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Capítulo - 04

Levanto-me – por que dormir mesmo eu não consegui fazer durante essa noite – da minha cama nas primeiras horas da manhã e antes que eu entre no banheiro, ouço batidas na porta e por um momento o meu coração acelera por pensar que pode ser a Ana, mas lembro-me que ainda falta mais de uma hora para ela acordar e caminho para ver quem possa ser a esta hora da manhã, no entanto eu suspiro, sem saber se é por me sentir aliviado ou decepcionado quando abro a porta e vejo a minha Avó, devidamente vestida como se estive pronta para sair.

– Vovó, aconteceu alguma coisa? – Ela nega balançando a cabeça e sorri, certamente para me tranquilizar por ver a minha expressão preocupada.

– Não, meu querido, eu ouvi movimento no seu quarto e assim que vi a luz acesa pela fresta por debaixo da porta eu quis vir te parabenizar por seu aniversário. – Eu sorrio para o benefício dela que se aproxima e me abraça. – Ontem você passou tão rápido acompanhado por aquela menina, que não pude fazê-lo. – Apenas por mencionar a Ana, sinto o meu coração novamente acelerar, mas ignoro e aproveito o abraço carinhoso de minha Avó. – Feliz aniversário, meu neto, que Deus em sua imensa sabedoria ilumine os seus passos e o oriente a encontrar a sua verdadeira Vocação.

– Obrigado, Vovó! – Me afasto do abraço e ela entra no meu quarto.

– Você acordou a essa hora, por que irá a Igreja antes de ir para o Colégio? – Assusto-me por ela ter adivinhado o que eu iria fazer e ela fecha a porta, sentando-se em seguida na minha cama e só agora eu vejo que ela não está usando a sua bengala. – Não precisa me olhar com essa carinha de assombro, eu vi o que aconteceu, ontem.

– Vovó, eu... – Ela balança a cabeça e eu me calo.

– Não precisa se explicar, eu vi quando aquela menina se atirou em cima de você. – Ela fala com desgosto e quem nega com a cabeça agora sou eu.

– Não foi assim que aconteceu, Vó, e eu também quis...

– Não, meu querido. – Ela faz um gesto desdenhoso com a mão e me chama para sentar ao seu lado. – Foi exatamente assim que aconteceu com o seu pai, quando conheceu a sua mãe. – Ela nega com a cabeça, como se o meu pai tivesse feito algo errado. – Mas eu sei que você, não é como o seu pai. Eu vi o quanto você ficou transtornado com aquela situação. – Eu tento falar que fiquei transtornado por até então ver a Ana como a minha irmãzinha mais nova e que me sinto mal por tê-la beijado e não por não ter gostado de fazê-lo, mas minha Avó não me dá oportunidade, pois continua. – E sabe por que você ficou assim meu querido? – Ela pergunta retoricamente, pois não me deixa responder. – Porque você é especial e sabe que é muito bom para permitir que prazeres carnais te tirem do seu propósito, que é atender o chamado de Deus.

Ela beija o meu rosto e antes que eu consiga processar as suas palavras, ela se levanta saindo do meu quarto, deixando-me perdido com os meus pensamentos e remoendo a minha culpa por possivelmente ter manchado a pureza daquele Anjo... O meu Anjo.

(...)

– Descansem no Senhor, meus Filhos, ele escuta as nossas aflições sem nem mesmo ter que declarar em voz alta, pois o nosso Deus conhece os nossos corações e só Ele é capaz de nos livrar do fardo que insistimos em carregar. – As palavras de Padre Joseph acertam em cheio o meu peito, parecendo saber exatamente o que eu sinto desde o meu aniversário, há cinco dias. – Sigamos o que Ele nos diz em Atos 24:16 "Por esse motivo, busco sempre manter minha consciência limpa, na presença de Deus e dos homens", pois em 1 Pedro 5:10 temos a resposta que buscamos para nossas dúvidas e inseguranças, pois nele diz "Mas, depois de sofrerem por um pouco de tempo, o Deus que tem por nós um amor sem limites e que chamou vocês para tomarem parte na sua eterna glória, por estarem unidos com Cristo, ele mesmo os aperfeiçoará e dará firmeza, força e verdadeira segurança". – Ele para por um momento e olha para toda a Igreja que está em silêncio prestando atenção em tudo que ele fala. – Por que precisamos remoer a culpa, meus filhos, quando a resposta está em entregarmos o nosso amor, as nossas dores e temores a Deus? Porque só Ele é capaz de nos livrar de tudo que nos consome.

Baixo a cabeça e começo a pensar em suas palavras e na conversa que tive com a minha Avó no meu quarto, naquela manhã e, sinto o meu coração se apertar quando me lembro de retornar para casa e Ana estar me esperando junto com Melissa para irmos ao Colégio e, eu não consegui olhar naqueles olhos azuis que tanto amo ver como são brilhantes e que me sorriem sempre que me olha.

Não consigo me esquecer da forma chateada que Ana me olhava sempre que eu me esquivava quando ela se aproximava de mim no Colégio, dando uma desculpa qualquer, apenas para não ficar próximo a ela para não me permitir novamente ter vontade de sentir o gosto adocicado de seus lábios e não posso esquecer também quando a minha irmã percebeu que algo estava errado e foi conversar comigo, quando chegamos a nossa casa e eu me tranquei no meu quarto.

– Christian! – Melissa bateu na porta e eu me arrastei para fora da cama para destrancá-la. – Por que a sua porta estava trancada? – Apenas dei de ombros e voltei a me jogar na cama. – O que aconteceu com você esses dias? Por um acaso você e a Ana brigaram? – Olhei para ela rapidamente e não consegui impedir que as perguntas me escapassem.

– Não! A Ana te falou alguma coisa? O que ela te contou? – Sentei-me na cama e minha irmã sorriu se aproximando e sentando ao meu lado.

– Não, irmãozinho, ela não me falou nada, mas está bem triste por você ter se afastado sem nem dar um motivo a ela. – Me joguei novamente na cama e senti o meu coração doer. – Me conta o que aconteceu, você também está triste. – Pensei por um momento, mas resolvi conversar com a minha irmã mais velha sobre o que me atormentou durante esses dias.

– Eu beijei a Ana. – Assustei-me com o grito dela que cruzou as pernas sobre a minha cama, para me olhar melhor.

– Eu sabia que uma hora isso iria acontecer! – Ela bateu palmas e eu fiquei sem entender essa reação dela. – Vocês dois sempre foram grudados desde pequenos e eu tinha certeza que vocês iriam ficar juntos em algum momento, mas me conta, pediu ela em namoro? Ela aceitou? Ah, vocês ficam tão lindinhos juntos! – Ela parou de falar, pensou por um momento e me olhou confusa. – Mas se você tivesse feito isso, vocês não estariam tristes, o que aconteceu?

– Se você parar de fazer uma pergunta atrás da outra, eu consigo te responder que não! Não a pedi em namoro e nem pedirei. – Respondi irritado e ela ficou ainda mais confusa.

– Mas por quê? Você não gosta mais dela. – Esse é o problema, gosto mais do que deveria, mas eu não posso gostar completei em pensamento.

– Melissa, a Ana tem apenas 14 anos, é uma criança e a vejo como uma irmã, apenas isso.

– Não fale besteiras, Christian. – Minha irmã me olhou irritada e quem ficou confuso fui eu. – A Ana tem 14 anos e você 17, são apenas 3 anos de diferença. – Eu neguei com a cabeça e ela levantou a mão para que eu não a interrompesse. – Ela não é criança coisa nenhuma e sem contar que é muito mais madura do que eu se for pensar bem. – Ela deu uma risadinha, mas meu coração estava muito pesado para que eu pudesse tê-la acompanhado na sua piada. – E não adianta você falar que a ama como um irmão que nem você mesmo acredita mais nisso.

– Você está errada, Melissa! Foi um erro que eu cometi com ela e que não irá mais acontecer. – Falei decidido e ela negou balançando a cabeça.

– Você está falando como um velho e não como um adolescente de 17 anos, Christian. – Ela me olhou atentamente e algo brilhou em seus olhos. – Foi a Vovó, não foi? Ela que está colocando esses absurdos na sua cabeça. – Eu neguei com a cabeça a sua afirmação e respirei fundo para ver se a dor em meu peito diminuía.

– Não, Melissa, a nossa Avó não tem nada haver com a minha decisão. – Tratei de esclarecer esse fato ou a minha irmã teria ido arrumar confusão com a nossa Avó, de novo. – É errado e eu não deveria ter permitido que isso tivesse acontecido. A Ana é muito pura e inocente para entender que sempre fomos criados como melhores amigos e que nos amamos como irmãos, por isso eu, que sou mais velho tenho que fazer o que é certo, por mim, mas principalmente por ela que não deve nem ter entendido o que aconteceu naquele dia. – E novamente o aperto no meu peito se fez presente.

– Eu só acho que você está vendo problemas aonde não tem, mas a vida é sua e você decide o que fazer com ela. – Minha irmã se levantou e olhou para mim. – Só não vá lamentar depois quando vir a Ana com algum namoradinho no Colégio, pois ela está na fase de querer descobrir a primeira "paixonite" da adolescência e até onde eu conheço aquela menina, essa paixonite é você.

Ela deu de ombros e saiu do meu quarto me deixando com uma pergunta que ainda não havia feito a mim mesmo martelando em minha cabeça. Será que a Ana é o meu primeiro amor de adolescente? Não! Esse amor que sinto por ela, é o mesmo que sinto por Melissa, apenas amor de irmãos. É isso! Tem que ser apenas isso!

– Christian! – Assusto-me com minha Avó, me tirando dos meus pensamentos e vejo que quase todo mundo já saiu da Igreja. – Vamos, Filho? Você estava aí perdido em pensamentos que nem viu quando a Missa acabou. – Assinto e levanto-me dando o braço para ela entrelaçar ao seu. – O que aconteceu? Você não prestou atenção em nada que o Padre falou hoje. – Ela me repreende e eu engulo em seco, pois não tenho argumentos para isso.

– Desculpe-me, Vovó.

Ela assente, mas ainda me olha contrariada, no entanto seguimos na direção do estacionamento sem mais nada a dizer e penso que talvez a minha Avó possa ter razão e, que a minha Vocação seja mesmo ser um Missionário de Deus, no entanto ainda preciso amadurecer essa ideia, só não sei ser a correta quanto a isso, pois a única coisa que eu preciso e tentar tirar esse peso do meu coração.

(...)

As férias do Colégio chegaram e com elas, a decisão para qual curso irei me inscrever na Universidade no próximo ano, mas estou em dúvida quanto a Administração e Direito, no entanto não irei negar que andei dando uma olhada nos folhetos sobre Filosofia e Teologia que minha Avó me entregou a pedido do Padre Joseph.

Eu sei que Dona Laura vê em mim uma forma de realizar o sonho que perdeu quando meu pai se casou com a minha mãe, quando abriu mão de seguir sua Vocação Religiosa – palavras da minha Avó – e seguir os caminhos de Deus sendo um Presbítero. Invés disso ele abdicou do Seminário, pois não queria passar a sua vida em prol de uma Paróquia e sim de uma esposa e filha, pois minha mãe se casou grávida de Melissa, sendo assim para o meu pai, a sua família que ficou completa três anos depois que eu nasci o sentido que faltava em sua vida.

Admiro muito o meu pai, pois ele sempre deixou claro que erámos tudo para ele e, que não mudaria nada em suas escolhas e que faria tudo novamente se fosse preciso para ter a minha mãe, Melissa e eu em sua vida. E eu sempre almejei ser como ele no futuro, um homem honrado, profissional invejável e, excelente pai e marido, mas eu sempre fui muito tímido e a fama de "nerd" nunca facilitou a minha vida em relação à "popularidade" no Colégio, mesmo sendo de uma família renomada em Washington D.C, no entanto isso nunca foi um problema para mim, pois sempre tive a Ana e minha irmã e isso me bastava, até que Andrew apareceu igualmente tímido, mas extremamente inteligente, tanto que somos os melhores alunos da nossa turma. Viu só? Dois "nerds", eu confesso.

Com o tempo, Andrew conseguiu melhorar sua timidez e a participar de algumas festas, mas isso nunca me atraiu e, eu achava muito melhor ficar em casa estudando, lendo ou vendo um filme com a Ana nos finais de semana.

Ana! Eu suspiro mais uma vez nesse dia, pois estou tão confuso quanto aos meus sentimentos em relação a ela. Confuso e muito culpado, pois o Tio Ray sempre confiou à princesinha dele a mim, para cuidar e protegê-la como um irmão mais velho faria e eu me sentia bem em cumprir essa "missão", até aquele beijo – ou talvez antes disso –, pois sempre que a vejo, mesmo que de longe, me sinto inquieto. E quando ela sorri, é como se fosse o próprio sol alegrando o meu dia ainda mais por ver o brilho dos seus olhos azuis como o céu.

– Oi! – Tenho um sobressalto ao ouvir essa voz e viro-me, encontrando a razão da minha confusão alguns passos de mim com as bochechas coradas.

– Oi!

– Minha mãe veio conversar com a Tia Grace sobre o jantar Beneficente do mês que vem e eu pedi para vir com ela. – Assinto por não saber o que falar e, ela se aproxima, fazendo o meu coração acelerar. – Você ainda está bravo comigo? – Ouço a tristeza em sua voz e meu coração se aperta e eu me levanto num rompante, abraçando-a.

– Eu nunca estive bravo com você, minha Princesa. – Estou comigo, completo em pensamento e sinto os seus braços me apertarem enquanto ela apoia a cabeça no meu peito e ouço o seu suspiro.

– Você está estranho desde aquele dia que nós... É... Você sabe.

Ela se afasta apenas o suficiente para me olhar e o seu rostinho está ainda mais vermelho, enquanto morde o lábio inferior e eu engulo em seco, por me pegar observando isso e me solto devagar dela, desviando o olhar dos seus.

– Vamos esquecer aquele dia, tudo bem?

– Por quê? Você não me ama mais?

– É claro que eu amo. – Arregalo os olhos por ver o quanto isso é verdade, mas me corrijo para não confundi-la ainda mais. – Quer dizer, eu sempre te amei como a minha irmãzinha e isso nunca irá mudar.

Ela assente, mas percebo que ficou triste e eu não entendo o porquê, afinal ela ainda não entende sobre essas coisas de sentimentos e, se for pensar bem, nem eu mesmo consigo entender direito toda essa confusão que está me atormentando.

– Eu também amo você, Christian e muito. – Ela se aproxima e me pega de surpresa me abraçando. – Mas não como um irmão.

– Ana...

Quando eu iria dizer que ela é muito nova para saber sobre esse tipo de amor, ela beija os meus lábios e sai correndo para dentro da casa, deixando-me plantado no jardim sentindo o coração ainda mais acelerado. Solto a respiração que nem havia percebido estar prendendo e sento-me novamente no banco ainda mais confuso do que estava, pois eu não posso amá-la dessa forma e nem permitir que ela tenha esses sentimentos por mim.

Ana sempre foi a minha irmãzinha mais nova e eu não posso quebrar a confiança que Tio Ray sempre depositou em mim para cuidar do nosso Anjo. Ela sempre será a minha Princesinha de olhos azuis e, agora eu percebo que será também o meu primeiro amor e com certeza será o único, pois a culpa por sequer vê-la dessa forma me deixa doente da alma e me quebra o coração, pois parece algo sujo e imoral e pensando nisso, eu tomo a minha decisão, pois eu prometi a minha mãe há dois anos que eu sempre tomaria a decisão certa, seja ela qual fosse e quando Anastásia for mais velha, irá entender que isso não é apenas por mim, para a minha paz de espirito e consciência, mas principalmente por ela que é tão pura e inocente.

Hoje eu compreendo o que é ter o seu primeiro amor, no entanto amar a menininha que sempre vi como minha irmãzinha não estava em meus planos e, independente do que vier a acontecer, Ana sempre será o meu Anjo.

Ai, ai, Christian! O que eu faço com você hein, Menino? 🤦🏻‍♀️🤦🏻‍♀️🤦🏻‍♀️

  

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