Capítulo 2 O RECOMEÇO
Durante os quatro anos após a perda dos meus pais, me dediquei muito na escola e aprendi tudo o que fosse possível em serviços de casa. E descobri até, um leve talento para a cozinha. Me dediquei em todos os vestibulares, pois queria ir embora dali. Eu era muito bem tratada com os Trampells, mas a sensação de que eu era um peso nunca desapareceu. Ainda mais quando em dia, ouvi a Sr. Tramell discutindo com o marido por motivos financeiros. Eu sabia que tinha uma boa quantia guardada na poupança, mas não tinha como ajuda-los, pois só poderia usar aquele dinheiro quando completasse 16 anos. Até mesmo durante as férias escolares, encontrei um serviço em uma lanchonete da cidade. Comecei a trabalhar e em vinte minutos de serviço, estavam todos os Tramells lá me obrigando a voltar para a casa,pois segundo a Sr. Tramell aquele emprego me afetaria nos estudos. Então a única forma de realmente agradece-la por tudo que fazia por mim, era estudando.
Alex e eu ficamos cada vez mais próximos. Diversas vezes, escutava várias piadinhas a respeito da nossa amizade. Diziam que éramos namorados, ou até mesmo que Alex era gay. Eu cresci sempre focada nos estudos. Não ia as festas. Meus únicos amigos era Hanna e Alex. E Alex sempre me acompanhou, então por consequência, ele não saia, não ficava com outras garotas. O que rendiam piadinhas, pois as garotas se interessavam em Alex, e ele sempre recusava. Alex era muito Bonito. Tinha uma pele bronzeada sem tomar o mínimo de sol, olhos de um cinza azulado. Olhos que liam até a minha alma. Nunca consegui mentir para ele. Ele tinha um físico musculoso, fruto dos esportes que praticava na escola. Ele era uma versão mais nova de Steven, o universitário garanhão, só que com a personalidade completamente oposta. Hanna era linda, herdou toda a beleza da Sr. Trampell, olhos de um mel completamente dourado, um corpo escultural, cabelos castanhos de um liso incrível, que não precisava ao menos de uma escova. Hanna já namorava a dois anos um amigo de Steven, Rush. Ele era um cara bacana, a tratava bem o típico casal que curtia juntos desde um cinema as festas mais loucas da faculdade. Agora eu... era a típica jovem sem sal como já ouvi as meninas dizendo, tinha os cabelos negros e meio ondulados, tinha os olhos verdes da minha mãe, não tinha o corpo escultural de Hanna, era mais magra. Até tinha uns pretendentes, mais nenhum que me despertasse o interesse. Hoje eu estou completando 16 anos. Hanna praticamente me implorou por uma festa, mas não quis, quando disse que iria ficar estudando ela quase me bateu.
-Katy, você precisa sair, vamos a essa festa hoje por favor, já que você não quer fazer a sua própria festa vamos nessa, por favor não te peço mais nada!
-Hanna já disse que não vou, desiste. – Mas algo, ou melhor, alguém me surpreendeu. Alex entrou no quarto e disse.
-Vamos Hanna, eu vou. Você deveria ir.
-Alex Tramell em uma festa!! Essa eu quero ver! - disse Hanna tirando sarro do próprio irmão.
-Sim, eu vou, acho que você deveria ir Katy. – Disparou isso e saiu do quarto.
-Ah não Katy, até o Alex vai e você não?? Por favor vamos!
-Hanna, não vou fazer você desistir, não é?
-Hahahaha, de forma alguma meu amor, de forma alguma, e tem mais eu vou te produzir, hoje meu irmãozinho se declara para você!
-Hanna, já disse para você parar com essas suas insinuações, Alex e eu somos amigos e nada mais. - Hanna gargalhou, como se tivesse contado a piada mais engraçada do mundo.
-Menti para mim que eu finjo que acredito! – Revirei os olhos para Hanna e voltei para o que estava fazendo. Mas ainda sim estava intrigada com o Alex, dizendo que ia a festa, será que ele estava a fim de alguma garota, a ideia me deu uma pontada enorme de ciúmes, mais logo sacudi a cabeça, era só ciúmes de irmão, nada mais que isso.
ALEX
Desde quando Katy entrou em minha vida, foi amor à primeira vista. Vê-la tão frágil, tão machucada após a perda de seus pais, me fez a proteger e cuidar dela com todo amor do mundo. Amor esse que cresce cada dia a mais. Não consigo me declarar, toda vez que eu falo para ela que a amo, ela completa dizendo que é um amor de irmão. Mas não é. O amor que eu sinto por ela,nunca jamais, será o que sinto pela Hanna. Eu a amo como mulher, é com ela que eu quero estar a minha vida toda. Quando ela me disse que se candidatou para todas as faculdades em Londres, meu coração foi partido ao meio. Ela quer ir embora, quer ficar longe de mim, e não vou conseguir viver longe dela nunca. Preciso me declarar. Conversei com Hanna, que me deixou com uma pontada de esperança. E decidi hoje vou me declarar para ela, vou contar como a amo, como quero protege-la e cuidar dela para sempre. Quero ser sempre, quem vai correndo abraça-la, quando tiver seus pesadelos, quero ser o porto seguro dela, assim como ela é o meu.
Quero que ela consiga entender, o porque não fui para Nova York ainda, não fui, não aceitei. Não queria ela longe de mim. Ninguém compreendeu, a única que sabe a verdade é Hanna, que diz que sou uma anta por não ter me declarado ainda. Katy cada dia que passa, está mais bonita e vários amigos de Rush e de Steven, estão interessados nela, sorte a minha de estar sempre ao lado dela, pois todos desconfiam que estamos juntos, então nenhum cara chega nela. E se chegar, eu não sei o que faria se ela aceitasse. Ela sempre me diz que não tem interesse em ninguém, que quer focar nos estudos e nas bolsas que se candidatou. Meu tempo está acabando ou me declaro para ela, ou vou ter que aceitar ela longe de mim.
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