33 : Isabelly
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Isabelly
Rainha dos espíritos
De nome diferente
Aquela que espera seu finalmente
Que Anda pela grama molhada e macia como um tapete de lã
Um chamado da natureza
Ela precisava daquilo para viver
Era apenas para viver
Ninguém sabia
Ela não conseguia respirar totalmente
Era a primeira vez que saia de sua prisão de ramos
Era a primeira vez que sentia a chuva rabiscar seus compridos cabelos negros
Dançando no relevo da nevasca
Com a noite eram borões em uma galáxia cheia de nebulosas
A névoa disfarçava às lágrimas que caiam como cachoeiras se quebrando
Às estrelas banhavam os céus
Eram apenas minúsculas fibras de esperanças
Um vestido cobria suas curvas escondendo suas cicatrizes
Sua coroa lhe enfeitava a cabeça
Feita de flores e espinhos lhe coroando rainha
Flores azuis e brancas cantando
"Salvem a rainha!"
Com espinhos que lhe gritavam
"Cortem-lhe a cabeça!"
O frio do inverno eram como vidros de um acidente
A respiração cortava seus pulmões
Seu mundo estava em guerra
Sua vida não passava de um sopro
Andava como um fantasma por um mundo que não a via
Andava por um jardim de flores que banhava a morte
Cantava a mesma canção de ninar de séculos perdidos
Cantava para um espírito que se escondia de emoções difíceis de explicar
espíritos de épocas bagunçadas
Sussurrou ao vento
Nutrindo aquele amor por seu amor perdido
Esperando sua volta
Un mundo que se escondia aos espíritos famintos
Daquela rainha chamada Isabelly de nome diferente.
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