Cap. 27: Can you teleport?
Ao sentir os lábios de Camila nos seus Lauren se afastou minimamente de Camila, a olhando curiosa.
"Detetive..." Sussurrou. Camila abriu seus olhos e encarou os verdes de Lauren. Seus olhares travaram uma batalha por milésimos de segundos, até Camila fazer seu próximo movimento.
"Shhh..." A mais nova disse, levando seu dedo indicador aos lábios da outra morena e fitando os mesmos antes de retirar o dedo dali e voltar a colar seus lábios.
Lauren não protestou dessa vez, ela deixou. Deixou que Camila fizesse o que ambas desejavam há muito tempo. Deixou que as bilhões de células de seu corpo, que gritavam por Camila, falassem mais alto.
Finalmente caindo em si, levou suas mãos à cintura da detetive e a abraçou, sentindo a respiração de Camila descompassada igual a sua. Sentiu a língua da mais nova pedindo passagem e prontamente cedeu.
Não podia acreditar que estava tendo o mais sedento, porém o melhor beijo de sua vida depois de milhares de anos. Seu coração não sossegava, suas mãos suavam frio e sua respiração estava fora do normal, uma mistura de falta de ar com ansiedade. Era como se ela houvesse corrido quilômetros em uma maratona e finalmente tivesse chegado à linha de chegada. Seus pulmões pedindo por ar e ao mesmo tempo seu corpo gritava alívio por ter chegado até ali.
Ela não entendia o porquê de estar assim, mas gostava da sensação, era nova para ela. Camila explorava cada centímetro de sua boca e língua e, ao sentir Lauren envolver mais os braços em si, entrelaçou seus braços no pescoço da mesma. Camila arrastou levemente suas unhas na nuca de Lauren, fazendo a mesma respirar fundo, se arrepiar e sorrir. As mãos da mulher de olhos verdes deslizaram para baixo da blusa de Camila, sem lhe faltar ao respeito. As mesmas permaneceram ali, à altura da cintura e ao sentir as unhas de Camila arranharem sua nuca novamente não se conteve em apertar de leve a carne de sua cintura. A maresia, juntamente com o vento, empurraram o perfume de Camila para as narinas de Lauren, fazendo a mesma se deliciar com a sensação de sentir o perfume de Camila tão próximo de si. Camila mordeu levemente o lábio de Lauren no final do beijo de um jeito provocativo, antes de lhe dar um selinho e abrir os olhos, encarando Lauren.
Ela estava sorrindo, ainda de olhos fechados e quando os mesmos foram abertos Camila percebeu o olhar de lúxuria de Lauren, que fora substituído rapidamente por outro tipo de brilho. Um brilho sereno e alegre.
"Uau." Lauren disse, tentando soltar os braços do redor de Camila, mas Camila a puxou de volta, deixando suas mãos ainda entrelaçadas ao redor de seu pescoço.
"Uau, não é?" Camila repetiu, rindo.
"Se eu não tivesse certeza de que meu pai jamais me perdoaria eu poderia alegar de que fui absolvida de meu castigo e ainda ganhei você como prova de que estou no céu." Ela disse sorrindo e o sorriso de Camila se alargou.
"Não quero que abra mão de mim. Não quero que desista dos nossos 'momentos'." Camila disse em voz baixa, colando sua testa na de Lauren.
"Detetiv..." A voz de Keana morreu em sua garganta ao se deparar com Lauren e Camila abraçadas. A pobre moça começou a tossir sem parar ao ter se engasgado com a própria saliva. "Eu preci..." Cof cof. "Ligar pra Dinah." Ela disse. Sorria sem motivos e Camila se separou rapidamente de Lauren, correndo para acudir Keana.
"Oh meu Deus, você está bem?" Camila perguntou, erguendo os braços de Keana e lhe dando leves tapas nas costas. Keana assentiu mesmo tossindo tanto. Ao se recuperar da tosse levou suas mãos aos joelhos e respirou fundo, abaixando a cabeça.
"Preciso ir à igreja agradecer, preciso avisar a Dinah de que está tudo bem." Ela dizia sorrindo. "Oh, Deus. O padre! Tenho que lhe contar também." Alegou. "E não se preocupe. Hoje eu iria jogar sinuca com o Shawn, mas levo seus arquivos pra lá e depois do jogo eu resolvo suas coisas, tire o dia livre." Ela sugeriu ansiosa e Camila corou ao perceber que toda aquela afobação era por Lauren e ela.
"Bem que eu queria, mas tem umas coisas que realmente precisa ser eu." Falou. "Falando nisso preciso ir..." Mordeu seu lábio inferior e olhou para Lauren. "Então, hm, nos vemos?" Perguntou contendo o sorriso.
"Claro. Por quê não?" Disse assentindo com a cabeça freneticamente."Digo, sim, no vemos. Quando quiser." Falou. "Quer dizer, também preciso ir para a delegacia então nos veremos em alguns minutos." Passou a mão direita pela nuca e sentiu sua perna direita começar a tremer. Ela sempre fazia isso quando estava nervosa ou ansiosa demais. "Bem, isso se você for pra lá, porque se não for então não será possível nos vermos já já, mas de qualquer forma nos veremos, não precisa ser necessáriamente já já, porque..."
"Hey." Camila disse com a voz mansa. "Respira." Lauren a olhou e respirou fundo, fazendo Camila rir. A mais nova se aproximou e sussurrou em seu ouvido. "Eu não sabia que um simples beijo poderia intimidar Lauren Jauregui." Seu sorriso era vitorioso.
Lauren não disse nada, não sabia como reagir. Camila lhe havia intimidado? Keana lhes olhava segurando o riso e o sorriso. Eram engraçadas as reações delas, mas eram fofas demais e se tinha algo que Keana sabia fazer de melhor era ser fã de carteirinha de ambas juntas e torcer por elas.
Camila se inclinou novamente e voltou a sussurar. "Não se preocupa que de onde veio esse tem mais." Deixou um beijo cheio de segundas intenções no rosto de Lauren e piscou para a mesma. "Até mais, Jauregui." Disse em voz alta, já de costas, se retirando dali acompanhada por Keana, quem olhou para Lauren e sussurrou:
"Desculpa ter atrapalhado."
Lauren assentiu, sorrindo feito boba ao ver Camila andar pra longe dali. Elas haviam se beijado e foi uma iniciativa de Camila. As coisas não poderiam ter sido mais incríveis, Lauren pensava.
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Veronica aguardava pacientemente a hora de Camila voltar para seu carro. O dispositivo que explodiria o carro da morena já estava posicionado embaixo do mesmo. Veronica só precisava apertar o botão para que o carro fosse para o espaço.
Camila se aproximava do mesmo, fazendo o sorriso de Veronica se abrir.
"Não faça isso!" A voz de Ally se fez presente assim que Veronica iria apertar o pequeno botão.
"Não se meta no que não é da sua conta, pequenAlly." Veronica retrucou.
"Vero, Camila não tem culpa." Ally explicou.
"Minha prima não quer voltar para lá por causa dela. Me livro dela e Lauren voltará para lá pelo ódio que acumulará no coração. Terei minha prima de volta." Ela explicou sorrindo.
"Também sou sua prima e exatamente por isso venho te alertar, Vero." Ally começou. "Se você fizer mal à Camila perderá Lauren para sempre." Olhou Camila entrar dentro do carro e continuou. "Lauren realmente se preocupa com essa humana."
"Está dizendo isso por dizer. Você não sabe de nada." Vero disse.
"Aí é que você se engana." Ally disse séria. "As coisas por aqui não são como são no nosso mundo. Eu cheguei aqui fazendo um monte de coisas, sem medir consequências."
"E daí?" Vero perguntou com desdém.
"E daí que você está fazendo o mesmo, Vero. A Terra nos muda, espere você se adaptar para fazer algo que não se arrependa." Pediu. "O que para você é normal hoje, em uns dias não será. Falo isso porque errei muito e graças aos meus erros perdi Lauren de vez, perdi minha graça, perdi uma grande amiga e continuo perdida." Vero a olhou ponderando as palavras de Ally.
"Eu não pretendo ficar na Terra muito tempo. Só preciso de Lauren de volta lá. Éramos melhores amigas além de primas."
"Nada te garante que ela volte." Ally disse. "Ela mudou. Está misericordiosa e boa, ela não vê, mas se tornou alguém mais honrada do que eu um dia fui." Ally confessou. "A perda de Camila não te garante nada, você só causará dor a ela. Só causará um imensa dor. É isso o que quer?" Vero revirou os olhos e bufou.
"Droga." Disse jogando o aparelho pro alto e Ally o pegou no ar, evitando que a queda pressionasse o botão. "Não quero que ela sofra."
"Ótima escolha. Agora não tome decisões por agora, só espere a adaptação, ok? Não cometa o mesmo erro que eu, porque só eu sei o quanto dói ficar cega pela ausência do livre arbítrio." Vero assentiu.
"Bem, vou procurar alguém para eu transar então. Vê se se cuida, Ally." Vero disse e Ally assentiu.
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"Manii?" Dinah gritou do lado de fora da porta do consultório. Encostou a orelha na porta tentando ouvir se tinha alguém la dentro. "Normani?" Gritou novamente. "Preciso de uma carta de referência, poderia me ajudar?" Pediu. "A Camila conseguiu um trabalho para mim na delegacia." Disse animada.
Normani estava com a testa escorada na porta, confusa sobre o que fazer. As batidas na porta foram cessadas e ela respirou fundo. Ao se virar para sua mesa deu de cara com Dinah. Seus olhos se arregalaram e suas pernas começaram a tremer.
"V.você consegue se te...teletransportar?" Perguntou gaguejando.
"O quê?" Dinah perguntou gargalhando. "Não, entrei pela janela. Você a deixou aberta." Disse ainda rindo, apontando para a mesma.
"Ah." Normani respirou assimilando tudo e assentiu. Dinah se levantou para se aproximar de Normani, mas a negra recuou, fazendo Dinah a olhar confusa.
"Hey, você está bem?" Dinah perguntou tentando se aproximar novamente, mas Normani voltou a recuar. "Você não está mesmo com medo de mim, está?" Dinah perguntou.
"Claro que eu estou." Normani respondeu quase chorando. "Você é um demônio." Disse limpando uma lágrima solitária. "Lauren me disse, mas eu pensei que fosse uma metáfora sexual."
"Você não estava errada nisso também." Dinah disse rindo.
"Mas você realmente é um demônio, não é?" Dinah a olhou magoada e assentiu.
"Sim, eu sou. Isso é realmente tão ruim assim?" Dinah perguntou. Normani respirou fundo.
"Por favor, vai embora." A negra disse, caminhando até a porta e abrindo a mesma. Dinah olhou para Normani e apertou os lábios. Caminhou até a porta e parou de frente com Normani, a olhando nos olhos. A doutora desviou o olhar na mesma hora, fazendo Dinah segurar o choro e assentir, saindo da sala logo em seguida.
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Camila acabava de encostar seu carro em frente à casa de Lauren. A noite já havia chegado e depois de sair do trabalho ela só passou em sua casa para tomar um banho rápido antes de se dirigir até onde estava nesse exato momento.
Ela respirou fundo e saiu do carro, indo até a entrada no apartamento de Lauren, que era em cima da Morningstar.
Ally espiava tudo de longe e quando viu que Camila parou, desceu do novo carro que havia comprado e olhou tudo em volta. A mesma correu para o carro de Camila e quando ia se abaixar para procurar o dispositivo, com o intuito de removê-lo, escutou a voz de Dinah e Troy.
"O que faz aí, Ally?" Troy perguntou curioso.
"Eu, hm, vim te ver." Ela disse nervosamente. "Pensei que estaria no bar hoje." Mentiu, tratando de acobertar Veronica, sabia das rixas dela com Lauren e se lhe entregasse as coisas piorariam entre elas. Dinah se aproximou de Ally e a olhou de cima embaixo.
"Eu vim aqui porque preciso pegar umas coisas que deixei na boate, mas que bom que te encontrei." Ela disse sorrindo, abraçando Ally, quem ficou confusa. "Oh, acho que isso é seu." Ela disse retirando o pequeno aparelho do bolso da blusa de Ally. "Deixe-me ver para que serve." Ela disse apertando o botão antes que Ally pudesse protestar.
Uma explosão aconteceu, porém aconteceu no carro de Ally. Ally fechou os olhos e negou com a cabeça.
"Um: Diga a sua priminha que está de complô com você que ninguém vai machucar Camila sob meus olhos. Dois: Não volte a se aproximar de Troy." Ela disse empurrando o aparelho que havia apertado contra o peito de Ally, quem olhou rapidamente para o loiro.
"Troy..."
"Você não muda mesmo, não é?" O homem argumentou indignado. "Tem coisas que não tem salvação." Ele disse e logo em seguida seguiu Dinah.
Ally olhou para eles se afastando, olhou para os destroços de seu novo carro, que nem tinha pagado ainda, e suspirou. Veronica mal havia chegado na Terra e já lhe estava dando trabalho.
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Já estou escrevendo o próximo cap. Vou ver se posto hoje ou amanhã.
Até a próxima :**
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