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Você que faz seu destino

Os olhos dele percorrem por toda sua pele, buscando sinais de alguma agressão, mas ela parecia bem, o que, sem que ele pensasse bem, o fez suspirar de alívio.

— Você deve ser Susan, a descendente de Magno. — Sierra se aproximou com um sorriso gélido e estendeu as mãos para Susan, que mesmo desconfiada, aceitou.

— Sim. E você é?

— Sierra, atual guardiã do Reino das Bruxas. — Se apresentou formalmente e Susan ficou boquiaberta. A mulher era apenas uma das figuras mais importantes do mundo das bruxas.

— Que imensa honra lhe conhecer, Sierra. — Fez uma reverência, se sentindo um pouco tonta com tanta informação. Nunca tinha conhecido ninguém do Conselho, afinal, estava fugindo deles.

— Eu quem digo. Você é bem famosa, Susan.

— Temo que não pelos motivos certos...

— Definitivamente não. — Uma careta apareceu no rosto de Sierra. — Não parece apenas uma garotinha mimada que é descendente de um grande bruxo.

— Ah. Então é isso que pensam de mim?

— Quem dera fosse somente isso. Para nós, bruxas, você é importante porque é forte, já para os vampiros, você é importante porque...

— Sierra... — Adriel a cortou, não queria assustar Susan, mesmo que talvez assim conquistasse sua confiança.

— Por favor, me diga. — Implorou Susan.

— Para os vampiros, seu sangue é a chave para muitas coisas. Ele pode fortalecer até o mais fraco, e isso é interessante para eles, afinal, vivem em bando.

Adriel soltou um suspiro pesado, visivelmente contrariado por Sierra ter revelado algo tão sensível. Ele passou uma das mãos pelos cabelos, enquanto Susan absorvia as palavras de Sierra, tentando manter a compostura.

Seu sangue... Seria possível que tudo se resumisse a isso? Ela era apenas uma ferramenta tanto para as bruxas quanto para os vampiros?

Ela sabia desde o início que ser neta de alguém tão importante era uma maldição horrível.

— Então é isso? — Susan finalmente corta o silêncio, seus olhos alternando entre Adriel e Sierra. — Meu sangue é o que vocês querem. Não importa quem ou o motivo, todos só veem isso, não é?

Adriel cruzou os braços, seu semblante fechado como de costume.

— Não é tão simples assim, bruxinha.

Susan soltou uma risada sarcástica, sem humor algum.

— Ah, não? Parece bem simples para mim. Eu sou uma chave mágica para o poder absoluto dos vampiros. Devo me sentir especial?

Seria por isso que ele tinha a beijado? Será que esse era o real motivo do seu cativeiro? Adriel queria o seu sangue... Não, não, ela ouvira diversas vezes o que ele queria, e era o seu coração.

Sierra inclinou-se levemente a cabeça, examinando Susan com um olhar que misturava curiosidade e preocupação.

— É verdade que você é especial, mas não pelo motivo que acredita. Seu sangue é poderoso, sim, mas o que o torna tão valioso é algo que está além da força física.

— Isso não faz com que tudo seja menos perturbador. Então, para vocês, sou apenas uma peça valiosa em um jogo maior? — Susan franziu o cenho, cruzando os braços em um gesto defensivo.

— Não para todos. — Sierra falou calmamente, mas lançou um olhar de aviso para Adriel. — Nem todo mundo vê você como uma ferramenta. Alguns a veem como uma esperança.

Susan era para Adriel a esperança de sua morte, a única solução para quebrar a maldição dele. E claramente, todos os vampiros e bruxas não gostariam que a garota morresse.

Adriel não se importava se estava sendo egoísta ou não, ele apenas queria que tudo aquilo acabasse de uma vez por todas.

Os olhares dos dois se encontraram por alguns instantes e uma chama silenciosa se acendeu, fazendo com que Sierra sentisse que estava atrapalhando. Mesmo assim, estava verdadeiramente preocupada com o destino de ambos, então, pediu o impensável para Susan.

— Querida, pode me emprestar sua mão? — Pediu com a voz mansa, querendo proteger Adriel.

Sierra sabia a verdade sobre a maldição que o assolava, mas era proibida de mudar o destino das pessoas, ela tinha apenas que aceitar, e por ser amiga de Adriel, queria que ele conquistasse seu sonho de finalmente morrer.

— Não sei se desejo que leia meu futuro... — Disse desconfiada, com uma insegurança dentro dela. Susan não sabia como lidaria com algumas informações.

Se há algum tempo tivessem dito que seus pais morreriam e previsto isso, Susan moldaria sua vida com o destino visto, e não teria aproveitado cada instante com sua família.

— Não seja tola, Susan. O futuro sempre pode mudar, só depende de você.

E sem que Susan permitisse, pegou sua mão, fechando os olhos logo a seguir.

O coração da jovem pesou com tamanha ansiedade que a percorria. E se ela não conseguisse mudar nada?

Sierra passa por algumas memórias antigas de Susan, e algo a mais, uma situação que a deixa tensa, como se o mundo pudesse desabar a qualquer momento. De repente, tudo ficou preto e ela se afastou de Susan com um olhar de piedade.

— Sinto tanto, querida... Por tudo que você passou. — A mulher abraçou a garota, deixando-a sem palavras.

Um nó se formou na garganta de Susan, mesmo assim, retribuiu o abraço, tinha tanto tempo que não recebia nenhuma demonstração de nenhum sentimento.

— Pobre garota. Cresceu sozinha, rápido demais. Você era apenas uma criança. O Conselho não fazia ideia disso, nós teríamos tentado cuidar de você se soubéssemos.

— Está tudo... bem. — Tentou finalizar sua frase com um sorriso, mas lágrimas invadiram seu rosto.

Sierra ficou com raiva do amigo porque, por mais que não tivesse pedido para matarem seus pais, os vampiros só a encontraram porque estavam atrás dela. Era culpa dele.

E para o punir pelas coisas ruim que ele fazia com frequência, Sierra pronunciou um feitiço em latim.

No instante seguinte, Adriel soltou um grito gutural, levando ambas as mãos à cabeça enquanto caía de joelhos no chão. Sua respiração tornou-se irregular, e o som de seu sofrimento parecia ecoar pelas paredes.

Susan sentiu uma pontada no coração ao vê-lo naquela forma. Não deveria sentir pena dele. Ele era o responsável por todo o caos em sua vida, não era? Ele havia destruído tudo o que ela amava. Então por que aquilo parecia errado? Por que o som de sua dor parecia despedaçá-la por dentro?

— Pare! — Gritou Susan, dando um passo à frente, seus olhos fixos em Sierra. — Você vai matá-lo!

Sierra virou-se para ela, com os olhos brilhando em um tom frio, impassível.

— Faça eu parar. — Desafiou, cruzando os braços enquanto observava Susan. — Mostre que é mais do que apenas um nome famoso. Quero ver se você é algo além de uma sombra.

Susan abriu a boca, mas nada saiu. Seu corpo tremia de raiva e impotência.

— Você sabe que eu não consigo – respondeu, sentindo a voz embargar. — Por que você está fazendo isso?

— Porque ele merece sofrer — respondeu Sierra, categórica. — Ele trouxe sofrimento para você e para tantos outros.

Susan desviou o olhar para Adriel, que ainda estava no chão, ofegante e lutando contra a dor. Seus olhos castanhos encontraram os dela, implorando silenciosamente. Ele não disse nada, mas aquele olhar foi suficiente para fazer o coração de Susan vacilar.

— Por favor, Susan — murmurou ele, com muito esforço, quase inaudível.

Susan sentiu o calor das lágrimas brotando em seus olhos. Contra toda a lógica, ela deu um passo à frente, colocando-se entre Sierra e Adriel. Suas mãos se ergueram instintivamente na direção dele.

Desine nunc! – As palavras escaparam de seus lábios antes que ela percebesse o que estava fazendo. A magia surgiu de suas mãos em um jato de luz dourada, preenchendo o ar ao redor deles.

Sierra estreitou os olhos, surpresa, mas não recuou. Um sorriso tentado apareceu em seu rosto enquanto ela aumentava a força de seu feitiço. A pressão no ambiente ficou sufocante, e Susan sentiu suas pernas fraquejarem.

A magia de Sierra parecia engolir tudo ao seu redor, mas Susan não desistiu. Fechou os olhos com força, concentrando-se em uma única coisa: a dor de Adriel desaparecendo. Lentamente, sentiu sua magia crescer, uma luz que empurrava a escuridão de Sierra para trás. Seus braços tremiam, mas ela continuava, mesmo quando sentia a energia começar a esgotar seu corpo.

Quando Susan abriu os olhos novamente, a luz dourada havia preenchido o espaço entre ela e Adriel, empurrando a magia de Sierra para trás até que ela finalmente se dissipou. O silêncio tomou conta do lugar.

Adriel estava deitado no chão, respirando pesadamente, enquanto Sierra observava Susan com um misto de surpresa e admiração.

— Você é mais forte do que eu pensei — disse Sierra, finalmente, com um leve sorriso.

Susan gostaria de gritar e dizer que não tinha a intenção de se provar nada a ninguém, mas seu corpo doía, era como se tivesse sido atingida por algo pesado. Ela cambaleia, mas é segurada pelas fortes mãos de Adriel.

— Sabe, Susan... Eu vejo algo diferente em você.

— O quê? — Não é Susan que questiona, pois está totalmente inerte, sem conseguir se movimentar nem para dizer uma palavra.

Adriel estranhou a felicidade no rosto de Sierra. Sabia que todos com quem convivia eram malucos, mas a bruxa tendia a se destacar.

— Vejo sofrimento, escuridão... Mas, no fim do caminho, bem onde tudo parece acabar, eu vejo uma luz. Esperança e redenção definem você.

Ela gostaria de entender, mas sua cabeça nem parecia assimilar bem o que lhe era dito, e como se soubesse o que pensava, Adriel novamente tomou a frente da situação.

— O que isso significa, Sierra?

— Que Susan passará por muita coisa e precisará da sua ajuda.

Adriel se engasgou com a frase da amiga. Ele, ajudar Susan? Será que ela tinha se esquecido que o plano do amigo era matar a bruxinha?

— Você não lembra o motivo pelo qual te chamei aqui? — Indagou, os olhos semicerrados.

— Claro que lembro, e por isso estou te avisando, mantenha essa garota viva.

— Mas e a maldição?

— Não conseguirá quebrar se ela estiver morta.

— Mas... — Não era exatamente isso que tinha que fazer para se livrar da maldição? Matá-la? Ter seu coração?

— Confie em mim, Adriel. Eu não te faria mal. — A voz da mulher era imponente, e apesar do episódio anterior, Adriel confiava em Sierra.

O vampiro apenas assentiu com a cabeça, fazendo Susan o encarar com dúvidas enormes.

Aliás, como ele conheceu Sierra? Os vampiros e bruxas vivem em guerra, como eles não se mataram ainda?

Sierra estava traindo as bruxas? Que maldição é essa que atinge Adriel?

Adriel sentiu um cheiro forte invadir o local e encarou Susan, que estava com o nariz sangrando. Ele estava buscando ser forte, pois o cheiro do sangue dela enlouquecia-o.

— Ela vai ficar bem? — Perguntou a Sierra, enquanto Susan ainda parecia apenas uma boneca frágil em seus braços.

Ele a deitou em sua cama, encarando-a com uma certa preocupação que até poderia a comover, se ele não estivesse sendo compelido a cuidar dela.

— Não sei. Ela usou muita energia para te ajudar hoje.

Susan decidiu que era melhor ouvir os sinais de seu corpo e tentou se aconchegar mais na cama, emitindo um bocejo.

Adriel se aproximou da mulher e arrumou um travesseiro abaixo da sua cabeça, tentando deixá-la confortável. Quando estava prestes a sair de perto dela, sua mão é segurada.

Em um fio de voz, Susan sussurrou:

— Obrigada.

Susan desarmou Adriel com apenas uma palavra. Ele não era bom, por que ela o agradeceu?

— Vem, Sierra. Preciso conversar com você. — Buscou camuflar os seus próprios pensamentos ao se afastar do quarto com a amiga, fechando a porta.

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