Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 24 | [Como nos seus pesadelos]

🔶 2 de fevereiro de 2149
  🔸 Quarta-feira | 11:48

"Não desejava colocar você em perigo, mas me encontro incapaz de poder fazer justiça com as minhas próprias mãos, e, por isso, preciso das provas que você coletou. Dessa forma, posso te garantir que ao menos o metamorfo não sairá em pune.

Se você valoriza a vida de seu amigo, da família dele e de todas as pessoas inocentes dessa cidade, eu espero que pense bem sobre o conteúdo desta carta.

Espero te ver em breve."

Cléber fecha a carta ao terminar de reler o trecho final, relembrando o porquê de estar ali.

Olha para a enorme delegacia, sua estrutura imponente o intimidando.

Mesmo que explosões sinalizassem o fim do ataque, ainda havia alguns fragmentos e infectados rondando pela área, buscando por vítimas azaradas. Olhava frenético para cada canto, sempre checando a possível chegada do desconhecido ou de algum perigo.

Sua cabeça vira para a direita quando escuta um barulho, como se algo grande estivesse cheirando o ar. Ele aperta com força as alças de sua mochila e entra exasperado no estabelecimento.

Fecha a porta rapidamente, mas sem bater com força, deixando que o silêncio continuasse a reinar.

Já são quase 12:00! Onde está a pessoa da carta?!

Por favor, não me diz que isso é uma droga de uma armadilha!

Ele abre a sua mochila, verificando as pastas com as cópias das suas anotações dos longos dois anos que esteve observando "Trey", além das fotos que sua irmã tirou dias atrás. 

Pega uma das imagens, uma onde o metamorfo estava na escola ao lado de mais dois adolescentes. Tudo parecia normal, se não fosse pelo fraco brilho branco em seus olhos, algo que poderia facilmente passar despercebido. Porém, quando ele pega a última foto que foi tirada, o brilho se encontrava por todo seu olho, o mesmo aspecto que se veria na foto de cachorros ou gatos.

Aquelas fotos eram as provas decisivas para provar que aquilo não era humano.

E mesmo que tudo dê errado por aqui, eu sei que a Ayla vai conseguir resolver isso... Eu espero.

Se vira e se depara com o enorme interior da delegacia, completamente vazio. O local estava bem desorganizado, imagina que todos os combatentes pararam tudo que estavam fazendo para controlar o ataque.

Seu olhar passeia pela área da recepção, parando no balcão.

Ainda tinha alguém ali.

Se assusta, abraçando com força sua mochila, mas a pessoa não reage ao som que fez, apenas continua sentada de costas para ele.

Silenciosamente, Cléber caminha até o homem, engolindo todo o seu medo. Ele observa com paranoia os papéis acima do balcão, sobre relatórios do hospital, e o jarro de flores caído, molhando com água o móvel, os papéis e o exótico crisântemo verde.

A água do jarro continuava a cair no chão, assim como a pessoa permanece de costas.

O ruivo puxa sua arma e começa a aproximá-la com cuidado da pessoa, preparado para atirar. A intensidade do brilho prata aumenta e, quando encosta no indivíduo, seu corpo tomba no chão com uma leve pancada.

Sangue colore o chão e "moscas" parecem começar a sair de dentro do corpo. Já estava morto.

Cléber suga o ar para dentro dos seus pulmões e exala logo em seguida, tentando manter a sua calma remanescente. Ele anda de costas até a saída, batendo-as em algo sólido.

Seus olhos verdes focam em nenhum ponto específico, até tomar coragem para ver o que tinha atrás: uma mulher de quase dois metros, com longos cabelos vermelhos e um sorriso de dentes afiados que marcaria o pior dos seus pesadelos.

— Oiii!

Ele atira na cabeça dela e corre.

Seu braço é agarrado com uma força que o desloca, fazendo-o cair no chão com um dolorido baque. Busca por sua arma, que se encontrava agora a alguns metros dele, mas logo é levantado pelo pescoço.

— O que temos aqui, hm? — Os olhos de rubi fitam seu rosto, a ferida da AL na testa dela se curando em instantes. — Nossa! Eu amei o seu cabelo e essas manchinhas no seu rosto! — Diz, parecendo uma adolescente.

Ela arranca de maneira brutal um tufo de cabelo dele, a ponto de tirar sangue e um grito de dor do garoto, e assimila para seu corpo.

— Morseau! O que você acha do meu cabelo assim? — Os longos cabelos vermelhos dela ganham a mesma tonalidade alaranjada do dele, assim como perdem a textura lisa para encaracolada. Um sorriso juvenil se abre no rosto dela, agora repleto de sardas.

Em meio ao seu desespero, ele percebe um homem de aspecto doente, contrastando com a energia vívida da mulher, aparecer de uma esquina. O adolescente e o metamorfo compartilham o mesmo olhar de desgosto ao se verem.

— Está horrível. — Fala sem escrúpulos.

Ela faz cara feia, batendo a cabeça do adolescente, que não parava de se mexer, no balcão e mandando dedo do meio para o outro metamorfo.

— Mata logo isso, daqui a pouco "ele" vai chegar aqui. 

Os olhos de Cléber se arregalam, seus dedos tentando tirar o máximo que conseguia da mão em seu pescoço, mas não era suficiente.

Ele ia morrer ali.

Lágrimas escorrem pelo seu rosto suado, tanto pelo medo quanto pelo ar que não conseguia levar para seus pulmões. Seu coração batia como o badalar de um relógio, contando os segundos, sabendo que iria parar em breve.

O arrependimento o consumia por dentro, o de não ter confiado em seu amigo, o de não ter pedido auxílio ao seu pai e o de não ter mantido sua irmã longe disso. Sempre obstinado demais para ver quando estava errado.

E agora ele ia pagar por isso.

— Já sei! — A mulher fala, seu sorriso voltando. — Ficamos com 449 vítimas no total, né? Por que a gente não desempata a aposta? 

Morseau levanta uma sobrancelha, interessado.

— No três! — Disse, jogando o humano no chão com um gesto brusco.

Um fio de esperança cresce em toda a vida de ceticismo de Cléber. Aquela era sua chance, sua única, de sair dali. Cléber recupera o ar que faltava, se agarra em sua mochila e se levanta com suas pernas trêmulas.

— Um! — A mulher inicia a contagem, com uma voz que parecia cortar o ar.

O adolescente dispara em direção à saída, suas pernas parecendo feitas de chumbo, enquanto o pânico o impulsionava adiante.

Dois! — A voz dela soa como um trovão, enquanto ela e o outro metamorfo faziam gestos de arma com as mãos, os dedos indicadores firmemente apontados para a cabeça do ruivo.

Cléber estende sua mão boa em direção à maçaneta.

TRÊS! 

O som do disparo ecoa no ar, seguido por um silêncio ensurdecedor.

Cléber pisca, ainda vivo.

— QUÊ?! — A mulher grita, incrédula, ao ver que o garoto havia se abaixado no último segundo, o projétil orgânico passando por cima de sua cabeça.

Por um instante, felicidade pura e inebriante inundou o coração de Cléber. Ele escapou.

ISSO!

EU CONSEGUI!

Eu...

Naquele milésimo de segundo, como se o tempo estivesse parado, ele nota algo. Havia apenas um único espinho grosso e vermelho cravado na parede.

Cadê o outro...?

Com uma sensação gélida subindo por sua espinha, ele levanta os olhos a tempo de ver o sorriso vitorioso do segundo monstro, seu dedo ainda apontado na direção da cabeça de Cléber.

O tempo volta a rodar.

Cléber abre a porta e o último disparo é feito.

O silêncio preenche a sala, interrompido apenas pelo baque de algo caindo no chão.

Não havia discurso final para o adolescente. Não havia memórias reconfortantes em que pudesse se agarrar e remoer naquele momento. Não havia conforto algum na cruel realidade que enxergava.

Apenas a rápida dor aguda até o abismo o engolir. A visão de Cléber se apaga e ele solta seu último suspiro.

Morseau ri. — Se estivesse realmente dando sua vida para essa missão — ele caminha até Cléber, passando pela metamorfo, que rosnava com ódio —, saberia que ele é espertinho demais para esse seu cérebro de passarinho. De nada, Antanira.

Ela responde com outro rosnado.

O metamorfo para diante do ruivo, o observando enquanto o líquido vermelho tingia lentamente o piso. Lentamente, seu sorriso se desfaz, quando começa a perceber a real gravidade do que ele havia feito.

Indiferente quanto a realização do outro, a metamorfo começa a reclamar. — Canalha! Você ROUBOU!

Morseau fica em silêncio, ignorando os milhares de xingamentos do chilique da mulher.

Quando seu olhar se volta para a porta, havia uma figura toda de preto, um uniforme básico da equipe de combatentes, o encarando com, o que ele poderia deduzir de um capacete sem rosto: ódio.

Os dois metamorfos ficam extremamente sérios.

A figura entra a passos lentos na delegacia, encarando o adolescente morto no chão. Os olhos verdes e a pele clara de Cléber tomavam um tom pálido, um horror eterno cravado naquela expressão.

Aponta para o corpo. — O que é isso? — Uma voz robótica, grossa e indistinguível, diz. 

Antanira encara o outro, com um olhar mais nervoso que sério. Morseau não tira seus olhos do capacete que refletia sua aparência doente, sua mente elaborando as milhares de desculpas que poderia dar para o que aconteceu.

— É só mais um humano, devia estar buscando um abrigo do ataqu-

A figura levanta a mão e o metamorfo para de falar.

— Repita a primeira frase.

— É só mais um humano...?

O desconhecido se abaixa, virando com cuidado a vítima e tirando os cabelos da frente de seu rosto pálido, com agora um enorme buraco na região temporal de onde saía todo o sangue.

Os dois metamorfos analisam aquele rosto, sujo e cansado demais para perceberem antes que deveriam o reconhecer no instante em que o avistaram. Um frio passa por suas espinhas.

— Não fui claro o suficiente? — Puxa um dispositivo de um dos seus bolsos.

Morseau dá um passo para trás, se sentindo com o mesmo nível de inteligência da metamorfo por não notar que aquele era um dos alvos que deveria permanecer vivo.

— Eu fui bem claro quando eu disse QUEM deveria morrer. — Se aproxima, apontando o aparelho, com alguns botões em sua interface, para o larval, fazendo uma pequena luz vermelha piscar em seu colar.

— E quem realmente deveria estar morto está lá no centro, MAIS VIVO DO QUE NUNCA! — Esbraveja, tomando a atenção dos dois. — O que aconteceu que ELE não está MORTO?!

O metamorfo olha para a carniçal, buscando explicações dela, mas ela apenas abaixa o olhar, se mantendo em silêncio.

Morseau responde rápido. — Nós não tivemos tempo, ele se apresentou um alvo difícil para o que esperávamos.

A figura aponta para Antanira, a pegando de surpresa.

— O que eu passei sobre o alvo?

— Uh... — Olha perdida, não se lembrando. — Predador... Que já fez consumo de humanos...?

— Consumo de humanos e metamorfos. É tão complexo lembrar de algo simples como isso? — Encara incrédulo os dois. — Ou os seus cérebros já estão deteriorados demais para lembrar de tal fato?

Nenhum deles responde.

— Muito bem... — Olha para Cléber, cada vez mais pálido, enquanto tentava disfarçar a melancolia em seu tom. — Me certificarei de que esse erro não passe despercebido. — Levanta o dispositivo na direção do colar de Morseau. 

O metamorfo arregala os olhos, como se sua vida pudesse ser destruída com aquele simples controle.

— ESPERE! 

O dedo do desconhecido paira sobre o botão.

Eu posso consertar ele, mas eu preciso fazer isso rápido.

A figura pisca, surpresa. — Então faça! — Comanda, saindo da frente.

Morseau se abaixa, segura a cabeça do adolescente e coloca a palma da sua mão na direção do machucado.

Os dois em pé assistem curiosos à cena, vendo o humano apresentar pequenos movimentos nos dedos e nas pálpebras dos olhos. Até o peito dele começar a se mover para cima e para baixo.

O metamorfo se levanta, enojado com o sangue em suas mãos e em seus sapatos.

— Ele está...

— Sim. — Morseau confirma com toda confiança que conseguia entregar, mas vê desconfiança no olhar da sua parceira.

O desconhecido pega Cléber e sua mochila, levantando o garoto com cuidado em seu colo. Se vira para olhar os metamorfos uma última vez.

— Espero que ele esteja morto na próxima vez que nos encontrarmos. — Diz, com ameaça em seu tom.

Os dois assentem, levemente perturbados.

A porta se abre e outra figura, uniformizada de preto da mesma forma, mas com detalhes muito mais complexos no tecido, se depara com o desconhecido. Os dois se encaram com hostilidade, principalmente a nova figura.

O estranho adentra o espaço, sem tirar os olhos do primeiro, parando apenas quando ao lado dele. Ele se agacha e mexe em um bolso específico da calça do primeiro, tirando uma adaga com uma lâmina azulada.

A arma é colocada de volta no lugar, ele analisa mais uma vez a outra figura, e o corpo que carregava, e então o ignora, já confirmando o que queria.

O desconhecido se retira com Cléber em seu colo, saindo da delegacia com raios de um sol caloroso em seu uniforme, o fazendo se sentir que era o único que estava vivendo um pesadelo.

🌑🌓🌕🌗🌑

Ele coloca o ruivo no chão, em frente a porta de seu lar.

Cléber, mesmo respirando e com batimentos fracos, ainda estava frio, trazendo um profundo ódio ao desconhecido por imaginar que aquilo era uma farsa.

Apenas uma casca do que
já foi aquele humano.

Sua mente ainda estava dormente, não conseguindo processar tudo que havia acontecido.

O desconhecido encara uma última vez com pesar o adolescente, e se afasta, levando consigo a mochila cheia de provas. Olha ao redor, vendo as ruas completamente vazias, e inicia sua caminhada até o seu esconderijo.

🌑🌓🌕🌗🌑

Após o dia interminável, a noite caiu, cobrindo os estragos do ataque com suas sombras.

Nas ruas, diversos combatentes circulavam, rondando a cidade nos principais pontos de ataque e na área geral dos abrigos, mas, apesar disso, alguns locais se mantinham intocados pelos horrores, um deles o Espaço das árvores.

O único som que podia se ouvir era o da própria fauna noturna, ou ao menos o que havia sobrado dos seres que não foram infectados. Ainda que a folhagem das árvores criasse espessas sombras sobre o espaço, uma lua cheia iluminava com todo seu esplendor a natureza local.

Porém, sons de botas pesadas interrompem a sinfonia da noite. A figura, uniformizada de preto, rondava pelo espaço procurando por algo, por uma árvore específica.

Sua postura era exausta e trêmula, como se o sono tivesse se tornado um sonho inalcançável após as terríveis visões que assombravam sua mente.

Ela para quando vê uma enorme árvore de ipê, se destacando em meio a todas as outras. Anda em torno dela, parando apenas quando encontra o símbolo que ansiava.

O desconhecido desaba de joelhos, sem forças.

Sua mão trêmula hesita em tocar o símbolo, os seus sentimentos transbordam e as lágrimas, que havia segurado desde que viu Miguel, caem como torrentes incontroláveis, escorrendo por suas bochechas.

Havia feito o possível para proteger aqueles que estavam em perigo, era incapaz de assistir aquela chacina sabendo que poderia ajudar. Porém, todos aqueles rostos, jovens ou não, aterrorizados, não sabendo que um simples evento levaria as suas mortes, ainda atormentavam o seu ser. 

Encolhe-se, abraçando o próprio corpo, a cabeça pressionada contra os joelhos, em uma posição desconfortável, enquanto a culpa insuportável consumia sua alma.

Joga o capacete sufocante ao chão com um gesto brusco, quase quebrando o visor. Sentia o desejo de gritar, mas se conteve, emitindo apenas pequenos soluços, não querendo chamar atenção para si. 

Seu choro aumenta em volume, refletido na força que agarrava a grama no chão.

— Isso não é justo! Não é! — Sussurra, com medo de que sua voz pudesse ser ouvida e reconhecida.

— Por que isso tinha que acontecer? Por quê?! — Agarra seus cabelos castanhos com raiva. — É tudo culpa sua! Só sua! — Bate no chão com os dois punhos.

Seus olhos castanhos, agora avermelhados pelo choro, focaram novamente nas gravuras na árvore, vendo o sol e os três planetas.

— Por favor... Me perdoem! — Mais lágrimas caem enquanto implorava. — Eu juro que tudo vai ficar bem! Eu prometo! Ninguém mais vai se machucar por causa... Dele! 

Um sorriso trêmulo tentava se formar em seu rosto, como se estivesse falando com eles.

Até ele encarar o desenho da lua.

O ódio queima em seu coração e ele se levanta, ainda com as pernas um pouco bambas, desacostumado com o movimento.

Seu mentiroso! Isso é tudo sua culpa, Trey! — Aponta, acusando a simples gravura. — Você me enganou! Me usou! — Fala com dor, uma tristeza profunda em seu ser.

— Mas eu não vou deixar você completar esse seu plano... Diabólico! — Pega sua adaga, a luz azulada iluminando seu rosto pálido. — Eu não vou deixar você destruir essa cidade...

Ergue a arma sobre sua cabeça. 

Nem os meus pais... 

Com um ódio desumano, ele direciona a lâmina até o pequeno desenho da lua.

E nem o meu irmão!

Oliver crava a adaga na árvore.

.

.

.

.

.

-NOTAS-

Altas emoções, né? 

O que achou desse final? 👀

Com grande felicidade, finalizo aqui o primeiro fragmento/temporada da história!

Enquanto não houver novos updates, sugiro que você faça uma releitura desse fragmento, pois diversas coisas foram adicionadas e melhoradas nos primeiros capítulos!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro