Capítulo 30.5 | Três foices /)/)/)
— Vamos voltar lá...? — Pergunto, as palavras quase não se formando pelo cansaço que eu sentia.
— Você voltará lá até que todo o trabalho esteja terminado. — Ele responde, mas não da mesma forma amigável que "meses" — ou "ano"? — atrás.
— Eu... Eu preciso...? Você disse que ia ser rápido, mas... Mas eu não gosto deles, eu não gosto dele... Eles são malvados comigo e as luzes doem demais!
Ele para a minha frente, raiva contorcendo seu rosto.
— Nunca foi sobre gostar. É sobre o que EU mando, entendeu?
O olho nos olhos. — Mas...
Fios se agarram ao meu pescoço, me machucando de forma cruel.
— Você está tentando me contrariar?
— Eu só queria... — Tento levantar minha cabeça, mas sou puxado para o chão.
— OLHE PARA BAIXO QUANDO FALAR COMIGO!
Eu paraliso. O medo me impedindo de fazer qualquer outro movimento.
Sinto Ele se aproximando de mim, seu tamanho me fazendo parecer minúsculo em sua frente. — Não se esqueça — diz, seu tom agora melódico e repleto de uma "felicidade" estranha —, seja grato a mim por ainda estar aqui.
Meus olhos continuam no chão reflexivo.
Passos pesados se distanciam e, quando olho para frente novamente, Ele já havia desaparecido no corredor, me deixando só no espaço solitário, ou assim pensava.
— Só? — uma voz me chamou a atenção. Parecia ser insensível, mas aparentava ter uma preocupação no fundo.
Ela! Quanto tempo!
Sua aparência era rara e diferente de qualquer ele, da mesma forma que a sua personalidade era incomum de qualquer ele ou ela. Era a segunda ela ali, mas era a ela mais especial, pois compartilhava as mesmas "características" com Ele, assim como era a única a receber sem medidas o seu "afeto".
"Afeto". Palavra estranha, "sentimento" estranho... Como eu consigo sentir pelos outros... Mas ninguém por mim?
— Sim...
— Foi... Ele que fez isso com você?
— Fez o quê?
— Machucar.
— Não... Não sinto dor.
Ela se aconchega ao meu lado e levanta o meu queixo para encará-la nos olhos, fazendo meu pescoço quase doer pela diferença de altura, mas eu abaixo meu olhar de novo.
— Ele não é mal...
— Nem bom.
— Mas... — Penso em tudo que vivi desde que acordei, não querendo aceitar que ele pudesse ser comparado a eles. — Ele ainda é melhor que os outros! As coisas pretas!
O silêncio nos rodeou.
— Não, não mais. — Tristeza e raiva infectavam seu tom sempre neutro. — Vamos, eu quero te mostrar uma coisa...
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