Prólogo
Estava feliz. Não! Radiante!
Começar uma vida nova parecia estar lhe dando um gás. Sentia que estava com enorme disposição para o que desse e viesse dali para frente.
Encontrava-se na rodoviária, literalmente de mala e cuia, esperando o ônibus que lhe levaria à tal vida nova tão almejada. Já era tarde da noite e o local continha poucas pessoas: algumas dormiam, outras estavam tão absortas em si mesmas que pareciam nem estar ali e até um bêbado marcava presença.
Ignorou aquela quase falta de movimentação. A ansiedade dominava todo o seu ser, de modo que sentiu sua própria bexiga urinária se encher. Em breve, teria que se livrar daquele produto da excreção de seu corpo – era melhor que agilizasse logo a fim de evitar algum acidente...
Encarou o grande relógio na plataforma onde estava e constatou que faltavam poucos minutos para o seu embarque. Se fizesse o que fosse fazer de maneira rápida, estaria de volta em questão de instantes. Sendo assim, dirigiu-se ao banheiro.
Porém, aquele seu pequeno planejamento foi por água abaixo.
Nem tinha entrado naquele lugar quando... viu o que jamais queria ter visto.
Em um primeiro momento, travou. Chegou a se perguntar se aquilo estava ou não acontecendo. Depois, seu instinto de sobrevivência berrou, inibindo qualquer capacidade de elaborar um pensamento lógico e coerente.
Foi assim que correu.
Não sabia se tinham lhe avistado e, com isso, se seguiam seu rastro. Só queria saber de fugir logo dali e daquela cena pavorosa.
Retornou à plataforma e percebeu o motor do transporte que tomaria roncando. Não houve tempo para raciocinar. Somente embarcou e, não muito depois, partiu daquele lugar.
Teria sido a decisão mais sensata esta... omissão?
Quem sabe...
Notas do autor: Obra nova devidamente iniciada. E então? Teorias mesmo com esse prólogo confuso e cheio de mistérios? Até a próxima! o/
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