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Capítulo I

Créditos;

Co-autor: DAgustTwoProjet
Avaliadora: shatis_angel
Capista: ggukluvi
Beta: pipoca77poca

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"Senhores habitantes de Aurorion, a nossa terra está sendo invadida por seres de outro planeta que declaram que vão destruir tudo e todos. Pedimos que recuem para suas aeronaves, e se direcionem para um lugar seguro e o mais longe possível de Aurorion”.

O sinal de alerta ecoou em todos os alto-falantes espalhados por todas as regiões e, logo após, a mensagem de aviso também foi transmitida em todos os aparelhos tecnológicos. Todos estavam sob risco eminente caso permanecessem em Aurorion. O melhor a ser feito era procurar um local seguro.

Aurorion era uma terra linda, onde todos os habitantes viviam em perfeita harmonia com a natureza, com campos floridos espalhados por todo o planeta. Todos a amavam e diziam que aquela era a terra perfeita e não existiria lugar melhor no universo, uma vez que todos eram híbridos. Mas infelizmente, tudo foi destruído, os campos cheios de flores deram lugar ao fogo e aos destroços. Não havia mais nada a não ser as lembranças em seus corações.

A família Park estava empenhada em se salvar a todo custo, indo direto para a aeronave, tentando ajudar algumas pessoas que também estavam tentando fugir o mais rápido possível.

— Pai… nós vamos morrer? — Jimin perguntou, com medo.

— Claro que não, meu filho, vamos para algum lugar seguro. Eu prometo a vocês — disse o sr. Park, abraçando a família e olhando para sua amada esposa, que parecia desesperada, mas mantinha a calma para não deixar o filho ainda mais assustado.

Sem um destino certo para seguir, eles vagaram pelo espaço procurando um lugar para se abrigar, todavia, os suprimentos que a família Park havia colocado às pressas estavam acabando e, consequentemente, a água também, assim restando poucos litros.

Há muitos anos-luz, existia um planeta aparentemente tranquilo e seguro. Estava muito distante, contudo, pelo menos, não seria possível os invasores os encontrarem. Então, por um tempo, a família Park viajou até chegar o mais perto possível sem chamar a atenção.

Porém, a nave começou a soar um alerta e todos ficaram preocupados, visto que esta estava com problemas por conta de não estar devidamente preparada para uma viagem tão intensa através do espaço-tempo, por isso não conseguiria pousar com segurança.

Jimin ficou apavorado com o barulho e com muito medo de algo piorar. Agarrou-se aos seus pais e quando percebeu, a nave estava caindo em uma velocidade muito rápida. Os Park's se prenderam aos cintos de segurança, o que evitava condições piores caso a nave se chocasse bruscamente, o que parecia que iria acontecer.

Em breves segundos, sua visão ficou completamente escura e perdeu os sentidos. Tudo parecia se movimentar muito lentamente e era difícil respirar devido à grande quantidade de fumaça que ele não sabia de onde vinha e estava muito confuso para tentar perceber.

[...]

Pisquei meus olhos pesados, sentindo um pouco de dor em minha perna direita e desconforto nas costas. Soltei-me do cinto com certa dificuldade para apertar o botão e caí no chão da nave, gemendo em dor pelo impacto repentino. Visualizei meus pais com meus olhos cheios de lágrimas, ainda confuso, sem saber o que poderia ter acontecido com eles.

Arrastei-me chorando por causa da dor no meu corpo e por ter conseguido ver os corpos dos meus pais cobertos de sangue e diversos ferimentos espalhados, desde o rosto até as roupas rasgadas pelos cortes.

— Pai?! Mãe?! — gritei com uma angústia apertando o meu coração.

Quando cheguei perto o bastante para tocar o rosto do meu pai e perceber tanto ele como minha mãe desacordados, entrei em desespero, chamando-os diversas vezes, mas seus corpos não se movimentaram, sem vida.

Caí em um choro intenso como uma criança. Não conseguia respirar direito, sem compreender o motivo pelo qual eles morreram e eu continuava vivo. Não conseguia entender. Tudo estava tão confuso em minha cabeça que as lágrimas que caíam sem parar impediam que eu aceitasse a visão à minha frente.

A nave começou a despedaçar ainda mais e o fogo intenso começou a se alastrar por toda parte. Agarrei os corpos sem vida de meus pais, chorando, pedindo para que eles acordassem.

Acordei de repente, assustado e suando tanto que senti a franja colada em minha testa pelo suor. Coloquei a mão sobre o meu coração, que doía de maneira excessiva e batia de forma completamente fora de ritmo.

— Por Aurorion! O que foi isso? — indaguei, com o pesadelo ainda tão fresco em minha mente.

Eram frequentes os meus pesadelos, os quais vinham me atormentando desde que fugimos de Aurorion. Felizmente, tínhamos conseguido pousar a nave em segurança. Os pesadelos deveriam ser devido ao trauma que aquela situação causou em mim e isso me perturbava todas as noites.

Meus pais estavam no andar de baixo e eu conseguia escutá-los conversando e dando risada. Passei as mãos pelo meu rosto sem acreditar como um sonho poderia parecer tão real, mas estava feliz que aquilo era somente um maldito pesadelo, e nada além de uma ideia que minha mente continuava a criar.

Após a invasão, conseguimos encontrar um local seguro e bem distante de casa. Era um planeta conhecido como Terra, com populações humanas e sem características animalescas, como os híbridos de Aurorion. Tínhamos nos instalado em um país chamado Coreia do Sul, sem ter muito o que fazer. Minha família e eu alugamos uma residência pequena, mas confortável e, desde o dia em que chegamos, estávamos nos esforçando para nos adaptar àquele planeta tão diferente do nosso.

A adaptação naquele mundo não estava sendo uma tarefa simples, uma vez que todos eram tão diferentes e havia muitos costumes estranhos. A minha família e eu éramos híbridos de gatos, com diversas características felinas presentes desde a cabeça até a ponta de nossos dedos, todavia, podíamos esconder isso caso fosse necessário. Nesse mundo, precisávamos tomar cuidado com isso. Em Aurorion, todos eram híbridos, e um mundo com pessoas totalmente humanas era algo estranho para mim. Meu pai havia me dito: “É melhor evitar que sejamos vistos na nossa forma de híbridos, não sabemos como os humanos reagirão e, meu filho, devemos evitar chamar a atenção.”

Meus pais conseguiram emprego em um… como era mesmo a palavra? Sim, eles conseguiram um emprego em um restaurante onde os humanos iam em bandos comer. Tive a oportunidade de obter uma bolsa de estudos em uma faculdade dos humanos para estudar o que mais amava no mundo, depois da minha família, ou seja, artes, na faculdade de artes de Seul. De acordo com o que os vizinhos comentavam, era a mais concorrida para se ingressar, sendo que apenas os melhores tinham a oportunidade de entrar.

E como eu era um prodígio em minha escola em Aurorion, entrar não foi muito difícil e não tive que me esforçar excessivamente para conseguir me matricular.

O dia tão esperado havia chegado, o primeiro dia de aula na faculdade. Estava tão nervoso que minhas mãos tremiam e não conseguia ficar parado, assim conferindo a mochila várias vezes na noite anterior, mas precisava manter-me calmo, apesar do nervosismo, como meu pai disse:

— Não devo chamar a atenção — repeti as palavras, olhando-me no espelho e respirando fundo, sorrindo para a minha imagem refletida.

Acreditava que seria um pouco difícil, uma vez que minha aparência era incomum, ao contrário do que tinha notado em outros jovens da minha idade. Olhei para os meus cabelos que naturalmente eram rosados. Havia sardas por todo o meu rosto ou quase todo, e olhos azuis-claros. Esses olhos eram o meu maior problema, uma vez que precisava tomar muito cuidado ao sol, pois estes ficavam finos como os de um gato.

Após revisar uma última vez minha mochila e dar uma última conferida em minha aparência no espelho, juntei-me aos meus pais, que já me esperavam para o café da manhã. Eu e meus pais partíamos de casa no mesmo horário.

— Jimin, meu querido filho — meu pai me chamou carinhosamente e eu olhei para ele. — Lembre-se do que eu te falei, não tente chamar a atenção de ninguém, vai ser para o seu próprio bem. — O de aparência muito semelhante à minha acariciou minhas mãos, sorrindo minimamente para mim.

— Prometo que vou tomar cuidado — respondi. Passei a mão sobre a franja rosada que caiu um pouco sobre os meus olhos, sorrindo para meus pais.

Com tudo pronto e organizado, saímos de casa. Meus pais me acompanharam até a faculdade, deixando-me na porta, e eles foram para o trabalho, que era na direção contrária à nossa casa.

Ao olhar aquele lugar grande, senti um frio na barriga e as mãos começaram a tremer. Ajeitei a mochila nas costas, seguindo até a entrada. Podia sentir o olhar de todos sobre mim, o que me deixava muito desconfortável. Segurei com mais força as alças da minha mochila, não fazendo questão de olhar para ninguém, a não ser para o chão, e seguir meu caminho.

Verifiquei o número no papel que estava nas minhas mãos. Conferi também o número da sala onde iria estudar. Levei comigo alguns livros que tinha pego na biblioteca e que me informaram que precisaria usar nas aulas.

Adentrei a sala e mesmo sem focar no rosto das pessoas, eu sabia que estavam todos me encarando. Fui até um assento livre, afastado dos demais, visto que aquela situação era tão desconfortável. Peguei meu caderno e meu estojo, deixando tudo na minha mesa para esperar a aula começar.

Com meus cotovelos apoiados na mesa, juntei minhas mãos para dar suporte ao meu queixo. Eu não gostava nem um pouco de estar ali, cercado por pessoas que pareciam julgar-me apenas por respirar, mas era necessário. Gostaria de estar na minha terra natal, com meus amigos, com pessoas iguais a mim e que me compreendessem.

Naquela faculdade movimentada, eu era apenas um garoto recém-chegado, com um estilo peculiar e distinto, caminhando pelos corredores. Meus traços únicos, fosse pela forma como me vestia ou por algum aspecto físico marcante e incomum, pareciam despertar o interesse de algumas pessoas.

Enquanto me sentava no fundo da sala, um grupo de estudantes, que aparentavam ser os mais populares, começou a fazer comentários sarcásticos e rudes sobre minha aparência para que todos ouvissem.

Vi que alguns outros alunos se viraram para me olhar e, logo depois, cochicharam entre si, rindo. Outros riram sem se importar com a possibilidade de me machucar, tornando o ambiente carregado de energia negativa para mim, que tentava disfarçar o meu desconforto enquanto procurava um lugar para me encaixar em meio àquelas pessoas que me destratavam.

A aula finalmente teve início e os professores foram gentis comigo, deixando-me mais leve e confortável para lidar com toda aquela situação.

Pelos horários que eu havia recebido na minha inscrição, após as três primeiras aulas, todos deveriam ir para um pátio, onde era feito o intervalo. Só não imaginei que aquele fosse ser meu pior pesadelo.

Assim que cheguei ao refeitório, fui à fila para pegar minha comida e me sentar em uma mesa que estava vazia, distante de todos os outros alunos.

Estava em paz, comia aquela comida diferente, mas que era muito boa. No entanto, infelizmente, minha paz havia terminado.

Após terminar de comer um bolinho de sabor morango, percebi que alguém jogou em mim uma caixinha de suco, a qual todos nós pegamos para tomar. Ele abriu e despejou pela maioria das minhas roupas novas, naquele momento sujas de suco de uva.

Olhei para trás e o grupinho riu da minha situação. Um deles pediu desculpas com um tom debochado. Sentia-me um lixo e um nó na garganta começou a se formar, enquanto todos estavam rindo de mim e tirando sarro.

Peguei os meus pertences, deixei a comida na mesa e fui para o banheiro mais próximo, trancando-me em uma das cabines, derramando as lágrimas de dor e rejeição sem acreditar que aquilo estava acontecendo comigo.

No entanto, percebi alguns passos dentro do banheiro. Sequei minhas lágrimas, tapando a boca para evitar que os meus soluços fossem escutados. Tentei ficar o mais quieto possível. Não gostaria de ser zombado novamente, dessa vez não pela minha aparência, mas sim pelo meu choro.

Assustei-me quando algo bateu forte contra as cabines, o que me fez arregalar os olhos. Houve uma breve discussão que envolvia uma ameaça à pessoa que possivelmente foi arremessada contra as cabines.

— Escuta aqui, seu mauricinho de merda! — um dos garotos começou com um tom ameaçador. — Você acha que é quem para ficar fazendo chacota com aquele garoto rosado? — Outra pancada forte foi ouvida contra a minha porta trancada, mas dessa vez parecia que alguém havia dado um soco.

— ‘Tá protegendo o novato, Min? — o garoto ameaçado falou.

— Não tem medo, garoto? Você sabe do que sou capaz — o tal do Min advertiu e pude sentir mais um barulho na porta.

— E… Eu… Desculpa… desculpa — o rapaz exclamou com a voz falha, parecia que estava sendo sufocado.

— Vai embora daqui antes que eu te dê uma surra ainda pior — o valentão falou, soltando o garoto, este que pelo som parecia ter caído ao chão, então logo percebi sua sombra pela fresta da porta, a qual levantou e saiu correndo.

Continuei em silêncio, com medo de quem seria aquela pessoa intimidadora. Todavia, pelo ambiente estar quieto, o tal do Min devia ter ido embora. Precisava retornar para a aula. Sequei meu rosto novamente, ajeitei-me, peguei a mochila e abri a porta devagar, olhando para os lados, e, pelo que parecia, não havia ninguém por perto. Respirei aliviado.

Fui até a pia jogar uma água em meu rosto e tentar me acalmar um pouco mais. Quando me levantei e olhei para o espelho que estava ali, tomei um susto, pois um garoto me encarava no canto do banheiro de braços cruzados.

— Você ficou louco? Quer me matar de susto? — esbravejei e virei em sua direção.

— Calma, rosado, eu só queria saber se você estava bem — o moreno respondeu, revirando os olhos e dando um sorriso pequeno. Comecei a me afastar da pia e seguir em direção à porta para sair do banheiro, mas sempre olhando para o jovem.

— E-estou… Tenho que ir agora. — Perdi-me em minhas próprias palavras, ainda muito assustado com tudo o que havia acontecido e com medo de ser humilhado novamente, mas fui surpreendido por um par de mãos que me segurou com gentileza.

— Não parece nada bem, vem aqui. — O Min me conduziu de volta para o banheiro, até a pia, pegou um pedaço de papel e começou a limpar minha roupa.

Ainda não sabia como agir e nem o que fazer, estava tão assustado que apenas deixei que ele limpasse. Até que era uma cena agradável para o momento, mas ainda assim, era muito estranho. Precisava admitir.

— Obrigado… — agradeci, envergonhado.

— Não precisa ter medo de mim, apesar do que ouviu há alguns minutos. Sou uma boa pessoa — disse o moreno, sorrindo de lado, e olhando nos meus olhos sem maldade. — Aliás, qual o seu nome, rosado?

— Por que eu deveria confiar em você? — indaguei, dando um passo para trás, desconfiado.

— Não precisa confiar se não quiser, mas caso queira continuar tomando banho de suco e sujando a roupa inteira por causa daquele mesquinho, ‘tá bom, vá em frente, boa sorte — falou e virou as costas, indo em direção à porta para sair.

— Park Jimin! — gritei, fazendo o outro parar onde estava. — Meu nome é Park Jimin. E o seu? — perguntei, com os dedos brincando na barra do meu suéter.

— Min Yoongi — o moreno afirmou, voltando para onde estava. — Você é novato. De onde veio? — questionou, um tanto curioso, e a pergunta me fez travar.

— É… — Tinha me esquecido que não era totalmente humano, então não poderia contar a verdade para ninguém. — J-Japão, isso, do Japão! — falei assim que tive a oportunidade de ver um cartaz pendurado atrás de Yoongi com uma foto da cidade e a palavra “Japão” em destaque. Nem sequer pensei em outro lugar.

O rosto de Min estava bastante desconfiado. Poderia ter inventado algo melhor, mas foi o que deu na hora do desespero. No entanto, fiz de tudo para que ele acreditasse, ou pelo menos fingisse que acreditava.

Esta foi a primeira de uma série de conversas que tivemos ao longo das semanas. Yoongi era uma pessoa gentil. Por mais que não aparentasse, tinha o seu modo bruto de cuidar das pessoas, além de possuir uma beleza incrivelmente admirável.

Nos aproximamos de forma intensa, ele cuidava de mim para que nada acontecesse. Era fofo, mas não poderia me apaixonar por um ser humano. Ele não teria compreensão da minha vida verdadeira e, com toda a certeza, iria me deixar.

Após aquele dia no banheiro da faculdade, ficamos muito amigos. Ninguém nem chegava perto de mim. Yoongi sempre ficava parecendo um guarda-costas quando estava ao meu lado, e eu, todo envergonhado, olhando para as pessoas. Eu queria contar tudo o que sentia para ele, mas era bem mais complicado do que parecia.

[...]

Minha vida mudou completamente ao conhecer Park Jimin, um garoto de cabelos rosados, com um sorriso gentil e meigo. Ele era completamente diferente das outras pessoas. Inocente, uma palavra que poderia ser usada para descrevê-lo.

Quando percebi que ele era um aluno recém-chegado à faculdade, coloquei-me em seu lugar e percebi exatamente como deveria estar se sentindo. Lembrei do meu primeiro dia de aula, que foi terrível, mas não iria permitir que Jimin se sentisse dessa forma por muito tempo, pois queria protegê-lo desses idiotas que não mereciam tirar o sorriso de seu rosto.

Antes, sentia-me muito sozinho, o que nunca foi um real problema para mim. Quando Jimin chegou ao auditório, o vi pela primeira vez com um ar de entusiasmo e desconfiança, não tinha a menor ideia de que poderia trazer tanta cor à minha vida. Sentia-me bem mais feliz estando perto dele.

Claro que às vezes Jimin fazia algumas coisas estranhas. Um dia, ao chegar à faculdade com a minha moto, vi o rosado sentado em um galho de uma árvore de grande altura.

— Park Jimin, o que está fazendo aí em cima? — questionei, cruzando meus braços e o olhando com um meio sorriso no rosto.

Jimin me olhou, sorrindo daquele jeito angelical que só ele sabia fazer, enquanto balançava as pernas e segurava firme no galho.

— Senti vontade de subir na árvore, aqui é um bom lugar para observar sem ser incomodado — disse o rosado, estendendo os braços para demonstrar toda a extensão do campo.

Perguntava-me como ele tinha tanto equilíbrio e como poderia não ter medo de subir tão alto assim. Preocupei-me quando ele ameaçou pular, pois poderia se machucar durante o processo e eu não iria querê-lo chorando no meu ouvido o dia todo. No entanto, ele pulou com tanta convicção e caiu em pé, do mesmo modo que diz o ditado popular: os gatos sempre caem em pé.

Apesar das esquisitices, que não me incomodavam de verdade, ele era uma boa companhia. Nos finais de semana, saíamos juntos. Gostaria que ele conhecesse tudo o que pudesse sobre Seul, uma vez que parecia não ter conhecimento algum em relação a cidade, apesar de falar coreano melhor do que eu.

Passávamos a maior parte do tempo juntos e, mesmo quando não estávamos juntos, trocávamos mensagens constantemente, até mesmo no trabalho, onde eu fazia questão de responder às mensagens de Jimin. Nunca tive um amigo como Park Jimin. Ele era fofo, ainda que esquisito em algumas ocasiões. Qual jovem na atualidade conseguia fazer tricô tão bem? Bom, Jimin sabia e havia me presenteado com um cachecol que, devido à chegada do inverno, tornou-se bastante utilizado.

Jimin também começou a me trazer potinhos com comidas que preparava, curiosamente, para eu avaliar se estava bom. E eu sempre dizia que a comida estava muito boa e saborosa, que ele deveria abrir um restaurante, o que o arrancava um sorriso genuíno.

Há alguns meses, Jimin começou a se sentir mais envergonhado perto de mim. Às vezes, ele colocava alguma comida no meu prato no refeitório e ficava vermelho como um tomate. Brincava com ele dizendo que estava parecendo um grande coração ambulante, o que o deixava mais envergonhado. Apenas ria quando ele me batia depois de tanto o provocar.

Também fiquei impressionado pelo quanto Jimin era inteligente. Às vezes, eu não conseguia compreender alguma matéria, e o rosado lia sobre o assunto em menos de uma semana e me ajudava com as minhas dúvidas, que não eram poucas. Em troca, eu deveria contar alguma coisa que gostava, e mesmo sem entender o motivo, eu contava a ele as coisas as quais apreciava.

Mas Jimin parecia estar escondendo algo de mim, pois aparentava querer me contar, mas sempre desistia. Não estava disposto a insistir, visto que parecia ser algo pessoal, contudo, em algum momento, ele conversaria comigo e eu iria ouvi-lo.

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