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Midwinter - Parte Ⅰ


" E de surpresa em surpresa, o inesperado... "


Beatrice


      O dia começava a nascer e já estávamos aos pés da gigantesca árvore com os preparativos para a celebração. O centro de New Paradise é o lugar perfeito para um festim.

      As mesas estavam sendo dispostas e arrumadas para se colocarem os pratos. Era tanto trabalho que cada aldeão se concentrava em mais de uma tarefa.

      Bianka, Harriet e Rosemerry me acompanhavam na arrumação. O tempo passou rapidamente e as pessoas já chegavam para se divertirem. Demorou, mas graças aos Deuses havíamos terminado.

       A sombra da árvore estava um verdadeiro banquete a ser posto, via-se pães, doces e assados variados. Mesmo sob a luz do sol, tochas foram espalhadas para quando a noite chegar. Flâmulas e arranjos florais havia sido a combinação perfeita para a ocasião. O lugar estava estonteante.

      - UAU!!! - Harriet exclama estupefata, assim como também estávamos.

      - Ficou maravilhoso! - Comentei.

      - De fato - Rosemerry diz ao meu lado. - Mas agora temos que ir nos arrumar e não ficar aqui plantada como uma árvore.

      Rimos por um tempo. Rosemerry é mesmo uma ótima amiga e não nego que sempre armo para que ela se encontre com Edward.Não é minha culpa se ela e Edward formariam um belo casal. 

      O caminho até nossa casa foi encoberto por um silêncio mortal, não trocamos uma palavra sequer. Mas, aparentemente não era preciso, nossos olhares já diziam que a ansiedade nos dominava. 

      A porta da casa, todos já estavam prontos, cada um deles trajava sua melhor roupa. Minha mãe, em especial, usava um lindo vestido de mangas longas amarelo que é todo bordado por uma renda floral, o que realça ainda mais sua pele e seus cabelos cacheados. 

      Ela estava linda. 

      Eles estavam.

      - Pelo visto, nos atrasamos? - Pergunto, á medida que me aproximo.

      - E que atraso, em? - Leonard brinca e é inevitável o sorriso.

      - Sim, demoramos mais que o previsto - Respondo animada. - Já podem ir, em breve estaremos lá.

      - Tem certeza, se preferir esperamos. - Meu pai diz enquanto passa as mãos pelos fios do cabelo molhado, tentando colocá-los no lugar.

      - Não se preocupe, podem ir aproveitando a celebração, já já estaremos com vocês. - Pedi.

      - Se é assim, então tudo bem. - Disse por fim e seguiram os quatro para a festa.

      Procuramos ser rápidas, vestimos os vestidos que Ray havia nos presenteado e também os colares. 

      Como era impossível abandonarmos o arco e a espada, e seria hilariante andarmos com eles enquanto nos divertíamos, optamos por levar nossas adagas. Um simples presente de nossos pais, quando mais novas, ambas de prata. Bianka a escondeu em seu corpete, por baixo do vestido de seda e como preferi ser mais discreta, optei por colocá-la dentro de minha bota. 

       O penteado de minha irmã era simples, porém bem elaborado. Consistia em duas mechas prendidas na parte de trás da cabeça por uma fina trança, o que combinou perfeitamente com o vestido. 

       O meu era mais complexo, uma trança magnífica, que parecia estar embutindo todas as mechas em um só penteado. Estávamos lindas.

      - Acho que Juliet vai detestar nos ver assim. - Digo imaginando a sua cara e indo para fora.

      - Ela vai é me odiar ao ver que estarei com Ben. - Ela se afastou seguindo em direção à grande árvore e foi quando raciocinei. Ela disse " estar ".

      - Estar com Ben? - Indago já sabendo o que ela queria dizer e vejo Bianka estagnar à minha frente - Você finalmente se entregou ao seus sentimentos, então? Sempre pensei que gostasse da sua independência. - Ela revirou os olhos frustada.

      - Não é bem assim...

      - Então é como?

      - É melhor irmos, não acha?! - Me respondeu com desdém e a vi dar de ombros.

       Permaneci em silêncio. Não há surpresa alguma, na realidade, já esperava. Ela estava dando um rumo ao seu destino e por mais que fuja, sei que logo terá grandes novidades.

       Chegamos a multidão de aldeões e nos separamos. Bianka se encontrou com Benjamin no desafio de lançar adagas e Peter me acompanhou em meio as pessoas. Fui direto a competição de arco e flecha onde se via um aglomerado em volta de cada participante com um arco em mãos.

       Pedi para que Peter me esperasse, mas ele também resolveu participar. Pegamos o arco e uma flecha, ambos de madeira e bem simples. Ocupamos nossos postos, bem distantes do alvo, um grande amontoado de palha com um círculo de madeira e um ponto no meio. 

      Por mais que não estivesse acostumada com uma arma mais rústica, não me abalei.Nem mesmo sabendo que ao meu lado Peter e Leonard também competia.

      Coloquei a flecha, flexionei o arco e mirei no alvo. 

      Senti meu coração maneirar a cada batida, as vozes ao meu  redor se extinguirem e apenas me concentrei na imagem diante de meus olhos. Ouvi o grito de partida e soltei a flecha. Com velocidade e precisão, ela voou cortando o ar e atingiu o centro exato do ponto, não contive o risinho.

      Dentre seis participantes eu me destaquei por acertar perfeitamente o alvo, mas é claro que Leonard também teve a mesma sorte.

      A comemoração tomou conta atrás de mim. Vi Peter, Leonard e muitas outras pessoas me cumprimentarem pelo êxito. Não era comum uma mulher participar destas competições, mas se tratando de New Paradise tínhamos nossas exceções e posso dizer que possuo certo orgulho em meu peito por saber que sou uma delas.

      - Trice? - Ouço a voz de Peter chamar-me a atenção. - A primeira dança já vai começar. Vamos?

      Ele me instruiu até o centro da celebração e enquanto esperávamos os bardos se prepararem para o início da cantoria, fui à beira da farta mesa.

     Essa é verdadeiramente a melhor parte. 

      Mesmo sob à vontade de devorar o saboroso javali, que aos poucos me seduzia com seu delicioso aroma, escolhi experimentar uma das tortas de minha mãe.

      Humm... Um único pedaço e pude sentir a explosão em minha boca. Sem dúvidas torta de framboesa é a minha paixão.

      Vagarosamente percebi que a noite ganhava vida e os últimos raios de sol se despediam a melodia suave do começo da canção.

      - A senhorita me concederia a honra desta dança? - Peter esticou  o braço, convidando-me e aceitei sem hesitar.

      No espaço à baixo da árvore, as pessoas, homens e mulheres, se agrupavam para a tão esperada primeira dança.

      O som suave e baixo da flauta foi o primeiro e logo em seguida a viela da arco se juntou a cantoria e o bater de palmas.

      Os casais foram se formando e senti Peter me puxar para perto dele. Relaxei meus músculos e me entreguei a música, movendo-me ritmicamente à medida que ela toca. Leve e alegre, a dança saltitante me envolveu por completa, quando meu companheiro me rodopiou.

      Fecho os olhos e acompanho o ritmo, deixo que Peter me guie e mesmo com os olhos fechados, percebo as pessoas ao meu redor.

      Abro os olhos ao perceber que ele me tirava da inebriante dança e conduzia-me para fora da multidão.

     - Para onde esta me levando? - Questiono-o e sinto suas mãos soltarem meu pulso.

     - Queria um lugar mais calmo - Sua voz serena mostrava certa ansiedade, o que era muito estranho - Isto é para você. - Ele retira do bolso do colete uma pequena caixa.

      Peter se aproxima de mim e me entrega. Receosa a seguro nas mãos, a caixa de madeira meticulosamente com entalhes de rosas, era linda.

      - Abre. - Ele me pediu e pude ver um lindo sorriso largo se estender em seu rosto.

      Abri o pequeno fecho niquelado e puxei a tampa com cuidado. No interior o veludo vermelho cobria todas as extremidades e ali presente, sob o pano rubro, havia uma joia. A pulseira prateada era na realidade pequenas rosas unidas por uma fina corrente, delicada, porém primorosa.

      - Peter... eu nem sei o que dizer... - Digo ainda pasma. - Eu não posso aceitar.

      - Não se nega um presente - Ele pega a pulseira e coloca-a em meu pulso - Combina com você. - Admiramos a joia e foi quando percebi que estávamos próximos demais.

     Sinto seus olhos castanhos encararem os meus e em questão de segundos sinto suas mãos me puxarem pela cintura e nossos lábios se unirem em um beijo.

     Coloco minha mão em seu peito e o afasto.

      - T-Trice, me... desculpa, eu... não deveria ter feito isso. - Pigarreia dando um passo para trás.

      - Tudo bem - Digo ainda desnorteada pelo seu ato - Deve ter sido apenas um impulso. - Sorrio para ele ver que estava tudo bem, pelo menos eu tentava me convencer disso.

      - Não... não foi um impulso e não posso continuar escondendo isso, Trice, eu...

      - Beatrice! - A voz de Leonard o interrompeu, antes mesmo que terminasse a frase. 

      Minha família estava próxima a mesa, um pouco distantes, mas os via conversando alegremente com... Ray?

      Não posso acreditar, ele veio mesmo! Pensei que iria nos dar desculpas bobas por não vir hoje, mas pelo visto, me enganei. Deve ter sido por isso que me chamaram!

      Volto meu olhar a Peter e o encontro me observando, suas feições demonstravam certa tristeza. Me pergunto se é devido ao que iria me falar. 

      Lanço-lhe um sorriso estatelado e ele me devolve com o mesmo, entretanto o brilho infindável de seus olhos havia se esmorecido.

      O silêncio fez questão de nos acompanhar até onde todos estavam.

      - Ray, que bom vê-lo aqui. - Digo cumprimentando-o.

      - De fato! Faz tempo que não o vejo velho amigo. - Meu pai gesticula a minha frente.

      - Trice? - Peter sussurra atrás de mim, tirando-me a atenção da conversa. - Eu vou ver minha mãe, tudo bem?

      - Tudo! - Sorrio e o vejo partir.

      - Vamos comer então! - Ouço a voz doce de minha mãe exclamar e dirijo meu olhar a eles.

      - Eu sabia que estava esquecendo algo! - Ray diz em um tom solene. - Preparei alguns pãezinhos que Beatrice pediu e acabei por esquecê-los.

      - Eu busco! - Digo já me afastando para que não pudessem se opor a minha decisão e poder finalmente pensar com clareza no que acontecera.

      Caminho em direção a casa de Ray. Passo pelas casas e sinto a claridade da festa ficar para trás e dar lugar a escuridão da floresta. 

      Adentro a vegetação com passos cautelosos, já que não vejo muita coisa diante de mim.

      Forço meus pensamentos a prestar atenção ao que me rodeia, mas só consigo pensar  em Peter. Ele é meu amigo. Sei que Bianka e Ben também eram amigos e agora são mais do que isso. 

      No entanto, ainda o vejo como aquele garotinho que sempre me acompanhara, como meu melhor amigo. É somente a amizade que consigo ver entre nós, nada mais...

      Sinto um corpo se chocar contra o meu e caio sentada no chão.

      Um vulto a minha frente, era a única coisa que conseguia ver...


❅❅❅

Hi!!! Enfim o Midwinter chegou!!!

*Bardos: Pessoas que transmitiam histórias cantando.

Aqui estão os vestidos de Beatrice e Bianka:

E aqui a pulseira dada pelo nosso querido Peter:

E então o que acharam?

Nos digam o que acharam da nova capa, esperamos que gostem.

 ❅❅❅ 

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