37 : Coração voraz
Coração voraz
A minha alma presa se sente cansada
Culpada
Desequilibrada
Não sabe determinar caminhos
Às sensações são inúmeras
Desde desespero tampouco medo
Estou sendo observada de longe
Eles estão sempre me incomodando
Um grito parado se transforma em pequenos gestos sutis
Minhas mãos se mexem em um ritmo constante de sensações que não aconteceram ainda
Eu não consigo com proesas simples
Eu não consigo com essa visão de mundo
sempre orei por outras versões de mim mesma
Sou a confusão em pessoa
Não quero que nada mude
no meu pequeno mundinho de constante quietude
Cheios de dias iguais
de paradas temporais
Mas é inevitável
Sempre tem algo mudando
Minha alma volta a gritar quando a roda gigante começa a rodar
O caos se estala
Não sinto dor
Apenas um frio constante
Percebo que algo em mim se estilhaça
Era um mar de colisões
Estou sempre tentando sobreviver desses desvios
Meu corpo não consegue ficar presente em momentos de humanidade
minha alma é inquietante
Ela não consegue se conectar com outras pessoas por completo
ela foge
Sempre sem conexões
Sempre perdida em mundos que colidem
Mas eu ainda estou aqui
Sempre estive
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