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24| Calmamente.

Capítulo 24


A quantidade de vozes era absurda e todas pareciam falar ao mesmo tempo tentando explicar para Al o que havia acontecido. Por isso, acho que não perceberam que eu já estava acordada, abrindo os olhos e tentando entender onde eu estava e o que tinha acontecido.

— Já não basta ser toda magrinha assim, ainda tem medo de sangue, vê se pode! — Disse a mãe de Al e as outras pareciam concordar.

— Nunca vai ficar grávida assim, Al.

— Ela não vai ser capaz de parir um filho da nossa família.

— Você deveria pensar nisso.

Uou. Aquele papo estava indo longe demais para meu gosto, por isso engoli em seco e decidi dar um basta. Eu e Al ainda estávamos andando num campo muito novo para mim, que era essa coisa de relacionamento assim mais maduro, um relacionamento fechado... Chegar agora no ponto de ter filhos? Essas meninas deviam entender que isso ia demorar um pouquinho ainda.

— Ai minha cabeça. — Fingi que estava acordando naquele momento, porque não era louca nem nada de enfrentar sete mulheres malucas me inquirindo porque eu não queria ser mãe com vinte e poucos anos de idade.

— Vou preparar um chá. — Disse Ondina e eu fui obrigada a encarar os olhos de todas as mulheres que me encaravam mais Al de companhia.

— você está bem, Fer? — Ele me perguntou gentilmente. Sorri.

— Sim. Eu não queria desapontar sua mãe, então tentei não parecer covarde por não conseguir olhar para o sangue de outras pessoas. Mas acho que não deu muito certo.

— Não mesmo. — Respondeu Bianca na lata. Senti um mini sorriso brotar nos meus lábios quando Al encarou a irmã e ela parou de implicar comigo. Uma pequena felicidade interna. Se eu pudesse fazia ali mesmo a dancinha da vitória.

— Tudo bem, Fer. Você foi muito corajosa. Gostaria de pegar um ar fresco? — Concordei enquanto Al me puxava do colchão fino e tudo ao redor de mim rodopiava um pouco voltando aos conformes. Enlacei meu braço na altura do cotovelo de Al e deixei que ele me guiasse para fora da casa. Ali, no calor excessivo, eu realmente estava me sentindo sufocando tanto por dentro quanto por fora.

Nos afastamos um pouco pela rua de terra caminhando vagarosamente. Havia poucos postes em distancias bem longas, o que fazia com que o local mais parecesse um breu imenso. Ainda assim, Al parecia saber exatamente por onde pisar e como andar sem que nós dois tropeçássemos e caíssemos. Isso me fez agarrar ainda mais firmemente o braço de Al para me movimentar.

— Elas ainda estão se acostumando com você... — Ele começou cortando o silêncio.

A rua estava silenciosa e era possível ouvir algumas cigarras cantando e outros sons que pareciam farfalhar do mayombe distante. Engoli em seco.

— Eu acho que nunca vão acostumar... — Disse num sussurro.

— Elas são um pouco ciumentas, mas vão sim, Fer. Sou o único irmão que elas tem, acredite, qualquer uma no seu lugar sofreria tal situação. — Decidi me calar. Era o melhor que eu podia fazer, já que eu não queria magoar Al. Não queria que ele entendesse que elas, na verdade, não me viam como a mulher ideal para ele. Muita coisa envolvida por isso. Tanto a cor de pele, como a estrutura corporal e até mesmo o fato de eu não ter nascido no mesmo lugar que ele. Eram muitas coisas diferentes para fingir que não existiam. Eram dois mundos completamente diferentes.

— Eu acho que vou agradecer por não ter irmãos então. — Brinquei e Al sorriu parando de andar.

— você está tendo dificuldades para dormir ainda, como tinha na mansão? — Ele voltou sua atenção para mim, o que me fez arregalar os olhos, porque eu sabia que era difícil mentir com alguém olhando tão fixadamente para você e porque também eu estava sentida com o fato de que ele lembrava desse pequeno detalhe sobre mim.

— Um pouco. — Confessei. — Mas é o calor. — O que era verdade, mas não era a única verdade. Mas eu não diria que sentia falta dos braços dele ao redor de mim, nem que Carol roncava um pouco alto demais.

— Hm... — Ele parecia pensativo, mas nós demos meia volta e começamos a voltar para a casa dele.

— E você? Tendo pesadelos comigo ainda? — Brinquei, mas vi a sombra que trespassou o olhar dele, o que me fez engolir em seco e olhar para o chão sob meus pés.

— Sim. — Ele se limitou a dizer.

Continuamos alguns passos em silêncio. O cheiro do ar, úmido, demonstrava que fazia pouco tempo que havia chovido. Não conseguia imaginar que havia ficado tanto tempo desmaiada – ou dormindo – vai saber, e que nenhuma delas tinha feito um mínimo esforço para me acordar. Na certa passaram aquele tempo todo falando de mim.

— Vou ver se amanhã compro outro ventilador para nós. Pelo menos o calor não será mais motivo para tirar seu sono. — Disse Al, o que me fez parar e voltar meus olhos em direção aos seus. Ele estava sendo gentil, muito gentil mesmo, o que tocava o meu coração de maneira que meus olhos queriam se encher d'água. Agradeci e aproveitei que a escuridão da noite velava pelas nossas almas para colocar-me na ponta dos pés e beijar os lábios de Al.

Suas mãos abraçaram minhas costas me trazendo mais perto para sua direção. Coloquei minhas mãos ao redor de seu pescoço, aspirando o cheiro de terra molhada que Al tinha. Ele mordiscou meu lábio inferior puxando meu corpo para mais perto do seu, como se ainda houvesse muito espaço entre nós, espaço demais. Eu também sentia isso.

Uma das suas mãos desceu bobamente para meu traseiro, mas eu não me importei mordiscando também o seu lábio inferior. Al pareceu se dar conta, antes mesmo do que eu, que estávamos no escuro e que isso não era uma boa ideia se alguém nos pegasse do jeito que estávamos. Ele bufou então entre meus lábios, desgrudando de forma sôfrega minha boca da sua, exasperando frustrado:

— Por que me tentas assim, se não posso tê-la? — Ri da sua aflição enquanto me afastava dele, antes que ele me agarrasse como um saco de batatas e me possuísse naquela escuridão mesmo. Tentei me endireitar agradecendo que a escuridão me dava tempo de me recuperar do rubor das bochechas, ainda que não provavelmente do inchado dos lábios.

Felizmente a gente teve tanta sorte que no segundo seguinte, Bianca saiu da casa e ao nos ver voltando para casa, sorriu e gritou:

— Mama já preparou o seu chá, Fer. — E na sua voz meu nome parecia uma brincadeira de criança. Ignorei a forma como ela tentava me tirar do sério. Entrelacei meus dedos no de Al e então cortei o silêncio como se nada tivesse acontecido:

— Vamos? — E Al concordou enquanto seguíamos, enfim, até a casa dele.

***

Encarei a parede mais uma vez enquanto ouvia os roncos de Carol. Mais uma maldita noite em claro. Dessa vez, desisti de ficar me remexendo na cama e me levantei saindo do quarto. Fui em direção a cozinha e fiquei olhando a forma como a chuva molhava as janelas, aquela chuva que parecia tão comum ali em Belize nessa época do ano.

Não sabia que horas eram, mas não havia uma alma penada na rua. Além da hora, a chuva não ajudava em nada nisso. As pessoas deviam dormir, o que era o certo, eu tentava dizer para o meu cérebro, sem sucesso. Suspirei e continuei olhando as gotículas que escorriam pelo vidro.

Abri a porta da casa e me permiti sentir o leve vento gelado da chuva que parecia trazer certo consolo para meu corpo que morria naquele calor abafado. Fiquei olhando por sabe se lá quanto tempo antes de ouvir uma voz reconhecível falar atrás de mim:

— Sem sono? — Mesmo que ele já soubesse a resposta para aquela pergunta, concordei meneando a cabeça num gesto afirmativo. Em Omã, e agora em Angola, eu estava tendo que aprender a lidar com minha insônia sem o escape que eu costumeiramente tinha quando morava em São Paulo. Nem em Omã, nem aqui havia uma balada para me fazer esquecer desse meu problema com sono.

Senti que Al se aproximava de mim pelas costas, o seu corpo mais em brasa ainda do que o meu. Ele me abraçou pelas costas e deixei assim ficar enquanto nós dois olhávamos, calmamente, para a chuva que caía sem trégua do lado de fora.

Não sei também quanto tempo depois a chuva diminuiu, mesmo que ainda sem parar. Possivelmente, agora em vez de cinco segundos para me molhar por inteira, eu precisaria de um minuto para tal, o que significava que eu ficaria molhada de qualquer jeito, só o tempo para isso que aumentaria.

Imediatamente, senti um arrepio profundo pela minha pele quando os lábios gelados de Al encostaram na pele do meu pescoço num beijo cálido e permeado de segundas intenções. Minha pele despertou como brasa quente e eu me permiti que fechasse os olhos sorvendo a sensação que se apossava do meu corpo.

Al deslizou os lábios pelo meu ombro desnudado por conta da camisola fina que eu usava para dormir. Sorri diante do contato e deixei que ele continuasse com o carinho que não passou disso. Ele continuava abraçado a minha cintura e eu permiti que minha cabeça descansasse sobre o seu peito aspirando o cheiro de floresta molhada e sentindo, estranhamente, que me acalmava.

Quando alguns minutos depois um bocejo formou-se e o sono pareceu querer retornar, desconfiei que talvez minha insônia também tivesse uma queda por Al. Seria a única explicação para o sono que vinha. Mas não me deixei pensar mais nisso. Queria aproveitar cada segundo que pudesse sozinha na companhia de Al. Sem seis mulheres falando no meu ouvido, sem olhares confusos, sem nada.

— Amanhã gostaria de te levar para conhecer aqui. — Comentou Al casualmente. Meneei a cabeça concordando.

— Amanhã. — Prometi.

***

Hoje vamos ter dois capítulos para aproveitarmos o feriadão lendo bastante... o que acham? =)

Bjinhoos

Diana.

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