto se levanta do sofá e meu pai se aproxima com Melissa que está com um pote de sorvete na mão, mas não esconde o sorriso por ver a cara da minha Avó.

– Aqui dentro da minha casa, Laura, o Christian é apenas o meu Filho e ele ainda não é um Sacerdote, no entanto não tem obrigação nenhuma de manter as vestes eclesiásticas estando fora do Seminário. – Minha mãe responde de forma dura e me espanto com a forma que ela fala, afinal ela sempre foi calma e doce com a minha Avó, mas eu tenho ciência que isso mudou quando eu resolvi entrar para o Seminário.

– Mas ele tem que se habituar aos trajes, mesmo estando fora do Seminário ou fora da Paróquia e em breve ele estará usando não apenas a clérgima, mas também a batina.

– Mãe, quando ele for Ordenado e se for Ordenado, ninguém questionará as vestes que ele usará, mas a Grace tem razão, aqui dentro ele é apenas o nosso filho, um jovem que está próximo de completar 25 anos e não um Padre Consagrado e não se discute mais isso, enquanto ele não fizer os seus votos, ele é um leigo como qualquer um de nós aqui presente. – Meu pai também fala sério e minha avó faz uma cara desgostosa para ele.

– Não é "se ele for Ordenado", Carrick, ele será. – Minha avó fala com convicção e Melissa abre a boca para falar algo, mas se cala, colocando mais sorvete na boca. – Não é porque você foi um fraco que não aguentou ver um rabo de saia, abandonando a sua Vocação que o meu Neto será.

– Por favor, vamos parar com as discussões? – Eu falo cansado, quando vejo que a conversa está com os ânimos acalorados, como sempre que eu venho para casa. – Não vamos discutir novamente esse assunto. – Viro-me para a minha mãe e pego a clérgima de sua mão. – Desculpe-me, Mamãe, eu me esqueci de tirar assim que saí do Seminário, mas é um hábito e a coloco em modo automático.

– Como se deve ser. – Minha avó fala de forma ácida, sentando-se novamente no sofá.

– E é verdade, Vovó, nós Seminaristas apesar de estarmos sendo preparados ainda somos reconhecidos como Leigos pela Igreja e só após a Admissão das Ordens Sacras que deixaremos de fato de sermos Candidatos ao Clero e passaremos a ser Consagrados depois da Ordenação Diaconal. – Meu pai assente, confirmando o que estou dizendo por saber sobre tudo isso. – E de acordo com o Código de Direito Canônico não somos obrigados a usar a batina ou a clérgima fora do Seminário, da mesma forma que não somos proibidos de usar caso assim o desejarmos fazer.

– Mas você não deve tirá-la, pois assim todos saberão que você é diferente desses jovens mundanos.

– Eu não sou diferente, Vovó, sou apenas um pouco mais instruído do que eles que não tiveram oportunidade ou por não ser de seu interesse, simplesmente por não ser a Vocação deles, mas eu também tenho os meus medos, dúvidas e receios do que me aguarda no amanhã, mas ser um Seminarista em nada me faz melhor do que quem não optou pela carreira Sacerdotal. – Eles não falam mais nada, no entanto eu estou muito cansado para gerar mais brigas em casa. – Eu vou subir e tomar um banho, eu estou um pouco... – Sou interrompido pelo som da campainha e Melissa dá pulinhos no lugar, com um grande sorriso no rosto.

– Já não era sem tempo.

Ela praticamente joga o pote de sorvete na mão do meu pai e sai correndo para atender a porta e pela animação da minha irmã, deve ser o seu noivo, mas preciso tomar um banho antes de me encontrar com o meu amigo.

– Bom, eu vou subir! Daqui a pouco eu desço para o jantar.

Eles assentem e me viro saindo da sala, mas antes que eu alcance os primeiros degraus da escada, eu simplesmente paraliso no lugar, ao ouvir a voz que não ouvia há muitos anos e sinto o meu coração retumbar no meu peito, mesmo que tivesse perdido o seu timbre infantil, ainda assim eu a reconheceria em qualquer lugar pela doçura e delicadeza pronunciada em apenas duas palavras.

– Boa noite!

Eita! Segura na mão de Deus e vai, Christian 🤣🤣🤣!

Piada mais sem graça, mas eu acho que o coração errou algumas batidas, hein Senhor Eu sou um Diácono😏😏😏!

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