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Capítulo 11: A Conversa com Lana

Hoje faz quinze dias desde o fiasco do piquenique. O que tenho com Theo... namoro, rolo, algo indefinido, continua. Trocamos mensagens o tempo todo, nos vemos de vez em quando, mas evitamos qualquer menção àquela noite na casa dele ou ao desastre do piquenique. E, pra ser sincera, é melhor assim. Algumas coisas não precisam ser ditas para continuarem existindo.

À noite, depois das aulas, minha rotina é sempre a mesma: vou para a pista de skate, encontro a galera, rimos, falamos sobre nada e tudo ao mesmo tempo. É como uma válvula de escape para o caos dentro da minha cabeça. Mas hoje, algo está errado. Desde cedo sinto isso.

Acordo com o estômago embrulhado, uma náusea que parece vir de um lugar profundo. O gosto amargo na boca me faz franzir o rosto, e o suor frio que escorre pela minha testa só piora a sensação. Tento ignorar, fingir que está tudo bem, mas, quando tento levantar, o mundo parece girar de um jeito estranho e ameaçador.

Minhas pernas fraquejam, e sou forçada a me deitar novamente. Olho para o teto do quarto, sentindo o coração bater rápido, não por esforço, mas por ansiedade. Algo está errado, muito errado.

Fecho os olhos, esperando que o desconforto passe. Mas ele não passa. Parece que meu corpo está tentando me dizer algo, como se houvesse uma guerra acontecendo dentro de mim. Por mais que eu tente evitar, os pensamentos começam a vir. Um atrás do outro. Desordenados. Confusos. E aterrorizantes.

— Não... não pode ser isso. — Sussurro para mim mesma, como se a negação pudesse fazer o medo desaparecer.

— Ester! — chamo com a voz fraca, sentindo a garganta raspar.

Ela aparece na porta, com os olhos arregalados.

—  O que foi, Ana? Você está horrível.

—  Estou mal, muito mal... avisa a Dalva. Diz que... eu não consigo levantar.

Ester hesita, mas minha expressão provavelmente diz tudo. Ela sai correndo e, minutos depois, escuto passos rápidos pelo corredor.

— Ana, o que é isso agora? — A voz irritada de Dalva ecoa pelo quarto. — Você acha que pode usar essa desculpa para escapar das aulas? Me poupe.

Tento responder, mas não consigo. A náusea é tão forte que só fecho os olhos, tentando controlar a vontade de vomitar ali mesmo. Dalva continua falando, mas de repente sua voz muda.

— Espera... você está pálida. E suando frio... Meu Deus, você não está fingindo, está?

Ela corre até mim e coloca a mão na minha testa.

—  Você está quente. Vou ligar para sua irmã.

Em menos de uma hora, Lana aparece no internato, claramente exasperada.

— Menina, se isso for mais uma das suas mentiras, eu juro, Ana...

— Eu juro, mana, é verdade. E é horrível.

Mal termino de falar, corro para o banheiro e vomito tudo que tenho - e o que não tenho. Ouço Lana suspirar do lado de fora.

— Tá bom, tá bom. Vamos pra casa.

De volta ao meu quarto na casa de Lana, me sinto um pouco melhor, mas ainda fraca. Estou deitada com o celular na mão, trocando mensagens com Theo.

"Estou mal hoje, acho que peguei alguma coisa."

Ele demora a responder, mas finalmente chega a notificação:

"Bia vai voltar do intercâmbio."

Meu coração para por um segundo. Eu quase derrubo o celular.

"Bia? Sua ex? E como nós ficamos?"

A resposta vem rápida, como se ele estivesse esperando por isso:

"Não pilha, garota. Estavamos só fingindo. Agora que Bia vai voltar, eu não preciso mais de você."

O choque me acerta como um soco. Sem pensar, jogo o celular no chão. Ele quica e para debaixo da cama.

Nesse momento, Lana entra no quarto, segurando um copo de água.

— Está tudo bem aqui?

Levanto da cama, incapaz de ficar parada, e começo a andar de um lado para o outro.

— Lana, eu acho que fiz merda.

Ela se senta na cama e ri, como se fosse um dia normal.

— E quando você não faz?

— Lana, dessa vez é coisa séria.

Ela para de rir e me observa, mais atenta.

— Senta aqui do meu lado. Me conta.

Sento devagar, ainda sentindo o coração martelar no peito. Ela se inclina e segura meu rosto com as duas mãos, como fazia quando eu era pequena e ela precisava me acalmar.

— O que aconteceu, Ana?

— Eu não sei como dizer isso... mas acho que estraguei tudo.

Seus olhos se estreitam, e eu vejo a preocupação começar a tomar conta dela. Lana continua me olhando, sua expressão carregada de preocupação. Ela espera que eu fale, mas as palavras não saem.

— Ana, o que foi? Você está me deixando assustada.

Respiro fundo e tento me acalmar. É agora ou nunca.

— Theo... ele... — Respiro fundo, tentando segurar o choro. — Ele disse que só estava comigo porque Bia estava longe. Agora que ela voltou, eu não sirvo mais.

— Theo? Quem é esse?

— É uma longa história... mas em resumo é o filho da diretora Dalva e eu estava fazendo um favor para ele... é como se fossemos "namorados".

Lana não responde imediatamente. Ela apenas me observa, como se tentasse medir o peso do meu desabafo.

— Esse idiota não merece uma lágrima sua, Ana...

— Então... - continuo, torcendo as mãos e olhando para o chão. — Eu fui na casa dele um dia desses e passei a noite lá.

Os olhos de Lana se arregalam.

— O QUÊ? Você saiu do internato? E ainda foi pra casa dele?

— Calma, não precisa gritar.

— Não precisa gritar? Ana, você tem noção da gravidade disso? E se alguém tivesse te visto?

— Ninguém viu, tá? Fui muito cuidadosa.

Ela balança a cabeça, incrédula.

— Mas e ai... o que aconteceu na casa dele?

Sinto o rosto esquentar. Evito os olhos dela e começo a falar rápido, sem respirar direito.

— Foi legal, sabe? Vimos um filme, conversamos... aí começamos um jogo de perguntas e respostas... e depois...

— Depois o quê, Ana? Fala logo!

— Nos beijamos.

Lana solta um suspiro longo, misto de frustração e surpresa.

— Só isso?

Abaixo a cabeça ainda mais, a vergonha me esmagando.

— Não exatamente.

Ela levanta uma sobrancelha, visivelmente perdendo a paciência.

— Ana, pelo amor de Deus, desembucha!

Respiro fundo, quase não acreditando que vou dizer isso em voz alta.

— Eu fiz sexo com ele.

O silêncio que segue minha confissão é ensurdecedor. Lana fica estática, me olhando como se eu tivesse acabado de dizer que explodi o internato.

— VOCÊ O QUÊ? — grita ela.

— Shhh, não precisa gritar!

— Ana, você perdeu a cabeça? Você só tem 17 anos! E ele? Ele sabe disso?

— Claro que sim, mas... eu queria... — respiro — não foi culpa dele.

— Meu Deus do céu... - Lana se levanta e começa a andar pelo quarto, exatamente como eu fazia minutos atrás. — Isso não está acontecendo, me diz que vocês se protegeram pelo amor de Deus Ana.

— Não ... — Lana, você acha que eu não sei que foi uma idiotice? Que eu não estou me sentindo péssima?

Ela para e olha para mim, cruzando os braços.

— E agora? Você acha que isso vai virar o quê? Um conto de fadas?

— Eu não sei! — grito, finalmente perdendo o controle. — Eu não sei o que vai acontecer, mas eu estava me sentindo bem com ele.... Pela primeira vez, eu me senti especial, como se alguém realmente se importasse comigo!

Lana suspira e me puxa para um abraço, como fazia quando eu era criança e a vida parecia menos complicada.

— Ana, olha pra mim. — Ela segura meu rosto. — Você é especial. Não precisa de nenhum Theo pra te provar isso.

— Mas eu fiz burrada, Lana...

Ela balança a cabeça, me abraçando mais forte.

— Nós consertarmos juntas. 

Eu não respondo, mas enterro o rosto no ombro dela, deixando que as lágrimas escorram.

Talvez ela esteja certa. Talvez ainda dê tempo de consertar

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