Capítulo 29 Tensão
Oi minhas escolhas tudo bem com vocês, capitulo fresquinho saindo para vocês, espero que gostem. Beijinhos
Katy
Eu agora entendo toda aquela preocupação que estava nos olhos de Zac. A mãe dele não é uma pessoa fácil. Não posso negar também, que a forma como ela se referiu a mim, me chateou. A garota órfã. Nunca se dirigiram a mim dessa forma. Vou com ele ver seu pai, quando entramos no quarto, ele está deitado na cama, ligado a vários aparelhos. Sua aparência realmente não está nada boa. Vejo o choque no olhar de Zac. Ele sussurra um pai tão baixo, que praticamente sou a única que escuta. Ele chega até a cama, e eu o acompanho. Me sinto perdida, não sei como agir. Então quando ele senta na cama, ao lado de seu pai, carinhosamente eu acaricio seus ombros, tentando lhe passar algum conforto. De repente, o pai dele acorda, e o olha diretamente nos olhos.
-Zac, senti sua falta garoto. Quanto tempo não te vejo.
-Sim. Faz muito tempo que você e a Tereza, me abandonaram. - O velho levanta uma sobrancelha, e solta uma risada amarga.
-Não te abandonamos, não nos culpe por preferir dois meros empregados, do que seus próprios pais verdadeiros.
-Eu não acho que você esteja em condição de discutir. Vou fingir que não ouvi isso. - Zac responde e fico feliz que ele não queira discutir com o seu pai. Os observo, e veja a semelhança que ele e Zac possuem. Algo que não vi em Tereza, eles não se parecem nada.
-E quem é essa bela garota do seu lado? - Ele pergunta a Zac, e seus olhos encontram os meus.
-Essa é Katy, minha namorada.
-Prazer sou Katy Morgan – Digo e sorrio para ele.
-Morgan? - Ele me pergunta com o olhar curioso.
-Conheci seus pais. Sinto muito por eles. - Ele aparenta ser mais gentil.
-Obrigada.
-Zac, preciso falar com você sobre os negócios. Sinto que não tenho muito tempo.
-Eu vou deixar vocês a sós, precisam de alguma coisa?
-Não baixinha, está tudo bem. Me espera lá no quarto, já vou para lá.
-Tudo bem, com licença.
Digo isso e saio do quarto, estou preocupada com Zac. Ele tem essa marra toda, mas sei que ele está sofrendo. E precisa superar essa magoa toda que ele tem dos seus pais. Quando entro no quarto dele, levo um susto, sua mãe está sentada na cama.
-Olá menina, estava te esperando para conversar. - Sinto um arrepio percorrer minha espinha.
-Claro, podemos conversar, Zac está conversando com o pai dele. - Ela me olha de cima a baixo, e vejo reprova em seus olhos.
-Você realmente deseja se casar com o meu filho? - Não entendo onde ela quer chegar com essa pergunta.
-Olha, Zac e eu estamos juntos a quase um ano, somos novos não conversamos sobre isso. Mas sim, eu amo seu filho, e pretendo passar a vida toda ao lado dele. - Sorrio para ela, mas aquele olhar de reprova passa novamente em seus olhos.
-Baixinha você está aí? Tereza? - Zac entra no quarto para o meu alivio, pois sinto que ela não iria dizer algo agradável.
-Oi filho, eu estava conversando com a sua linda namorada.
-Hum. - Zac responde desconfiado.
-Como foi com o seu pai? - Ela pergunta e começo me sentir uma intrusa na conversa.
-Bom, se ele acha que eu quero cuidar dos negócios de vocês, ele só pode estar delirando.
-Como assim Zac? Você é nosso único filho. Você vai ter que cuidar de tudo, eu não sei administrar nada.
-Bom, vou deixar vocês conversar. - Digo, não quero ver essa discussão.
-Não baixinha, você não precisa sair, fica aqui comigo. - Ele diz me abraçando e puxando para o seu lado.
-Não Zac, ela tem razão. Precisamos conversar.
Dou um selinho de leve em seus lábios e digo que estou esperando ele na sala. Saio e respiro um pouco. A tensão está tomando conta do ar. Vou até a cozinha e encontro Gal. Ela parece estar chateada.
-Gal você está bem? - Ela recolhe uma lagrima que cai dos seus olhos.
-Está sim querida. Só algumas coisas da vida, que as vezes me deixam chateadas. - Vou até ela, e a abraço.
-Você quer conversar sobre isso? - Ela me olha, e vejo que é algo muito sério.
-Gal quero que prepare um jantar incrível, estou faminta. E quero que capriche, não quero nada que qualquer um faria. E por favor, melhore essa cara. - Diz a megera da Tereza, o ódio se apodera de mim, e quando menos imagino, já estou falando.
-Tereza me desculpe. Mas não gostaria que você falasse assim com Gal. Ela não é nossa empregada, ela é da família.
-Está tudo bem, minha menina. - Gal diz acariciando meus ombros – E tudo bem Tereza, irei preparar. - Gal sai e Tereza vem até a mim.
-Agora eu entendo o que o Zac viu em você. - Solta uma risada irônica. - Zac está esperando você no quarto.
Eu respiro fundo, e vou até o quarto. Quando entro Zac, está completamente irritado. Tranco a porta, e vou até ele.
-Você está bem meu amor? - Digo acariciando seu rosto.
-Sinto muito baixinha, é a Tereza. Ela me tira do sério. Não suporto essa mulher.
-Zac, não diga isso. Ela é sua mãe.
-Ela está na minha casa baixinha, depois de dezesseis anos. Ela quer que eu cuide dos negócios do meu pai, e eu não quero. Não quero nada disso. Não quero nada deles.
-Eu te entendo. O que você acha de um banho para poder refrescar a cabeça? - Olho para ele, deixando claro a malicia em meus olhos. Ele me olha com diversão nos olhos.
-Sra. Katy Morgan, você está me convidando para uma safadeza? - Eu rio, e dou um tapa de brincadeira em seu ombro.
-Eu te convidei para tomar um banho, só disse isso Sr. Zac. -Rimos juntos, e ele me puxa para seu abraço.
-Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida baixinha. Eu te amo de uma forma que não sei explicar. Você é a minha paz, minha casa, é o melhor lugar do mundo. Você é a luz na escuridão que é minha vida.
-Zac – Sussurro emocionada, e o beijo. E aquela voz que antes sussurrava, agora grita. E o medo, toma conta de mim por inteiro.
ZAC
A minha vida estava perfeita. Estava cada dia melhor que o outro. Aí Hanna apareceu. Agora meus pais. E ver meu pai no estado que ele se encontra, mexeu comigo. Eu não saberia dizer, se amo eles. Afinal, fui abandonado por eles quando era uma criança. A referência que tenho de pai e mãe, é de Gal e Dhylan. Mas não desejo mal para Tereza e Gibson. Assim que Katy saiu do quarto, onde estava o meu pai, ele já veio falar do assunto que eu não queria falar, mas sabia que uma hora ele iria vir à tona.
-Zac, eu sinto que não tenho muito tempo. E como você é meu único filho, eu preciso preparar você para cuidar dos negócios, sua mãe iria falir tudo em dois dias.
-Eu não quero cuidar de nada disso, eu não quero me envolver nos seus negócios, Tereza pode encontrar um sócio proprietário, alguma coisa assim, mas eu não quero me envolver com isso. Eu estou firme na universidade, e não quero nenhuma outra preocupação.
-A sua única preocupação é a sua faculdade? É dar uma vida de princesinha para sua boneca? Fala sério Zac, você acha que uma garota órfã, é a melhor opção para você? Você acha que sua mãe, e eu vamos ficar olhando o nosso sobrenome indo para a lama?
-Vocês perderam o direito de achar alguma coisa, a dezesseis anos atrás, quando vocês me abandonaram com 4 anos! Naquele dia vocês perderam o direito de qualquer decisão da minha vida.
-Claro. Você quis ficar com dois pobres empregados, e eu e sua mãe temos culpa? Quem sustentou você todos esses anos? Quem banca suas casas? Quem compra seus carros?
Eu rio da situação, dessa vez meu pai vai ser pego de surpresa.
-Eu sinto muito te decepcionar pai – dou uma ênfase na palavra pai – mas quem me sustentou, foi Gal e Dhylan, nós nunca precisamos do seu dinheiro. Se quiser conferir, olha o saldo da conta, que você me sustentou por dezesseis anos. Graças ao esforço de Dhylan e Gal, hoje vivemos muito, muito, muito bem. Temos muito dinheiro, e nunca precisamos de nada seu. Dhylan e eu temos uma empresa no ramo de imóveis, e somos muito bem-sucedidos, desculpa desapontar você pai. - Digo pai em um tom sarcástico, e saio do quarto deixando meu pai, completamente assustado. Dhylan nunca precisou de nenhuma migalha dos meus pais, eles me criaram sem precisar do dinheiro deles. E hoje temos uma empresa a Live Well. Temos cinco filiais. Uma em Nova York, uma em Londres, uma em Boston, uma nos Estados Unidos e uma no Japão. Mas Dhylan, sempre foi muito humilde, e me ensinou que as pessoas têm que se aproximar da gente, pelo que somos e não pelo que temos. Por isso sempre, nunca demonstramos o que tínhamos. Depois de discutir, mas um tempo com a minha mãe pelo mesmo assunto. Eu encontro a minha paz, encontro a minha garota. Depois de amar intensamente, de esquecer toda essa confusão, nós adormecemos. Acordamos com uma batida na porta. Eu me levanto e abro menos do que a metade da porta. É Tereza.
-Oi pombinhos, vim avisar para vocês se arrumarem que daqui a pouco o jantar está pronto.
Fecho a porta na cara dela, sem responder nada. Nos arrumamos, e quando chegamos na cozinha, eu levo um susto. Gal está vestindo um uniforme de empregada.
-Gal, o que é isso? Que roupa é essa? - Ela me olha aflita.
-Tereza pediu que eu usasse. - Ela diz e percebo que está chateada.
-Sim eu pedi. Gal é uma empregada, e deve se vestir como uma. - Tereza diz cheia de arrogância.
-Escuta aqui Tereza, você está na minha casa, aqui quem dita as ordens sou eu. Eu não quero que você fale com Gal, ou se dirija com ela dessa forma. E você Gal vai tirar essa roupa, você não é uma empregada, você é da família.
-Não meu menino, está tudo bem. Não tem problema- Gal diz com os olhos marejados. Logo em seguida, a campainha toca. Gal me olha confusa. E diz.
-Eu vou atender, com licença. Gal sai em direção a porta Eu olho para Tereza e vou em sua direção.
-Eu espero que isso não se repita. Gal não é empregada, já disse isso, aqui dentro ela tem mais consideração do que você. - Ela revira os olhos e me ataca.
-Me poupe do seu sentimentalismo com empregados Zac. Coloque eles no lugar deles.
-Tereza, eu vou colocar você no seu lugar, aqui não é a sua casa. Gal tem mais consideração aqui do que você. Ela é mais importante do que você, você aqui não é ninguém.
-Zac, calma. -Katy me chama, e quando eu olho nos seus olhos, me acalmo.
Tereza sai em disparada, e percebo que ela saiu chorando, e Katy foi atrás dela. O médico do meu pai veio dar uma olhada nele. Katy está brava comigo. Se ela soubesse o que o meus pais acham sobre a gente ficar juntos, ela mudaria de ideia. Eu preciso respirar. Decido que vou tomar um ar. Quando chego na varanda, Gal está sentada no primeiro degrau da pequena escada, e percebo que ela chora.
-Gal, você está bem? Eu sinto muito pela Tereza, amanhã já vamos voltar para Londres, você pode ir hoje já pra não ter que olhar para ela. Você sabe que não precisa de nada disso. Eu já te falei tantas vezes, pra contratarmos uma empregada. - Ela enxuga as lagrimas com as costas das mãos. Nunca a vi tão vulnerável. Ela sempre foi minha força, ela quem enxugava minhas lagrimas e cuidava dos meus machucados. Sempre a vi tão forte.
-Não meu menino, não se preocupe. Eu gosto de cuidar da casa, cuidar de você e da Katy. Está tudo bem. É que tinha me esquecido de como Tereza é difícil. Estou tão acostumada com você e Katy, me tratando bem, que me assustei. - Eu sento do seu lado, e ela se vira de frente para mim.
-Gal eu sinto muito mesmo. Não chora, você é tão forte. Sempre cuidou de mim, não quero ver você assim. - Ela sorri entre as lagrimas.
-Assim eu choro meu pequeno. - Sorrio com o seu apelido carinhoso. - Vai ficar tudo bem. Não entendo porque estou tão emotiva. Você está bem?
-Estou tentando. Mas meu pai está morrendo, e decidiu me ver agora, depois de dezesseis anos. Eles não aceitam Katy, por conta de uma porcaria de sobrenome. - Puxo meus cabelos, demonstrando nervosismo- e acabei de fazer Tereza chorar, e agora Katy está brava comigo.
-Zac, você precisa perdoar seus pais. E eu ouvi o que você falou para Tereza, fico feliz com todo esse carinho. Mas você precisa ter mais cuidado com o que fala para as pessoas.
-Eu sei. Mas não consigo Gal. E agora meu pai, quer que eu cuide dos negócios dele. E eu não quero. Quero focar na universidade e cuidar de Katy.
-Se é isso o que você quer, lute por isso.
-É o que eu vou fazer. Onde está o Dhylan?
-Deve estar
consertando alguma coisa, você sabe que ele não aguenta ficar parado, não é? - Dou risada.
-Sim, ele sempre foi ativo demais. Vocês e Katy, são tudo o que tenho na vida Gal. Eu amo vocês.
-O meu amor, nós também. Te amamos demais.
Eu abraço, e beijo o topo da sua cabeça, e por um minuto desejo que Tereza e Gibson nunca tivesse existido em minha vida, que Gal e Dhylan fossem meus verdadeiros pais.
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