Parte 1
Em mais uma cena de crime, dessa vez uma sequência deles, os agentes Claus e Kathleen procuravam por pistas que pudessem levá-los a algum apontamento de quem fosse o suspeito.
— Claus, olha isso! — Kathleen chamou seu parceiro assim que viu algo suspeito na sala da casa abandonada. — Dá uma olhada nessa mancha de sangue, parece estar bem úmida e recente... — Ela se abaixou próximo à pequena gotícula de mancha escura no chão, perto de um armário sujo e caindo aos pedaços, e logo pegou um cotonete da sua mochila de materiais. — Vamos levar uma amostra! — Disse determinada, já guardando o objeto no saco plástico e lacrando-o. Aquela prova poderia comprovar a cena do último crime que pesquisavam. Ela estava esperançosa e, agora que encontrara aquilo, queria ainda mais pistas para sugar.
— Você acha que o assassino esteve aqui há pouco tempo? De quem pode ser esse sangue?! — Kathleen começou a fazer perguntas assim que Claus se aproximou, mas afinal, só queria expor suas inquietações de alguma maneira. — Já encontramos cinco corpos e nada de soluções! Não estamos progredindo quase nada nesse caso! — Exclamou preocupada.
— Você parece que acabou de sair da faculdade, Kathleen! — Claus lançou mais um de seus suspiros monótonos e voltou à posição normal: ereto frente ao armário. Kathleen já colhera a prova de que precisavam. — Lógico que sangue úmido é sinal de que o fato ocorreu há pouco tempo! — E revirou os olhos, afastando-se dela e de sua pista. — Vamos continuar investigando.
— Eu sei, Claus... — Kathleen insistiu e andou rapidamente até acompanhar os passos do parceiro. — Mas esse sangue também pode não ter ligação alguma com ele! É isso que estou querendo dizer. Esta é uma casa abandonada! Há manchas de sangue e nenhum corpo no local! Nem vestígios! Nenhuma das cinco mulheres mortas tem ligações entre si! Estou pensando que pode ser uma forma de nos despistar, entende?!
Claus enfim parou de andar e analisou profundamente a sequência de pensamentos da parceira, virando-se para ela em seguida.
— E eu saí da faculdade já faz um ano! Um pouco mais de respeito, por favor! — Cruzou os braços e revirou os olhos antes que Claus dissesse mais alguma coisa contra ela.
— Esses estagiários... — Claus soltou um deboche antes de prosseguir, aliás, ele tinha que fazer aquilo, era sua marca registrada. Provocar Kathleen era a única parte divertida do trabalho que tinha. Pelo menos ele precisava de um motivo pra sorrir depois de tudo que passara.
— Falou o experiente! Setenta anos de profissão! — Kathleen entrou rapidamente no mar da ironia e o aplaudiu devagar com as mãos.
Claus apenas balançou a cabeça em negação e voltou ao foco, decidindo deixar as provocações para um momento mais oportuno. — Onde o último corpo foi encontrado?
— A última mulher... — Kathleen começou a buscar os registros em sua memória brilhante, fato que sempre ajudava os dois na agilidade do trabalho. — Lisbela Bentrano, 22 anos, encontrada em um matagal próximo à saída da cidade; sinais de estrangulamento, manchas no corpo, provavelmente por tentativas de dominação por parte do assassino, e as costas cortadas formando a letra R.
Claus pensou um pouco. — Sabe o que significa esse símbolo?
— Essa letra é o símbolo dos "Redemptorists". — Respondeu, séria.
Claus franziu as sobrancelhas logo buscando informações em seus arquivos de memória. — Redentores?!
— Os membros dessa formação geralmente ficam nos bairros mais periféricos da cidade, mas suspeitamos que são comandados por alguns políticos.
Claus franziu as sobrancelhas, pensativo. — O que mais sabemos sobre eles? Costumam assassinar mulheres? Quais os propósitos dos seus crimes? Alguma ligação entre as vítimas? Algum informante?
— Envolvidos com tráficos de órgãos. — Kathleen respondeu de imediato, mas já franzindo as sobrancelhas e criando um questionamento em sua cabeça. — Mas a questão é que nenhuma das vítimas encontradas estava dissecada... Não sei quais foram suas intenções com isso. Foi só pra chamar nossa atenção?
— Esse não deve ser o único objetivo então. — Claus coçou a cabeça, confuso.
— Mas por que matariam mulheres sem nenhum tipo de ligação? E por que apenas mulheres?! — Ela questionava e balançava a cabeça em negação o tempo inteiro. Estava realmente se achando frente a um beco sem saída. — Tem que haver alguma explicação...
— Eu não sei... — Ponderou.
— Claus! — De repente Kathleen utilizou um tom mais alterado na voz, mudando até mesmo a postura do corpo. Claus percebera de imediato que alguma ideia ou apontamento se passara por sua cabeça, mas decidiu manter a calma.
— Oi, Kathleen.
— Quantas mulheres trabalham em nosso Departamento?! — Perguntou com os olhos arregalados, mas seu parceiro nem sequer entendeu o motivo da pergunta. A cabeça dela era uma incógnita, e às vezes ela se tornava confusa demais para ele.
— Por volta de dez mulheres.
— Não. — Balançou a cabeça, apressada. — Na ativa. No campo. Como eu.
— Por quê? — Claus sentiu a pressão da ansiedade de Kathleen sobre si, e nem deixou que ela perguntasse novamente. — Quatro. Com você, cinco.
— Cinco. Comigo, cinco. — Ela repetiu assustada, com os olhos fixos em algum lugar que Claus não conseguiu identificar, por isso decidiu fazer mais uma brincadeira para tentar ajudá-la.
— Já está com medo, caloura?! — E abriu seu melhor sorriso debochado.
— Cala a boca! — Ela respondeu nervosa, tentando não lhe dar corda.
— Fica fria aí! Não tenho culpa se querem matar vocês! — Novamente ele brincou, mas dessa vez Kathleen estava formulando uma teoria muito maior do que sua própria vontade de socar o rosto do seu parceiro.
— Eu preciso fazer uma investigação solo. — Exclamou em tom sério e concentrado, já caminhando em direção à mochila de instrumentos.
— Não! — Claus não pensou duas vezes antes de cortar suas expectativas.
— Ainda vamos revistar mais uma vez esse local? — Perguntou, ignorando a opinião do parceiro.
— Já está tarde! — Falou sério, percebendo que Kathleen não estava mais brincando.
— Está com medo? — Perguntou com o cenho cerrado e uma determinação profunda no olhar. Ela queria realmente ficar e fazer o que achava necessário.
— Mais de duas horas da manhã, Kathleen. — Claus falou sem nem mesmo consultar seu relógio digital no punho esquerdo. — Temos que voltar às seis para o Departamento.
— Eu vou ficar. — Mas ela respondeu determinada ao lhe encarar. — E não quero que esteja ao meu lado atrapalhando minhas análises.
— Kathleen, não é um pedido.
— Eu não estou a ouvidos da sua opinião agora, Claus.
— Vamos logo! Te acompanho até sua casa.
— Fala sério! — Respondeu irritada. — Não se faça de gentil agora! Preciso fazer algo útil para essa Organização!
Claus por fim respirou bem fundo e fechou os olhos por uns segundos. A rebeldia e inconstância de Kathleen quase sempre lhe tiravam do sério.
— Tudo bem. — Assentiu. Afinal de contas, ele precisava tomar as rédeas da situação. — Vou ficar com você. Se acontecer alguma coisa a culpa vai ser toda minha mesmo... — E ergueu as sobrancelhas em um movimento rápido.
Kathleen respirou bem fundo. Não era isso o que tinha em mente. — A única coisa que vai acontecer aqui é um grande estresse, se você continuar perto de mim! — É que às vezes ela não conseguia conter seu espírito adolescente, apenas aos vinte e tantos anos.
— Só vou comprar algo pra comer. — Claus mudou de assunto, tentando dar a ela um pouco do espaço que queria, mas mantendo a distância cabível. — Quer o quê?
— Nossa, finalmente algo útil! — Exclamou. — Como qualquer coisa.
— Tudo bem. — Respondeu-lhe. — Nunca resistem à comida... — Brincou em volume baixo.
— O quê?! O que disse?!
— Volto em 5 minutos. — Lançou-lhe uma última encarada. — Não morra.
— Tchau, Claus. — Ela revirou os olhos mais uma vez, ato que já era acostumada a fazer quando perto do parceiro.
Enquanto Claus não retornava, Kathleen voltou a analisar cada fagulha daquela casa e, enquanto isso, deixou seus pensamentos livres de qualquer barreira.
"Nosso Departamento possui cinco mulheres trabalhando em campo. E cinco mulheres foram mortas. Se Claus estiver mesmo certo e os Redemptorists estiverem envolvidos com algum ramo político de esquerda, pode haver sim uma ligação entre esses fatos. Afinal, somos uma Organização independente, e muitos dos nossos casos acabam envolvendo prisões e acusações de políticos e gangues corruptas... Certamente eles detestam o nosso trabalho, mas... O que está matando a minha cabeça é: por que as mulheres?! Por que apenas elas?! Além do mais... Foram cinco vítimas indefesas... Por que não buscaram primeiro nos atacar?! Seria um risco muito grande para eles?!"
De repente, quando estava do lado de fora da casa, Kathleen se assustou com a freada brusca de um carro e a voz acelerada de Claus emanando de lá.
— Entra aqui. Rápido! — Ordenou com pressa.
— Eu ainda não terminei! — Ela levantou as mãos na defensiva. — Espera, você já comprou os lanches?! — Perguntou, notando como foi rápida a ação do parceiro.
— KATHLEEN! — Claus gritou já impaciente e ela logo entendeu que algo não estava correto naquela cena.
— Tudo bem, tudo bem! — Kathleen se rendeu e entrou logo no automóvel. — O que está havendo?!
— Mais na frente eu explico. — Claus respondeu, tentando respirar e manter a velocidade do carro ao máximo que podia naquele local. Mas logo Kathleen lembrou de algo crucial no caso. A única pista que conseguiram da casa abandonada.
— Ah não, Claus! — Exclamou em tom preocupado. — A amostra! — E franziu logo as sobrancelhas. — Eu esqueci!
— Ali! — Claus exclamou, externo à fala de Kathleen.
— Ali o quê?! — Ela não estava entendendo nada, mas só pensava na pista que não podiam perder. — Precisamos voltar!
— Agora não.
— Claus, precisamos voltar! — Ela repetiu determinada. — Tenho que analisar aquela amostra!
— Tem um homem de terno no carro da frente. Ele pegou um outro cara cheio de tatuagem que provavelmente mora nesse bairro. Argh, droga!
— O quê?!
— E essa chuva pra atrapalhar...
— O que foi?! Não estou entendendo... — Kathleen estava confusa demais pra entender o que exatamente estava acontecendo ali.
— Kathleen, em que mundo você vive?! Acha que o pessoal desse bairro tem contato com homens ricos da cidade?! — Claus questionou já estressado por ainda ter que precisar explicar com detalhes o que estava havendo.
— Eu estava no meio de uma análise profunda dos fatos quando você me interrompeu! — Kathleen iria começar a se defender, mas logo ligou os pontos. — Ei! Verdade! — Exclamou. — Então estamos seguindo-os?
Claus revirou os olhos. — Não. Só estou vendo de perto qual é a cor desse carro! — Em algumas horas ele tinha a impressão de estar ao lado de uma criança.
E então ouviu os barulhos de reclamação de Kathleen enquanto a mesma pegava seu celular. — Dá pra parar com isso?!
— O que está esperando?! Anote a placa!
— Eu já tirei uma foto, idiota! — A agente respondeu e em seguida passou alguns poucos segundos calada. — Claus! — Ela exclamou seu nome, e esse era sempre o sinal de que em seguida iria falar algo sério, mas naquele momento Claus estava focado em outra coisa.
— Droga. Eles perceberam!
Kathleen também estava alheia às preocupações do parceiro. — É o... É... Claus... — E estava travando, presa suficientemente em suas próprias preocupações.
— É o quê?! Fala logo!
— É um veículo da prefeitura! — Informou.
— Caramba! Não tinha percebido! — Claus exclamou dando suficiente importância à observação da parceira. — Me deixa chegar mais perto...
— Foi comprado há três meses clandestinamente. Não está incluso nos orçamentos do governo. Certamente para fins ilegais por parte de algum grupo político. — Ela estava focada nas informações que estava pesquisando no celular, mas acabou percebendo a pressa exacerbada do agente ao seu lado. — Claus, eles vão perceber! Para!
— Só você ainda não entendeu que eles já perceberam?! — Respondeu com raiva. Ele sempre gostava de estar um passo à frente de Kathleen. Como mais experiente e há mais tempo na Organização, se sentia e se forçava a estar sempre nessa posição mais elevada.
— Acha que se eles já tivessem percebido não teriam tomado alguma atitude?! Não precisamos de mais proximidade. Vamos continuar mantendo uma certa distância. Eu estou acessando o sistema. Minhas informações estão corretas.
— DROGA! — Claus gritou dentro do carro, cortando a fala de Kathleen e fazendo-a se assustar com o barulho de sua voz e do carro brecando. — Conseguiram passar pelos trilhos antes do trem atravessar!
— CLAUS, VOCÊ ESTÁ MALUCO?! — Ela gritou pelo susto e pelo pequeno ódio que sentiu por ele. — A gente podia ser atropelado! Eles poderiam ter atirado! — Sua respiração estava acelerada e ela estava tentando se recuperar do susto.
— Já levei seis tiros. — Ele respondeu, dessa vez calmo.
— E parece que ainda não está satisfeito! — Rebateu.
Claus mordeu o lábio inferior e pensou por uns segundos com o carro já parado. — Foram no sentido Centro. — E levantou a cabeça. — Pelo menos já pegamos a placa.
— Vamos para a casa do tatuado! — Opinou.
— Mas ele está naquele carro!
— E você não viu de onde ele saiu? Vamos lá para ver se conseguimos alguma informação! Com certeza acharemos alguma coisa. — Kathleen disse, e finalmente Claus lhe deu ouvidos. Era mesmo uma boa ideia.
E enquanto estavam a caminho do seu destino, comendo o lanche que ainda nem sequer tinha sido tocado, Kathleen achou uma boa ideia dividir sua teoria.
— Acha que os Redemptorists querem nos atingir de alguma forma? — Ela perguntou.
— Tenho certeza. Somos a única equipe de investigação criminal da cidade.
— Não é só isso, Claus... Você não acha estranho que as cinco vítimas tenham sido apenas mulheres? E se a Organização já existe há cinco anos, por que apenas agora? Ainda não parou pra pensar que o primeiro assassinato ocorreu pouco tempo depois que as cinco agentes começaram a trabalhar em campo? — Kathleen balançava a cabeça, ela tinha certeza de sua teoria. Ou pelo menos quase. — Não é só uma mensagem, Claus. Não é só um aviso. É uma premonição.
Ela estava intrigada por isso e nunca havia falado tão sério, mas o clima de tensão foi cortado assim que Claus soltou um sorriso debochado. Mais um, aliás.
— Ah, para!
— Não acredita, não é? — Ela perguntou um tanto chateada. Esperava que pelo menos seu próprio parceiro lhe desse um pouco de razão ou, no mínimo, atenção quanto a isso.
— Você não está no jardim de infância. Esse hambúrguer não deve ter feito muito bem a você!
Quando ouviu aquilo, Kathleen nem sentiu vontade de revidar. De alguma forma, aquilo tinha lhe machucado. Ele não confiava nela.
— Quer saber?! Esquece! É por isso que eu queria ficar sozinha!
— Uma recém promovida sozinha nas ruas... — Pontuou com um certo nível de sarcasmo na voz, mas só obteve o silêncio como resposta. — Vou passar pela lanchonete. Espero que não se importe. — Ele também não gostava do silêncio da parceira. Adorava lhe provocar, mas quando ela se machucava, ele acaba se sentindo culpado. E logo se arrependia do que quer que tenha falado.
— Vai comer de novo?! É por isso que não para de engordar! — Kathleen exclamou, então ele voltou a sorrir aliviado. Era assim que ele gostava de vê-la, por isso se permitiu continuar as brincadeiras.
— Você ainda não me viu por baixo desse colete, agente Kathleen. — E lançou-lhe um rápido olhar provocador.
— E nem quero. — Ela respondeu, lhe fazendo sorrir novamente.
Depois de alguns minutos, e mesmo precisando enfrentar os questionamentos de Kathleen, Claus parou o carro e desceu, levando menos de cinco minutos para voltar, dessa vez com uma seringa em mãos. Era o local onde ele avistara o cara tatuado, e então combinaram que Kathleen ficaria para pesquisar pistas no pequeno quarto de quitinete de onde ele saíra, enquanto Claus voltaria para a casa abandonada para colher os materiais que tinham deixado lá.
— E aí, achou alguma coisa? — Claus perguntou depois de vários minutos, assim que voltou para buscar a parceira e a mesma entrou no carro com um papel em mãos, mostrando-lhe o conteúdo.
— É o símbolo dos Redemptorists. Aquele cara é um tatuador e não apenas trabalha pra eles, como tem acesso às informações. O homem de terno com certeza é algum dos membros de lá.
— Bom trabalho! — Claus a elogiou orgulhoso, o que era consideravelmente raro de acontecer, e deu a partida no carro.
— Claus! — Então novamente ele ouviu seu nome em tom exclamativo. — Ele trabalha com isso. Com desenhos... Ele é contratado pra isso! — Kathleen o encarou. — O corte!
— O quê? — Questionou. Dessa vez ela estava veloz demais e era ele quem não conseguia acompanhar seu raciocínio.
— O corte da Lisbela... Está exatamente como no desenho! Deve ter sido ele, Claus... Ou pelo menos ele tem ligação com isso. É nosso suspeito número um! Não podemos perdê-lo! — Falou determinada.
— Ligue para o Mike agora e peça a localização do veículo. — Ordenou-lhe e pisou com vontade no acelerador. Ele estava determinado. Era tudo o que precisavam para alavancar rumo à resolução do caso.
Mike era o agente por trás dos agentes, aquele que sempre ajudava com pesquisas, hackers, rastreamentos e as demais tecnologias.
Em menos de dois minutos depois do contato, Kathleen já tinha as informações de que precisavam.
— Estão fora da cidade, Claus. Fugindo, certamente. A mais de 100 quilômetros daqui. E receio que estejam indo direto para o aeroporto estadual.
Claus se encheu de raiva e socou o volante. Kathleen já havia percebido há um tempo atrás que ele sempre fazia isso quando a situação fugia do seu controle e não avistava nenhuma saída boa o suficiente. Era quando ele se controlava para não xingar ou falar besteira.
— DROGA! — Gritou novamente, mas dessa vez Kathleen já sabia que isso iria acontecer. Claus então respirou fundo e voltou ao normal, afinal, suas profissões eram daquelas onde a calma e o autocontrole eram essenciais. — Vou deixar a amostra, a seringa e o desenho no laboratório para análise e pesquisa. Além disso, falar com Mike e pedir uma equipe de apoio para lá.
— Para lá onde? — Kathleen perguntou sem entender, e então Claus lhe lançou um olhar determinado, tão determinado que chegava a ser quase incentivador.
— Vamos pegá-los, agente Kathleen. — E assentiu com a cabeça, esboçando os primeiros traços do seu sorriso de vitória. — Prepare-se, pois temos uma longa viagem pela frente!
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