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Tenebris amava o Halloween. Era quando o véu entre as dimensões cedia e ele podia deixar o Submundo para visitar os mortais.

Ele parecia uma criança na primeira aula de magia, obcecada pelas fantasias, coletas de doces, casas assombradas e, principalmente, histórias de terror.

Tenebris adorava como os humanos interpretavam as criaturas sobrenaturais e às vezes ria das coisas absurdas que diziam. Como uma vez que juraram que o pé grande havia passado na floresta ao sul da cidade porque havia uma pegada extremamente grande marcada na terra.

Na verdade, pertencia a um ogro. E nem isso eles sabiam diferenciar.

Bom, não era culpa deles. Os seres mágicos e os humanos cortaram relações há muito tempo, e o único dia do ano em que a borda poderia ser cruzada sem enormes preocupações era o Halloween, inicialmente criado para celebrar a amizade entre mortais e místicos.

Agora, tudo o que sobrou foi um conselho que a mãe de Tenebris não cansava de dizer: como futuro rei, você deve conhecer os humanos por serem afetados por suas decisões, mas nunca se aproxime demais.

Infelizmente, ou não, ele estava quebrando aquela regra pela primeira vez.

Tudo se iniciou quando ele avistou um grupo de jovens perto do parque, que caçoavam de uma garota que tentava se manter impassível. Ela não tinha para onde correr, mas não ousava perder a cabeça nem quando eles lhe tacavam pequenas porções de cascalho.

— Você está homenageando a sua mãe com essa fantasia, Eleonor? – uma menina disse, soltando uma risadinha repugnante.

— Isso é uma fantasia de bruxa? – um dos rapazes fingiu espanto — Eu jurava que ela tinha vindo sem nenhuma.

Todos riram, mas cessaram assim que uma sombra se ergueu atrás deles. Já prontos para desconjurar quem quer que fosse, se detiveram ao perceber que os chifres e os olhos vermelhos de Tenebris não eram uma mera fantasia.

— Parem com essa palhaçada de uma vez.

— Ou o quê? — um dos garotos indagou em uma tentativa de coragem. Tenebris sorriu de canto.

— Eu estava esperando que você fizesse essa pergunta.

Com o erguer de uma mão, Perguntador, Tenebris decidiu apelidá-lo assim, flutuou em pleno ar, seguindo os comandos da magia. O resto do grupo ficou embasbacado, inclusive a vítima de tudo aquilo, que correu para o lado do místico.

— Achei que você iria gostar de inverter os papéis. — Tenebris mexia a mão para que o rapaz ficasse indo de um lado a outro — Sempre brincou com as pessoas, mas nunca foi o brinquedo, imagino.

— Chega, cara, me solta! — ah, o desespero. Tenebris ainda não sabia se havia puxado aquele lado da mãe ou de sua própria natureza.

— Como quiser. — por fim, abaixou a mão e o Perguntador despencou, desesperando seus amigos, que amorteceram sua queda. Todos caíram. — Acho que isso é um strike.

Antes que o grupo tivesse reação, Tenebris segurou o pulso da garota que salvara e a guiou até uma rua mais calma. Ela soltou uma risada que preencheu o ambiente, deixando tudo mais leve.

— Ia perguntar se você estava bem, mas já tenho minha resposta. — Tenebris sorriu.

— Depois do que você fez não teria como não ficar bem. — respirou fundo, tentando parar de rir. Seu sorriso parecia algo feito de sol, pensou o rapaz. Iluminava a alma de quem assistia. — Sou Eleonor, muito obrigada por me livrar dessa situação.

— Que nada. — de repente, ele se sentia envergonhado — Eu sou Tenebris.

— É em latim, não é? Significa "escuro"?

— Exato, é uma tradição de família dar nomes relacionados à escuridão. — sorriu intrigado — Onde aprendeu?

— Minha mãe estuda línguas antigas, diz que as usa para fazer feitiços. — Eleonor revirou os olhos de leve — Eu costumava ter minhas dúvidas, mas depois de ver o que você fez hoje, acho que a subestimei.

— Ah, droga, fiquei tão entretido que esqueci de apagar sua memória...

— Não! — Eleonor se desesperou, segurando firme a mão de Tenebris que ameaçou levantar para realizar o encanto — Eu juro não contar a ninguém.

— O problema não é esse, Eleonor. Se outras criaturas souberem que você me conhece,
virão atrás de você.

— Nada do tipo acontecerá, Tenebris, por favor, deixe como está. — ela o olhou fundo nos olhos, suas orbes verdes insistentes. Tenebris mordeu o lábio, indeciso.

— Não sei...

Bastou mais alguns segundos de encarada intensa e convencimento não verbal para fazer com que Tenebris cedesse. Ao menos uma vez ele se permitiria ter uma amiga humana.

— Está bem, mas não diga a ninguém, eu ficarei de olho.

— Pode deixar! —  de novo o sorriso, chegava a tirar o fôlego — Aliás, por que outros viriam atrás de mim? Você é tão importante assim?

Era uma pergunta com um ar de curiosidade e sarcasmo, pura brincadeira. No entanto, o suspiro que Eleonor teve como resposta evidenciou o quanto não se tinha muito a brincar sobre isso.

— É difícil de explicar. Porém, se estiver disposta a ouvir, estou disposto a contar. Você parece alguém que sabe guardar segredo.

— Mesmo se não fosse, eu não teria alguém para contar, então sua história está segura comigo.

Por um segundo, Tenebris se perguntou como aquela linda criatura, de cabelos loiros e orbes verdes, que exibia brilho mágico em cada olhar, não era rodeada de amigos ou, no mínimo, admiradores. Talvez a falta disso fosse o que a tornava especial, uma luz intocada em meio à escuridão.

Aquilo o fez repensar seu modo de explicar a situação. Com uma ideia, Tenebris estendeu a mão em um ato de confiança.

— Eu posso te mostrar, na verdade.

Os olhos de Eleonor se iluminaram em curiosidade. Ela segurou a mão dele sem pestanejar, e logo as sombras que estavam naquela rua vazia convergiram para as costas de Tenebris. Não demorou para que um par de asas negras surgisse.

— Que.Legal! — a jovem não conseguiu conter o ânimo e olhou para tudo aquilo com admiração. Sua mãe estava certa, afinal.

— Você ainda não viu nada.

Com um sorriso enigmático e uma promessa de mistérios resolvidos, Tenebris guiou Eleonor no que seria o Halloween mais memorável da vida dos dois. E isso por um motivo simples.

Escuro e luz se mesclaram pela primeira vez naquela noite.

Palavras: 1016

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