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Capítulo 10: Dia dos Namorados

É sábado, e por coincidência, também Dia dos Namorados.

O internato está mais silencioso do que o normal. A maioria dos alunos foi para casa ou aproveitou a data para sair. Eu? Fiquei para trás. Lana não veio me buscar, como tem acontecido nos últimos fins de semana.

Mando uma mensagem para ela, porque, afinal, quem sabe ela muda de ideia:

"Lana, eu sei que fiz merda, mas lembra que somos eu e você até o fim?"
"Lana, se você não me responder, vou fazer um caos neste lugar, e você vai ter que vir."

Ela demora, mas finalmente responde:

"Ana, esse tempo é para você refletir."
"Já refleti demais, tem dois fins de semana que eu não vou para casa."
"Hoje não dá. Eu e o Dani vamos viajar para comemorar o Dia dos Namorados."

Mais um casal perfeito, penso, revirando os olhos. A manhã passa tranquila, mas, depois do almoço, decido mexer no celular. Péssima ideia. Só vejo fotos de casais em todos os lugares — declarações melosas, flores, presentes... parece que o universo inteiro está em uma grande festa da qual eu nunca fui convidada.

Uma notificação no grupo de mensagens me distrai. Lá estão eu, Luna, Fred e Maike:

— Cadê todo mundo? — pergunta Fred.
— Luna e Maike foram pra não sei onde — ele mesmo responde.
— Se pegarem, kkk — digito.
— Você devia fazer o mesmo com o Thod... Theo, ou seja lá como ele se chama — escreve Maike.
— Eu não sei dele — respondo automaticamente.

Assim que envio a mensagem, sinto uma tristeza pesada me invadir. Me lembro da noite que passei com ele e de como nunca mais tocamos no assunto. Ok, eu sou a namorada de mentira, mas ele tirou algo de mim naquela noite...

Perdida em meus pensamentos, nem percebo quando Dalva se aproxima.

— Só você ficou aqui? — ela comenta, cruzando os braços. — Estava pensando... quer fazer algo diferente hoje?

— Está com pena de mim? — pergunto, arqueando uma sobrancelha.

— Não, claro que não. — Ela retorce o nariz. — Você meio que é da família agora. Falando nisso, sua irmã sabe que você está namorando?

— Se ela me ouvisse, se ela me buscasse... quer ver meu celular cheio de mensagens não respondidas?

Estendo o aparelho na direção dela.

— Pode olhar.

— Não precisa... — Dalva hesita, mas logo muda o tom. — É só que...

— Não tente ser minha amiga, tá bom? Você quer se livrar do trabalho, é isso? Está tentando me despachar.

Saio rindo sozinha, mas no caminho, esbarro em algo — ou melhor, em alguém. Um muro de músculos.

— Vê por onde anda, cara! — digo, sem olhar para trás, e sigo andando pisando firme.

Sinto uma mão segurar meu braço, me fazendo parar.

— Oi para você também. Eu venho bajular minha namorada no Dia dos Namorados e sou recebido assim?

Reconheço a voz de Theo antes mesmo de olhar para ele.

— Ah, é você. Claro, me ver... — começo a rir sem graça, como se estivesse em um circo. — Deve ter vindo ver sua mãe. Se me dá licença, ela está no pátio.

Saio marchando, mas, ao chegar ao terraço do internato, começo a resmungar sozinha:

— Burra, burra... o que foi isso, Ana? — Eu realmente não me entendo.

— Falando sozinha? — a voz de Theo me interrompe.

— Theo, o que você quer de mim?

— Se vamos enganar minha mãe e o resto do mundo, temos que fazer direito. — Ele estende um buquê de flores. — Trouxe isso pra você.

Olho para as flores, surpresa, mas a emoção logo vira algo mais forte. Meu peito aperta, meus olhos enchem de lágrimas, e, num impulso, eu jogo o buquê no chão.

— O que foi isso? Custou dinheiro, viu?

Fico calada, e do nada começo a falar, as palavras saindo como um jorro:

— Eu quero saber quando vou ser vista de verdade, quando vou ganhar algo de verdade. — Olho para o céu e grito: — Ei, você aí de cima! Me fala!

— Ana, você está bem?

— Eu ganho os restos da Lana e, agora, você destrói o que sobrou do meu coração!

— Ana...

— Eu queria ter ido com meus pais...

Sem aviso, Theo me puxa e me beija. Tento resistir, mas acabo me entregando ao momento.

Quando o beijo termina, fico vermelha de vergonha.

— Desculpa... foi um dia ruim, ok? Esquece isso.

Pego o buquê do chão, ajeitando-o como se nada tivesse acontecido.

Ele segura minhas mãos e me faz olhar em seus olhos.

— Então, me deixa melhorar o seu dia?

— E o que você faria?

— Que tal um piquenique? Conheço um lugar fantástico.

Ele me leva até o carro, e, no caminho, cantamos músicas aleatórias e rimos de bobagens.

Chegamos a um campo verdejante, com flores silvestres espalhadas. Theo estende uma toalha quadriculada e tira uma cesta de piquenique. Para minha surpresa, ele preparou tudo: pães, queijos, frutas frescas, até limonada.

Por algumas horas, tudo parece perfeito. Conversamos sobre o passado, rimos do presente, e sonhamos com o futuro. Mas quando o celular dele vibra e ele tenta disfarçar, o momento mágico se desfaz.

— Quem é? — pergunto, mesmo sabendo a resposta.

— Ninguém.

— Theo, acha que eu sou idiota?

Ele suspira, bloqueia o celular e olha para mim.

— É a Bia.

As palavras me acertam como um soco.

— Claro que é. Então, por que não vai logo atrás dela?

— Ana, não começa.

— Não começa? Você me trouxe aqui pra quê? Pra fingir que se importa comigo enquanto ela não volta?

— Você sabe por que eu trouxe você. Isso é para minha mãe e todos acreditarem que estamos juntos. Nada mais.

— Nada mais... — repito, sentindo as lágrimas subirem.

Sem esperar resposta, pego minhas coisas e me levanto.

— Ana, espera!

— Não preciso de você para me levar de volta. Eu sei o caminho.

Saio andando, com o coração despedaçado, prometendo a mim mesma que nunca mais vou cair nessa mentira.

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