Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Entre Lobos - Capítulo 32 - Retorno Ao Lar

"POSSO SER A SOLUÇÃO DOS SEUS PROBLEMAS. OU O COMEÇO DELES."

Lunnara acatou seu pedido, e amparada, Amora finalmente voltou para casa. A vampira não perguntou nada sobre o tempo em cativeiro, de uma forma ou outra ela saberia, e sabia que não devia ter sido nada fácil pra uma humana como Amora ter um leve relance da crueldade que os Lycans poderiam fazer.

Em casa, Lunnara retirou do corpo de uma calada e triste Amora os trapos que ainda vestia, levou-a nua para o chuveiro e o abriu com água quente, sobre o corpo esguio. Amora não se moveu, deixando a água escorrer por seu corpo até o chão, manchada de vermelho sangue e terra. Lunnara deslizava os dedos nos longos cabelos de Amora com cuidado, desembaraçando os fios embaralhados com paciência. O silêncio de Amora era doloroso para a vampira, assim como o semblante inexpressivo dela.

— Eu matei todos, matriarca Lunnara. — Murmurou baixinho Amora.

— Eu sei. Você fez bem minha querida. Pois eu faria o mesmo!...

— Fiz? Eu não sei. — Suspirou. — Não me arrependo de tê-los matado, mas eu... eu fiz isso com tanto prazer... eu arranquei cabeças, eu decepei membros, rasguei as entranhas... a carne deles, com minhas mãos, ainda sinto o gosto do sangue deles na minha boca. — Lunnara permaneceu em silêncio a ouvindo. — Eu... finalmente me transformei em algo desconhecido, e no final, ainda não sou como vocês. — Amora a olhou com olhos tristes. — Eu me tornei um monstro!

— Oh querida pare! — Lunnara se apressou quando Amora finalmente desmoronou em choro. — Não é um monstro! Você é o que é. Forte e valente. Defendeu seu clã como uma Luna deve fazer. Salvou suas irmãs!...

— Eu deixei elas morrerem! Bem na minha frente! Elas foram violadas e torturadas diante dos meus olhos e eu demorei! Eu falhei! Foi minha culpa!!

— Não! Você fez o que nenhum lupino do clã Garras de Sangue faria sozinho naquela situação. Você sozinha matou seis guerreiros lupinos experientes, incluindo um Beta! Salvou quantas irmãs pôde! E você é um monstro? Monstro eram eles por terem feito o que fizeram! Você é um ser criado pela nossa deusa Selene para proteger os filhos dela, meu amor! Nunca mais diga o contrário!

— Você sabe então o que eu me tornei? Indagou Amora.

— Certeza eu não tenho ainda. Mas assim que o membro do clã Umeris chegar aqui poderá nós dizer com clareza o que está acontecendo com você. Explicou Lunnara com cuidado.

Lunnara a abraçou tal qual uma mãe a uma filha, e as duas choraram uma no colo da outra, desabafando os últimos acontecimentos, sem se importarem se estavam debaixo do chuveiro encharcadas.

Era um fim de tarde fria, o outono havia chegado com força, trazendo consigo os ventos gélidos das montanhas que cercavam a floresta. A alcateia reconstruía o que havia sido quebrado durante a batalha, levantavam cercas caídas, concertavam as últimas casas estragadas. Reforçaram a segurança e colocaram mais guerreiros vigiando a fronteira. Fazia três dias do ataque, e havia pouco a se fazer agora. Todos se uniram pra ajudar uns aos outros, e ainda houve um dia de atraso já que o primeiro foi dedicado ao funeral e luto pelas guerreiras mortas no rapto.

Amora estava em cima de uma árvore, sentada num galho, escorada num tronco mais robusto.

Usava um casaco cinza que lhe cobria boa parte do corpo de gola alta, calças jeans escuras e um par de botas de couro. Com as mãos nos bolsos e feição apática, ela olhava os lupinos andarem na rua logo abaixo de um lado pro outro. Vez ou outra alguém olhava para cima, e ela via que algo havia mudado. Antes, ela via nos olhos deles pena, antipatia, ou até mesmo desprezo por ser uma humana. Mas agora, ela via medo. Porém alguns ainda se atreviam a lhe dar um bom dia ou boa tarde, ela lhes respondia de maneira mecânica, pois ainda não superou as provações recentes.

Ela notou a animação de alguns lupinos mais ao longe, acenavam e empolgados corriam. Ela ouviu o som de motor e logo entrou em seu campo de visão da antiga caminhonete.

— O alpha Ethan voltou! — Exclamavam os lupinos.

Dean largou o martelo que usava para reconstruir a cerca da casa de uma Lycan mais antiga do clã e limpando o suor da testa, seguiu para reencontrar o seu Alpha que encostava o veículo próximo a eles. Ethan desceu da caminhonete, sua feição de clara estranheza pelo estado do local era perceptível. Usava uma jaqueta marrom por cima da camisa escura e calças pretas, os cabelos escuros estavam mais curto. Bateu a porta do veículo com força, e alguns lupinos ja se encarregavam de retirar as mercadorias trazidas na carroceria. Ele caminhou até o seu ômega sério, pois já notava que algo havia acontecido na sua ausência.

— Alpha Ethan. Que bom que voltou. — Cumprimentou o Beta Lucian lhe dando um breve abraço.

— Obrigada. O que foi que aconteceu aqui Ômega Dean? — Indagou imediatamente.

— A três dias, sofremos um ataque de uma tribo de Lycans renegados. E... sofremos algumas perdas.

Ethan se alarmou imediatamente, e seu semblante já sério tornou-se ainda mais temível. Não podia acreditar que seu clã tinham sofrido um ataque depois de décadas de paz entre os humanos. E ainda mais em sua ausência.

— O que ? — Exasperou-se. — Como estão mamãe, minha irmã, minha Luna?

— Fique calmo, ja está tudo sob controle. A Luna Lunnara está bem, ela é muito durona. — Ele fez uma pausa sem saber como explicar a situação da humana Amora, afinal, não era muito comum. — A humana Amora... Bem... — Ele olhou para um amontoado ao longe no alto da árvore, a alguns cinco metros dali, onde no galho sentada contra contra o vento Amora olhava a conversa entre os dois.

Ethan acompanhou os olhos do Ômega e pôde ver a figura da sua amada ao longe.

Ele franziu o cenho, pois estranhou de cara toda a situação. Ela estava logo ali e não foi recebê-lo como sempre fez, e em seu rosto delicado não havia nenhum esboço de sorriso.

Em seus olhos castanhos vivos e iluminados, cravados sobre ele, não havia calor, estavam tristes e frios como o próprio outono. Ela desviou os olhos dele e saltou de cima da árvore, como se descesse de um simples degrau, de costas colocou o capuz sobre a cabeça e com as mãos nos bolsos fez o trajeto contrário ao da multidão que se formava ao redor do alpha. Tudo o que ela menos queria, era perguntas e os olhares estranhos do restante dos Lycans do clã Garras de Sangue. Sem falar que não fazia ideia de como iria encarar o herdeiro Ethan Dimitrescu. Todas as novas descobertas sobre si lhe tiraram o medo de ser uma humana indefesa, mas não a tornou mais segura de si mesma. Talvez, ele agora a rejeitasse, e ela com certeza não saberia lidar com isso agora. Sendo assim, fugiu para se único refúgio nos últimos dias.

Vendo sua predestinada se afastando com o semblante pesado sobre o rosto, Ethan franziu o cenho incomodado, algo estava muito errado com sua Luna.

— Diga Dean, o que aconteceu aqui e com a Amora? — Inquiriu o alpha olhando agora nos olhos de seu Ômega, que no momento parecia perturbado e sem saber por onde começar. Os Betas abaixaram suas cabeças e saíram discretamente.

— É melhor irmos pro escritório geral. Tem... muita coisa pra te contar Alpha Ethan. Inclusive sobre a nossa futura Luna.

Dean ao entrar no escritório do alpha, respirou fundo enquanto Ethan já estava quase perdendo a calma de vez. Narrando do princípio dos acontecimentos daquela noite, ele foi despejando nos ouvidos atentos do futuro Alpha tudo o que havia acontecido.

Ethan manteve-se em silêncio, e quando o nome de Amora entrou na história, ele sentou-se dando total atenção. Seu punho esbranquiçou-se quando com força o apertou enquanto Dean revelou o sequestro das Lycans, da tentativa de fuga da humana Amora, das violações, das torturas físicas e psicológicas. Quanto mais ele ouvia, mais se recriminava por não ter estado presente justo nesta hora.

— A humana Amora matou todos eles, sozinha. — Afirmou Dean quando Ethan perguntou como ele tinha salvado as Lycans sequestradas. O alpha se virou na sua direção com o semblante incrédulo. — Quando eu cheguei lá, já havia terminado.

— Como... como isso foi possível?

— Ela se transformou em uma criatura mística, Ethan. Diante do relato de seu Ômega. — Ethan não sabia o que dizer, pois mesmo ela transformada, seria muito difícil uma humana sozinha matar seis lupinos guerreiros renegados, incluíndo um Beta. — Mas... ela não... err...

— Fale de uma vez! — Exasperou-se diante de um hesitante Ômega. Dean coçou a cabeleira repleta de tranças num coque improvisado e respirou fundo.

— Ela não é como nós Ethan! Ela é algo diferente de tudo que já vimos!

— Como assim?

— Você tinha que ver. Ela ficou maior que você talvez, e... tinha uma pele reluzente e pálida em seus braços e pernas longas, fortes que poderia quebrar os troncos do grande carvalho com apenas um chute, ela me lembrou as antigas feiticeiras dos livros que o conselheiro Hall deixou. Tinha... tinha garras enormes e afiadas como facas, forte e perigosa... e os olhos... puta merda... só de lembrar eu me arrepio todo. E olha que sou um guerreiro Ômega experiente. Eles eram... eram azuis cintilantes e... não tinha esse branco do olho sabe? — Proferiu puxando a pálpebra na tentativa de ilustrar todo seu relato que ficava cada vez mais nervoso. — Só de olhar pra ela dava medo. Os cabelos cresceram bastante e ficaram assim, como os do clã Umeris. Ela tinha cheiro de Alpha também.. Mas sei lá...era também diferente. Só a presença dela era...intimidadora. Na verdade foi quando entrei pela primeira vez no templo da nossa deusa Selene no continente Rivian, foi a mesma sensação.

— Só pode ser brincadeira Dean... Eu juro que...

— Claro que não Alpha! Eu não brincaria com uma coisa dessas! Tinha vísceras e membros mutilados por todo lado! Até mesmo as nossas guerreiras Lupinas ficaram aterrorizadas num canto... puta que pariu, se não fosse ela... minha Tama, a sua irmã estaria morta nesse momento... arg! Só de pensar nisso eu... — Agitou a cabeça tentando afastar os pensamentos ruins e a fúria crescendo dentro de si.

— Como isso é possível? — Murmurou Ethan emergindo em seus pensamentos, tentando imaginar todos os acontecimentos. Do primeiro dia que conheceu Amora, de sua teimosia e ferocidade contra as injustiças praticadas a sua volta.

— Ela... ficou fora de si. Nem me reconheceu de início. — Continuou o Ômega. — Com muita cautela eu... consegui acalmá-la e ela me reconheceu e voltou a si. Desde então ela...tem se isolado muito.

— Como assim?

— Bem, foi uma experiência traumatizante com certeza pra ela. Pense nisso Ethan, ela até mês passado era uma humana aprendendo sobre o nosso mundo para se tornar a sua Luna, a Luna de nosso clã. E acabou presenciando tamanha violência diante de seus próprios olhos. Pelo que fiquei sabendo sua mãe tentou protegê-la, mas os renegados tinham alvos específicos e sua companheira infelizmente era um deles. Ela se sente culpada ainda por não ter salvo Set e a irmã dela. As duas Gamas infelizmente não resistiram aos ferimentos impostos. Os renegados usaram o extrato de Mandragora para reprimir a transformação delas. E com isso, o poder de cura também foi comprometido. Aqueles malditos fizeram tudo bem diante dos olhos dela afinal.

— Entendo... — Ethan cerrou seus dentes tão fortemente que sentiu suas presas saírem e cortarem seus lábios. Seus olhos mudaram e ele quase perdeu o controle de seu lobo. Sentiu o peito apertar ao pensar em como sua doce Amora tinha sofrido nesses últimos dias.

— Sem falar que... agora, depois que a história se espalhou, alguns lupinos da alcateia ficaram com medo dela. Ficam olhando torto, não se aproximam... ela sofre com isso. Antes eles não a aceitavam por que se tratava de uma humana, então...

— Bando de... — Calou-se antes de falar o que não devia sobre seu próprio clã. — E os anciãos de nosso clã? Já falaram algo.

— Ah! Eles? Estão em festa. Acham que o clã Garras de Sangue agora tem uma arma poderosa. Mais do que nunca querem que se case com ela.

— Hum, estão querendo realizar o ritual Lunar para mostrar ao todo clã que a união de vocês dois foi ordenado pela própria deusa Selene. — Limitou-se Ethan a não pensar muito nesse ritual agora.

— Já descobriu quem nos atacou?

— Investigamos depois de tudo é claro, e tudo indica que foram os renegados que estavam com o Lúcius.

— Aquele maldito ainda... mas como eles tiveram essa ousadia? Eles são rivais de todos os clãs que existem, os renegados são fortes, e ainda assim, por pouco não tiveram êxito na sua invasão. Como isso foi possível?

— Então, também pensei nisso. E essa é a parte mais indigesta da história. Tudo indica que temos um traidor dentro do clã Garras de Sangue. — Respondeu Dean sentindo o pesar dessa constatação.

— Não é possível! — Exasperou-se o Alpha. Traição entre lupinos da mesma alcateia é algo raro e extremamente mal visto, afinal, uma das características doa lupinos era a lealdade.

— Eu sei, isso é horrível, mas não podemos fingir que não é possível. Eles simplesmente sabiam nossas rotas mais secretas, sabiam que você não estava, sabiam da nossas posições de batalha, sabiam até havia uma humana que não se transformava! Não da pra negar... alguém nos traiu sim.

— Então, quem foi esse maldito? — Proferiu entre dentes o Alpha sentindo a fúria formigar em seu peito novamente.

— Não tenho certeza ainda, mas... Sua Luna... reconheceu o cheiro dos invasores que levaram as nossas lupinas em um membro da alcateia, na verdade ela botou o terror nela. — Revelou o Ômega divagando nas lembranças de Amora saltando sobre o tronco da lupina.

— Quem? — Questionou Ethan impaciente.

— Lexa.

Ethan ficou estático por alguns segundos. Apesar de ser um choque haver um traidor no clã Garras de Sangue, de alguma forma, não estava tão surpreso por talvez ser Lexa.

Ela sempre fora ambiciosa e egocêntrica. Não havia sido criada para se decepcionar, e nos últimos meses, ela havia perdido várias de suas ambições. A principal dela foi não se tornar a Luna do clã Garras de Sangue.

— Certo. — Se recompôs deslizando os dedos entre os fios curtos de seu cabelo os tirando de seus campo de visão. — Eu cuidarei disso. Se foi ela, a farei confessar. E claro, pagará por seus atos. Mas agora, eu preciso ver a minha Luna.

Agarrou o casaco pesado do gancho na parede o jogando sobre os ombros. Sua mente fervilhava com todo o relato do seu Ômega, mas a ansiedade para ficar cara a cara com sua amada era ainda mais angustiante. Precisava vê-la com seus próprios olhos, olhar em seus olhos. Só assim poderia continuar de onde precisava.

— Por hora, continue o bom trabalho que tem feito, e depois voltaremos a conversar sobre o ataque dos renegados e sobre os próximos passo dessa investigação. E sobre o que fazer com Lexa, caso tenha mesmo sido ela.

— Positivo Alpha. Mas se vai mesmo ver a Luna agora, ela não deve estar em casa. — Avisou Dean vendo seu Alpha erguer a sobrancelha para ele em questionamento.

— Onde mais ela estaria então?

— No único lugar em que ela tem ficado ultimamente. Sozinha e isolada. Na casa de vocês na floresta. Eu fiz como me ordenou e sua mãe também teve a mesma ideia, colocamos dois Stigmas para vigiá-la.

2616 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro