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Capítulo 5: Uma Noite e Tanto

Enfim, sábado. Para muitos, o dia de rever a família e escapar desse inferno, mas para mim, é só mais um lembrete de como estou sozinha. Passo a manhã no pátio, observando os pais chegarem para buscar as crianças. Ao meu lado, Ester, minha colega de quarto, parece empolgada.

— Seus pais vêm hoje? — ela pergunta, com aquele tom inocente que já me irrita.

— Eu não tenho pais — respondo, seca. — Mas talvez a Lana apareça.

Ela me lança um olhar confuso, então explico que Lana é minha irmã. Ester ouve tudo com atenção, e antes que consiga fazer mais perguntas, seu chega. Ela corre até ele, deixando-me sozinha no pátio.

Agora só restam eu e algumas crianças do primário. O pátio vai ficando vazio, e a ausência de Lana pesa cada vez mais. Pego o celular e mando uma mensagem curta: "Lana, esqueceu que tem uma irmã?"

Nenhuma resposta.

Mas quer saber? Que se dane também. Passo o resto do dia vagando pelos corredores desse lugar horrível, pensando em algo para fazer. No almoço, quando servem um macarrão com gosto de papelão, a ideia me vem como um raio.

— Crianças, guerra de comida! — grito, já jogando uma porção de macarrão no ar.

O caos se instala no refeitório. As crianças adoram a brincadeira, e a diretora Dalva, claro, fica fora de si. Aproveito a distração dela e lanço uma porção de macarrão direto em sua cara.

Minutos depois, estou na sala da diretora, ouvindo o sermão de sempre.

— Ana Martins, você precisa aprender a respeitar as regras!

— Diretora Naja, tenho certeza de que estão te pagando muito bem para cuidar de mim. Então é sua obrigação lidar com isso — disparo, cruzando os braços.

Ela me olha furiosa.

— Meu nome é Dalva, moleca.

O sermão continua por longos minutos, mas eu simplesmente desligo. Finjo ouvir, mas na verdade, só penso na noite que virá.

Quando o céu escurece, subo ao terraço do internato. A lua cheia ilumina o mundo lá fora, e o vento frio me faz sentir viva. É a noite perfeita para escapar, e não perco tempo. Pulo o muro e saio correndo, com os fones no volume máximo. A música abafa tudo ao meu redor enquanto corro até a pista de skate.

Mas então, tudo acontece rápido demais.

Um clarão. Um carro.

Paro no meio da rua, mas o susto me faz tropeçar e cair. O carro freia bruscamente, parando a centímetros de me atingir.

— Filho da puta! Está cego, por acaso? — grito, ainda no chão, enquanto tento me levantar.

A porta do carro se abre, e de lá sai um rapaz alto, cabelo loiro e olhos castanhos tão intensos que me deixam sem palavras por um instante. Ele parece ter uns 18 anos, com um porte atlético que seria impressionante se eu não estivesse tão irritada.

— Você está bem? — ele pergunta, a voz baixa, mas cheia de preocupação.

Me levanto, limpando a poeira da roupa e tentando recuperar a pose.

— Bem? Você acha que eu estou bem? Meu dia já estava uma merda e agora isso! — solto, descontrolada. — Minha irmã me abandonou, e agora você aparece quase me atropelando. Olha só o meu joelho! Está sangrando, seu babaca!

Ele dá um passo para trás, levantando as mãos como se estivesse lidando com uma fera.

— Foi mal, de verdade. Eu não te vi...

Tento segurar as lágrimas, mas não consigo. Sentada na calçada, deixo que elas rolem enquanto abraço os joelhos.

— Ei, calma... — ele diz, se agachando ao meu lado. — Certamente seu dia não foi pior que o meu. Levei um fora da minha namorada hoje.

Olho para ele com desdém.

— Jura que você acha que isso é pior do que ser abandonada pela própria irmã? — retruco.

Ele fica em silêncio, coçando a nuca.

— Qual o seu nome? — pergunta, mudando de assunto.

— Ana. E o seu?

— Theo.

Ele sorri, mas parece incerto se deveria ou não.

— Quer ir ao hospital? Seu joelho não parece muito bom.

— Não, obrigada. Só quero ir embora.

— Deixa pelo menos eu te dar uma carona. — Ele oferece, hesitante.

Respiro fundo e decido aceitar.

— Tudo bem.

No carro, ligo o som para quebrar o silêncio. A música que toca é uma das minhas favoritas, e por um momento, esqueço o caos do dia. Quando chegamos em frente ao internato, Theo olha para o prédio com uma expressão confusa.

— É aqui que você mora? — pergunta, franzindo o cenho.

— Sim, por quê? — retruco, cansada. — Já disse, sou uma órfã abandonada pela irmã. Algum problema?

Ele coça a cabeça, claramente desconfortável.

— Minha mãe... ela é a diretora aqui.

Fico em silêncio, encarando-o como se ele tivesse acabado de confessar um crime.

— O quê?

Ele dá um sorriso sem graça.

— Minha mãe é a Dalva.

A revelação me atinge como um soco, e fico sem palavras. Claro que eu tinha que xingar o filho da diretora Naja.

— Você só pode estar de brincadeira... — murmuro, incrédula.

— Queria que fosse — ele responde, com um meio sorriso.

Meus problemas acabaram de se multiplicar.

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