Ontem pegamos #8 em fantasia e hoje #10. Bem feliz aqui em Havana.

Ps: Notei só depois que eu postei que troquei o "" pelo -- nas falas dos capítulos que atualizei essa semana, desculpa, sequer havia notado. Vou voltar para o que estava haha.

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Perfume exalando, cabelo arrumado, roupas novas e um sorriso esperançoso no rosto, assim Ally seguia para a Morningstar a procura de Troy. Era dia e por aquele horário ele sempre estava por ali.

A menor analisou o perímetro antes de entrar no local. Seu sorriso morreu quando Troy a olhou e negou com a cabeça, para logo desaparecer dentro do bar. Ela não desistiria fácil, por tal razão se sentou e esperou ali.

"Com licença..." A voz doce de uma mulher fez a menor a olhar, abrindo a boca na mesma hora em surpresa por reconhecer aquele rosto. "Sabe me dizer se Lauren, a dona, está?" A mulher perguntou perdida.

"Uh..." Ela respirou fundo, tendo memórias de anos e anos atrás sendo jogadas em seu colo de repente. "Eu não posso acreditar." Ela sussurrou.

"Como?" A mulher indagou confusa e Ally negou com a cabeça, limpando a garganta.

"Uh, não, desculpe. Ela foi para a delegacia."

"Uh, é verdade." A mulher disse levando uma mão à testa. "Queria convidá-la para um jantar na casa da minha filha, afinal vou passar alguns dias lá."

"Sua filha é, uh, amiga da Lauren?" Perguntou surpresa e a mulher sorriu.

"Eu acho que elas têm algo a mais, porém não me confirmaram." Ela disse sorrindo. "Mas sabe aquele sexto sentido de mãe? Então, Camila não me engana." Ally abriu a boca abismada antes de sentir seu coração acelerar.

"Ca-mila é sua filha?" Ally indagou não acreditando. "Camila Cabello?"

"Oh, você a conhece?" A mulher perguntou e Ally assentiu ainda paralisada.

"Sou a irmã da Lauren. Ally, um prazer revê-la. Digo... Conhecê-la." Se corrigiu rapidamente.

"Oh, um prazer, querida. Me chamo Sinuhe." Ela disse sorridente. "Bem, irei seguir seu conselho e procurá-la na delegacia então, tenha uma ótima tarde, senhorita."

"A senhora também." Ela disse, esperando a mulher sair do local para correr em direção à casa de Dinah, deixando Troy de lado por um instante. Ela sabia, finalmente, o porquê de Lauren não ser imune à Camila Cabello.

[...]

Lauren desceu correndo do táxi e se direcionou à delegacia. Não tinha horário para ir, afinal nem deveria ir, entenderiam que ela precisava de um tempo, contudo, ela não queria ficar sozinha. Uma careta se formou em seu rosto ao chocar seu pé contra uma pedra, o que a levou a se sentar no banco que tinha do lado da delegacia e sentir uma lágrima escorrer.

"Hey, você está bem?" A voz de Shawn, que passava por ali, soou e Lauren assentiu, levando uma mão ao seu rosto para enxugá-la.

"Apenas um pequeno azar." Respondeu e Shawn assentiu, entrando no local. A maior suspirou e se levantou. Maldita falta de sorte que a perseguia sempre que estava próxima da detetive, fazendo-a machucar-se com coisas simples.

"Lauren!" A voz carregada de preocupação a fez erguer os olhos e se levantar, apenas a tempo de ver Camila correr em sua direção e a abraçar. "Shawn me disse que você estava chorando."

Um sorriso sincero brotou nos lábios de Lauren ao sentir o tom desespero de Camila em relação a ela. Suas mãos rodearam o corpo da menor e quando ela viu Camila lhe fitar, não pôde crer no que via: Camila estava chorando, unicamente por medo de Lauren estar sofrendo.

"Hey... Eu estou bem, Camz." Lauren assegurou, levando uma mão até o rosto da menor para se desfazer das lágrimas. "Eu bati meu pé e isso fez uma lágrima rolar."

"Jura?" Camila indagou tristemente e Lauren assentiu, se inclinando para dar um suave beijo na ponta de seu nariz.

"Eu juro." Lauren falou e Camila a olhou desconfiada. "Eu não mentiria para você e você sabe disso." A menor suspirou aliviada e assentiu.

"Eu estava no meio de um telefonema e larguei a pessoa na linha." Camila disse, enterrando o rosto no peito de Lauren antes de rir. "Céus, eu não acredito." E, de fato, ela não podia acreditar mesmo, pois colocara Lauren a frente de seu trabalho sem pensar duas vezes, logo ela, a amante do trabalho.

"Isso é mesmo real, não é?" Lauren perguntou ao ver que Camila realmente se importava. Não era por seus olhares, não era por nada além de desejar seu bem.

"O quê?" A menor indagou confusa.

"Isso. Nós." Ela falou e Camila sorriu amplamente, assentindo.

"Sim." Respondeu, inalando o perfume incomparável de Lauren, se inebriando no aroma maravilhoso.

"Sabe o que eu fiz esta manhã?" Lauren perguntou e Camila negou. "Eu fui me acertar com minha irmã."

"Jura?" Camila proferiu animada. "Estou feliz por você, Lauren."

"Eu perguntei a ela se ela achava que eu me daria bem como namorada." Lauren disse e Camila engoliu em seco, colocando duplamente atenção naquilo. "E a resposta dela me fez pensar e, bem, preciso te perguntar algo, detetive." Camila prendeu a respiração e umedeceu os lábios.

"Pois pergunte." Ela disse, sentindo seu coração triplicar a velocidade de seus batimentos.

"Acha que eu deveria voltar a confiar em minha irmã, mesmo depois de ela ter feito algumas bobagens?" Camila murchou, não era o que esperava, mas apenas assentiu, camuflando o desapontamento.

"Se seu coração disser que sim." Ela respondeu e Lauren sorriu.

"Ótimo, porque ela disse que acha que eu seria uma boa namorada." Ela disse, fitando as orbes castanhas com intensidade. "Preciso testar essa teoria, então... Você aceitaria namorar comigo, Camila?" O brilho que vira nos olhos da menor fez seu coração disparar em seu peito. Jamais se sentira assim por ninguém antes.

"Tem certeza de que quer oficializar?" Camila perguntou, mal podendo conter a emoção em si. "Digo, você sempre foi mulherenga e..."

"Não seja tola. Desde você não fico com mais ninguém, detetive." Ela disse com firmeza e Camila sorriu abertamente.

"Então sim, eu quero ser sua namorada." Falou por fim. "Quero muito." Confessou baixinho e Lauren suspirou aliviada, abraçando fortemente a menor antes de se inclinar e relar seus lábios nos dela com doçura.

Ela riu internamente, no submundo ninguém jamais acreditaria que ela estava namorando pela primeira vez em milhões de anos e, o mais inusitado de tudo: Com uma humana. Humana esta por qual ela nutria algo novo para sua natureza: O amor.