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O soar de um ataque


" Meu choro é silencioso. Sem lágrimas ou soluços. Meu choro é doloroso, vem de dentro. Quando choro, é a minha alma que grita e não os meus olhos. " 


Bianka


      " Magia... 

      Profecias e maldições... 

      Uma vida trilhada pelo destino... " 

      As palavras de Ray reverberavam em minha mente. Tudo o que já me disse vagando dentro do imenso vazio cada vez mais crescente em mim.

     Ah, como adoraria que fosse apenas imaginação. Que fosse apenas mais um pesadelo vivenciado. 

     Mas se fosse... eu teria me esquecido de como acordar. 

     De abrir os olhos, com dificuldades para respirar e de dizer para mim mesma: 

    " Não é nada. Respira. Não é nada." 

     E eu também, teria visto a pessoa encapuzada ou as bestas, ou quem sabe, as chamas. 

     Mas não vi. 

     E tenho medo de pensar que talvez minha realidade é muito mais pior. Porque somente sendo pior, para explicar o estado decadente em que me encontro.

       Sentada debaixo de uma árvore, isolada da minha própria vida, não me importando com o musgo nojento e pegajoso grudando na saia do vestido... e com a alma estilhaçada. 

     Ou melhor, tudo o que eu conhecia e acreditava desistindo de mim e aquilo que eu escondia, tudo aquilo que eu havia enterrado no passado, vindo à tona. 

     Foi uma curta fração de tempo e de repente, meu mundo desabou.

     Me lembro perfeitamente das palavras que chegaram aos meus ouvidos, quando cheguei com Ben na porta e cometi o erro de abri-la. 

      " - Ela tem pesadelos, John! Ao meu ver, já é o suficiente para saber que é ela a corrompida! "

      Ahh... Ray...

     Eu acreditei nele. 

     Eu contei tudo para ele.

     E ele, contou tudo para eles. 

     A raiva foi o primeiro sentimento a se manifestar. E foi como um fogo ardendo e queimando dentro de mim, clamando para ser expelido para fora.

     Mas foi quando eu compreendi as palavras de minha mãe e que a incompreensão chegou, como uma enxurrada, e quis apagar a raiva que estava em mim... 

      "- Corrompida? "

      Foi o simples balbuciar, de uma simples palavra, que deixou aquela pequena sala com um misto de emoções pairando no frescor do ar. 

      E depois... como se alguém tivesse assoprando as brasas de uma fogueira, atiçando-a, o fogo voltou a queimar. Mais forte e com um quê, de que ninguém, nem mesmo a maior de todas as tempestades pudesse apagá-lo. 

      Fora momentos curtos, mais intensos, carregados de fúria, melancolia e muita dor. Pelo visto... eu estava amaldiçoada, não poderia ser diferente. 

     " - Vocês não tinham nem sequer um ano quando o ancião Derfel viu o destino de vocês... - Ray tinha a voz calma ao tentar explicar depois que exigira saber o porque de tudo aquilo. - Ele viu luz quando acolheu John e sua mãe prestes a entrar em trabalho de parto. Ele viu luz nos pequenos olhos de vocês, como via em toda criança, antes... - Ray fez uma pausa, a idade e o reviver do passado dava sinal de estar exaurindo suas forças. 

     Suas mãos tremiam e precisou se sentar.

     - Antes de partimos. - Meu pai continuou, ele estava ao lado de Ray e antes de seus olhos verdes cravarem nos meus, ele colocou a mão no ombro de Ray. - Estávamos indo para o oeste quando tivemos que parar para sua mãe dar a luz a vocês. Ray convenceu o ancião a nos dar abrigo por alguns dias. Vocês nasceram, lindas e saudáveis...

      - Não mude o rumo da conversa meu pai, por favor. - Minha voz se mostrou mais rude do que previra.

      - Não se preocupe – Um sorriso curto, não de felicidade, mas sim de tristeza passou por seu rosto. - Acabamos por ficar muito mais tempo do que havíamos imaginado, a segurança perto dos muros era o que a sua mãe mais queria pra vocês, porém Derfel adoeceu e passou a ter visões frequentes. Ele viu o possível futuro de vocês... " 

     Adoraria que fosse diferente minha vida. 

     Que o meu passado não me atormentasse, o meu presente não me surpreendesse e que meu futuro não me importasse.

     Como gostaria... 

     Porque, sinceramente, nunca vi dor maior do que essa. 

     Remoer toda essa história, reviver o que a pouco vivi e sentir tudo, exatamente como naquela hora, eu senti. 

" - Ele viu as trevas... " 

      Fora Ray que interrompera desta vez. 

     Disse-me o que o tal ancião teve uma visão e que nesta visão e que nesta "visão" ele previu uma profecia. 

      Um nascimento e uma maldição. 

      Uma alma corrompida e consumida. 

      Um renascer e um reinado. 

      Um destino e uma união... 

      Mas, por que nós duas? 

      Por que eu? 

      Derfel morreu antes que pudesse saber a verdadeira maldição. Ray e meu pai chegaram a procurar o rei e um dos irmãos de criação de Ray para que os ajudassem a descobrir a chave para findá-la, mas era uma época difícil. 

      Eles estavam ocupados em banir os Waheelas. 

      O ancião também previra isto, assim como a libertação das bestas em futuro não tão distante a esse em que vivemos. 

      No entanto, eles não tinham em mãos nem a maldição, então como é que conseguiriam a chave para findá-la? 

      Eu somente não entendo o por quê de esconder tudo isso, de simplesmente cobrir tudo com um pano e esperar para que nada aconteça.

      De esperar que nenhuma de nós duas, cometa um pequeno, mas crucial deslize e que faça tudo desmoronar. 

      Ou quase. 

      Porque eu soube ser um calço, soube ser um apoio depois daquilo, jamais deixara tudo desmoronar. 

      Mesmo que o mundo arremessasse em mim pedras, flechas ou até cravasse em minha carne uma espada! 

      Porém o destino, foi mais esperto. 

      Fez eu mesma tropeçar e cair, levando tudo ao chão. 

      Tudo, justamente, por eu ter sido capaz de fazer aquilo

      Eu sei que talvez, talvez tivesse sido diferente se eu não estivesse ali, naquele dia e naquele exato momento. 

      Porque só assim eu não seria a corrompida. 

      Eu não seria a amaldiçoada. 

      Eu seria somente eu, e já bastaria.

      Fixei o olhar no mísero pássaro que acabara de pousar no galho de uma árvore à minha frente. 

      A pequena cotovia saltou de um galho a outro. Admirei sua plumagem, um mero marrom acinzentado, nem um pouco exuberante, todavia belíssima. Contudo, também vi a sua fragilidade. Vi os monstros que provavelmente deve temer. 

      E foi vendo isso que percebi.

     O quão forte aquela ave, deveria de ser.

     Ao contrário de mim. 

     O estalar de um galho quebrando ecoa por aquele ambiente.

     O pássaro voa assustado.

     Apenas encaro a árvore à minha frente, que agora, está vazia. 

    Ouço passos, mas não me importo. 

    Ben senta ao meu lado e permanece ali, em silêncio.

    Ele não diz uma só palavra. E o seu silêncio me obriga a finalmente encará-lo. Olhos verdes e cabelo desgrenhado. Ele me fita meticulosamente.

     - Ben... - Minha voz sai como um sussurro e pela primeira vez, vê-lo faz meus olhos se encherem de lágrimas. - Eu estou amaldiçoada. - Uma afirmação tão difícil de entender, quanto a expressão que passou por sua face.

    - Você? Não. - Esboçou um sorriso e acariciou meu rosto. - Você é a garota que sempre me teve como amigo. Você é a Bianka pela qual me apaixonei. A Bianka que amo e sempre vou amar.

    - Mas Ben, você ouviu, você estava lá comigo e sabe mais que ninguém a probabilidade e a verdade nas palavras que ouvimos.

   - E qual o problema!? Pra mim, aquilo não é nada, uma profecia que não passa de asneiras! - Estranhei o Ben que estava à minha frente. - Bianka, eu te amo...

   - Isso não vem ao caso! - Esbravejo e me arrependo ao encará-lo de novo.

     O silêncio cai sobre nós como um pingo de chuva caindo sobre a terra. Ele se acomoda conosco por um tempo. 

      Quis não ter dito aquilo.

      -Você diz isso, assim... - Vejo a tristeza que causei em sua voz – Desde que você saiu da casa do Raymond, eu estava atrás de você! Permaneci ali – Apontou para o lado que viera. - Apenas lhe observando, vendo você refletir sobre sua própria vida e juro, que só me aproximei, porque pensei que você já tinha entendido.

      Fiquei atordoada, ele estava bem ao meu lado o tempo inteiro. Uma pergunta rodou minha cabeça, mas não consegui dizê-la. 

     " Entendi o quê? "  

     - Você é quem você escolhe ser... - Apesar da magnitude de suas palavras, eu me sentia incapaz de ignorar toda aquela discussão que enfrentei na casa de Ray – Por favor, não escolha ser a corrompida, não escolha ser a amaldiçoada... Seja apenas a minha amada, por favor?

      Sua voz preencheu meu espírito. 

      Eu queria aquilo. 

      Ser apenas sua e acima de tudo... 

      Ser apenas eu. 

      Ele estava de novo abrindo não só meus olhos, mas também meu coração para o que estava bem evidente. 

     Eu tinha que tentar, eu tinha que voltar a ser aquela pilastra que sempre fui. Arrumar toda a bagunça que fiz ao deixar tudo cair... 

     Ao deixar o passado me possuir, assim como os demônios que já jaziam em mim.  

    " Tente fazer isso por ele, apenas por ele. "

    " Vamos, tente. " 

     Me envergonhei por ter sido tão estúpida.

     - Me perdoa? - Supliquei seguindo o meu próprio desejo. - Você não merece uma pessoa tão... tola quanto eu, merece muito mais que isso.

     - Não importa quantas garotas eu pudesse escolher, eu sempre escolheria você. Prometa para mim que vai se perdoar, que não vai nunca mais se menosprezar – Sorriu de lado. - Eu lhe perdoo se me prometer.

     Ele segurou minhas mãos e ficamos assim, juntos. 

     Encostamos nossas cabeças, seus olhos me imploravam para dizer o que mais queria ouvir. 

     Aquilo que talvez eu não conseguiria, mas que tentaria.

     - Prometa?

     - Eu prometo.

     Foi tão rápido o movimento seu em seguida, que demorou para que eu percebesse... 

    Nossos lábios já estavam unidos em um beijo.

    Os raios do entardecer tocaram os nossos rostos, abri os olhos e o afastei.

    - Eu passei o dia aqui! - Seu sorriso debochado caçoou da minha reação.   

     - Então acho que vamos ter de aproveitar outro dia assim... - Ele ergueu minha mão direita entrelaçando nossos dedos e sorri. - Vem, vamos.

     O céu ainda avermelhado se mesclava com os raios alaranjados do pôr do sol. 

     No momento, eu não havia percebido, mas eu estava bem longe do vilarejo. 

     A serenidade que o lugar emanava era realmente impressionante. 

     Imaginei a beleza daquele silêncio sendo ser quebrada pelo tom severo da voz de Ben. Nunca o vi daquele jeito. Nem mesmo quando sua irmã implicava com ele. Suas reações diante a uma discussão sempre foram... pacíficas. Mas aquilo não foi uma discussão. Soou mais para proteção ou algo parecido com isto. 

     Ben parou bruscamente e fui de encontro com suas costas.

     Ele já havia me guiado por boa parte do percurso e apesar de sentir seus dedos entrelaçados nos meus, não notei que andávamos. E que por sinal, já estávamos quase chegando no vilarejo.

      - O que foi? - Perguntei vendo-o encarar atento um ponto qualquer através da vegetação.

      Eu sinceramente não via nada e de repente notei uma movimentação estranha. 

      Senti a mão de Ben apertar a minha. 

      Minha pergunta que por ele foi ignorada, não me importava. 

      Eu via claramente seu senso de proteção estampado em sua face. 

      Sua expressão séria suavizou gradativamente e do lugar que o preocupava surgiu um cão de pelagem marrom. 

      Um cão de caça. 

      E aos poucos começamos a ouvir vozes, porque é claro, onde há um cão de caça, provavelmente, há um grupo de caça. 

     Comecei a andar e puxei Ben, que veio sem protesto. 

     Sua mão soltou a minha e seu braço rodou minha cintura. 

     Caminhei direto para a beira do vilarejo e logo o grupo já estava próximo de nós. 

     Ainda estava claro o suficiente para ver seus rostos. Um grupo de sete pessoas. Todos, incluindo Edward, extremamente esgotados. 

     Percebi que não havia ali, outros cães. 

     - Como foi a caçada? - Bem pergunta a William, que parou perto de nós.

     - Não foi – Respondeu, sua voz variando entre zombaria e... medo? - Não encontramos nada. - Sorriu com certo esforço.

     - Nada que estivesse inteiro. - Meu irmão se aproximou e pediu a ele que fosse para casa, William se despediu e seguiu os outros.

     - Como assim? - Não resisti em perguntar assim que também voltamos a andar.

    - Passamos a maior parte do dia seguindo trilhas de todo tipo de animal e encontramos eles. - Ele passou a mão pelos fios de cabelo e vi seus olhos vagarem perdidos, como se procurasse em modo de falar. - Eles estavam em uma espécie de clareira e... tinha sangue para todos os lados. Eles estavam mutilados e...

      Ele foi interrompido.  

     Meu raciocínio foi interrompido. 

     Eu apenas compreendi o suficiente. 

    Compreendi, que o que interrompeu-o não vinha de um adulto e sim de uma criança. 

     E isso, foi o suficiente para que eu compreendesse a situação. 

     Que o que interrompeu meu irmão foi um grito. 

     Um grito estridente e carregado de dor. 

     Um grito esganiçado e agonizante. 

     Um grito, de uma criança! 

     Uma criança em apuros...  


☽ ❤ ☾


Hei, gutter!!

Esperamos que não tenham desistidos de nós ainda kkkk 

Por favor nos desculpem por essa eternidade sem postar um mísero capítulo.

Vamos tentar não repetir isso.

Esperamos que tenham gostado deste capítulo. Estão ansiosos para saber o motivo do grito? kkkk

Há muita coisa pela frente, espero que estejam preparados para o impacto.

Preparem os coraçõezinhos ❤❤❤

Não esqueçam de votar e deixar seus comentários, nos digam o que acham e fiquem a vontade para criar as suas hipóteses. 

Abraçossss...

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