Prólogo: O despertar de uma estrela
Em uma noite congelante de inverno, o choro de um bebê, desaparece em meio ao som cortante do vento.
– Carl, não podemos seguir com o plano – um homem segura a pequena criança entre seus braços musculosos.
– Não podemos desistir agora – o motorista esbraveja, enquanto "massacra" o acelerador – Eles nos pagarão uma fortuna para reavê-la.
– Irmão, você sabe o quanto eles são influentes. Toda a polícia de Tahsfield deve estar à nossa procura. Conseguimos as joias... já estamos ricos. Acredita, realmente, que nos deixarão escapar impunes com a recompensa? Por favor, pense, seremos presos – Silenciosamente, Carl pondera entre o valor do dinheiro e o da sua liberdade. Por fim, opta pela segunda opção.
– Está bem – declara, desgostoso – Agora, como nos livramos do bebê? Conjuramos um feitiço de desaparecimento, ou o gênio prefere que, simplesmente, joguemos o "pacote" no lixo? – um brilho malicioso perpassa o olhar de ambos, e com um entendimento cruel, o pobre inocente é deixado em meio as sobras.
Alguns chamariam de azar, outros de sorte, mas, sob o céu estrelado, a criança experimenta um pouco dos dois.
O azar consistia em ser afastada, tão precocemente, de um seio familiar amável. Porém, não poderia ser considerado sorte, que trinta minutos após ser deixada no lixo, os maldosos ladrões tenham colidido contra um caminhão desgovernado, sendo arremessados no fundo de um penhasco? Ou, o fato de um simples pastor, ter decido enfrentar a fria noite de dezembro para contemplar as estrelas, e ouvir o eco de um fraco choro infantil?
Seja como for, James Smith, embala o delicado "embrulho" em seu colo, aquecendo-o contra o peito.
– Que monstro abandonaria uma criança nessas condições? Quando penso que estávamos resolutos em não renunciar ao calor da lareira... – Agatha Wood, administradora do Orfanato "Graça e Luz", fica horrorizada – Quanta sorte teve essa garotinha.
– Não existem acasos, Agatha... Apenas, propósitos.
– Como vamos chamá-la, James? – o bondoso homem dirige sua visão para o magnífico céu.
– A grande e brilhante constelação que apreciamos esta noite, chama-se Cassiopeia. Ela recebeu esse nome em homenagem a uma bela rainha – gentilmente, ele vislumbra a menina, e sussurra – Honestamente, tenho o pressentimento de que você fará algo majestoso. Não é mesmo, Cassiopeia? – arrisca. Ao som da sua voz, o bebê dá uma risada – Bem-vinda ao seu novo lar, Cassiopeia Smith.
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